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História Cruel Memories - Ova - Stincy - O aniversário!


Escrita por: RachelGD_

Notas do Autor


Boa leitura^^

Capítulo 30 - Ova - Stincy - O aniversário!


Fanfic / Fanfiction Cruel Memories - Ova - Stincy - O aniversário!

Afundei minha cabeça na cama, resmungava coisas desconexas, virei de barriga pra cima encarando o teto seriamente.

─ Um vestido? Não, ela já tem muitos, roupas também, precisa ser algo diferente... ─ Fiquei pensando por um bom tempo, no final a frustração ficou tão forte que obrigou a descontar em alguma coisa, soquei a parede mais próxima fazendo um enorme buraco.

Do outro lado estava Sting em uma posição um tanto peculiar, apoiado em apenas uma perna e seus braços levantados por cima de sua cabeça.

Ele se assustou caindo de cara no chão, eu riria, mas meu humor terrível não permitia.

─ Ittai! ─ Grita ─ Que merda foi essa, Blondie?! 

─ Não grite, se não esse punho vai descer por sua goela! ─ Ameaço soltando fogo pelos olhos.

─ Desculpe! ─ Gritou se jogando debaixo da cama.

Suspiro e sento-me na sua cama bagunçada, vejo o loiro retirar apenas a cabeça de baixo da cama, seu cenho estava franzido.

─ Por que você fez um buraco na parede do meu quarto? ─ Perguntou saindo completamente.

─ Você sabe o que vai dar a Mi-chan? ─ Ele da de ombros.

─ Falta ainda cinco dias para o aniversário dela, sempre decidi de última hora mesmo. 

Claro, como esperado do abelha.

─ Não faço a mínima idéia do que lhe dar, ela já tem de tudo! ─ Deixo meu corpo cair sobre a cama dele.

─ Você se preocupa muito com as coisas. ─ Fala sorrindo.

─ É o aniversário dela! No meu, ela me deu uma tinta importada de Bosco, de uma lula super rara, é a melhor tinta que eu já tive, não borra, realça a letra e parece até brilhar! ─ Explico quase babando.

─ Eu sei, fui eu que deu a idéia. ─ Disse me fazendo engasgar.

─ Você?! 

─ Sim, ela estava que nem você, até pior. Eu já fui em Bosco muitas vezes, é a capital dos ricos, tem muita coisa maneira lá! Por mais que tudo seja muito caro. ─ Resmunga a última parte.

─ Obrigada, abelha, já sei por onde começar a procurar alguma coisa! ─ Falo animada pulando na cama.

─ Você já foi a Bosco alguma vez? É bem difícil andar por lá sem se perder . ─ Disse fazendo careta ─ Eu me perco lá direto, olha que eu já fui um montão de vezes!

─ Droga... ─ Me jogo na cama de novo.

─ Eu posso ser seu guia, Blondie! ─ Disse animado.

─ Você? ─ Minha voz carrega desconfiança, ele fecha a cara.

─ Blondie ingrata.

─ Tudo bem. ─ Aceito. Era melhor do que me perder, mas eu duvidava seriamente do senso de direção dele.

─ Você não vai se arrepender! ─ Gritou ─ Vamos partir agora mesmo, quando antes melhor, prepare uma mochila eu vou pegar a comida! ─ Disse pulando o buraco entre os dois quartos indo para o meu, abriu a porta e correu as escadas.

Faço que nem ele disse, faço uma mochila com roupas e preparo um envelope bem gordo da última missão, guardo no mundo celestial para não ter risco de perder.

Visto minha roupa de missão e vou até o quarto do abelha pelo recém feito atalho, preparo uma mochila para ele e guardo no mundo celestial junto com a minha, desço até a cozinha vendo-o pegar todo tipo de lanche e doce.

─ Vamos, Sting, já está tudo pronto. ─ Ele acena e enfia toda a comida em uma bolsa com uma lacrima de resfriamento, para manter a comida sem estragar.

─ Para o trem... NÃO!! BLONDIE, AGORA EU LEMBREI, VOU MORRER!! SOCORROOOO! ─ Começou um escândalo, agarrou a parede mais próxima desesperado. 

Só estávamos nós em casa Rogue foi em uma missão solo, Minerva e Yukino foram a um festival de moda, Orga e Rufus foram a uma missão classe S juntos.

Suspiro começando a arrasta-ló para estação de trem, todos na rua encaravam assustados ele ser, literalmente, arrastado pela rua.

Ao chegarmos na plataforma de embarque, larguei o pé do Sting e fui comprar as passagens para Bosco.

─ Oi... ─ Fui interrompida por uma bola de chiclete quase explodir na minha cara, a mulher mascava enquanto observava suas unhas.

─ O que deseja, querida? ─ Perguntou falsa.

Me dê paciência, Kami-sama.

─ Duas passagens para Bosco. ─ Disse calmamente.

─ E o que uma pessoa como você vai fazer lá? ─ Perguntou irônica.

─ Isso não é da sua conta, por que você não faz seu trabalho? ─ Fecho o punho pronta para lança-ló na cara dela.

─ Oe, Blondie! ─ Gritou Sting chegando do meu lado.

─ Sting-kun! ─ Berrou a garota quase se tacando nele pelo pequeno balcão ─ Veio me visitar? Fiquei com tantas saudades...

─ Abelha, não chegue gritando no meu ouvido! ─ Adivirto.

─ Pare de enrolar aí, o trem vai chegar e você vai estar plantada aqui! ─ Ele me dando bronca seria cômico se não fosse trágico.

─ Vocês estão juntos? ─ Berrou novamente.

─ Sheila! A quanto tempo está aí? ─ Sting notou a presença dela só agora.

─ É Sherrina! Como pode se esquecer? Até me ignorou... ─ Seus olhos encheram de lágrimas.

─ Anh... Poderia nos vender a passagem? ─ Ela olhou-o indignada e ficou furiosa.

─ Está me trocando por causa dessa menininha? ─ Me olhou de cima a baixo ─ Mais fácil seria adotar um cãozinho de estimação para lhe fazer companhia, Sting-kun. ─ Sorriu.

─ Oras sua... Vou te fundir com o chão, esfregar sua cara no asfalto... ─ Parto para cima dela sendo segurada no mesmo instante.

─ Blondie, o trem chegou, vamos! ─ Começou a puxar-me até o trem.

─ Passagens, por favor. ─ Pediu o moço.

─ É...UM DRAGÃO!!! QUE ENORMEE!! ─ Sting gritou fingindo uma expressão assustado apontado para trás, o homem virou assustado, ele aproveitou e se jogou, junto a mim, dentro do trem que apitou no último segundo.

─ Esperem! ─ Gritou, mas a porta já havia se fechado.

─ Essa foi por pouco. ─ Falou jogado no chão do trem.

O trem já se mexia e ele continuava normal.

─ Você não está enjoado? ─ Ele franziu o cenho e levantou-se.

─ Que estranho...MAS NADA MENOS QUE O GRANDE STING EUCLIFFE, SUPEROU SUA FRAQUEZA E... ─ Sua face ficou verde e caiu com tudo ─ Q-que caralh... ─ Tampei sua boca, evitando a palavra suja.

─ Cale a droga da boca, estamos aqui como clandestinos. ─ Levanto e vou para o último vagão rapidamente.

─ Se você, não tivesse ficado de conversa furada com aquela mulher lá, nós não estaríamos nessa. ─ Disse emburrado logo atrás de mim.

Segurei a vontade de espanca-ló ali mesmo, avistei um garçom servindo comida para os passageiros, deve ser por que estamos indo para Bosco somos ricos? Que injustiça, eu passo fome direto nas viagens, afinal, meu time é um bando de esfomeados.

Tranquei com magia a porta da cabine e me joguei deitada no banco, coloquei os braços embaixo da cabeça servindo de apoio.

Deixei meus olhos fecharem e adormeci.

Sting ~

A observei dormir serenamente, provavelmente acordaria com dor nas costas pela posição que estava.

Apoiei minha cabeça sobre a mão e o cotovelo na perna enquanto comia um doce qualquer.

Um de meus novos hobbys era irrita-lá, ficava extremamente fofa vermelha e suas bochechas inchavam de indignação. 

Meu coração pulava de alegria por ter um momento a sós com ela. Sorri ouvindo-a roncar baixinho, poderia negar o quanto quisesse a verdade era um fato.

Sim, Lucy Heartfilia roncava. 

Não era um ronco exagerado, era mais como um ronronando rouco, pelo menos, ao meus olhos e ouvidos.

Acariciei seus cabelos, agora, meio platinados, terminando de saborear o doce. Pelo jeito, ela dormiria até chegar em Bosco. Isso daria um tempo organizar meus pensamentos, talvez.

[...]


Narradora

Um dia quase de viagem, finalmente, chegamos ao nosso destino, Bosco.

Ela continuava a dormir, por incrível que pareça. Decidiu por fim a levar no colo do que acorda-lá, seu humor não seria os dos melhores.

O povo o encarava meio estranho nas ruas, talvez seja pelo fato de estar carregando uma mulher no ombro como um saco de batatas.

Alugou o hotel mais barato que achou, mesmo sendo uma fortuna. Deixou a maga dormindo na cama e foi dar uma volta na cidade.

No caminho uma loja lhe chamou atenção em especial, uma loja, muito extravagante por sinal, de tecidos. Achou uma boa ideia explorar. Adentrou na loja, começou a perambular por ela até uma idosa com um uniforme o comprimentar.

─ Olá jovem, como posso ajudar? ─ Perguntou gentil.

─ Não sei. ─ Deu de ombros ─ É aniversário da minha amiga, queria comprar algo do jeito dela. 

─ Qual seria? ─ Pensou por um momento antes de responder.

─ Ela é bem brava, só usa roupas extravagantes de grifes e gosta bastante de bater nós outros, além de controladora é nós obriga a chamar de senhorita em respeito. ─ Riu ─ Mais é uma boa amiga.

─ Você veio na loja certa então... ─ A senhora foi interrompida por um grito furioso.

─ Sting! ─ Berrou indignada ─ Seu imprestável, como ousa me deixar sozinha nessa cidade? Sabe o sacrifício que foi te achar?!

─ Seria ela sua amiga? ─ Perguntou a senhora que estava servindo de escudo ao loiro.

─ Não, ela ainda consegue ser pior. ─ Murmurou.

─ O que você faz aqui? ─ Observou a loja.

─ O presente da senhorita. ─ A lembrou saindo de trás da senhora.

─ Precisava me deixar sozinha? ─ Resmungou ainda indignada. 

─ Desculpa, Blondie. ─ Coçou a nuca.

A senhora riu divertida e pegou os dois pelos pulsos, começou a puxa-los em direção aos fundos da loja.

─ Obaa-san? ─ Chamou Sting confuso.

─ Eu tenho um ótimo tecido para lhes mostrar.

Entramos em uma sala escura com apenas uma vela, a senhora pegou a vela e acendeu as outras. As chamas chamuscavam as paredes velhas de pedregulho. Mais a frente, um pequeno altar continha algo branco.

─ Aqui está! ─ Sorriu orgulhosa ─ Meu melhor tecido.

─ Obaa-san, eu não acho que isso faça parte da loja...

─ Sim, não é. Esse tecido está a gerações em minha família. O tecido feito de nuvem. ─ Franzimos o cenho juntos.

─  Como assim feito de nuvem?

─ Exatamente, é tão macio que, quando você toca é a mesma sensação de tocar as nuvens. ─ Sting se aproximou e tocou o tecido de leve, seus olhos se arregalaram e sua mão começou a tremer.

─ Impossível...como isso pode ser tão... macio?! ─ Perguntou descrente com a boca entreaberta.

─ Abelha? ─ Chamei preocupada, sua mão não parava de tremer.

─ Nunca mais vou lavar essa mão...nunca.

─ Certo...por que está nos mostrando isso, senhora? ─ Ela puxou uma alavanca e o altar se abriu.

─ Eu gostei de vocês, queria vender a um preço, que tal? ─ Arregalei os olhos.

O por que daquilo? Não era uma coisa importante a ela?

─ Caso pergunte, essa loja está a gerações a minha família como o tecido, porém, só herdam nossos bens da família as mulheres. Tive quatro filhos homens, e como pode ver, estou velha para ter novos filhos.

─ Mais dar a gente?! Isso... ─ A encarei.

─ Que tal, vamos fingir que sou sua vó e você herdará o tecido. ─ Cai dura no chão.

─ Você é louca! ─ Sua gargalhada ecoou.

─ Deve ser a idade, querida. ─ Não aguentei e comecei a rir junto dela.

─ Obaa-san. ─ Sting chamou finalmente parando de tremer ─ Quem herdará a loja?

─ A Lucy. ─ Respondeu sorrindo travessa e misteriosa. 

Eu, que estava me levantando do último tombo cai de cara no chão, não fiz nem questão de mexer um dedo.

─ NANI?! ─ Berrou Sting por mim.

─ Exatamente, eu conheci Layla e ela era uma amiga muito preciosa minha. Agora, tome isso e isso daqui. ─ Entregou apressadamente o tecido a Sting que voltou a tremer e um livro, no mesmo instante nos teleportamos para frente da loja.

Olhamos ao redor atordoados.

─ O quê...? ─ Murmurou o loiro olhando para a loja.

─ Ela nos teleportou, vamos. ─ Lucy a caminhar deixando o loiro para trás.

─ E a gente não vai fazer nada? ─ Ela parou, olho para ele, deu de ombros e voltou a caminhar.

─ Já temos seu presente para a Mi-chan, agora precisamos achar o meu. ─ Respondeu tranquila.

─ Mas é seu esse troço macio para...─ Calou-se antes de pronunciar um palavrão ─ Ela te deu!

─ E agora estou lhe dando, e você, vai dar a Mi-chan. ─ Disse aérea, observava o livro ganho com certa estranheza. Entregou o tecido ao abelha e continuou em frente. ─ Sabe onde tem um bom restaurante? 

Os olhos azuis do Dragon Slayer brilharam fortemente.

─ Claro que sei! Tente me acompanhar! ─ Gritou e saiu disparado deixando para trás uma trilha de poeira levantada e uma maga, muito furiosa, por sinal.

─ Desgraçado...─ Saiu correndo atrás.

[...]


Depois da pequena perseguição, ambos almoçavam num restaurante que parecia ser feito de ouro. Como o presente da Mi-chan, o tecido, foi praticamente de graça, o dinheiro estava sendo muito bem aproveitado pra pagar a fortuna que iria ficar a conta.

─ Abelha, coma de forma educada, não estamos em qualquer lugar. ─ Repreendeu sentindo os olhares em cima deles.

─ O q-que vo-ocê lê t-tanto a-aí? ─ Perguntou entre mastigadas, causando um tique nervoso na sombrancelha da loira.

─ Bem, é um livro sobre tudo basicamente.─ Comentou folheado as páginas do livro ─ Tem magias, histórias, itens raros e lendas.

─ Por que aquela velha daria isso a você? ─ Ela deu de ombros ─ Tanto faz, mas temos que achar um presente para a senhorita.

─ Sim, falando nisso, leia isso aqui. ─ Virou o livro para ele.

─ Hm... Ave do fogo azul? ─ Ficou confuso.

─ Incrível, não? Esse vai ser meu presente. ─ Confirmou alegre.

─ Você vai dar uma ave a Minerva? Tem certeza? ─ Os olhos chocolate se reviraram pela lerdeza.

─ Eu tive uma ideia, um presente conjunto. ─ Explicou.

─ Blondieeee! Não complique as coisas. ─ Resmungou sem entender.

─ Fala sério, bem, basicamente vamos usar o tecido de nuvem e as penas da ave de fogo azul para decorar o tecido. ─ O loiro sorriu animado.

─ Que ótima idéia! Vamos dar um tecido decorado para ela! ─ Lucy soltou um grito surpreso.

─ Sua anta!! Claro que não, vamos fazer um vestido com tudo. ─ Sua expressão iluminou.

─ É, com certeza é uma melhor opção! ─ Concordou com a mão no queixo. 

─ Aquilo não era uma opção! ─ Gritou indignada ─ Porém, a ave só vive numas montanhas ao norte daqui, temos que ir rápido.

─ Estou pronto para a ação! ─ Quando ia correr em disparada o garçom o puxou pelo colarinho, sua expressão era medonha.

─ Indo sem pagar? Que rude. ─ Sorriu maldoso.

─ Claro que não, Oji-san! Blondie o...─ Parou de falar ao não ver a maga em lugar nenhum ─ Eu não acretido! Aquela Blondie! Deixou a conta só pra mim pagar! NÃO É JUSTO!! ─ Começou um escândalo.

─ Calado pivete, está atrapalhando meus clientes. ─ O encarou cruel ─ Se não tem dinheiro vai pagar de outro jeito. ─ Começou a arrasta-ló.

─ Não! Tudo menos tortura, Oji-san! ─ Gritou desesperado.

No final, teve que lavar toda a louça suja e servir de escravo.

[...]


─ Você está péssimo, Sting. ─ Observou o estado do loiro, realmente, horrível. ─ Não é tão ruim lavar uma louça. ─ Debochou.

─ Você só lava a nossa, eu tive que lavar de um restaurante inteiro! ─ Jogou-se na cama do hotel "morto".

─ Vamos ter que começar nossa procura amanhã cedo. ─ Sorriu pegando uma toalha ─ Bons sonhos com a louça, abelha.─ Provocou divertida recebendo um olhar mortífero dele, o que causou uma gargalhada nela.

─ Vou sonhar com você, minha adorada Blondie. ─ Sua voz saiu abafada pelo travesseiro, mas causou uma série de arrepios na loira, que corou prontamente, e como se soubesse disse o loiro começou a rir.

─ Oras, abusado! ─ Murmurou descrente e deu um beliscão na coxa dele.

─ Ittai! ─ Gemeu encolhendo-se dentro das cobertas.

Ela riu vingativa. Entrou no banheiro e o barulho do chuveiro foi escutado pelo loiro que se desembrulhou.

Abraçou o travesseiro e fechou os olhos, quem sabe não sonhava com ela mesmo?

Lucy ~ 

Sai do banheiro me esticando toda devido o sono, aí parei parar pensar, só havia uma cama no quarto.

Bati a mão na testa pela burrice do Sting, não era possível!

Não iria dormir no sofá de jeito nenhum, então só a restava dormir do lado dele na mesma cama.

Deito de lado para ele e puxo um pouco da coberta, meus dedos estavam gelados pelo frio. Para aproveitar o calor dos dragon slayes, aconcheguei-me mais perto do loiro sentido seu calor natural.

Acordei com alguém se remexendo perto de mim, pisquei os olhos confusa, então me lembrei de onde estava, virei para o lado, dei de cara com um loiro que me olhava interessado.

─ Por que você dormiu abraçada comigo? ─ Torci a boca pensativa, mas não lembrava de ter agarrado nele, a não ser por causa do frio e... só pode ser brincadeira.

─ Tava frio. ─ Respondi emburrada.

Sai da cama e fui para a cozinha, minhas bochechas estavam super vermelhas nesse momento provavelmente, e pior, eu tive uma ótima noite de sono.

─ Volta aqui! ─ Chamou.

─ Estou fazendo o café da manhã, o que vai querer? ─ Mudei de assunto, pareceu dar certo.

─ Vai deixar eu escolher? ─ Assenti ─ Panquecas! Suas panquecas são as melhores! 

Sorri feliz e meio envergonhada pelo excesso de elogio, mas ele era mesmo exagerado. 

─ Yoshi! ─ Falei vestindo o avental e pegando os ingredientes ─ Vai ficar pronto em cinco minutos, pode marcar! ─ Disse confiante.

─ É pra já! ─ Tirou o nosso relógio de competições do bolso.

Basicamente temos a mania de fazer competições entre nos dois com contagem de tempo, uma coisa nossa, bem infantil, mas divertido.

─ Falta um minuto! ─ Alertou animado.

Peguei as duas frigideiras com panquecas e as movimentei pra cima, as panquecas, já prontas, voaram graciosamente para os pratos caindo perfeitamente, por fim, coloquei a calda rapidamente.

O apito do fim do tempo soou, bem a tempo.

─ Conseguiu, bate aqui! ─ Fizemos nosso toquinho. ─ E agora...comida! ─ Gritou enfiando tudo de uma vez na boca.

Suspirei, alguns hábitos nunca mudam.

Tomamos nosso café da manhã e preparamos as coisas para ir às montanhas atrás da ave, pegamos nossas mochilas e saímos do hotel.

Aproveitamos e pegamos um mapa das montanhas na recepção, com tudo preparado, partimos.

Já caminhavamos pela floresta que era quente, mas pelo menos, aberta.

─ Eu tô com fome, Blondieee! ─ Reclamou logo atrás de mim.

─ Tudo bem, vamos fazer uma pausa. ─ Cedi cansada das suas reclamações. 

Abri a mochila de comida e as esquentei em uma fogueira, comemos e voltamos para a trilha que dava as montanhas.

[...]


Algumas horas na trilha nosso destino parecia não chegar nunca, se soubesse que fosse tão longe assim teria tentado achar outro presente, não tinha me cansando, não fisicamente, mas meu psicólogo está todo ferrado. Eu só consigo escutar as palavras rondando pela minha mente.

Fome.

Cansado.

Fome.

Cansado.

Oh, como eu queria invocar o câncer e manda-ló contar a língua dele. Por que ele para de reclamar, maltido! Nunca estive tão irritada com ele como estou agora, definitivamente nunca!

─ Vamos parar! Estou me coçando todo, preciso de um banho e comida... ─ Rango os dentes.

Uma sede de sangue apoderou-se de mim.

Mas não era minha, eu nunca sentiria vontade de machucar um precioso amigo.

Era ela, as trevas.

A algum tempo venho tendo esses colapsos, depois de pegar a chave elementar das trevas, isso não acontecia no começo, mas após o selo quebrar-se por completo eu fiquei ligada com minhas chaves como nunca, principalmente com ela.

Era fácil controlar no início, pensei que era apenas o denso poder dela, plenamente enganada, começou a ficar pior e pior, até essa sede intensa de sangue aparecer me corroendo, e na primeira vez que essa sede surgiu ataquei Zeref, estavamos num treinamento como sempre...se não fosse ele, se fosse o Sting a Yukino... qualquer um...eu definitivamente teria matado um amigo.

Flashback...

─ Vou te ensinar a lutar. ─ Levantou uma katana ─ Com espadas.

─ Espadas? Por que? ─ Perguntei sem entender o que ele tinha em mente. ─ Você sabe usar espadas? 

─ Bem, vai ser interessante. ─ Deu de ombros. ─  É claro que eu sei. ─ Revirei os olhos soltando uma risada.

Ele ensinava com calma os movimentos adequados, até eu sentir um gosto metálico em minha boca, franzi o cenho confusa, toquei meus lábios com os dedos, estavam molhados, trouxe minha mão em frente aos olhos. Eles reluziam no mais belo carmesim.

Uma sensação estranha apoderou-se do meu ser ao poucos, dilacerando minha sanidade. Minha visão ficou nublada, dores na cabeça, coloquei minhas mãos nos olhos e comecei a balançar a cabeça frenéticamente, como se quisesse expulsar algo de perto. Uma áurea sombria circulou minha pessoa, não sabia nem se estava respirando.

─ Lucy?! ─ Zeref gritou.

Levantei o olhar até o mesmo, como se ele fosse uma presa. A vontade de sangue. Peguei a espada e mirei em sua direção, veloz, antes de raciocinar o que tinha acontecido a espada já voava na direção da cabeça dele, por pouco ele desviou. E em vez de alívio, uma sede maior percorreu todo meu corpo, como pura adrenalina injetada na veia.

Corri até o mago negro, não queria aquilo, mas meus comandos para parar pareciam não funcionar, alguém estava comandando-me para estraçalha-ló.

Um escudo negro apareceu ao redor dele, minha consciência sumia aos poucos.

Percebi-me parar sozinha, minha mão moveu-se na direção do meu molho de chaves pegando a negra, a apertei com força com uma insanidade desconhecida.

finquei no peito, exatamente, a finquei no meu peito, bem no meio, como uma fechadura sendo aberta.

Até o Ryo-kun e o Acno chegarem com expressões sérias e temorosas, no momento de distração Zeref apareceu atrás de mim, senti apenas um golpe gélido na nuca.

Então a escuridão tornou-se prensente por completo...

Ela desafiava-me sempre que tinha oportunidade, qualquer momento que quissese. E agora, era um desses maltidos momentos.

Fechei lentamente os olhos, de fato, nunca perco um desafio, ainda mais quando arriscava tantas coisas.

Quando os abri novamente, lá estava, a figura feminina negra com os olhos sem sentimentos.

 Bem-vinda, Lucy-chan. ─ Sua voz era doce como de uma inocente criança.

─ Estou meio ocupada agora. ─ Respondo irônica.

─ Ah, sinto muito... ─ Fingiu uma feição triste, mas logo estava a minha frente com um sorriso perverso ─ Mentirinha! 

Fiquei em silêncio a observando, ela já tinha sido uma estrela, então caiu quando seu amor foi tirado dela.

─ Tenho uma coisa a contar, Lucy-chan. ─ Disse seria pela primeira vez.

─ Como? ─ Ela sorriu, sem emoção.

─ Sabe por que quero tanto tomar posse do seu corpo? ─ Neguei ─ Vou reviver Enkki, minha amada.

Enkki? Será que é quem eu estou pensando?

─ Então, juntas, vamos acabar com tudo. ─ Mordo o lábio nervosa. ─ Aí, nada poderá nos machucar, não haverá mais ninguém.

─ Qual seu nome? ─ Perguntei num sussurro, ela pareceu um tanto malancolica.

─ Meu nome? Eu era conhecida como Aoi por ser uma estrela de cor azulada, mas ela gostava de me chamar de Tsuki. ─ Tsuki tinha o significado de "lua" e Aoi de azul   ─ Ela dizia que eu brilhava demais para ser apenas uma estrela, eu era a própria lua, agora veja...estou apagada, mas você é minha esperança, por quê você ainda brilha intensamente, assim, ela poderá me olhar com amor novamente. ─ Disse calma, porém, feliz. ─ Desculpe, Lucy-chan, eu preciso dela. Eu não posso suportar mais essa escuridão, pelo menos, não sem ela.

Isso era... tão triste, ela só queria seu amor de volta não importando o que ela precisasse fazer. Isso me pareceu um amor tão puro. Que loucura.

 Blondie, tudo bem? Por que parou do nada? ─ Sorrio para ele docemente.

─ Nada de mais. ─ Sigo em frente.

Nada de mais... que absurdo.

No resto da trilha até às montanhas ele permaneceu mais quieto, talvez seja por causa da áurea de ódio que tenha me apoderado por alguns instantes.

Já conseguiamos  ver o pico cheio de neve, mas por enquanto nada de ave de fogo. Ela devem morar bem no alto mesmo, escalamos a montanha ingrime rapidamente, seria mais rápido se o abelha fosse mais cuidadoso e quase não caísse toda vez.

Então finalmente chegamos ao topo, era uma bela vista. Eu vestia um casaco grosso e dois cachecóis, frio nunca foi meu forte, mesmo tendo treinado só de roupas íntimas no topo de várias montanhas. O Sting estava com sua típica roupa, sem frio nenhum. Uma das poucas coisas que eu invejo no mundo e a temperatura quente dos dragon slayers, as outras são pessoas que têm ao menos um amigo normal.

─ Eai? A ave não vai aparecer? ─ Perguntou estralando o pescoço ─ Deve ter ficado com medo do grande Sting! 

Foi só falar, uma enorme ave flamejante e azulada saiu do horizonte voando velozmente em nossa direção.

Isso era estranho. Pelo que li no livro, essas aves não são agressivas, mesmo sentindo-se ameaçadas não atacam e evitam confronto tirando...quando é para proteger seus filhotes. Exatamente, um pouco mais a frente havia um enorme ninho cheio de pequenas aves flamejantes, sorri e puxei o Sting pro lado desviando da investida poderosa. Sting já estava preparado para soca-lá, fala sério, ele não tem sentimos por um animal tão gracioso? 

─ Blondie?! ─ Questionou confuso minha ação.

─ Olhe alí. ─ Indiquei com a cabeça o ninho. Ao notar do que se tratava ele sorriu grande, começando a rir alto. Retardado.

─ Entendi! Mas o que vamos fazer? ─ Devíamos de outra investida.

Caso aquilo nós acertasse estaríamos com um enorme corte ou sem um membro, aqueles bicos eram extremamente mortais e afiados na ponta, além do pó dourado que soltava de suas asas que causavam enormes explosões.

─ Apenas tente pegar as penas dela com cuidado sem machuca-lá, ouviu? ─ Olhei-o de canto.

─ Pode deixar, me de cobertura! ─ Gritou começando a correr na direção contrária.

Sem tempo de responder começo a correr em torno do ninho para chamar a atenção, como previsto a ave azul desviou seus olhos ferozes do loiro e mirou na platinada. 

Um grande som agudo ecoou a floresta inteira fazendo automaticamente Lucy tampar seus ouvidos que pareciam que iam explodir, era o grito da ave de fogo, sentiu algo quente escorrer pelos seus ouvidos, sangue, o som foi tão alto que os machucou. Sentiu compaixão, ela estava desesperada para proteger seus filhotes.

─ Blondie! ─ Chamou o abelha na outra ponta do penhasco.

─ O que é?   ─ Respondi mantendo-me concentra no bico afiado que se lançava em minha direção.

─ Acho que sei por que ela está tão estressada... ─ Diminuío o volume da voz, pulou bem alto para longe, franzi o cenho sem entender, então uma enorme, enorme e enorme cobra na cor cinza e um azul apagado saiu de onde ele estava. ─ Que grande! ─ Disse impressionado.

─ Uma cobra de gelo. ─ Afirmei a mim mesma observando suas escamas, já havia me encontrado com uma as dois anos atrás, eram criaturas chatas de lidar pelas suas escamas grossas ainda mais em seus habitat natural.

Uma ideia surgiu, peguei a chave marrom de prata e a balancei levemente.

─ Abra-te o portão da domadora, Usagi! ─ Uma pequena criança com uma tiara de orelhas de coelho e segurando um coelho surgiu, bocejando como sempre.

─ Lucy-san, por que me chamou a essa hora da manhã? ─ Resmungou sonolenta coçando os olhos.

─ É de tarde faz bastante tempo, Usagi-chan. ─ Ela foi responder, mas foi atacada, porém antes de ser atingida a ave parou bruscamente e ficou olhando encanta para a pequena a sua frente.

Essa chave era da domadora, tinha muita facilidade em lidar com qualquer tipo de criatura mágica, deis que fosse um animal.

Aproximou-se lentamente do animal majestoso, acariciando levemente sua cabeça e começou a sussurrar em seu ouvido, como resposta baixos piados foram ouvidos.

─ Certo, o que pretende fazer? ─ Pisquei os olhos surpresa, sempre ficava impressionada com sua habilidade.

─ Bem, apenas queremos algumas penas dela, nada mais. ─ Ela acentiu e voltou a conversar com a ave.

Enquanto isso Sting travava uma luta com a gigantesca cobra de gelo.

─ Ela disse que entrega, mas... vocês tem que ajudar em troca. ─ Respondeu e apontou para a cobra ─ Fazendo a cobra de gelo parar de atormentar ela e seus filhotes.

Concordei, era uma boa "negociação".

Dirigi meu olhar a cobra, concentrei magia no braço direito e mandei um sinal para o abelha que rapidamente entendeu, depois de tantas missões acabamos desenvolvendo um bom trabalho em equipe.

Ele segurou-a pela mandíbula e jogou com força de costas na neve, no mesmo instante eu já estava caindo em sua direção com meu punho levantado, que acertou bem no seu estômago, aparentemente seu ponto fraco e desprotegido, logo um grito esganiçado foi produzido e com suas últimas forças, saiu rastejando para longe. Vitória.

─ Tomo na fuça, cobrona peçonhenta! ─ Berrou Sting mandando a língua.

Suspirei, pelo menos já tínhamos terminado nossa missão. Então a ave emitiu um som suave.

─ Ela agradece. ─ Usagi traduziu para nós.

Então suas asas levantaram-se e seu corpo brilhou levemente, uma chuva de penas brilhantes começou me encantado.

Sting ficou todo animado e pegava cada pena que caia, aproveitei e começei a fazer carinho nas penas da ave.

─ Certo, meu trabalho está acabado. ─ Bocejou o espírito, começando a sumir. ─ Bons sonhos, Lucy-san! 

Soltei uma risada e chamei o abelha para irmos em bora, a última etapa era a mais demorada. Achar alguém para fazer o vestido com todos os materiais, mas felizmente já tinha uma ideia de quem procurar.

[...]


Voltamos com tudo preparado, pegamos o tecido as penas e fomos a busca pela costureira. Uma antiga empregada de quando eu morava na mansão com meu pai, pra mim, nunca existiu pessoa mais habilidosa em confeccionar vestidos, os que ela fazia para mim ficavam tão maravilhosos! 

─ Quem estamos procurando? ─ Sting perguntou profundamente entediado.

─ Uma velha amiga. ─ Aumentei o ritmo reconhecendo o bairro luxuoso. Bati na porta ansiosa, uma senhora com expressões gentis e cansadas atendeu. ─ Annie! ─ A abracei fortemente.

─ Realmente... uma velha amiga. ─ Grunhi em irritação. Desgraçado!

Ela riu de bom humor nós olhando de forma maliciosa.

─ Seu namorado? ─ Perguntou com um pequeno sorriso significativo.

─ Quem sabe, ela ainda não aceitou. ─ Devo estar parecendo um tomate agora.

─ Não! Eu... ─ Percebi que estava falando sozinha. Ambos conversavam como melhores amigos, esqueci de dizer, eles tem quase a mesma personalidade.

─ Bem, o que veio fazer aqui? ─ Peguei o pacote que continha os itens e lhe entreguei. Ela abriu cuidadosamente, seus olhos arregalaram, os tocou maravilhadas. ─ Entendi. Amanhã já vai estar pronto, agora podem aproveitar a noite dos dois pombinhos.

─ Pode deixar, Annie-obaa-chan! ─ Gritou despedindo-se com a mão para o alto e acenando.

─ Seu...─ Iria xinga-ló de todos os nomes possíveis se ele não tivesse olhado no fundo dos meus olhos de um jeito...seus olhos azuis brilhantes que sempre encantavam-me.

─ Sim, Blondie? ─ Perguntou ao pé do meu ouvido sussurrando, um arrepio percorreu minha espinha como um choque elétrico.

─ N-nada! ─ Respondi baixo envergonhada.

Ele soltou uma risada melodiosa. 

Que droga! 

[...]


Eu estava trocando de roupa a pedido do loiro, ele falou que conhecia um lugar super divertido para passarmos a noite. Já pronta com um vestido simples dourado e uma rasteirinha com um pequeno salto branco, desci até o hall do hotel, avistei a figura loira bem arrumada, uma camiseta preta colada ao corpo destacando seus músculos junto com um shorts branco e pulseiras nos pulsos, era um tipo de mania por acessórios, só pode.

Sorri animada para ele que retribuiu o sorriso, indicando a saída com a cabeça.

─ Aonde vamos? ─ Perguntei curiosa.

─ Surpresa. ─ Respondeu com a mãos dentro dos bolsos do shorts.

─ Por favor! ─ Fiz minha melhor cara de dó possível.

─ Deixar eu pensar...não! ─ Fiz um beicinho a contragosto. ─ Sem impaciência, você vai ver.

O observei pelo canto dos olhos, a luz da lua batia em parte de seu rosto, nunca tinha reparado enquanto ele era bonito, na verdade, eu sempre soube deis da primeira vez que o vi, nos jogos mágicos, mas nunca desse jeito. Sabia do seu jeito pegador, a prova disso era que toda cidade que ele já foi há alguma garota louca por ele, mas recentemente esse "jeito" parecia diminuir bastante, isso de certa forma agradou algo dentro de mim, mas preferi não pensar muito sobre o assunto.

Estava tão absorta em pensamentos que não notei seu olhar divertido sobre mim, olhei ao redor vendo que havíamos chegado. Um enorme parque de....desafios? Era o que dizia na enorme placa de néon.

─ Não seria de diversão? ─ Ele negou sorrindo de canto.

─ Parque de diversões são muito clichê, isso daqui vai deixar você bem animada. ─ Sua voz carregava uma animação escondida.

─ Nunca tinha ouvido falar de um parque de desafios. ─ Comentei, mas por enquanto os desafios pareciam um tanto...chatos de demais? não pareciam um real desafio, corridas simples, tiros até mesmo tinha xadrez!

─ Não faça essa cara, aqui é a parte das crianças. ─ Então depois de uma pequena caminhada pelo enorme parque, chegamos a uma outra parte dele...havia todos os tipos de luta para todo lado, desafios com armas, animais, tudo! ─ Então, no que vamos primeiro? ─ Meu olhar pousou numa luta que acontecia, aparentemente era em dupla.

─ Aquela ali. ─ Aponto naquela direção.

Fomos até a luta em dupla e esperamos a que estava acontecendo terminar.

─ Como funciona as regras? 

─ Basicamente, não ataque sua dupla e não mate. ─ Respondeu dando de ombros.

─ Você já veio com alguém aqui antes? 

─ Sim, com Orga e a Minerva, já tentei convencer o Rogue, mas aquele maldito respondeu um "não estou interessado" já o caso da senhorita ela também negou falando que era bobagem e perda de tempo até...uma garota desafiar ela, eu não fiz nada, ela acabou com os dois rapidamente. Nunca mais convidei também, hum. ─ Soltei uma risada alta com sua careta.

─ Os próximos. ─ Fomos chamados. Nossos rivais eram uma mulher e um homem.

A mulher tinha os seios extremamente grandes exagerados que eram apertados num top que quase mostrava tudo. O homem usava apenas preto e uma capa, que combinação mais estranha.

─ Se comprimentem, por favor. ─ Antes de pronunciarmos qualquer coisa a mulher gargalhou alto em deboche.

─ Mirelle. ─ Falou seu nome com um sotaque estranho e superioridade. ─ Ainda a tempo de desistir, por que uma princesa como você fazer? ainda mais um playboyzinho como ele? simplesmente um ultraje tentaram desafiar minha pessoa, idiotas! — Revirei os olhos impaciente. Essas coisas sempre aconteciam comigo e eu realmente odiava ser vista como frágil e indefesa, o que infelizmente ocorria frequentemente.

─ Eu conheço os dois! ─ Uma voz infantil gritou. Uma garotinha rodeada de seguranças apareceu carregando uma boneca faltando um olho e meio surrada.

─ A filha do dono. ─ Ouvi Sting dizer em meu ouvido. ─ Ela é bem sádica.

─ São Sting dos dragões gêmeos da Sabertooth e Lucy uma das ultimas magas celestiais, uma fada com um tigre...que interessante. ─ Pois é, realmente sádica pelo olhar dela.

─ Não me importo! ─ Gritou raivosa.

─ C-certo...comecem! ─ Disse o apresentador da luta assustado com a áurea maligna que rodeava nossos adversários.

─ Uma maga celestial? isso é bem raro, que sorte, vou conseguir um alto preço nas suas chaves. ─ Lambeu os lábios.

Oh, ela tocou num assunto delicado. Sting afastou-se para começar sua luta com o homem ao sentir o clima pesado entre nós duas.

─ Você não deveria ter falado isso. ─ Respondo a olhando com raiva, senti a chave das trevas, ou melhor, Aoi, querer roubar minha consciência. Sempre que eu ficava irritada ela se aproveitava, talvez deixar apenas um pouco não faça mal né? afinal sinto como se ela não estivesse tentando tomar controle em si, mas acabar com ela, mata-lá, talvez a ameaça de roubar minhas chaves, inclusive Enkki, a tenha deixado assim.

─ Sério? Por quê não? Você não pode fazer absolutamente nada, loira metida! ─ Ela joga um ataque parecendo uma bola de fogo roxa.

Desviei o ataque para o outro lado facilmente com as mãos nuas, sua expressão ficou ainda mais raivosa, começou a lançar ataques consecutivos, eu desviava de todos e concentrava magia nas palmas da mão para o próximo ataque, esse era diferente na cor verde e enorme, quando foi lançado foi fazendo um rastro de fogo no chão pela velocidade, firmo meus pés no chão e seguro o ataque, começou uma batalha para qual lado levava o ataque, recuei um pouco, ela percebeu, mas não a minha verdadeira intenção.

─ Muito poderoso para você maguinha? ─ Sorri e lancei meus braços para frente, a bola de fogo verde ficou dourada e muito maior, ela conseguiu desviar, não ilesa, seu braço ficou chamuscado pelo contado e sangrava. Usei minha velocidade parando atrás dela, atrai a bola mágica novamente para minhas mãos, antes de notar o acontecido ela recebia todo o golpe com uma força absurda.

Depois da poeira abaixar a equipe rival estava estirada no chão todo quebrado e queimado pela explosão, ambos muito machucados. O único fato que não entedia era por que ele o machucou tanto? será que tinha o provocado? ele caia muito bem em provocações.

─ Ele te provocou? ─ Ele resmungou em resposta, parecendo com raiva, apertava suas mãos em forma de punho e a ponta dos seus dedos estavam esbranquiçadas pela força.

─ O desgraçado ficou falando que te queria e...ficou descrevendo o que iria fazer com você depois de me "derrotar". ─ Fez uma voz fininha o imitando ─ "vou quebrar ela no meio com tanta força" e começou a imitar os sons que... você sabe!

─ Se ele tentasse qualquer coisa eu cortava o pinto dele no meio. ─ Respondi dando de ombros, mas sorrindo pelo jeito que ele imitava a voz fina do cara.

Os olhos azuis arregalaram-se minimamente pelo palavreado, Lucy nunca falava nenhuma palavra suja e muito menos permitia falarem na presença dela. Porém ficou ligeiramente satisfeito.

Depois de muito lutarem e  fazerem diversos desafios, comeram alguns salgados e voltaram para o hotel, aproveitando para brincar num parquinho de crianças que encontraram, brincaram de pega-pega, Lucy perdeu a maioria, Sting conseguia reconhecer o cheiro dela a quilômetros de distância. 

No final, teve que ser carregada pelo loiro, que a observava dormir com a cabeça em seu ombro. Deitou-a na cama e retirou sua rasteirinha a cobrindo depois, logo deitando ao lado dela a puxando para seu peito, ato muito bem aceito pela loira que se aconchegou ainda mais nele, enfiou seu nariz nos cabelos dela e ficou sentido seu cheiro tão apreciado por ele.

Seus instintos estavam a flor da pele pelo contado tão próximo de sua parceira, sim, parceira, não havia outra explicação pelo que sentia por ela. Nunca tinha sentido nada com as garotas que ficava, só o prazer proporcionado, mas recentemente depois de pensar sobre o assunto parou de ficar saindo com outras garotas. Não fazia mais sentido ficar próximo de uma garota, daquele jeito, que não fosse ela. Sua mente simplesmente expulsava esses pensamentos de sua cabeça, a possessividade também era um bom argumento, que nem na hora da luta do desafio, ao ouvir as palavras sujas dirigidas a loira a única coisa que passava em sua mente era mata-ló da pior forma possível.

Abraçou ainda mais sua cintura e dormiu com o nariz enterrado nos cabelos platinados e cheirosos.

[...]


No dia seguinte já era a véspera de aniversario da Minerva, acordaram cedo e buscaram o vestido que ficou simplesmente incrível, até mesmo Sting que não entendia muito de moda feminina soube que aquilo deveria ser no minimo uma relíquia da moda. Tinha ficado elegante, um tanto extravagante combinando perfeitamente com a futura dona, foram adicionados algumas minusculas joias no busto para destaca-ló. Com certeza Annie tinha esforçado-se ao máximo no vestido, afinal deveria ficar no minimo perfeito, os itens usados eram de coleção e super raros, esse vestido era único no mundo.

Pagaram o preço, mesmo ela insistindo que era "por conta da casa", a honra de ter feito aquele vestido já pagava qualquer divida.

Com isso correram para a estação de trem, a viagem demorava quase um dia inteiro então chegariam amanhã cedo em Crocus. Pegaram as passagens e embarcaram, a viagem foi tranquila e passaram a maioria do tempo conversando e se provocando.

Chegaram em Crocus quando era uma dez horas da manhã, era para terem chegado mais cedo, mas houveram problemas na engrenagens do trem e ficaram parados quase duas horas. Percorreram a cidade até a casa deles, a única pessoa que acharam foi Rogue junto de Froch e Lector.

─ Rogue?! onde está a Minerva e o resto do time? ─ Perguntou Sting.

─ Estão na festa, a senhorita decidiu faze-lá mais cedo, ela ficou bem chateada pensando que não viriam no aniversário dela.

Depois dessa resposta começaram a preparar tudo, Lucy tinha prometido algumas fazer guloseimas para a festa, começou deis de já enquanto Sting iria comprar um embrulho com o resto do dinheiro para o presente. Trocaram-se, o que demorou, era uma festa chique e formal, ela tinha exigido elegância. 

Quando tudo ficou pronto era quase duas horas da tarde, sua festa tinha começado a exatamente duas horas e quinze minutos. 

Ao chegaram meio ofegantes chutaram a porta juntos com sorrisos confiantes, afinal, seu presente era com toda certeza o melhor de todos! Minerva os olhou feliz e um tanto confusa, pensava que tinham se esquecido de seu aniversário ou dado mais importância a missão que tinham ido.

─ Feliz aniversário! ─ Falaram os dois juntos e sorridentes.

Entregaram o presente a ela que ficou simplesmente maravilhada e teve que segurar suas lágrimas de emoção, todos devoraram os doces trazidos e feito pela Lucy e claro...houveram demasiadas brigas e confusões, Sting ficou se gabando por ter dado o melhor presente fazendo a loira lhe socar dizendo: Eu que dei a ideia, o presente é nosso, seu abelhudo!  

A festa durou até de madrugada quando ninguém mais se  aguentava em pé e desmaiaram, depois de acordarem, mesmo com uma puta ressaca, continuaram festejando loucamente e foi assim por mais três dias, Minerva ficou desfilando com o vestido novo por todo o canto emocionada dizendo: Invejem, tenho o melhor vestido do mundo, queridos! Logo se pós a gargalhar, bêbada. Não deixava ninguém com comida ou bebida se aproximar demais dela, o medo de estragarem o vestido era evidente.

Sting se aproximou de Lucy, o cheiro de álcool a fez fechar cara, ela era uma das únicas ainda conscientes de suas ações, mas ainda assim estava alterada . Sem mais nem menos o loiro a puxou pera perto com sua mãos apertando fortemente sua cintura, a outra livre puxou levemente seu cabelo e a beijou de modo feroz e possessivo e o que ela fez?  retribuiu o jogando na mesa com certa selvageria, aproveitando que ninguém se lembraria dessa cena mais tarde.

Essa festa saiu até nos jornais, a capa da revista era a Minerva e tinha um parte exclusiva apenas falando do maravilhoso vestido ganhado de presente.

Também Lucy e Sting foram citados, Sting fez uma entrevista contado sua aventura comigo atrás dos preciosos itens, claro, dando uma exagerada ali e aqui.

Essa missão deixou tanto um quanto outro bem mais próximos, fato que agradou igualmente os dois.

Aparentemente Sting não lembrava do beijo selvagem que tiveram, bem, era o que pensava a loira que estava redondamente engana. Como iria esquecer-se dessa experiência maravilhosa?

Com certeza essa foi a melhor missão que teve em toda sua vida, graças a ela.


Notas Finais


Ficou grandão né? Espero que consigam ler inteiro. Desculpe a demora, mas estou em época de prova e fiquei fazendo de pedacinho por pedacinho.

Desculpe os erros, juro que tentei corrigir pelo menos um pouco!

Gostaram? Eu gostei do resultado, foi um capítulo/Ova descontraído.

A sim, explicando novamente, isso foi uma Ova, isso aconteceu realmente, mas está fora da ordem cronológica.

Os próximos capítulos vão ser só pancadaria, mentira, mas vai começar uma montanha russa de acontecimentos.

Espero que tenham gostado, comentem e adicionem aos favoritos, incentiva demais a continuar.

Até mais!


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