História Cruzeiro da Paixão (Imagine Jin - BTS) - Capítulo 1

Cambridge, Inglaterra.

Segunda - Feira, Dez de Janeiro.

Ás 7h20min da manhã.

O navio Mapple Square era mais bonito do que eu poderia imaginar, eu estava saltitante com a ideia de fazer um longo percurso marítimo com Marlee. Nós tínhamos planejado um mês inteiro, e tudo com muito cuidado. Por esse motivo escolhemos a Nova Zelândia como o destino do cruzeiro que estávamos prestes a fazer. O navio partiria de Cambridge daqui a quinze minutos. Despedi-me do meu irmãozinho e da minha mãe, deixando um beijinho na bochecha de ambos. Eu sei que sentiria saudades, mas essa viagem era uma oportunidade única, e infelizmente minha mãe e meu irmão não poderiam deixar Cambridge. Olhei para o lado e Marlee estava sorrindo como boba. Abracei minha amiga fortemente.

- Nem acredito que vamos fazer isso juntas! – Minha amiga retribuiu o abraço.

- Pois pode acreditar. – Falei enquanto a soltava e pegava minhas malas do chão. Já estava na hora de embarcar. Nossa documentação já fora verificada devidamente. Caminhamos para dentro do navio, parando ora ou outra para bater fotos. Após a seção dirigimos-nos para nosso quarto. Lá tinha duas camas, um banheiro e um enorme lugar que dava vista para o mar. Encaminhei-me para o tal local, abri a porta de vidro e admirei a bela vista que meus olhos viam. A luz do sol deixava tudo mais lindo, mesmo o céu contendo algumas nuvens. Olhei para minha amiga e sorri para a mesma. – Isso é maravilhoso. – Falei enquanto olhava para minha amiga. – Não acha? – De repente o navio balançou, indicando que estava partindo.

- Sem dúvidas é perfeito. – Marlee olhou em volta. Aproveitei para fazer o mesmo. Ficamos um tempo maravilhadas com a beleza do navio, mas pego meu celular no bolso da calça e Jeans e percebo que são Oito oras da manhã, horário em que serviriam o café. Informei a Marlee e a loirinha disse para irmos logo, pois a mesma estava com muita fome. Largamos nossas malas em cima da cama e saímos do quarto, rumo ao refeitório do navio.

Nos dirigindo para lá, encontramos pessoas muito simpáticas, demos oi e acenamos para as crianças. Era nítido a felicidade de todos naquele navio, mas não era para menos, quem não ficaria feliz em fazer um cruzeiro até a Nova Zelândia?

Bom... Parece que um casal discutindo do outro lado do navio não estava, vamos se dizer, muito contente. Uma mulher de cabelo claro estava claramente exaltada com o homem de cabelos pretos a sua frente. Os dois discutiam incansavelmente, e Marlee e eu observávamos a cena. – Parece que estão brigando. – Disse minha amiga.

- É estão... Vamos deixar eles discutirem e aproveitar nossa viagem. – Falei enquanto puxava Marlee pelo braço, nos encaminhando para o refeitório. Eu não sabia qual era o problema daquele casal, mas sabia que eu não queria me meter. Ao chegarmos no refeitório, pegamos uma mesa vaga e sentamos para pedir o café da manhã. Opto por um suco de laranja e pães de queijo. Marlee escolhe um café expresso e uma torrada. Conversamos coisas aleatórias enquanto esperamos nossos pedidos. – Ei, olha lá. – Digo ao ver o casal de mais cedo entrando no refeitório. Eles estavam mais calmos dessa vez. Minha amiga volta seu olhar para onde indiquei disfarçadamente.

- Uau, ele é um gato! Essa loira é muito doida em brigar com ele. Eu iria era para cama com aquele homem. – Minha amiga suspirou. E olhando bem, o homem de cabelo escuro parecia muito bonito mesmo. E dava impressão de ser asiático. Fixei meu olhar na loira, que era alta-diferentemente de mim- de olho verde. Ela parecia ser linda, mas em nenhum momento a mulher sorria. Parecia que era severa e durona. Já o homem sentado ao seu lado esbanjava simpatia e beleza, e um charme descomunal. Tirando minha atenção do homem, nossos pedidos chegaram. Agradeci a garçonete, logo agarrando meu copo e tomando o suco pelo canudo transparente. Marlee atacou sua torrada, sujando a boca de farelos. Ri ao ver a boca de Marlee toda suja de pão. A loira limpou-se com o guardanapo, tendo uma crise de riso junto comigo.

E parece que chamamos bastante atenção das outras pessoas no refeitório, inclusive a da mulher loira e do seu companheiro asiático. Observei a alta revirar os olhos para mim. Franzi o cenho, não compreendendo a situação. O asiático apenas balançou a cabeça de um lado para o outro, logo jogando seu guardanapo em cima da mesa e levantando-se para ir embora. A mulher o chamou, mas pelo barulho das outras pessoas, não entendi seu nome. A mulher deu de ombros ao velo sair e voltou a comer sua fruta. Encarei meu suco, sem a mínima vontade de bebê-lo. Por causa da loira alta eu tinha perdido o apetite. Sua cara de riquinha me deu náuseas. – Marlee, eu não quero mais comer, me encontra no quarto depois. – Levantei da minha cadeira, direcionando-me para fora do refeitório. Eu não tinha o direito de me meter na vida dos outros, mas bem que eu queria dar uns tapas naquela loira metida a besta.

- Ai! – Sinto o corpo de alguém esbarrar no meu. Olho para cima, na tentativa de ver quem é. Não poderia ser possível... O navio agora me parecia muito pequeno. A pessoa em quem esbarrei era o asiático de mais cedo. O que estava com a loira alta. – M-me desculpe. – Balbucio, recebendo o olhar do asiático.

- Me desculpe você. Eu estava distraído. – O de cabelo preto reverenciou para mim. Ri por tal ato.

- Uma reverencia? – Franzi o cenho.

- No meu país costumamos fazer isso. Ainda não me acostumei à Inglaterra. – o maior olhou para fora do navio, soltando um riso. – Disse ele com seu inglês britânico quase perfeito.

- Está tudo bem, agora preciso ir. – Acenei.

- Ei. Desculpe pela Liah, a minha irmã está passando por um momento difícil. – O asiático deu de ombros e sorriu de lado, fitando minha face.

- Sua irmã? – Fiquei envergonhada por ter pensado que eles eram um casal, quando na verdade eu não tinha nada a ver com isso. – Ah, esqueça. Você não me deve satisfações. – Sorri sem graça, logo dando as costas e caminhando para longe do asiático. Não era de costume meu se meter na vida dos outros, mas era impossível não pensar que havia algo entre os dois. Marlee ficaria feliz em saber que teria chances com o asiático, mas eu, eu não sabia o porquê de ter me envolvido tanto com uma coisa que aconteceu em menos de uma hora, e que não tinha nada a ver comigo.

Caminhei de volta para o quarto e tirei minhas malas de cima da cama, as pousando no chão. Puxei o edredom que cobria o colchão branco e estiquei meu corpo sobre a cama, alongando minhas pernas. Procurei meu celular no bolso, mas o mesmo não estava lá. Minhas mãos começaram a suar, e eu tinha quase certeza de que tinha deixado o aparelho em algum lugar do navio. Mas onde?

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