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História Crônicas de Heróis - Luto


Escrita por: UchihaAika

Notas do Autor


Olá (:

Capítulo 116 - Luto


Sakura

 

 

 

As primeiras gotas frias de chuva vieram quando o fogo já cercava todo aquele amplo espaço, e ela e Sasuke praticamente não tinham mais para onde correr. Até então, tinham escapado da chama dos dragões por pura sorte, procurando por Karia em meio a todo o caos que havia se tornado aquela região do mundo. Mas Karia não estava lá, e não estava em lugar nenhum…

A chuva veio para acalmar a fúria do fogo, e também das criaturas. Depois de o mundo começar esfriar, os dragões não mais atacaram. Ainda assim, boa parte do fogo continuou vivo, queimando a grama e os corpos que se espalhavam de maneira catastrófica por toda a extensão daquele campo.

Inúmeras pessoas haviam morrido. Tantas que Sakura não conseguiria parar e contar.

Os seres humanos não haviam sido extintos, mas haviam sido drasticamente reduzidos.

Os Ehyrim, por outro lado, poderiam ainda existir, mas em menos de um século estariam completamente acabados. E se o mundo seguisse seu curso natural, Sakura estaria viva e saudável para observar tudo aquilo com seus próprios olhos e recordar-se frequentemente sobre como não havia conseguido ter êxito em proteger os seus.

– Parece que eles pararam de atacar… – Sasuke comentou. Alguns magos, que estavam ali próximos deles pois tinham fugido juntos, comemoraram aquela afirmação.

Havia uma única coisa capaz de causar conforto em Sakura naquele momento, e isso era a voz de Sasuke. Quando ouviu ele falar, seu coração pareceu derreter-se e tornar-se lágrimas. Ela o abraçou e chorou em seus braços.

– Você está bem? – Ele perguntou. Mas Sakura soluçava tanto que não conseguia falar.

Talvez aquele sentimento jamais partisse. Ela jamais esqueceria do falecimento de Chiyo, do assassinato de Sasori, da morte de Konan. De alguma forma ou de outra, as mortes daquelas pessoas tinham indiretamente relação com Sakura e com suas falhas, principalmente as falhas em conhecer a si mesma e às coisas que a rodeavam.

– Não seja tão dura consigo mesma, Sakura. – Uma voz falou em sua cabeça, e Sakura imediatamente a reconheceu. Daelyèn. – Sim, sou eu. E nossa conversa precisa ser ligeira. Eu só desejo que você lembre que algumas coisas não estão ao seu alcance… Eu falei a você que nada dependia de uma promessa sem grande significado, e que uma única pessoa não poderia fazer muita coisa sozinha. Você continua presa às suas correntes, menina, e não consegue ver… você não consegue ver o quão grandiosas foram as coisas que fez juntamente com outras pessoas!

Daelyèn eu… eu sinto muito… mas eu realmente não consigo.

– Bem… grande parte das pessoas realmente não consegue se libertar das correntes que constroem para si mesmas. Estas são sempre as mais fortes, Sakura, e eu acho que nunca conheci ninguém capaz de quebrá-las. Apesar de ter pensado que você seria diferente, parece que me enganei. Mas espero que os deuses guiem todos os seus caminhos…

A voz dela passou a desaparecer de sua consciência.

Não, por favor… fique…

A ninfa não respondeu mais às suas súplicas, e Sakura acabou chorando ainda mais.

– Está tudo bem agora, Sakura. – Sasuke disse, beijando o topo de sua cabeça. A voz dele podia ser seu calmante, mas não era sua cura. Provavelmente ela não teria nenhuma cura.

Ouviu o som dos dragões se aproximando deles, e alguns gritos dos magos e das outras pessoas que estavam por perto. Sentiu o vento do bater de suas asas, e lembrou da sensação libertadora que havia sido estar voando sobre Beltzaxes ao menos que por alguns minutos.

Pensou que eles estavam indo embora, mas eles pousaram ao seu lado. Sakura saiu dos braços de Sasuke, e então os viu. Beltzaxes, magnífico, estava acompanhado pelos outros dois, um de escamas verdes como a relva, e o outro com escamas na cor do fogo, variando entre tons de amarelo, laranja e vermelho. Eram três animais incríveis, magníficos, cheios de histórias para contar, Sakura não tinha dúvidas daquilo.

A chuva, que caía mansamente, pareceu ficar mais forte, e um trovão soou à distância.

– Sakura, Ehyrim… Estes são, em seu idioma, Lostterion e Floneak, dois irmãos que a vida trouxe para mim após a morte de minha mãe. Por muitos anos vivemos reclusos em uma ilha isolada, e nunca foi nossa intenção causar o extermínio da raça humana. Nós fomos enganados pelas bruxas, assim como você. E eu acabei levando-a para a quase morte…

– Beltzaxes, não foram as bruxas que te enganaram, foram as seguidoras de Dórya. As bruxas verdadeiras tiveram um importante papel para dar fim a tudo isso, e devemos agradecê-las… Mas fomos enganados, em conjunto, e eu não culpo você.

– Ainda assim, existem inúmeros motivos pelos quais nos desculpar. O que causamos aqui foi um grande extermínio, e poderia ter sido pior… os humanos poderiam ter sido realmente dizimados, por completo. Transmita a todos eles os meus mais sinceros pedidos de perdão, e de meus amigos também. Eles não falam seu idioma, mas é isso que pensam, posso garantir.

A voz do dragão soava quase como os trovões que ecoavam pelo mundo conforme a intensidade da chuva aumentava. Ainda assim, muitos dos magos se aproximaram para ouvir o que era dito, como se repentinamente tivessem perdido o medo das três criaturas que tinham destruído tudo.

– Transmitirei, tenha certeza disso.

– Gostaria de poder ajudá-los na recuperação, mas nossa especialidade é a destruição.

Sakura riu daquele comentário, apesar de não saber se havia tido algum tipo de humor, ou se dragões sequer tinham humores. Gostaria de um dia poder conhecê-los melhor, mas agora, sua magia havia sido retirada dela, e talvez não pudesse mais nem mesmo se aproximar.

– Está tudo bem, Beltzaxes… eu… gostaria de agradecer pela oportunidade de conhecê-lo.

O dragão abaixou sua grande cabeça, e Sakura sentiu a respiração quente contra a sua pele, mas não foi queimada, tal como na primeira vez. Seus olhos encheram-se de lágrimas quando, ao levar a mão para tocar no dragão, não foi ferida.

– Eu ainda consigo…

– Talvez algum resquício da magia, ou não sei… mas também sou feliz por tê-la conhecido, garota… você me lembra tanto a minha mãe!

Sakura sentiu uma lágrima escorregar por sua bochecha. Lembrava de Midhriel, a magnífica rainha elfa cuja história todos conheciam. Ainda assim, não havia podido fazer muita coisa por seu povo, tal como Midhriel. Esta morrera ao tentar melhorar as condições de vida dos elfos, enquanto Sakura continuara viva, mas sua espécie inteira terminara.

– Nós de fato temos algumas semelhanças. Para onde vão agora?

– Retornaremos à nossa Ilha, de onde nunca devíamos ter saído. Cuide-se, garota. E diga a esse rapaz humano que a acompanha para que tome conta de você… porque ele também me lembra um certo alguém… Éoren, era o nome dele, e ele protegeu minha mãe até a morte.

Até a morte…

Aquele pensamento causou arrepios completamente desagradáveis em Sakura, e pela primeira vez ela não gostou de ouvir algo dito por Beltzaxes.

– Sasuke não precisará disso. – Respondeu, talvez até rispidamente, mas não conseguia pensar em perdê-lo, muito menos sendo ela a culpada.

– Tudo bem, então… adeus.

– Adeus…

A chuva bateu contra o seu rosto com mais força quando o vento das asas do dragão empurrou-o contra Sakura. A lama e as cinzas também sujaram ainda mais sua roupa, que já estava em condições deploráveis. Sakura ouviu aplausos, e incrédula, olhou para trás… os magos, e alguns seres humanos também, aplaudiam a ela e a Sasuke, como se eles tivessem feito algo magnífico.

– Sasuke… pelos deuses, vamos sair daqui agora mesmo.

– Você não precisa me convidar duas vezes.

E então, eles partiram, pelo caminho mais curto possível para alcançarem o acampamento da rainha Senju, onde Hinata, Naruto e Hanabi deveriam estar. Vivos e bem, deuses… não posso perder mais ninguém.




 

 

Sasuke

 

 

 

A chuva tamborilava em sua cabeça diretamente, pois estava desprovido de qualquer proteção. Ele apenas sentia o frio que ela trazia, e estava começando a tremer, mas aquela era uma das raras vezes em que o frio e o tamborilar da chuva não o incomodavam de maneira alguma. Aquela era a chuva que lavava o mundo de alguma parte de suas desgraças, ele podia sentir. Talvez eu esteja andando muito com Sakura para sentir as coisas assim.

Sakura… ela andava ao seu lado, em silêncio, e seu silêncio era sempre incômodo, pois significava que ela estava chateada, ou que estava muito triste para falar. E Sasuke não se sentia confortável diante de nenhuma das opções. Gostaria de poder fazer com que ela voltasse a se sentir bem, que voltasse a ser a Sakura que ele havia conhecido, com uma esperança incorrigível em conseguir fazer o que tinha em mente. Ela acreditava tanto naquela missão… mas agora, está aqui.

– O que você vai fazer agora? – Perguntou para Sakura, enquanto caminhavam em passos lentos pelo campo devastado pelo fogo e destruição.

– Encontrar Naruto, Hinata e Hanabi, não? O que mais poderíamos fazer?

– Sim, isso eu sei… minha pergunta foi o que fazer agora mesmo, nesse momento… quero saber o que fará da sua vida.

Sasuke temia que Sakura desejasse se isolar do mundo, ou que desejasse ir embora do continente, ou até mesmo que desejasse retornar para Hyunin e viver no vilarejo para o resto de seus dias. Em resumo, Sasuke temia que Sakura não desejasse seguir com ele pelo mundo. E ele não tinha certeza de que seria capaz, ou até mesmo de que desejaria, desistir da melhor parte de sua vida para ficar com ela em um único lugar, deixando de explorar e conhecer o mundo.

Sakura parou de caminhar e olhou para Sasuke. Um raio caiu ali perto, entre algumas árvores, e o som causou um desconforto, mas logo após o susto, ela falou:

– Sasuke, que tipo de pergunta é essa?

Ele não saberia dizer em palavras.

– Não sei, eu…

– Eu ficarei com você. Com você, Naruto… talvez Hinata e Hanabi também, não sei. Mas vocês é que são minha família agora. Depois de tudo o que vivemos… é como se nos conhecêssemos por uma vida inteira.

Dizendo aquilo, ela se aproximou e o abraçou. Mesmo que ambos estivessem encharcados pela chuva fria, e Sakura já estivesse com os lábios roxos de frio, eles ficaram ali, abraçados. Ele não queria soltá-la, pois sentia que ela não estava bem. Mesmo que a chuva dificultasse aquela percepção, ele sabia que Sakura ainda chorava. Ela precisou suportar tanta coisa.

– Devíamos encontrar um lugar para proteção dessa chuva… acho que não conseguirei seguir nesse frio até o acampamento de Konoha, se é que ainda existe acampamento.

Sakura concordou com a cabeça. Ela estava tremendo, talvez nem conseguisse falar direito.

Abrigaram-se em um espaço entre morros, parcialmente protegido por pedras e árvores. Ao menos o vento não corria ali, mas algumas gotas geladas ainda pingavam sobre eles.

– Seria bom um fogo agora. – Sasuke comentou. O silêncio de Sakura ainda era incômodo.

– Sasuke… tudo o que eu queria ter feito, era salvá-los… você não sabe o que eu vi no lugar que cresci. Era um lugar lindo e, ao mesmo tempo, tão triste… – Sakura soluçou. – Eu apenas gostaria que eles tivessem tido a oportunidade de serem felizes.

Sasuke segurou a mão de Sakura. Honestamente, ele achava que os Ehyrim mereciam sobreviver em detrimento da raça humana, que era repleta de pessoas ruins. Mas ele sabia que dizer aquilo não seria nenhuma ajuda para Sakura. Não mudaria o fato de que, de acordo com os magos, os humanos eram os que deviam sobreviver, pois eles existiam da natureza. E não mudaria o fato de que não havia retorno para aquilo que tinha sido feito: a Lápis-lazúli estava destruída.

– Você fez tudo o que podia, Sakura, e foi incrível. Ninguém lutou tanto quanto você. Seria impossível fazer mais do que você fez… tenha isso em mente. Algumas coisas… ela simplesmente não podem ser mudadas, e a culpa não é sua.

Ela apertou a mão de Sasuke e chorou um pouco mais.

– Eu sei, eu só não consigo parar de pensar nisso. É tão dolorido.

Sasuke puxou ela mais para perto, em seus braços.

– Pois então pense, e chore, até que a dor diminua.

E assim eles ficaram por um bom tempo. Sasuke apenas acolheu a dor de Sakura, e foi a primeira vez em que o silêncio dela não o incomodou, pois ele sentia que havia a necessidade daquele silêncio. Sakura precisava elaborar melhor o luto que estava vivendo, e que não era um luto simples. Era o luto por toda uma espécie.

A chuva finalmente tornou-se uma garoa fina. Somente naquele momento Sakura fungou, com os olhos vermelhos e inchados, e disse:

– Agora vamos procurar Naruto, Hinata e Hanabi.

Eles saíram de seu esconderijo, e seguiram o caminho, passando bastante próximos do acampamento de Austerin. Estranhamente, os guardas que ali estavam não fizeram nenhum alarde ao ver os dois, como se a guerra finalmente tivesse acabado. E será que não acabou mesmo?

– Sasuke?!

Seu nome foi gritado de longe, mas ele ouviu muito bem, e imediatamente reconheceu a voz de seu irmão. Ele olhou na direção do som e viu Itachi, dentro do acampamento, próximo a um pavilhão grande, que parecia o pavilhão do rei. O irmão mais velho correu até eles.

– Itachi! – Sakura disse quando o reconheceu, e Sasuke finalmente pôde ouvir alguma alegria em sua voz.

Ela imediatamente abraçou o irmão de Sasuke quando ele os alcançou.

– Eu consegui. – Ele disse. – Bem, eu mesmo não consegui, mas acabou!

– Acabou o quê? – Sasuke perguntou.

Itachi não o abraçou, ele sempre parecia ficar receoso demais para aquilo.

– A guerra, Sasuke. A Rainha Tsunade Senju matou Madara com as próprias mãos durante uma batalha. Ela o executou quase como se fosse um carrasco. Agora, tudo está bem…

– Essa foi uma vitória, Itachi. Mas apenas será uma vitória completa se você for o Rei. – Disse Sakura. Então, Itachi sorriu para ela, radiante como Sasuke nunca havia visto após a morte de seus pais.

– Conversamos com os Lordes protetores, não existe nenhum impedimento. Eu sou o novo Rei de Austerin.

O que você já devia ter sido há muito tempo.

– Dessa vez você só precisa aceitar isso. – Sasuke precisou lembrá-lo. Itachi pareceu um tanto quanto desconcertado com aquele comentário.

– Você desconhece, Sasuke, mas seu irmão liderou a resistência contra Madara e planejou um golpe de estado… ou melhor, planejou a retomada do que era seu por direito. Você também não sabe, mas Madara Uchiha se aproveitou da fragilidade dele para conseguir o que queria, utilizando também do Sharingan quando necessário. Você sempre foi muito injusto com Itachi, e eu não admitirei que continue sendo agora, especialmente por ele ser um Rei. – Sakura levou a mão até o rosto de Itachi e sorriu para ele, com uma estranha cumplicidade. – O melhor Rei que Austerin poderia ter, que trará a paz de volta ao reino… mas eu sinto dor em você, Itachi…

Sakura então fechou os olhos, e pareceu acessar o irmão de Sasuke. As expressões em seu rosto denunciaram que ela viu algo bastante desagradável, e logo afastou-se dele.

– Eu… sinto muito. De verdade.

– Ela não merecia morrer. – Itachi disse.

– De quem vocês estão falando? – Sasuke questionou. Aquela era uma situação bastante incômoda.

– De Karia. – Itachi respondeu. – Ela veio até mim, com a pedra que controlava os dragões… não tive escolha senão matá-la.

Itachi pareceu de alguma forma triste ao dizer aquilo.

– Você fez bem, ela estava causando a destruição de tudo!

O silêncio após aquele comentário de Sasuke foi bastante incômodo. Eles podem acessar um ao outro, mas eu posso apenas saber o que me dizem, droga!

– Eu a amava. – Itachi disse. Três palavras simples, de fácil compreensão, mas ainda assim Sasuke não conseguiu compreender.

– O quê?! Você amava Karia? A bruxa?!

Itachi engoliu em seco e aquiesceu com a cabeça.

– Eu estava preparado para convencer a todos de que ficaria com ela enquanto Rei, e que ela seria minha Rainha.

– Isso seria bastante impossível, ninguém gostava de Karia no reino. Nem mesmo você! Como foi que isso aconteceu?

Itachi olhou nos olhos de Sasuke.

– O que aconteceu foi que eu conheci quem ela era. Eu deixei os julgamentos para trás, e permiti-me conhecê-la… coisa que ninguém naquela corte jamais foi capaz de fazer. Julgavam-na por acreditarem ser uma buxa… e qual é o problema em ser bruxa, Sasuke? Mesmo as bruxas estavam nessa terra antes de nós!

Sasuke sentiu como se Itachi estivesse repreendendo-o, ou pelo menos foi aquilo que seu irmão deu a entender. Primeiramente, sentiu-se bastante incomodado e preparou-se para responder no mesmo nível, mas então ele percebeu algo que não havia percebido ainda. Itachi nunca o havia repreendido. Nunca havia sido minimamente incisivo, nunca mostrara uma parte da fibra de seu pai. E agora, como Rei, ele demonstrava tudo aquilo que sempre havia faltado para que ele assumisse o trono: a confiança em si mesmo, em suas ações e em seus sentimentos. Sasuke sempre soubera da inteligência e da capacidade de Itachi, e desejava que ele também pudesse saber. Agora você sabe.

– Você está certo, irmão. – Seu comentário causou estranheza em Itachi. – Eu nunca a conheci, nem ninguém lá. Sinto muito por você ter tido que matá-la.

Itachi balançou a cabeça.

– Teria sido mais fácil se ela tivesse pedido para outra pessoa, mas ela pediu para mim…

– Ela sabia que você seria capaz. – Sakura falou. – Agora, seja o Rei que nós sabemos que você sempre foi.

Sakura abraçou Itachi, em tom de despedida. Ele devolveu o abraço de maneira entusiasmada.

– Não posso deixar de agradecê-la por ter clareado a minha mente. Tudo mudou na primeira vez em que você apareceu na minha vida, e em todas as vezes que nos encontramos. Se eu não tivesse passado por você naquele dia, provavelmente eu ainda seria o garotinho amedrontado de sempre, então obrigado.

Sakura sorriu para ele.

– Você nunca foi um garotinho assustado, apenas precisou esconder uma parte sua durante um tempo para proteger a si mesmo. Mas sabemos do que você é capaz.

Então, foi a vez de Sasuke. Ele se aproximou do irmão e colocou a mão sobre seu ombro.

– Você fez mais do que eu imaginava, Itachi. Acho que nunca esperei tudo isso… me surpreendi, honestamente. E acredito que os nossos pais devem estar bastante satisfeitos, onde quer que estejam.

– Eu pediria para que você e Naruto retornassem comigo, mas sei que isso não acontecerá. Onde está ele, por falar nisso?

– Está no acampamento de Konoha, com Hinata e Hanabi. Falaremos com ele em breve.

Itachi sorriu.

– Se for possível, tragam ele até mim antes de partir. Se não for, digam a ele que o amo, e que espero sua visita.

Sasuke aquiesceu.

– Agora você terá visitas nossas sempre que possível, irmão. Desejo a você toda a sorte como Rei, que possa finalmente mostrar a Austerin todo o potencial que eu sei que tem.

Itachi abraçou Sasuke, e Sasuke permitiu-se ser abraçado. Não era algo que costumava aceitar de bom grado após todos os problemas que tinha tido com o irmão. Mas agora aquilo havia passado, e uma nova era se iniciava. Uma era de mais paz e mais amor, Sasuke não tinha dúvidas.

– Obrigado, irmão. Vejo vocês em um futuro próximo, então?

Sasuke sorriu.

– Sim, em um futuro próximo.

– Sakura… cuide bem desse garoto, eu sei que você é capaz disso.

Sakura riu.

– Eu cuidarei.

O cuidado é a minha parte, e não a sua. Mas ele não teria problema nenhum em ser cuidado por ela.

Então, partiram, deixando o Rei de Austerin em seu acampamento, agora pacífico. Sasuke sentiu que Sakura estava um pouco mais leve, e aquilo fez com que ele se sentisse melhor também. E, embora não quisesse admitir, ele estava bastante orgulhoso de Itachi agora, como não imaginara que estaria tão em breve. Eu sempre soube que você seria um grande Rei.

 


Notas Finais


O capítulo ficou curto porque Sakura e Sasuke já tiveram um baita espaço hahah
Os POVs semana que vem serão de Ino e Tsunade.
Até mais :*


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