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História Crônicas de gelo em Eldarya - Capítulo 4


Escrita por: LuizaMisaCC

Capítulo 4 - Capítulo 4


                - Ora, isso aí sim é estranho – Ezarel disse entrando no quarto – Espero que não esteja fazendo nada pervertido nesse quarto. Tomara que não seja uma daquelas histórias de romance que o herói descobre que ama uma mulher só depois que ela morre. Eu odiaria participar disso – Ele provocava o unicórnio (e a escritora), mas Kero notou que era diferente, ele não estava com o sorriso presunçoso de sempre. Aliás não via esse sorriso em Ezarel o dia todo
                - Não, ela estava sentada aqui. Estou me perguntando o porque. – Ele olhou em volta e então viu o corko de Seth encolhido em um canto. Ele parecia com medo e uma de suas orelhas tinha um pouco de gelo – Acho que ela veio alimentá-lo, mas uma mulher congelada não vai conseguir tocar um mascote de água. – Ele atraiu o mascote com um petisco então tocou a orelha dele para esquentar entre as mãos – Ela nunca me disse o seu nome, rapaz...
                - Kero – Ezarel cortou com a voz seca.  Quando viu o unicórnio olha-lo como se tivesse sido chamado ele completou – É o nome do mascote, idiota. Ela provavelmente não te disse porque sabia que era uma ideia ridícula. Você tem mais cara de sabali – o elfo abiu um meio sorriso
                - Se ela veio por ele significa que se importa.  O que quer dizer que sente algo, só não sabe explicar. Vou falar com a Miiko. – Ele pegou o mascote no colo e começou a sair do quarto
                - Hey, unicórnio... deixa eu falar algo com você antes de tentar salvar o dia. Feche a porta. – Ezarel disse e quando Kero atendeu a seu pedido ele continuou – Eu conheci uma humana antes de Seth, ela era importante pra mim... me apaixonei. Então ela voltou para casa assim que teve chance. Eu conheci Seth e ela era bem diferente, mas eu não me apaixonei por ela... no lugar disso ela se tornou como um familiar chato que está sempre lá. Eu descobri a relação que o Nevra tem com a Karenn e que irmãs mais novas podem ser terríveis. Se algo acontece com elas é culpa nossa. Ainda que ninguém nos culpe nós sabemos que é.  Morreu com uma poção feita por mim mesmo. Eu sei tudo que tinha naquele frasco e mesmo assim não sei reverter, não de uma forma que ela fique. Quando o corpo dela começa a descongelar como fizemos com a mão dela... sua pele não fica viva. Ela está morta. – Ele se levantou e se aproximou do outro, o olhando – Os humanos não foram feitos para Eldarya, eles não vão se enquadrar aqui. Qualquer humano que tente vai machucar a si e aos outros. Lembre-se disso... ou vai quebrar tão intensamente que não sobrará nada.
                Depois daquela história Kero ficou parado em pé enquanto Ezarel saía. Ele sentia verdade na voz do líder da guarda absinto e se perguntou se deveria ir até Miiko. O mascote se moveu no colo dele e ele achou coragem para ir, aquela criatura quente era uma prova de que Seth podia se importar.
                - Hm, ela foi alimentar o mascote... e daí? Pode ser apenas a rotina dela falando no corpo – Foi apenas o que Miiko disse
                - Quer dizer que ela ainda pode voltar a fazer as coisas que fazia. Vocês não podem mata-la! – Ele disse incomodado
                - Quem te disse que vamos mata-la? – Miiko arqueou a sobrancelha para ele – O que eu disse foi que essa era uma saída se ela fosse totalmente inútil, um boneco. Hoje de manhã Ewelein disse que ela é capaz de fazer missões e que está tendo melhora então eu cancelei a ordem de pensarem nisso. Está atrasado
                Kero olhou para o corko que estava aconchegado no colo dele e suspirou. Pediu desculpas se retirando, ele entregou o mascote á Purreru e foi para a enfermaria, estava no fim do dia então pegou Ewelein saindo de lá com Seth. A segunda de cabeça baixa com uma grande capa negra e capuz sobre a cabeça para não a verem direito.
                - Miiko disse que não era bem aquilo que você me disse – O rapaz disse cruzando os braços – Porque você mentiria?
                - Eu estava cansada de você passando na porta da enfermaria e nunca entrando, talvez com uma pequena pressão você decidisse logo.
                - Decidir o que?
                - Vai evita-la ou não? Vai vir vê-la ou não? Gosta dela ou não? Não me importo com quem você gosta ou deixa de gostar, mas está envolvendo meu trabalho nessa enrolação. Decida-se, seja sincero com ela. Duvido que agora ela ficará com o coração partido se é isso que você teme. – A elfa passou por ele e Seth a seguiu
                - Não é simples assim! – Ele reclamou
                - Se é muito complicado pra você vá embora. Amor complicado não é pra gente mole.    
                Ewelein continuou caminhando até o quarto de Seth para deixa-la e Kero foi para o próprio quarto dormir. Cuidou de seu seryphon pensativo.
                - Kero é um nome idiota para um mascote? – Ele perguntou deitado na cama, o mascote pousado sobre seu peito que já estava sem camisa. A ave fez um barulho característico de coruja em resposta para seu tutor – Hm, tem razão.. o Ezarel implica com todos.
                O sono veio rápido naquela noite, desacordando o rapaz sem demora. No meio da madrugada ele teve uma sensação. Sentia o toque de dedos frios em seu corpo. Abriu os olhos e viu Seth ali. Ela não estava gelada como antes e nem tinha lascas de gelo por seu corpo, mas seu toque estava frio. Seth o beijou se deitando sobre o corpo do unicórnio.
                - A-ah, S-seth... o que está fazend – O toque dos lábios da garota nos dele o fez se calar. Ele hesitou, mas aos poucos sua musculatura cedeu ao corpo dela no seu e ele a beijou de volta.
                Seth abraçou o rapaz com firmeza, mas ao mesmo tempo com gentileza. Entrelaçando os dedos nos cabelos do rapaz e acariciando o corpo dele com a mão livre. Um arrepio percorreu o unicórnio. Ele estava quente e ela fria. O encontro da pele dos dois o fazia arrepiar. Surpreso por a sensação não ser desagradável, mas muito excitante ele deslisou dedos tímidos pela fenda da saia dela, tocando-lhe a coxa. Olhou para ela com medo dela o repelir, mas ela pareceu gostar. Soltando um som prazeroso e baixo entre os lábios dos dois, antes colados.
                O rapaz se perdeu um momento no prazer, não lembrando bem o que viera a seguir até que acordou de verdade dessa vez.  Ofegante, e úmido de suor ele olhou em volta. O quarto estava vazio. Nada se movia, com excessão da cortina que dançava ao vento noturno vindo da janela. Ele estava sentindo o frio vindo do mesmo vento.
                - Um sonho, Keroshane. Você teve um sonho... – Disse a si mesmo. A ave deitada em cima do guarda-roupa apenas o olhou sonolenta para ver o que era, então voltou a dormir.
                Kero se levantou para fechar a janela se perguntando se havia mesmo a esquecido aberta, mas o sono lhe impedia de se lembrar. Morfeu o chamava de volta para seu leito. Depois de se certificar que o vento não abriria a janela novamente foi dormir. Dessa vez um sono calmo.



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