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História Cruella - I Cant Decide


Escrita por: raeraee

Notas do Autor


oi oi, voltei de novo e até eu tô espantada do quão rápido eu consegui atualizar a fic. Obrigada aos 13 favoritos, de verdade e aos comentários de incentivo, é muito importante para mim.

Espero que gostem :)

boa leitura


bj

Capítulo 3 - I Cant Decide


Fanfic / Fanfiction Cruella - I Cant Decide

Eu não consigo decidir
Se você deveria viver ou morrer
Oh, você provavelmente vai pro céu
Por favor, não abaixe a cabeça e chore
Não é de se admirar
Que meu coração se sinta morto por dentro
Ele está gelado e duro e petrificado 

       — Scissor Sisters.
 

Sarada não conseguia tirar o sorriso do rosto. O mesmo estava dormente e formigando. Mas estava tão empolgada! Afinal, era como se fosse fazer o roubo do século.

 

Dinheiro e diamantes. Mulheres com colares de ouro e pedras preciosas andando despreocupadas na mansão dos Uzumaki. A morena até considerava fofo a falsa segurança que elas tinham. 

 

Só de pensar em esmeraldas, rubis, diamantes, ágatas, dinheiro vivo em suas mãos. A fazia se derreter completamente.

 

Afinal, uma mulher feliz é uma mulher bem-sucedida com sua conta bancária recheada.

 

Mas estava com uma dúvida muito grande. Por que diabos Karin Uzumaki estava com tecidos? Ela não confeccionava, não tinha cara de quem levantava um dedo para fazer suas coisas. 

 

Só sabia que a mulher tinha um bom gosto do caralho. Os tecidos eram finos e de boa qualidade, quase chorou quando colocou suas mãos naquilo. Era como um paraíso particular, era como se fossem seus filhos. Amava moda com todas as forças. Não sabia o porquê esse desejo, deve ter herdado de seus pais.

 

Amava andar arrumada. Até porque, não era porque morava em um subúrbio que ficaria completamente desleixada. Sempre usava vestidos justos e seus saltos, a maioria roubados, mas o vestidos eram originais. 

 

Ela confeccionava, com tecido roubado. Mas era dela, de sua autoria.

 

Odiava o fato de que os alfaiates de Paris eram tão bregas. Colocavam coisas tão ultrapassadas e ridículas nas vitrines, ainda tinha pena de quem comprava aquela porcaria.

 

Era tão feio e tão simples que poderia facilmente confundir com um pano de chão. Era cada coisa que dava dó. Sarada era a única decentemente empregada entre o trio. 

 

Trabalhava em uma loja de moda super famosa em Paris, a rival da companhia dos Uzumaki. A Scintillant. Seus vestidos eram super cobiçados, mas porra, os vestidos eram ridículos demais. Feios. Espantosos. Podres.

 

Bom, se fosse uma pessoa normal, nunca trabalharia em um lugar que odiava. Mas de início, ela estava tão animada em trabalhar ali. Sentia borboletas, pássaros e todos os seres alados dentro de seu estômago.

 

Shinki havia conseguindo montar um currículo falso para si. Cheio de detalhes que ela ficara até assustada, porque supostamente, ela era poliglota e tinha convivido com tribos indígenas da América do Sul, ou seja, era super culta. Mas ela nunca sequer saiu da França. 

 

                  *• Memórias de Sarada *•

 

Era uma manhã especial no cafofo do trio desordeiro. Era um dia completamente cheio de energia boas e positivas, afinal, era o aniversário de 18 anos da caçula da família.

 

A morena se encontrava no décimo quinto sono, quando ouviu palmas e um peso sobre seu colchão. Abriu os olhos devagar, dando tempo de eles se acostumarem com a claridade. Estava em um soninho tão bom, estava sonhando com sua própria marca de roupas brilhando, com todos comprando e usando aqueles vestidos antigos como pano de chão.

 

Era lindo. 

 

Ainda estava meio grogue de sono quando viu seus dois irmãos, Shinki era o que havia sentado em seu colchão, enquanto Kawaki olhava para com um sorriso singelo estampado. 

 

— Parabéns pra você... — Shinki começou sorrindo debochado. 

— Ah, mano, não começa! — Sarada murmurou corada.

— Nessa data querida! — Kawaki continuou. — Muitas felicidades! — e se jogou em cima da garota, que tinha seus 1,70. Mas o rapaz de cabelo bicolor tinha 1,80. Era ligeiramente mais alto e mais forte que ela. 

— Você vai me amassar, Kah! — Sarada murmurou sendo esmagada. Um ótimo jeito de acordar.  

— Muitos anos de vida, eba! — Shinki comemorou sincero. Sua irmãzinha estava crescendo e não podia fazer nada enquanto a isso. Lembrava dela perdendo seu primeiro dente. Foi cômico.

 

Sarada foi roubar um pão de uma senhora e deu de cara no muro. Seu dente saiu à força e foi uma luta para os irmãos a acalmarem. Eles ficaram tão desesperados quanto. A morena tinha seus 7 anos, Shinki e Kawaki tinham 16 e 14 respectivamente. 

 

Sarada odiava muros. Pegou uma raiva descomunal por eles. 

 

— Shinki, tá doendo! — Sarada murmurou sentindo os dedos gelados do irmão pressionando sua bochecha em um aperto. — Para de me beliscar, porra! — brigou e sentiu seu irmão malignar mais, seus olhos lacrimejaram e Kawaki só ria daquilo tudo.

— Você tá muito respondona, pingo de gente! — Kawaki murmurou se jogando do outro lado do colchão velho. 

— Toma. — Shinki estendeu um envelope vermelho e logo viu o cenho de sua irmã franzir. Ela estava curiosa, ou melhor, louca para pegar aquilo. Mas estava fingindo desinteresse, era orgulhosa demais.

— Isso seria? — perguntou mordendo a parte interna da bochecha, totalmente ansiosa.

— Seu presente. — deu de ombros. — Abre logo.

— Me dá aqui. — falou logo pegando o papel. Abriu e olhou para o que estava escrito. Ficou abobalhada por alguns segundos e logo pulou nos irmãos. — Obrigada! Muito obrigada, Shinki, Kawaki! — sorriu boba e escutou a risada dos dois, estavam envergonhados. Era raro a garota demonstrar seus sentimentos. — Mas como conseguiram isso? — perguntou.

— Demos nosso jeito! — Shinki disse. — Cavalo dado não se olha os dentes, pirralha! Não pergunte tanto. — bufou revirando os olhos verdes.

— Chato. — murmurou ainda com o papel nas mãos. 

 

    “A Empresa Scintillant escreve para o/a cidadã(o) e recém admitido(a) funcionário(a). Este documento é uma carta de admissão e deverá ser apresentado no dia em que as determinadas atividades começarem.

 

      Prezado(a) Sarada Bausset-Roquefort, devido à sua imensa capacidade e habilidade, nós, o corpo docente da Scintillant, temos a alegria de informar que vossa senhoria tem uma vaga em nossas filiais.

 

       Começaremos no dia: 30/03/1980.

       Horário: 7:30. Não toleramos atrasos.

 

   Atenciosamente: Redatores da Scintillant.”

 

 

Era isso que estava deixando Sarada sem palavras de tanta felicidade. Conseguiu uma vaga para por seu talento a prova! Sempre quis trabalhar ali, afinal, era super conceituada e desde pequena via os desfiles nas televisões. 

 

— Tá vendo, Shinki? Arranjamos o emprego dos sonhos para essa pirralha e é assim que ela nos agradece! — Kawaki murmurou fingindo enxugar uma lágrima. Dramático. — Da próxima vez deixamos você aí, na miséria. 

— Calado, Kawaki! — Sarada brigou rindo com a cena barata de apelação sentimental de seu irmão. — Sarada Bausset-Roquefort? Jura? De onde tiraram esse sobrenome? De uma embalagem de queijo? — ela perguntou sarcástica.

— Precisávamos de algo chique, senão você não entrava. — Shinki deu de ombros. — E com certeza não aceitariam você, já que não tem sobrenome e vive em um cafofo. Mesmo com todo seu talento, maninha, a vida é assim, apenas os ricos usufruem. 

— Usufruíam. — ela corrigiu sorrindo maliciosa. — Sou uma Bausset-Roquefort, agora. — jogou os cabelos negros para o lado, fazendo pose. 

— Ah claro. — os três riram. — Você começa amanhã, pirralha, não esquece. E vai escovar os dentes! Esse teu bafo tá podre! Gente rica não tem bafo, viu? — debochou saindo do quarto de sua irmã, sendo seguido por Kawaki.

— Se fode! — ela gritou ainda feliz. Apesar de tudo, tinha uma vida incrível pra caralho e deu a sorte de ter irmãos como os dois. 

 

                *• Memórias de Sarada *•

 

Bom, mas nem tudo foram rosas e encantos para a morena que estava tão ansiosa. Pensava que sua vida iria mudar naquele dia, pensava que iria se tornar uma pessoa aos olhos da sociedade. 

 

Mas não. Chegando lá, Sarada foi posta para lavar banheiros e todos os setores de limpeza. Odiava com todas as forças estar submissa àquilo, mas não ia fazer desfeita pro trabalho que seus irmãos arranjaram. E também, apesar de tudo, não ia jogar o sonho dela e de uma pessoa que perdera a vaga fora. 

 

Chegava com os joelhos ralados e machucados por conta da pressão de ficar ajoelhada desentupindo vasos e mais vasos. Aquele povo não conhecia fibras não? 

 

E o pior, fora posta como faxineira da empresa. Então levava lixos, varria tudo e via o fodido gerente a olhando debochado. 

 

Ele ia pagar tão caro. Queria pegar aquele puto e tortura-lo lentamente, para tirar aquele sorriso presunçoso da cara. Um arrombado. Era isso que Momoshiki era. 

 

Fazia questão de derrubar o balde com água suja que ela carregava, no recém piso ilustrado. Já perdeu as contas de quantas vezes teve que morder a língua pra se conter. 

 

Momoshiki era sobrinho da dona e diretora geral, Kaguya Otsutsuki. Sarada sequer conhecia Kaguya, já que ela não parava em Paris.

 

Mas porra, essa mulher deveria voltar o mais rápido possível, já que seu sobrinho estava acabando com a loja dela. Só coisas feias e bregas, dava uma pena. Literalmente quebrou em mil pedaços as expectativas boas que tinha da empresa. 

 

Teve que guardar seus piercings, já que nunca iriam contrata-la se vissem suas orelhas. Aquilo era um sinal de rebeldia em relação à sociedade patriarcal e machista que havia na época. 

 

Sentia-se nua sem seus brincos, mas ganhar dinheiro era mais importante, estava conseguindo ajudar nas coisas mais básicas do cafofo, conseguiu até comprar um colchão novo para si, já que o seu estava cheio de ácaros.

 

De qualquer maneira, nem tudo era um mar de rosas. E sarada se encontrava ali, há 2 horas de um baile de gala acontecer. Se trancou no seu quarto e não saiu desde aquela manhã onde encontrara seus irmãos brigando com o feirante. 

 

Estava tentando fazer o mais belo vestido que já desenvolveu. E confeccionou também ternos parecidos com os dos garços para seus irmãos. Seu plano não podia dar errado. Era tudo ou nada.

 

Sorria abertamente olhando sua máquina de costura. Era seu xodó. Seu bebê. Basicamente sua filha. 

 

Olhou para seu cachorro, Cacio. Os olhos castanhos do animal brilhavam em súplica. Queria um dengo, atenção e desde que sua dona entrara no cafofo, não recebeu um carinho sequer.

 

— Cacio. — ralhou ainda olhando para a peçq branca que estava montando. — Não ouse a fazer chantagem emocional. — o cachorro latiu e ela revirou os olhos. Ótimo. — Tá bom, só um pouco. — sentiu uma sensação estranha nas mãos, talvez depois de quase 4 horas desenhando e colocando a mão na massa, fosse hora de descansar um pouco. 

 

Olhou a capa branca que estava praticamente finalizada e sorriu de canto. Cruella atacaria novamente e dessa vez, sairia com o bolso cheio. 

 

Sentiu a língua de Cacio passear por sua bochecha e riu com as cócegas. O filhote era um amigo e tanto, uma ótima companhia.

 

Levava sempre um lanche de diversos restaurantes para si, no trabalho. Certeza que ele pegava da mão de alguma pessoa influente que ficava esbanjando a sacola com o nome do restaurante. 

 

As pessoas desperdiçavam tanta comida que dava dó. Momoshiki era um, que só porque seu sanduíche tinha mais caviar que o normal, jogara fora sem nem pestanejar. E ainda demitiu a pobre da assistente. A morena tinha até simpatizado com ela, Yodo, era o nome dela.

 

Claro que por mais que seu orgulho odiasse admitir, ela pegou o sanduíche ainda embalado e comeu. E por todos os deuses da culinária, aquilo estava divino! Como alguém jogava fora algo que sequer provou? 

 

Eu hein, doente. 

 

— Okay, bebê. — Sarada colocou o filhote no chão e voltou a finalizar a sua capa. — Mamãe precisa de atenção redobrada, hoje eu vou brilhar e nada vai me impedir disso! — sorriu convencida. A capa de cetim estava impecável, era longa e possuía um capuz largo, tudo para contrastar com sua mais nova criação. Era O vestido. 

 

Escutou batidas na porta e viu Kawaki segurando um xícara. Ela pediu para que o mesmo entrasse e ele suspirou pesado.

 

— Maninha, você precisa descansar. — avisou entregando a xícara e logo o cheiro de café preto invadiu as narinas da mulher. — Não adianta nada você brilhar com sua roupa se seu rosto vai estar apagado. — ela ponderou tomando o líquido quente. 

— Hm. — fez uma careta. — Tá amargo pra caralho! — colocou a língua pra fora, numa tentativa falha de amenizar o sabor.

— Acabou o açúcar. — Kawaki falou sem graça.

— Tá explicado. — riram. — Eu vou tirar a gente dessa vida, Kah. Eu te prometo isso. — Ele bagunçou os cabelos negros lisos e riu baixinho.

— Sara, não precisamos de luxo, você sabe. — Kawaki passou o polegar pela pele fria. — Nos viramos muito bem sem isso, e admita, é legal roubar esses fúteis. — os dois sorriram cúmplices.

— Pode até ser. Mas quem disse que rico não rouba? — perguntou olhando para baixo. — Essa máfia ela... — suspirou. — desgraça a vida de tantas pessoas que eu queria entrar só para fazer uma leve diferença, sabe? 

— Não repita isso, maninha. — Kawaki engrossou a voz e Sarada o olhou sem entender. — Vivemos bem os três, a máfia não vai mudar, ela é assim desde o século passado, praticamente. Não é porque você é feminista e sei-lá-o-que que você vai mudar essa realidade. Pode até tentar, mas é em vão. — Sarada o olhou com raiva. Seu irmão nunca a entenderia, afinal, não era uma mulher.

— Kawaki. — chamou dura. — Preciso finalizar minha capa, então... — apontou com o olhar para a porta e o mais velho andou sem pestanejar. 

— Espero que um dia você entenda. — falou por fim e fechou a porta de madeira, que não deixou de fazer um rangido irritante.

 

Sarada olhou para sua capa e continuou com o trabalho, afinal, a sua atual realidade não ia mudar apenas limpando vasos e abaixando a cabeça para boçais.

Sarada olhou no espelho e sorriu orgulhosa de seu reflexo, estava gostosa e deslumbrante. O vestido ficou tão bonito em seu corpo que parecia ter sido feito sob medida para ela. E ah, foi! 

 

O vestido era vermelho, feito do seu material favorito, seda. Havia um detalhe que rodeava seu pescoço e estendia até sua nuca. Suspirou e colocou a capa branca, era uma tristeza ter que dizer “tchau” para algo que demorou tanto para fazer.

 

Era necessário. O mundo precisava conhecer Cruella. Sarada agora, estava presa. Cruella fora libertada e faria um caos naquele baile.

 

Lembraria de agradecer Kagura, que roubou um dos convites e deu para ela. Ele era seu amigo de longa data, tinha uma esposa e filha que morava naquela imensa casa. Ele só pediu pra não ser envolvido caso fosse descoberta, não queria morrer e ter o risco de sua família morrer junto. 

 

Sabia que após essa noite, sua vida iria mudar, seja para o bem, quanto para o mal. Qualquer que seja, ela sempre irá contra as regras, levando seu estilo junto. Se a empresa dos Otsutsuki não sabiam aproveitar sua criatividade, ela se viraria sozinha. 

 

Calçou um salto preto simples, já que o vestido por si só já era extravagante. Pegou sua máscara preta — que também tinha confeccionado. — e se despediu de Cacio. 

 

Encontrou seus irmãos estendendo o braço. Eles ficaram lindos com os ternos, com certeza chamariam mais atenção de que muitos velhos sem conteúdo. Ela aceitou sorridente o ato de gentileza e saíram do cafofo, de cabeça erguida.

 

Viram um carro até que apresentável passando devagar por aquelas ruas escuras e logo estranharam. O que caralhos um carro daquele estava fazendo em um subúrbio esburacado e mal iluminado? 

 

Viram o carro parar e Sarada sorriu.

 

— Isso é um sinal de alguém lá de cima. — ela riu e pegou um clipe que guardava consigo. O vidro era blindado, então provavelmente não estavam vendo nada do lado de fora. Ainda não naquela escuridão toda. 

— Sarada, sério? Mal saímos de casa. — Shinki bufou.

— Vocês querem ir andando até o outro lado da cidade? — perguntou fingindo indignação e logo soltou uma gargalhada gostosa. — Qual é, olha esse carro! — apontou. 

— Foda-se, vamos logo! — Kawaki resmungou impaciente, estava com fome e sabia que a mansão dos Uzumaki estava cheia de comida, das mais requintadas. Achava comida de rico parecida com a de passarinho. Era tão pouco. — Quem está aí? — escutaram a voz grossa saindo do carro. Era um homem, os cabelos brancos refletiam na luz do luar. Era bonitinho até. 

— Eu cuido disso, rapazes. — Sarada levantou a mão pedindo para que seus irmãos se afastassem. 

 

O homem chegou perto dela e ergueu uma sobrancelha, seu semblante desconfiado fez a morena revirar os olhos. 

 

— Quem é você? — perguntou duro.

— Quem seria você, docinho? — retrucou manhosa passando os braços finos pelo pescoço do rapaz. 

— Kabuto. — gaguejou com a aproximação inesperada.

— Belo nome, sou Cruella. — sorriu má.

— Cruella? — perguntou mais confuso ainda. Sentiu algo duro batendo contra seu nariz e de repente, tudo ficou preto.

— Eu mesma. — se recuperou do baque, afinal, dar uma cabeçada não era indolor. Mas era necessário. — Rapazes, coloquem ele na calçada. — mandou pegando o bolo de chaves que estava na calça do rapaz. Abriu a porta e encontrou um casal aos beijos. Pigarreou e sorriu ao ver o rosto pálido do rapaz, a mulher ainda estava processando o que estava acontecendo. — Minhas desculpas por atrapalhar esse momento belo. Mas preciso do carro para ir à um baile. Se importam de me emprestar? — pediu educada e debochada.

— Quem...? — pegou o clipe que guardava consigo e apontou para eles. — O que?

— Isso é uma nova arma asiática, se eu jogar em vocês, virarão cinzas! — dramatizou balançando o pequeno objeto.

— Deixe de idiotices, é apenas um clipe! — a mulher falou puta. Como aquela mulher ousa a lhe fazer de idiota? 

— Será? — fez menção de jogar. — Boom! — imitou uma explosão e o casal se encolheu. — Manos... — pediu manhosa.

— Saiam. — Shinki mandou impaciente, agarrando a mulher pelos braços, com brutalidade. 

— Ei, não toca nela! — o homem mandou sacando uma arma. 

— Vamos chegar atrasados! Pare de drama! — a morena fez birra. — Kah.

— Eu sei. — Kawaki rapidamente pegou a arma e colocou no seu bolso. — Vaza. — jogou o homem naquela vala, cheia de chorume. Sarada riu ao ver o terno branco aparentemente caro sendo manchado daquela forma. 

— E mais uma coisa... — Sarada olhou para a mulher que se pudesse, a matava com os olhos. — Laranja é tão brega, querida! — comentou maldosa. Seus irmãos entraram no carro e fecharam as portas.

 

Sarada deu a partida deixando o casal estático. 

 

— Desde quando você dirige? — Shinki pergunto. 

— Desde nunca! — ela riu alto, batendo em todas as latas de lixo e subindo na calçada.

 

Seus irmãos só rezaram para que saíssem vivos dali.

 

Após uma meia-hora de adrenalina pura, eles conseguiram ver o terreno dos Uzumaki. Como imaginavam, a casa estava cheia de seguranças e estava bastante enfeitada, seu brilho dava pra ver de longe. 

 

— Nos deixe aqui. — Shinki avisou e sua irmã prontamente atendeu o pedido. — Se cuida, pirralha. Te queremos viva. — Sarada entendeu aquilo como: te amamos. 

— Vocês também. Se cuidem. — sorriu terna e eles saíram correndo, se perdendo no imenso jardim. 

 

Ela continuou a dirigir até que chegou na entrada principal, já tinha pegado o jeito da coisa. Estacionou o carro e foi elegantemente até a porta da casa, subira as escadas com maestria e escutava a música clássica que vinha dentro do ambiente. Que chatice. Não podiam colocar um rock? 

 

Estava com seu convite em mãos e rezou para que desse certo. O segurança a parou e ela estendeu o convite. 

 

— Qual seu nome? — o rapaz perguntou.

— Cruella. — sorriu.

— Cruella de que? — retornou a perguntar, desconfiado. O olhar daquela mulher lhe lembrava veneno e morte. Era sombrio demais.

— Cruella... — olhou para tudo, na tentativa de achar algo que combinasse. Olhou para o seu carro, um modelo clássico britânico, De Ville. Sorriu maliciosamente, o que fez o homem estranhar. — De Vil.

— Cruella De Vil? — olhou para a lista e a olhou. — você não está na lista.

— Eu ainda não faço parte da família. Mas logo serei, deixe-me entrar. — o homem deu passagem para ela sem pestanejar. Ela olhou para tudo. Finalmente estava na mansão dos Uzumaki.

 

Percebera que os outros a olhavam sem sequer disfarçar, mas também, pudera! Estava linda. Olhou para as mulheres e quase vomita, era cada coisa brega que queria arrancar seus olhos ao continuar a ver.

 

— Algo não lhe agrada, senhorita? — olhou para o homem que falou consigo. O maldito gostoso loiro que atentou contra sua vida.

— O seu terno. — Boruto arregalou os olhos pela máscara vermelha e logo mordeu os lábios, segurando a risada. Ato que não fora despercebido por Sarada, que logo fingiu arrependimento, não podia criar confusões, ainda. Aquela garota era tão audaciosa.— Desculpe, mas é horrível. 

— Não se desculpe, eu gosto da sua sinceridade, Cruella. — ele sussurrou na orelha dela e percebera que tinha novos adornos nas orelhas. Percebeu a mulher enrijecer o corpo. Bingo! Ele conseguiu surpreendê-la.

— Que bom, Boruto. — dessa vez ele fraquejou e ela riu em escárnio. — Não vai me tirar para dançar? — perguntou sentindo o braço invasivo do loiro envolvendo sua cintura. 

— Perdoe minha grosseria, Ma biche. — ela se arrepiou ouvindo aquilo. Merda! 

 

Será que seus irmãos a perdoariam se dessa é única vez, caísse na lábia de um sorriso bonito? 

 

Só um pouquinho. 

 

Afinal, ela não era de ferro. Sentiu um aperto em sua cintura e olhou para o Uzumaki. Ele tinha um aperto possessivo. E não entendia o porquê. 

 

Riu vendo um garçom passando com uma bandeja com champanhe e pegou uma taça, bebericando. 

 

A noite só estava começando.

 

Quem sabe ela sairia dali com a ambas as vontades saciadas? 

 

A de ficar rica.

 

E a de ser tocada pela primeira vez. 

 

Quem melhor para fazer isso senão o cara que queria lhe matar? Adorava aventuras.

 

 


Notas Finais


prontinho, consegui fazer mais um cap :x espero que tenham gostado! Deem seu Feedback e até a próxima


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