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História Crônicas de Althunrain - Rei Lich - Divino e Diabólico


Escrita por: Tulyan

Notas do Autor


As cenas são caóticas e rápidas, assim como uma batalha é, e sim meus amores, teremos dois planos de visão, os dois debaixo e a do Aryn descendo a porrada por cima, vai ser irado! Para esse cap sugiro: Duality (Slipknot) e The Vengeful One (Disturbed)

Link nas notas finais...

Capítulo 71 - Divino e Diabólico


Fanfic / Fanfiction Crônicas de Althunrain - Rei Lich - Divino e Diabólico

Dezenas sucumbiam a nossa força, Ehras cortava carne e metal com a facilidade comum a sua lâmina negra pela escuridão, a barreira dourada de Cixoam nos defendia muito bem e trazia sua luz para esta terra fria e cinza, precisava de um espaço...

— Cix, fecha! – e assim, depois de disparar um raio dourado no peito de uma mulher maltrapilha, o dragão olha para cima de encontro a barreira cintilante que nos defende das explosões arcanas no topo, e como disse, toda ela se fecha, os que restam veem sua única rota de fuga sumir e, cada vez mais aliados morrendo facilmente pelas nossas mãos, eu e Thereza não dos preocupávamos com essa questão, mas, e Klyce? Ao olhar brevemente, vejo o lobo enfiando sua cimitarra na garganta de um velho.

E, uma lança vinha a sua direita, ele, ele não vai! Paro tudo o que fazia, meu braço direito ergue em sua direção, merda, merda!

Porém, para o meu pleno alívio e para cessar esse arrepio horrível que senti, Klyce faz algo altamente veloz, gira a cimitarra ainda dentro do humano e se abaixa para fazer apenas a lâmina encontrar com a lança, mas, tudo foi muito rápido, coisa de menos de um segundo e, mesmo no caos de espadas colidindo, gente morrendo e gritando, o ouço sussurrar. - Agri Exsecrationem... – e... não é possível, vejo seu pêlo branco arrepiando, sinto magia fluir dele e de sua arma criando um campo parecido com este que nos protege.

Minha boca abre um sorriso intenso ao ver, como um vulto pálido, Klyce passa por cinco inimigos diferentes em uma velocidade absurda e quando termina, todos caem no chão, mortos, porém, não tenho mais tempo para pensar nisso, pois, meu braço esquerdo se move sozinho e enterra a ponta de Ehras no peito de um homem de armadura cinza, a lâmina o atravessava por completo e, em um movimento ágil, o separo ao meio enquanto ergo a arma para cima, sua base se estende ao céu e a trazendo de volta faço a lâmina bater contra o chão com pura força, o solo arenoso e frio congela em uma camada fina perto de nós que cresce em espinhos brancos e agudos eu furam e empalam-nos até as crias gigantes de gelo que faço mais nas extremidades. Assim que trago a foice de volta a mim, restam apenas alguns que Ryte se dispõe a finalizar. – Cix, um buraco ali em dez segundos! – aponto em direção ao fim da parede, eu sei que os dois amontoados digladiam por ali e... se der certo, daremos a eles uma abertura ideal no flanco direito.

Miro a palma da mão esquerda na direção desejada e retiro a armadura dela, a eteriedade que simula a minha carne grita ao ser exposta tão depressa, meus ossos negros e gélidos mal se destacam em meio a magia azulada e esverdeada que brilha sutilmente, meus parceiros saem da frente às pressas e, no local em que miro, Cixoam faz o que pedi com agilidade, um espaço se abre na barreira dourada e assim, faço a nossa vontade. Um muro de gelo é criado, alto e espinhento, erguendo-se por ali, carrego mais poder bruto e concluo nosso plano lançando uma torrente gélida pontiaguda que fura a rocha e a explode, a terra treme onde nós mesmos estamos e, quando a poeira cessa, há um buraco enorme entre o braço da fenda que estamos e o outro lado, gestuando, faço a barreira de gelo se curvar criando um túnel azul e expesso que leva aquele lado até dentro desta cúpula dourada.

E, dentre a enorme fenda, há alguém que corre, levita em nossa direção trazendo as centenas de outros guerreiros e bravos. Seus cabelos longos e brancos caem por cima da armadura, ela lidera os mortais ao seu redor e com uma fúria incrível bate o seu ombro direito no muro que fiz, este explode rumo ao outro aglomerado do outro lado e assim, nosso plano está concluído por hora. – Cix, dragão! – comando e, de imediato, o homem corre para frente, junto a uma luz ofuscante, suas enormes e douradas asas se abrem e lufam seu pequeno corpo humano a dezenas de metros antes que seja coberto por raios celestes e revele seu verdadeiro eu interior.

O dragão ruge alto e sai de sua barreira rapidamente. – Todos! Vão para lá e encontrem Thereza! – aponto para o túnel de gelo que trazia os guerreiros aliados. Meus parceiros nem hesitam, fazem o que mandei às pressas enquanto a cobertura que Cix nos deu desaparece e os primeiros feixes de magia elemental caem ao nosso arredor, assim, somos imersos no que os outros provaram, uma zona de morte incrivelmente ruim, todavia, temos um dragão!

Cixoam passa pairando nas beiradas e lança de sua bocarra uma torrente de luz que cauteriza tudo o que toca, para o desespero deles, as pontes e os túneis mal abrigam seus corpos que logo viram pó chamuscado e negro, enquanto voa turbilhoando o ar, me coloco em marcha, felizmente, nenhum deles foi estúpido de ficar junto a mim, talvez seja o caos negro que me envolvia para focar-me melhor. Porém, o meu sangue Carnahan ruge ansioso pela batalha e, contrariando minhas ideias corro na direção dos poucos corajosos que me enfrentam ainda assim, brando a foice de um lado a outro, é como cortar o vento, sangue jorra em mim, mas, não gruda nem nada, piso em restos humanos que quebram sob o meu peso. O caos da batalha tornou mais difícil a distinção de quem é quem, mas, por hora, estão devidamente separados ainda, perfeito...

Ergo Ehras aos céus segurando quase em sua base, a desço de lá realizando um corte vertical no ar e erguendo uma parede fina de gelo que se estende muito além de mim, coloquei tal proteção à direita, pois, é dali que meus amigos avançam. – É hora de experimentar... – trago o braço esquerdo para mim e começo a juntar trevas de todos os cantos, aquele som ruidoso e agudo recomeça e, sinto a massividade que reuni na palma da mão, olho aquilo entre os meus dedos negros e azulados pela eteriedade.

Um vento forte sopra a minha frente enquanto magias explodem a todo canto, ergo o braço livre e nisso, uma versão negra e gigantesca se estende alta e imponente, e, com um gesto, imita uma queda pesada e forte que explode dentre os inimigos meus que são esmagados. Em seguida, apertando os dentes, eu transformo as sombras em fogo, como se as trevas fossem sua fumaça, as chamas azuis incendeiam instantaneamente e espalham dentre eles, por mais que não queime carne, os magos sofrem a dor de suas magias sendo incineradas, tudo se clareia com o azul, mas, sinto algo estranho. Um disparo vem em minha direção, mas, o defendo usando o braço direito, era luz, porém!

Cixoam estava do outro lado, junto a Rainha que esmagava a cabeça de uma mulher com a bota, ela olha para mim e desaparece bem a tempo de sentirmos outra rajada chegando, entretanto, desta vez eu a desvio enquanto vejo um homem pular do alto das paredes e cair logo afrente a aquela maquinaria no fundo da fenda, sua armadura é quase branca, ela emana e distorce a luz que produz, sinto muita magia saindo dela... – General... – o intitulo.

— Aryn... – ele baixa a cabeça com certa reverência. – Você está famoso, falam de você por todo lugar, de seu poder que atesto... é impressionante, mas, infelizmente, te demos muitas chances para se juntar a nós, porém prefere se aliar a traidores, a assassinos covardes. – ele não possuía elmo, por isso, sei que tem confiança o suficiente para tal, ou seja, é poderoso. Passa a mão direita nos cabelos longos e louros que estavam afrente de seus olhos violeta, sorrindo, o humano aperta os punhos mostrando a luz que deles surge.

— Para alguém que não hesitou em sacrificar inocentes, você fala bem em assassinos covardes. – retruco largando os braços para o chão.

— Posso dizer o mesmo de você.

— Ao contrário de todos, da maioria, eu sigo o que é justo, não o que é bom para você ou para outro, Avony é minha deusa de nascimento... e por isso lhe dou uma chance, se renda que o deixarei ileso, será preso e levado para Ezthel onde será interrogado. – nisso, ele começa a rir.

— Eu te entendo, enfrentou tanta gente pífia, que crê ser invencível, eu também sentia isso meu caro, até conhecer os generais, eu sou Fayra, o portador dos Punhos Divinos, não nos subestime! – termina quase irritado.

— Bom, chance dada... – chamo Ehras do Limbo e a levo apenas ao azul, talvez vamos usar gelo negro, talvez ele possa ser forte o suficiente...

 

Ele estava do outro lado, em posição de combate enquanto seus punhos iluminados e metálicos cintilavam contra as sombras, me coloco de lado, Ehras atrás de mim era empunhada pela minha mão direita que aperta o cabo com força, sua lâmina quase toca o chão e... Nossos olhos estavam fixos uns nos outros, a palma esquerda dele, aberta, mas com todos os dedos, fora o dedão, unidos, faziam um tipo de mira para o punho direito que estava com as costas virada ao lado de sua bochecha, suas pernas arqueiam sutilmente, e eu faço o mesmo, disparamos em similar tempo, a terra onde estávamos a pouco racha, nossos corpos voam baixo e, no último instante, troco a foice de mão e aperto o punho direito recoberto por gelo negro.

Nossos golpes se encontram, sinto o choque transmitindo-se pelos meus músculos, mas, somente ele sai voando para trás, cubro-me de sombras e disparo para cima também, chocamos no ar outra vez, porém, ele cria um manto de luz junto ao meu e trocamos socos de curta distância por um pouco de tempo, ele, com ambos os braços, e eu, com apenas um, vendo tal facilidade, Fayra intensifica sua luminosidade e quase me cega de sua posição. Sua bota ia acertar a minha barriga, mas, ela atravessa as sombras e com uma reação formidável, ele salta para trás no ar desviando de Ehras que o cortaria ao meio, porém, continuo trazendo as trevas e as lançando contra ele, o homem faz como eu, se prende no ar com o seu elemento, entretanto, na ausência dele, despenca.

A torrente negra que lanço, agora contra o chão, traz o impacto de seu corpo, ele grita de dor e agonia, porém, o som entredentes é de quem almeja resistir ao máximo. Assim que paro, caio sobre ele com fogo espiritual queimando por todo o meu corpo, tais chamas dissipam as sombras e a luz que ele tinha, rolando de costas, Fayra se mostra assustado. – Três? – avanço sobre ele varrendo a minha frente com Ehras, ela passa arrastando sua ponta no chão da esquerda à direita.

Sem perder tempo, o general salta na luz para trás e tenta ficar de pé outra vez, mas, já estava eu voando nas sombras a menos de um metro dele, meu punho direito sai da fumaça densa que me seguia e atinge os braços cruzados do homem que não resiste ao ataque e voa para trás com força, bate contra a parede da fenda que despenca madeira e pedra sobre...

— É tudo que têm? – pergunta saindo da fumaça com os braços brilhando, ele bate os punhos juntos e todo o metal que o cobre parece retrair, não, ele absorveu, tudo aquilo virou pele para ele, sim... vejo-a se esticando com seus movimentos, um mago de dois elementos, isso será cativante.

Eu sorrio, talvez ele não seja tão fraco quanto pensei... o que pode ser uma boa maneira de testar coisas. – Não fale enquanto luta... – comento e trago Ehras para a minha mão direita, preparo outro ataque, mas, Fayra some, e, em menos de meio segundo seu punho está a um palmo do meu rosto.

Meus olhos só têm tempo de encarar seu rosto firme e focado, pois, meu braço esquerdo se move sobrenaturalmente rápido e bate em seu pulso o desviando para a minha direita, neste mesmo lado, meu braço direito trazia a ponta azulada de Ehras para empalá-lo de baixo para cima, entretanto, ele se cobre de luz em muito menos de segundos e desaparece, talvez, seja assim que os meus inimigos nos veem afinal. Entro nas sombras também e sinto um disparo de luz chegando, ele ficou a certa distância, pois, estava a carregar uma magia intensa que se acumulava ao lado de seu quadril. Surjo a poucos metros dele e, com apenas um braço Fayra lança aquela rajada dourada em mim, porém, a paro com apenas uma mão, a esquerda que cobrimos com a armadura, a luz resvala na palma negra enquanto caminhamos para perto dele devagar, apesar da pressão incrível, eu avanço com Ehras declinada ao chão a minha direita com a ponta para frente, seus olhos arregalam, estava pasmo.

Uno nossas mãos enquanto fumaça sai dentre elas, mordendo os dentes eu o levanto no ar e bato seu corpo contra o chão atrás de nós, ele o faz quebrar, o ouço perder o fôlego, mais que suficiente, Ehras vem sequente caindo como uma guilhotina sobre seu corpo, porém, o general usa as duas mãos para parar a afiada ponta da foice que permanecia azul escuro ainda, Fayra olha para mim só por alguns instantes e de onde estava, algo se levanta, giro o meu punho esquerdo para bater contra uma forma metálica e disforme que acaba por se emoldurar nele.

Agarrando o meu braço, o homem tenta segurar a minha armadura enquanto o outro que caiu no chão se mostra um clone como os que faço, ele derrete em uma cor prata que vai ao cabo de Ehras e a impede de ser movida por mim. Então, segurando o meu pulso, ele bate o seu antebraço no meu cotovelo e inverte a junta com sucesso, porém, assim que o faz, expõe a eteriedade e os meus ossos negros, que, para o seu pavor, estavam intactos. Aproveito a curta distância e seguro seu braço esquerdo por baixo, desfaço a armadura enquanto os olhos azuis dele correm para os meus com total espanto, queimando, fogo azul surge dali gritando como uma Bassa’nary enfurecida, ele tenta um golpe no meu braço a fim de libertá-lo, mas, quando não vê efeito algum, range os dentes pela dor que deve sentir ao ter sua magia queimada. – Desgraçado!

Seu clone volta a ficar amorfo, passa por trás de mim como líquido e une a seu punho direito que cresce e bilha com luz, um soco vem em meu rosto, sinto o metal e a luz contra a minha pele, mas, a força foi muito baixa, forço seu punho ao contrário só com o poder do meu pescoço, irritado, chuto sua barriga bem no alto do estômago como se arrombasse uma porta, Fayra voa cuspindo algo branco, arrasta a mão enorme no chão para tentar desacelerar e antes que recobrasse o equilíbrio, lá estava eu para dar outro chute em seu peito, dessa vez, era parecido com o que se dá em um bêbado irritante. Agora, caído de costas ele arfa pesado, une os punhos mais uma vez, dá um salto sem usar as mãos para se levantar, mas, me adianto outra vez e seu rosto encontra o meu punho direito em cheio, o faço voltar ao chão batendo a nuca contra a terra mais dura dos caminhos próximos aos trilhos, encaro seu rosto que sangra, ele tosse e cospe um bolo de saliva e sangue. – Você... ahh... – gemendo, o humano não nos parece grande coisa, mas, do nada, seu corpo irradia pura luz. – Vamos lutar de verdade! – seu grito ecoa junto a uma explosão brilhante que me força a recuar ou pouco.

Tapo os olhos com o braço esquerdo e consigo ver, Fayra flutuava um pouco longe do chão, suas extremidades estavam douradas, seus olhos e cabelos também, a energia que pulsa é interessante. – Então quer uma surra antes? – me questiono e, contrariando Thereza, guardo Ehras no nosso Limbo. – Vamos ver se é bom o suficiente para me fazer usar a foice... – o desafio.

— Hah! – indignado, ele prepara o punho esquerdo e desaparece, nisso, ergo minha aura que vim suprimindo, não a deixo em auge, pois, isso afetaria meus amigos.

 

Usava toda magia que tinha, eu e Leona nos focávamos em defender e curar aqueles que lutavam conosco, era um caos enorme, tanta gente se matando, gritando, morrendo, o som caótico de espadas em magias sendo disparadas não me deixam concentrar direito, porém, nosso grupo se mantêm unido a todo instante, aqueles homens que vieram de Ezthel e o Nanci que me deixa boquiaberto com tamanha habilidade no manejo de sua arma e, sim, ele usou magia, mesmo que seja impossível para um Nanci moldar a trama mágica, eles podem usá-la de objetos preparados para isso... é simplesmente fantástico o modo que ele domina o arcano para lhe auxiliar em movimentos que nenhum homem comum faria, a agilidade e força desse lobo são descomunais, conheço mestres que pagariam dezenas de moedas reais para estuda-lo, porém, saio destes pensamentos ao puxar Leona para baixo, pois, um disparo de gelo passa sobre nós. Ela me olha e logo tem a atenção voltada a um homem que corre em nossa direção com um machado enorme e negro, porém, Enlay e intercepta, cruza armas com ele enquanto o outro, Mallf, bate os machados no ombro direito do inimigo só para que Enlay tenha chance de finalizar com um corte crescente no pescoço, para separar a cabeça do corpo. – AVANÇAR!!! – alguém grita e com um urro extremamente arrepiante e inspirador, todos respondem.

Estávamos atrás do fronte, da muralha de escudos que se alinhavam afrente da outra, os poucos que passavam eram pegos por nós, tudo estava muito bem, pois, uma mulher surgiu daquele túnel que Aryn fez e... não sei se é minha imaginação, mas, ela pareceu-me um pouco translúcida, a mulher tem uma fúria digna dos contos antigos, pois, sem armas, corre para a batalha sem medo algum e inspira a todos nós. Nada parece atingi-la, pois, sua agilidade é sobrenatural, não, espera...

— Thereza! – o lobo a chama enquanto a mulher esmagava o crânio de outra que teve o azar de encará-la, ambas estavam em uma pilha de corpos que se formou.

— Klyce! – ela sorri e ergue o punho, mas, isso, espera!

O Nanci certamente gritou para avisá-la, pois, cinco lanceiros se aprontavam, a muralha de escudos inimiga se abre e tias armas atravessam o quadril dela. Tapo a boca enquanto o lobo deixa o queixo cair e começa um avanço furioso rumo a mulher que... – Seus filhos da puta! – ela grita e estapeia o ar, assim, tudo à sua frente é repelido com uma energia etérea azulada assim como fica o seu corpo onde foi atingido. Como se não fosse nada, ela retira as lanças de si e gargalha alto. – Morram desgraçados! – imbuindo as armas com seu poder incrivelmente denso, Thereza, como Klyce a nomeou, arremessa as lanças em alvos que daqui não vejo, mas, sinto a terra tremer sempre sequente aos disparos que ela faz rindo.

Abaixamos para não cair, Mospher estava a minha esquerda, usando sua magia de água para curar os ferimentos de um homem de armadura negra completa que o agradecia entre gemidos, ao olhar para a direita, Leona sumiu, e quando a procuro ao meu redor, a vi seguindo abaixada para ajudar o mesmo homem, nós somos apenas alunos, não temos prática com magias ofensivas, bom, Aryn nos ensinou bastante coisas, mas...

O Nanci passa a minha frente enquanto recuava com o aperto de duas espadas contra a sua, era uma mulher de roupas de couro com poucas partes realmente metálicas, era mordia os dentes junto ao cabelo escuro e longo. Não tenho tempo de pensar, miro a mão nela e...

 

Estava com o corpo ardendo, arfando, enquanto todos se concentravam em mim, parecia que eu atraia os inimigos que vinham aos gritos furando a muralha de escudos, porém, essa cimitarra é simplesmente incrível, ela é tão leve, e tão poderosa que mal a manejo direito com as duas mãos, uma é o suficiente. Defendia um ataque lateral e manejava as patas no chão a fim de ganhar distância enquanto um aliado enfiava sua lança nas costas do humano que cai agonizando e é finalizado com um machado que cai em sua cabeça armadurada que quase se parte, os dois amigos que me ajudaram me fitam e riem para si enquanto eu gestuo um obrigado com a cabeça, eles respondem e em dupla, continuam.

Mythix estava um pouco atrás de mim, e depois do susto que Thereza nos passou, eu fiquei muito mais atento, tanto que antecipei uma mulher que disparou em minha direção, ela bate suas duas espadas contra a minha e me força para trás, é muito forte e... Arrasto as patas no chão, uso as minhas garras para ter tração o suficiente e consigo repeli-la, mas, em contrapartida um ataque duplo vem em minha barriga, não tinha tempo de segurar os dois, só, droga!

Antes que me acertasse, um jato de água bate contra a cara dela, a mulher cai de lado e em uma jogada do destino, uma bola de fogo a atinge no peito lançando seu braço esquerdo para longe, bom, destino nada, Akryn estava mais distante, porém, me ajudou ainda assim, o agradeço com um sorriso e me viro ao humano que fui incumbido de proteger. – Volt-

Sou interrompido por um arrepio intenso, olho para trás e vejo, uma mão gigantesca e negra se levantando, as magias que vão contra ela passam por dentre as trevas e, aquilo cai com uma velocidade tremenda, o chão chacoalha tanto que eu caio , chego a ficar de joelho perante isso e, logo após, uma explosão azul ergue-se no céu trazendo mais luminosidade a esse lugar, o Sol não chega aqui direito e, por isso, somente a luz das pedras e dos lugares com lava escorrendo nos permitem ver, claro, as magias que são disparadas unilateralmente também.

Defendo o rosto perante os detritos que a explosão lança e, seguindo o caos, Cixoam sobrevoa-nos lufando o ar com força para me derrubar no chão de novo, de sua boca, uma torrente de luz passa completando a desgraça dos nossos inimigos.

Me levanto a tempo de ver, o dragão faz uma curva fechada e bate as enormes e poderosas asas a fim de se erguer rumo a estrutura sustentada acima de nós, procuro Thereza com os olhos, mas, ela não está aqui, ela... quase ignorando tudo em volta, vejo meu mestre lutando contra um humano cheio de luz no corpo, instintivamente eu me movo para ajuda-lo, entretanto.

— Klyce! Fica junto! – All’ma grita enquanto passa ao meu lado, estávamos pressionando eles a todo tempo, nesse ritmo, a vitória é certa, pois, nossos magos e arqueiros trabalham para anular os atiradores deles que estavam nas paredes, e assim, infelizmente, volto a me emergir nesse caos fétido, cheio de sangue e gritos.


Notas Finais




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