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História Crônicas de Althunrain - Rei Lich - A Sombra Fria


Escrita por: Tulyan

Notas do Autor


Qualquer erro gramatical ma avisem, seus makakitos T..T

Sim fou um sufoco achar uma imagem boa T..T

Capítulo 65 - A Sombra Fria


Fanfic / Fanfiction Crônicas de Althunrain - Rei Lich - A Sombra Fria

Minha aura massiva explode arraigada pela minha ira contida, Thereza ri, gargalha alto em minha mente, ergo os meus braços e urro em fúria. – RrRAAHH!!! – faço isso de maneira tão bruta que o chão racha, a grama é arrancada, meus cabelos ficam brancos e esvoaçam, os homens ao meu redor voam longe, sem exceção, a pressão no ar estoura janelas e até mesmo algumas nuvens mais baixas e próximas são afastadas, falando em nuvens...

Com meu desejo profundo, muitas são criadas e atraídas para esse lugar, em mais ou menos um minuto tem nuvens suficiente para tampar o Sol com sua escuridão, e, com um sinal fortuito, tal condensamento traz trovões. Meu sorriso não é apenas por matar esses canalhas logo, mas sim por poder me soltar dessa merda, nunca mais faço isso, nunca... – Pelos deuses... – eles chiam como vermes no Sol.

Ter os meus sentidos de volta é tão reconfortante, poder sentir a magia fluindo, catalisando cada pensamento em realidade, porém, para minha surpresa, os cinco se levantam, assustados, aterrorizados, mas bem, talvez seja essas roupas cheias de encantos que usam... – Contemplem mortais... – aperto os punhos a cada lado meu e instigo minha aura a ficar mais e mais poderosa, expandi-la ao máximo.

Com a mesma sensação de dar um passo em falso, fico surpreso e assustado com o tamanho que ela atinge, após reunir o fogo espiritual de Admont, não a refiz em seu máximo, bom, a Rainha e eu não experimentamos sua totalidade antes, pois, demorou mais tempo para enchermos nosso novo poço de magia, e é como espreguiçar, uma sensação de liberdade conjunta a uma “purificação”, eu e Thereza chegamos a pensar nisso, o cheiro do vinho que pedia, pelas mesas que os teleportavam, tinham um gosto minimamente diferente, isso, junto a contenção, prejudicavam nosso corpo, mas, agora que retornamos a nossa verdadeira forma, sinto o poder em minhas veias, meu estômago formiga e, com um sorriso, vejo o terror no rosto deles ao verem minha armadura se formando, alguns dos não, a maioria dos inúteis de capuz correm desesperados, o chão ao meu redor congela e ergo os braços para cada lado emanando sombras com a direita e fogo azul com a esquerda. Meu sorriso é largo, mordo os meus dentes assim que vejo o medo nos olhos deles. – Fujam ratinhos...

Todos os mestres, sem exceção, do nada começam a fugir, quando ao grupo de idiotas encapuzados, aponto a minha mão a eles e crio uma versão de sombras, mas, os quatro dedos de cima se curvam sobrenaturalmente para trás antes de agarrá-los como um bando de moscas tontas, sinto o preenchimento nessa palma, e com um abrupto movimento lanço-os como se fossem amêndoas podres, que ao baterem contra a pedra, quebram seus ossos ou simplesmente se despedaçam. Assim que retorno os olhos para os mestres, vejo eles conjurando algo juntos, ergo a mão direita e junto ao céu nublado, trado uma ventania sombria que cai acima deles, Inhae é rápido para criar uma barreira de luz, o globo branco consegue defendê-los, mas, aquilo afunda na terra, tamanha a pressão que exerço.

Tampo-os ali, afim de não dar visão para eles. Minha mão direita arqueia atrás de mim, o fogo azul fulgura na palma, aquilo engloba meu braço e golpeio o ar a minha frente, uma onda curva de fogo espiritual é lançado, destruindo as minhas sombras e a luz, aquilo revela todos os magos, que, apavorados, veem a magia se desfazendo, e assim que Inhae reconjuraria, me movo nas sombras sem nem mesmo me cobrir, ao surgir a sua frente, vejo o horror e fito meu próprio rosto através de seus olhos. – Auro-

O interrompendo, faço um movimento ágil, minha mão direita entra em sua garganta enrugada e sinto sua espinha, o encaro nos olhos enquanto o fogo azul queima-o, algo que era dito não fazer, bom, isso trouxe ainda mais terror para seus amigos. Retiro-me dali e trago a traqueia dele comigo, seu corpo velho cai na minha direção, mas, o desvio com as costas da minha mão direita calmamente, todos os outros estavam paralisados, boquiabertos, e, quando entorto a cabeça para a esquerda querendo entender tal atitude, todos eles se apressam a terminar seja o que for, uma runa roxeada brilha abaixo deles, mas, seja o que for.

— Não vão fugir! – arqueio a mão direita e mais fogo azul acende, golpeio o ar e assim que meu membro acaba, uma torrente de chamas começa, todos eles tentam correr, lançar feitiços, qualquer coisa inútil.

O fogo pega neles, todos soltam um grito de dor, mas, a dor deles será passageira, o mais parto de mim, uma mulher de idade com seus cabelos louros tem eles queimados, cai de joelhos em desespero e aponto a minha mão esquerda, assim como aquele merda fez na minha sala, crio uma lança de gelo, a coisa tinha uma ponta grande e alongada, mas, com um gesto da minha mão esquerda o divido no meio, as duas partes zunem no ar, uma enterra na nuca da mulher e a outra para um dos mestres velhos que trazia eletricidade para suas mãos que decepei junto ao seu pescoço. O chão treme e com uma voz alta, mais um grita meio desesperado. – Lapis arca archa!!!

Paredes de pedra avermelhada sobem a cada lado de mim, me envolvem e me mantêm ali, a vagareza, na minha percepção, é tediosa de ver, mas, ao acabar, uma tapa fecha o lugar quadrado. Permaneço olhando para o homem, sei onde ele está pelo poder lich que tenho, e sei que ele se alivia pelo sucesso, mas, não...

Somente andando quebro a parede expeça de pedra, e seguindo o meu passo, rio por ver os restantes fugindo. – Aqui ratinhos... – levo os punhos para a minha cintura enquanto levanto os cotovelos rentes a mim, ao erguer os antebraços a minha frente, uma centena de lâminas e espinhos de gelo emergem da terra, aquilo se curva rumo a eles, mas, um específico, Efriz, grita alguma magia e seu corpo fica totalmente prateado, como um escudeiro de fronte corre para rumo da muralha e a atravessa sem impecílios. – Ora...

Olho para o chão com desdém... O último deles, o mago de terra, fica parado, de joelhos, o olho como se fosse algo que raspei da minha bota. – Está com medo podre criatura? – pergunto para ele com um sorriso no rosto me abaixo enquanto ando para pegar os cabelos dele e arrastá-lo pelo meu caminho. – Você vai me mostrar muita coisa... – gritando como um bezerro, o homem se debate, era inútil, mas, eu realmente não preciso dele.

Assim, o jogo para minha frente, arrastado do meu lado para a direção que quero, o homem coloca as mãos afrente de si. – Eu esperei por isso, por... Tanto tempo... – levo a mão direita para a mesma direção e, surgindo das sombras, a minha bela e magnifica foice.

Para o horror do homem levanto aquilo sobre ele, a lâmina azulada e curva vai rumo ao seu pescoço e ele aperta a nuca contra a grama do chão. – Não, não, não, não! – passo a arma em sua garganta bem devagar, eu nem olhava para ele desde que o joguei para frente, então, caminho, piso sobre ele duas vezes antes de seguir a direção em que Efriz foi, via-o daqui, podia ouvir seus passos e seu coração acelerado.

Meu corpo começa a ser imbuído em sombras junto a uma ventania vindo da direita, a fumaça negra que emano desaparece sobre a penumbra do tempo nublado, e eu ressurjo ao lado do tesoureiro, instantaneamente dando um golpe rumo ao seu pescoço da direita a esquerda com Ehras, porém, com uma reação incrível, o homem baixa o tronco para trás, fazendo com que a foice passasse acima de seu corpo prateado. Assim que meu ataque termina, eu desapareço e reapareço afrente dele, o homem havia atacado meu vulto com algo que zuniu no ar e não tem tempo de reagir a mim, chuto seu peito, a força que coloquei foi bem mais alta que a de antes, mas, ele não morre, só tem seu corpo arremessado de vinte a trinta metros para trás afundando um pouco na terra e batendo contra algumas pedras.

Juntamente a um raio que cai por perto, salto par os pés dele, com a foice nas duas mãos, sinto o vento afrente de mim esvoaçando meus cabelos que perdem as sombras, elas servem para ser veloz e ágil, coisa que não preciso agora. – Seu metalzinho não vai salvá-lo disso. – giro a ponta de Ehras como um guarda-chuvas que vi uma única vez na vida, a lâmina fica apontada ao chão a minha direita, e com um sorriso tímido, o ergo de lado para dar um golpe bem no meio do peito de Efriz. O homem de metal coloca as mãos afrente de si, mas, o que o impede de ser morto é uma luz que vem de três lugares diferentes e miram em mim, as esferas alongadas de brilhosas são de uma beleza incrível, a mistura de cores junto a um denso poder, é o que esperava vir das Torres Arcanas, com função de defesa, creio que dispararam contra o homem aqui, mas, estou muito perto... Não...

Aquilo atinge a mim, os três disparos lançados de locais diferentes se unem em um único ponto, o lugar onde estava a pouco. Talvez tenham errado, ou... Estava encima do cristal enorme e azul da torre de base larga e branca como todo o seu corpo alto, não há atirador delas, são automáticas ativadas pelo diretor e comandadas por ele, e... Se atiram em mim... Uma dúvida vem em minha mente, imprudentemente criando a cena de como o mataria, mas, me lembro de quando Thereza entrou em sua mente, se ela o julgou aliado, confio nisso.

Seja lá o que houve, não posso destruir os cristais, desprotegeria a caótica Nostradam e claro, não vão me atingir... Olho para onde deveria estar Efriz, não estava lá, mas, ergo os olhos para vê-lo com um tipo de cabo em seu braço direito ligado a uma daquelas linhas que os professores usavam para se locomover. Ele é um dos homens que devem morrer, infelizmente o espião disfarçado de Bennely não conhecia todos os infiltrados, mas, isso dá uma certa graça a essa caçada...

Cubro-me de sombras com mais intensidade e os céus escurecem, tanto que logo começa a chover, resolvi fazer isso par ajudar o colégio, já que alguns prédios estão em chamas e... Assim sou muito mais eficiente... Efriz se levantada com a linha no peito, e, ao olhar para a esquerda me vê correndo sobre ela em alta velocidade, o espanto dele ao encarar essa forma de Algoz é óbvia, quase larga o fio que se apoiava, mas, a queda o mataria, creio eu. Desesperado, o homem prateado aponta sua mão direita a mim e dispara flechas de metal que passam por dentro do meu corpo, trago a foice imbuída em sombras e ia dar um golpe suficiente para cortá-lo ao meio, mas, sem pensar bem, Efriz corta o fio usando os braços apenas, um caos de faíscas antecede a perca de sustento, mas, o tolo mortal não sabe de nada mesmo... Seu corpo cai de imediato e eu, pelo tempo nublado, pairo como uma pluma negra e monstruosa, em horror, o tesoureiro junta os antebraços afrente de si e cria uma bola de metal ao seu redor para defende-lo da torrente de sombras que lancei contra ele, não ligo por não tê-lo matado com isso, a aceleração que dei a ele deve ser o bastante.

Como um meteoro, Efriz atinge o solo com força, afunda a terra a dois metros ao seu redor e para completar, caio encima disso com força, pois me livrei das trevas, afundo o metal prateado com minhas botas e faço questão de congela-lo, mas, quando ia golpear com Ehras, aquilo desfaz-se e caio com os pês a cada lado das pernas do homem. – O rato foge... O gato pega... – coloco a ponta da arma em sal garganta.

— Seu tolo... – ele ri com os dentes sujos de sangue, este que cospe ao tossir. – O subsolo era o plano A, temos outro de reserva e... Para nosso prazer, vocês estão levando todos para lá. – tal menção me faz olhar para trás, o Paff estava quase fora da minha visão já que a Torre dos Mestres estava entre ele e eu.

— Ahh seu filho da puta... – digo sem olhar ao humano outra vez. – Fique aqui... – saio de cima dele e com um golpe veloz corto suas duas pernas fora, sangue não jorra, pois a ferida foi congelada, mas, para meu prazer, os gritos do homem são altos e viscerais. – Eu volto para termos uma conversa mais franca...

— AHHhh! Deuses!!! Seu desgraçado! – geme em agonia. – Você vai morrer, todos desse lugar infernal vão morrer! – ignorando suas palavras retorno a me cobrir de sombras e salto por elas as pressas, seja lá o que for, todos correm perigo.

 

 

 

Me forçaram a seguir o caminho que Aryn disse, eu estou tremendo, por sentir sua aura colossal e pelas magias fantásticas que vi fulgurando no céu, ele com certeza é o homem mais poderosos que já vi, sem nem pensar muito. Não há um aqui que não fale sobre o homem, digo, o lich, e, imaginar que aprendemos por algumas semanas com alguém tão espetacular ainda me parece um sonho. Cochichos ignoram o que está havendo e só falam na intensidade absurda de magia que usa aura exibe e que ele demonstrou ao criar como se fosse nada.

Mas, quando o chão treme outra vez, todos olham para fora, na campina longa e vasta estava ele, com uma armadura negra e azulada junto a uma foice extremamente bela e ameaçadora, e abaixo dele, o próprio tesoureiro do colégio. – O Paff está a alguns metros afrente, depressa!

Tal palavra vem do próprio diretor, ele e muitos mestres que protegem a centena de alunos que se aglomeram junto a nossa turma, eu sei que muitos morreram, amigos ou não, mas, ainda assim, é uma boa multidão essa que está junto a nós. Já víamos os cabos de energia que trazem os feixes fractais de luz para os teleportes, as cores azuis clareiam ainda melhor o corredor que afunila e estreita, ainda mais por haver uma barreira entre esse corredor e a ponte que leva realmente ao Paff.

— Calma, todos! Acalmem-se! – Bennely e os outros professores gritam em meio ao caso de vozes e gritos de pânico. – Doze de cada vez! Asseguraremos que todos vã-

Não consigo entender o que ele fala mais, era um turbilhão de vozes clamando e chorando, todo o êxtase do vislumbre de Aryn se perdeu e começam a ter uma organização lenta, eu vejo os feixes azuis cintilando, pulsando, devem estar teleportando alguns já, sorrio pelo alivio de que tudo está dando certo, temos um estupendo lich nos dando cobertura, eu ouço as torres arcanas disparando ou sendo destruídas, mas, creio que esteja tudo bem, afinal, estamos falando do Aryn, se o que ouvi sobre ele for verdade, não haverá problema.

Porém, assim que o clarão de um teleporte acontece, ouço gritos, o tumulto de pessoas correndo para o outro lado de absurdo, alguns são derrubados e pisoteados, qualquer sentido de civilidade de perdeu e, quando consigo ver do que se tratava, também perco o meu.

Sobre as runas azuladas e roxeadas do Paff, uma coisa redonda e azul com símbolos vermelhos circulando-o como carpas em um rio, um frio desce pela minha espinha, era uma Bomba Arcana, haviam quatro homens junto a cada lado, todos de túnicas negras longas, capuz e máscaras, em sincronia, mostram o que traziam com eles, todos tinham pedras Khaon do tamanho de pérolas presas nas roupas. Os homens riem e gritam ao mesmo tempo. – Crepitus!

Ao falar, as pedras Khaon em seus mantos acendem, vão explodir! Não havia como correr, era impossível, não só pelas Khaon, a Bomba Arcana pode dizimar o colégio todo, os malditos pretendem destruir tudo, sem restar uma pedra de pé, e nenhuma alma viva. Vejo o brilho intensificando, a armadilha deles foi esperta e, infelizmente, não nos resta nada a fazer.

 

Eu, pela primeira vez na minha vida, me odiei de uma maneira absurda, pois, aceitei a minha morte, afinal, presenciei algo quase divino a pouco. Entretanto, encobrindo o clarão vermelho, um azul cintila, nem mesmo com os olhos fechados consegui não notar, e, ao abri-los, vi o próprio Bennely lançar tal feitiço, era um ataque desesperado, por isso os raios saem desgovernados, acertam as paredes, algumas linhas de energia, e, os muitos que acertam os homens, literalmente queimam-nos como palha. Seus corpos são atingidos pelo que mais parece ser um feixe de luz, tamanho a concentração elétrica, e deixam um buraco do tamanho de uma melancia, por estarem alinhados para o teleporte, as duas duplas de cada lado foram neutralizadas, era óbvio, pois até mesmo a pedra atrás deles se foi. A precisão, o poder, tudo digno do diretor de Nostradam, mestres ao seu lado estavam com as mãos sobre ele, espera, isso foi... Eles deram magia para ele através de uma transferência por toque, isso exige uma concentração absurda!

— Olhem a Bomba! Vejam se vai ativar! – foi esperto o uso de tal magia elétrica, ela não interage com selos, runas e pedras arcanas, logo não começaria nada e...

— Merda já está ativo!!! – grita dois mestres que correm para nossa direção, eu e Mospher ficamos, ao contrário de todos que correm para o outro lado. – Corram! – ele grita outra vez e todo começamos a fazer isso.

— Para a saída! Rápido! – era obvio que a bomba conseguiria nos pegar com a distância. – É nossa única chance! – mas, seja o que estiver pensando, é mais prudente seguir o diretor Bennely do que qualquer outra coisa, cheguei a pensar em saltar da cachoeira, digo, por conseguir chegar no vale de testes estaria em um nível mais baixo, mas, não me parece dar certo, a área de uma Bomba Arcana é absurda e, com essa chuva, não sei se a cachoeira estaria acessível, ou conseguiria dominar a água tão bem quanto penso.

 

Estava saltando pelas sombras e já via o Paff, sua torre é boa para ficar, mas, me seguindo, doze disparos de arcano puro atingem-me assim que toco o teto, por sorte os ouvi chegando a muito tempo e consegui abrir as sombras, mas, dessa vez, os disparos batem contra mim e ardem meu corpo, formigam-me, mas não fazem nada do que esperava de algo tão poderoso de ver.

Está confirmado, não temos controle das torres de defesa, mas, há algo mais importante para fazer aqui. Salto do telhado ignorando a altura enorme, desço dali com várias explosões subsequentes à minha passagem, dessa vez, a pedra da torre é estraçalhada, enormes buracos cospem rocha com leves locais incandescidos, que perdem sua vermelhidão com a chuva que cai mais forte e traz raios para nós. Caio agilmente no corredor aberto que passa sobre a cachoeira, e de imediato sinto algo fervilhando minhas pernas, ao olhar, uma runa roxeada liberava descargas elétricas que saltavam para todo canto, estalo a língua por tal incomodo e faço um corte na pedra e no tapete do chão, destruindo assim o desenho complexo da runa.

— Nós achamos que estava em Ezthel... – uma voz vem da esquerda de onde vem a estranha energia da Bomba Arcana, estava tudo escuro, as luzes azuis que deveriam pulsar se forma. – Mas bom... Nem mesmo você pode nos impedir de fazer isso, essa bomba não vai parar, e nada pode pará-la, aproveite esse tempo que tem... No final, todos vão morrer aqui, o esforço finalmente vale a pena.

Procuro com os meus sentidos quem era o dono da voz e sinto duas aqui, bom, há quatro corpos no chão e eu começo a rir. – Vocês não sabem quem eu sou... Não mesmo...

Meu corpo fica coberto de sombras e eu desapareço, segundos depois ressurjo do teto escuro caindo no chão com um deles, ele soltava sangue pela boca e pelos ouvidos, sem nenhuma paciência dou um golpe rumo ao seu queixo e enterro a ponta de Ehras no céu da boca fazendo-a sair no topo de sua cabeça. – Vá falar merda no inferno filho da puta...

— Aryn, essa coisa, olhe... – Thereza me chama a atenção a complexidade da bomba, era um globo de vidro azul com uma pedra no centro, várias o circulado, runas acendendo em ordens aleatórias, mas, de qualquer forma, é algo extremamente poderoso. Falando em coisas poderosas... – Sim, se destruirmos ele antes de explodir, creio que o neutralize.

Assim que ela termina de falar arqueio o braço direito para trás, um golpe pronto com a foice. – Não! Assim não, essa coisa pode realmente nos machucar Aryn, e destruir esse lugar que tanto prezam... Vamos segurar esse impulso certo?

— Tá, mas... Como vamos destruir isso?

— Ora, creio que... veja, há um núcleo vermelho lá dentro, talvez seja a fonte principal de energia, logo.

— Congelar? – ergo a mão esquerda que emana frio de imediato, a pouso sobre o azul translúcido e espero a confirmação da Rainha.

— Não... Congelar a pedra não impedirá a catalise, há núcleos de Quartzo ali... – assim, a espectro sai de dentro de mim e olha por si só, a luz vermelha da bomba não se mistura à dela, e com uma atenção notória, a Rainha olha para frente, surpresa por pensar algo, e derrama o olhar em mim. Sorrio para ela gostando da ótima ideia, e assim que Thereza desaparece eu vou em uma direção, mesmo através da pedra do teto, sei bem aonde está o que quero, com as sombras me auxiliando, disparo com um único salto, a rocha explode e me permite voar rumo ao famigerado Canhão Arcano de Nostradam.

Os disparos das torres arcanas passam ao meu redor e algumas explodem antes do devido, mas só uma iria me acertar, Ehras baixa a minha mão direita e com agilidade giro meu corpo para a este mesmo lado e corto o projétil arcano em uma diagonal, de imediato ele explode, porém não me tira do destino, a torre central alta apresenta uma estrutura no formato de um copo, só consigo comparar a isso. E acima me deparo com algo lindo e, desanimador, havia um complexo jogo de espelhos entorno de um... Woooh...

— Gelo negro... – Thereza comenta, o globo de vidro branco que envolvia todos os outros nos mostravam uma pedra pequena daquilo que forma nossa armadura. – Certo, agora... Como usamos essa coisa?

— Espera, achei que você sabia!

— Eu sou uma Rainha Antiga, não um oráculo onisciente Aryn. – me responde e, se projeta de mim. – Essa coisa tem um poder imenso, mas, este jogo de espelhos... – rondando aquilo, a Rainha parecia observar. – Entendo... Eles extraem, a energia bruta da pedra e estes espelhos refletem tudo em um único ponto... Inteligente... – o globo de vidro detinha um canto mais puxado, como uma gota, e contrário a ele, uma estrutura de metal com coisas semelhantes as alavancas que vimos no Olho de Gricollal.

— Certo, vamos... – assim, mais disparos das torres chegam até a mim, e, estou começando a ficar puto com isso. – Caralho... – nossa aura imensa me faz sentir exatamente tudo, tudo que tenha magia, inclusive as coisas no subsolo, imensas torres de algo quieto. – Que merda! – grito e, de imediato as nuvens escurecem trazendo uma noite fria para a região, movo minha mão esquerda para frente rumo a queda imensa. – Está na hora de verem o real poder, nosso poder Thereza... – sorrindo a sinto em minha mente outra vez e, minha mão se fecha, este movimento faz uma chuva forte cair trazendo raios e trovejadas altas e muito próximas.

— Esse canhão é inútil, precisamos de uma chave, algo do tipo para ativá-lo, logo... não vale o tempo. – assentindo eu olho para baixo e vejo as dezenas correndo e quando volto a fitar o local onde deveria estar o tesoureiro, vejo golens se aproximando dele junto a muitas pessoas que...

— Espera... – luz é usada para curá-lo, claro, os ferimentos o fariam sangrar a até a morte, mas, estão curando demais, até se deram ao trabalho de buscar suas pernas amputadas e... Entendi... Corro sem premeditação, e salto, a imensa queda não me assusta, os ventos ruidosos que agitam meu cabelo param assim que me envolvo em sombras e trago a cólera do céu negro.

 

Corremos muito para chegar a saída, porém, todos sabemos que não adiantará se ela explodir, logo, ainda em fuga, os mestres conjuram teleportes para os mais feridos e necessitados que chegam até um local seguro quase na fronteira do Colégio, todos nós estamos cientes da morte iminente, mas, essa presença assombrosamente poderosa é, quase, divina, não sei, ele tem uma aura que nunca vi relatos, e como um sensitivo, entendo bem sua extensão, até demais... Quando chegamos a um corredor cheio de janelas nos deparamos com inimigos, bom, eles mal têm chance contra os mestres que os obliteram em segundos com magias deliberadamente poderosas, da minha turma somente eu permaneci, alguns vi serem teleportado e outros não encontro nessa multidão sufocante de gente correndo. As janelas quebradas clareiam com os disparos das torres arcanas e, subitamente, o céu nublado fica tão negro quando a noite e uma chuva torrencial começa a cair, me arrepio por saber quem fez isso, engulo seco por perceber, tal poder me deu aula por algumas semanas, e eu mal notei, afinal ele usava aquelas luvas tampando os anéis e, o que diabos o fez vomitar sangue? Se aquilo não foi proposital, claro, enfim, eu me sinto uma criança idiota vendo a capacidade arcana de Aryn, sua lenda é mais do que verdadeira, o que me assombra de uma forma inimaginável.

E, eu sinto algo a minha direita e tenho tempo de contemplar, Aryn trazia a escuridão consigo como uma imensa fumaça de trevas que cai sobre alguns homens e seus golens, o chão treme com força e, ouço gritos, metal, pedra e carne sendo cortados, magias saindo da fumaça em direções aleatórias em meio a agonia. Quando tudo acaba, quando a fumaça negra baixa, há apenas um homem de pé, cercado pelos golens que brilham muito além do que já vi, afinal devem estar absorvendo a aura dele, e eu garanto que, é no mínimo é quilométrica.

— HAAH! – ele gira sua foice enorme e bate a base negra no chão, dele, espinhos azuis emergem e furam os golens que tentam absorver, mas, todos explodem em chamas brancas de arcano puro.

Sinto daqui a magia pressionando o ar contra o meu rosto, me abaixo para não ser atingido pelos cacos de vidro desta janela já estourada, olho para trás e vejo que, felizmente, não havia ninguém aqui. Logo em seguida, partes de golens batem contra a parede clareada pela explosão, e sinto algo se chocar contra o chão outra vez, treme literalmente tudo e, num surto de coragem olho para onde estava o Aryn, uma cratera profunda soltava fumaça e, onde foi ele?

 

Trouxe o mago de metal comigo, o tesoureiro agonizava enquanto o segurava pelo pescoço, o deixo suspenso enquanto piso nos fios finos, minhas pernas estavam com as sombras, mas, de resto. Segurando o meu pulso com suas mãos ele luta para respirar, ou ao menos falar, porém, estou muito menos interessado. – A maioria dos seus ossos se foram, me admiro por ainda ter forças para brigar... – a chuva faz seus dedos deslizarem pela manopla negra que não libera frio algum.

— Ahhr... Monstro... – geme sufocado.

— Todos dizem isso, mas, eu nunca sou o único, não é mesmo? – aperto mais seu pescoço e o jogo de lado, trago Ehras outra vez e com um movimento ascendente corto suas pernas outra vez, ele grita e em agonia ainda consegue segurar-se no fio. – Seu sangue cai como chuva, porém... – parando de gritar Efriz cobre seus cortes com metal. – Isso... – caminho com maestria sobre o fio encarando o homem encurralado. – As torres vão atirar logo... Bom, eu diria para contar tudo o que quero que te salvaria, mas. – dou os ombros. – Não... não mesmo... – giro a foice ao meu redor e faço a lâmina passar por debaixo do fio e mirar no peito do humano. – Porém, todavia. – um raio cai atrás de mim. – Precisam das suas memórias, precisam saber quem é o obvio mandante, precisamos de nomes mais que específicos, provas e... Não, não. – o impeço de abrir a boca. – Fique calado, será mais fácil.

Me abaixo a fim de sentar sobre os meus tornozelos e assim, sou coberto inteiramente pelas trevas iguais às do céu, seguro os cabelos dele com a mão esquerda e a outra traz a ponta da foice para mais e mais perto de seu peito. – Grite! – forço a ponta em sua carne, sinto seu osso e o arranho, o pulso de seu acelerado coração chega até o cabo de Ehras e senti-lo me deixa animado.

Invado sua mente dolorida e sou alvejado com cenas das mais diversas, um caos de palavras amontoadas com relâmpagos de memórias passam, Thereza age rápido, grita e impera sobre tudo como a Rainha que é, eu somente seguro essa ligação, é muito fácil, nenhum de nós três vamos a algum lugar.

 

Sorrio, gargalho, os olhos do tesoureiro se arregalam enquanto eu pego seu pulso e com alegria o puxo, mas, faço isso forte demais e arranco seu braço fora em um único movimento, em meio aos seus gritos eu o pego pelo outro e faço o mesmo, mas, dessa vez consigo jogá-lo para cima, seu sangue cai um pouco sobre mim, mas é lavado pela chuva, raios clareiam as nuvens enquanto o seu corpo voa até elas. Agora sei como desativar a bomba então, me viro rumo ao PAFF, agora sim posso ajuda-los, colocar um fim nisso e... Ele explode...


Notas Finais


Weeeee \o/


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