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História Cry Baby - Pity Party


Escrita por: BrookeYoongi

Notas do Autor


ME DESCULPEM PELA DEMORAAAA! Não briguem comigo, não tenho culpa, juro! (╯︵╰,)
A internet aqui resolveu dar uma volta, e não foi mais vista, desde o tecnico que veio mexer nuns fios lá de fora. Então, to usando a internet da minha vó.

Mas postei o cap, e espero que gostem! Explico algumas coisinhas no fim da história, bye 💕

Capítulo 8 - Pity Party


Fanfic / Fanfiction Cry Baby - Pity Party


“Her birthday was around the bend

She invited him and all her friends

None of which did attend

Her happiness came to a end”



A menina de cabelos enrolados, ainda se encontrava triste. Ainda esperava que Hope fosse até sua casa, ou que o encontrasse na rua, e conversassem.

Com seu aniversário se aproximando cada vez mais, Lena fazia de tudo para distrair a amiga, e tirar o assunto "Hope" de sua cabeça, o que parecia estar começando a fazer efeito.

— Como assim você ainda não fez os convites?! - falou Lena, boquiaberta, um tanto exageradamente.

— É, ainda não fiz... - falou Cry Baby, de um jeito um pouco indiferente, dando de ombros.

— Você tem que fazer os convites! É assim que você faz pessoas aparecerem na sua festa! - falou Lena, acenando positivamente com a cabeça, confirmando o que havia acabado de dizer.

— Certo, certo... Vou fazer os convites! - Falou a menina, dando um sorriso para a amiga.

— Okay! Eu vou fazer alguns biscoitos, para que você não fique com fome, enquanto escreve todos os convites... - falou Lena, saindo do quarto, fechando a porta em seguida. Podia ser ouvida a voz de Lena cantarolando, e o som dos seus passos descendo as escadas, em direção à cozinha.

Cry Baby se levantou, e abriu a gaveta de sua cômoda branca. Retirou dali algumas folhas de papel, um lápis e alguns envelopes, que colocaria os convites dentro.

Desceu para a sala levando seu material, e colocou as coisas em cima da mesa, e sentou-se no sofá, pronta para começar.

Maary! - gritou Lena, indo até a enrolada, segurando um prato com alguns cookies.

— Já acabou? - falou a enrolada, dando um sorriso. Pegou o prato com os cookies, depositando-o ao lado dos papéis.

— Sim! Agora, você pode começar tudo com calma. - falou Lena, dando um sorriso, sentando-se ao lado da amiga.

Cry Baby deu um sorriso para a mesma, e começou a escrever um dos convites, com sua melhor letra cursiva, desenhando um coração ora ou outra, próximos às suas letras.

Colocou o papel dentro do envelope, e tratou de fechá-lo, passando para o outro convite.

— ... Você vai convidar o Hope? - falou Lena, quebrando o silêncio que pairava no local.

— Vou... Quem sabe assim ele aparece. - falou Cry Baby, em um tom baixo. Embora não o visse a muito tempo, ainda queria conversar com o mesmo.

— Ah. - Lena falou, ficando em silêncio em seguida.

Não sabia o que falar, então, era melhor ficar calada, certo?

                        •••

Cerca de meia hora havia se passado, até que Cry Baby tivesse terminado todos os convites. Colocou eles dentro dos envelopes, e comeu seu último cookie.

— Pronto! - falou Cry Baby, levantando-se, pegando os envelopes em seguida, com um sorriso.

— Agora, vai lá colocar na caixa de correio! - falou Lena, em um tom animado, dando um sorriso.

— Sim! - falou a menina, e caminhou até a porta de casa, a abrindo.

Saindo de lá, desceu a escada, e andou até a caixa de correio, saltitando vez ou outra.

Abriu a "portinha" azul, e depositou seus envelopes ali, fechando em seguida.

Com um sorriso, voltou para casa, animada pelo dia seguinte, que seria seu aniversário.

— Pronto Le! - falou Cry Baby, se jogando no sofá, ainda sorrindo.

— Agora, é só esperar até amanhã. - falou Lena, deitando a cabeça no colo da amiga.

— Nem consigo acreditar, que vou estar fazendo 10 anos! - falou a menina de cabelos enrolados, em um tom animado, enquanto acariciava os cabelos de Lena.

— É, então amanhã vai ter que acreditar de qualquer jeito. - falou Lena, dando um sorriso, que escondia muito bem a pequena tristeza que sentia, com tudo que chegaria a acontecer com sua pequena amiga.

Depois de algum tempo, as meninas decidiram ir até o quarto de Cry Baby, procurar alguma coisa para fazer, até que a hora que a enrolada tivesse que dormir.

Subiram as escadas, e foram até o quarto. Abriram a porta branca do lugar, e após Lena entrar, Cry Baby fechou a porta, e caminhou saltitando até sua cama com as pelúcias, onde Lena estava sentada.

— O que vamos fazer, Mary? Não tenho nenhuma ideia. - disse Lena, que estava de braços cruzados, fazendo bico após terminar de falar.

— Não sei... - falou Mary, colocando a mão no queixo em seguida, pensativa. Após ter uma ideia, olhou para a amiga, com a animação sendo visível em sua face. - O que acha de contarmos histórias?!

— Pode ser! Quem começa a contar primeiro? - falou Lena, sorridente.

— Uhm... Você! - disse a enrolada, rindo levemente em seguida.

— Ahh não, por qual motivo tem que ser eu? - disse Lena, fazendo bico.

— Porque esse é o meu pedido de aniversário feito com antecedência! - fala Cry Baby, afirmando com a cabeça, dando um leve sorriso em seguida.

— Aish, tá bom. - fala Lena, revirando os olhos, com um pequeno sorriso no rosto. - Qual história vai querer que eu conte, princesa?

Lena disse em um tom claramente irônico, fazendo uma curta reverência, sorrindo em seguida.

— Ah, quero que me conte a história da Chapeuzinho Vermelho, minha cara Lena. - fala a enrolada, retribuindo a ironia, mexendo a mão com delicadeza, como se realmente fosse uma princesa.

— Certo, senhorita Mary. - fala Lena, fazendo uma voz mais adulta, rindo levemente em seguida.

— Agora, sem brincadeira, você vai contar ou não? - disse a enrolada, fazendo bico.

— Somente irei começar a contar a história, quando você se arrumar para se deitar. Não viu a hora ainda? - diz Lena, olhando para o ‘‘gatológio’’, que marcava 10h21 PM.

— Okay, okay, mamãe. - falou a enrolada, dando um sorriso, enquanto caminhava em direção ao seu armário, para pegar alguma roupa.

Escolheu por fim, um pijama confortável, das cores azul bebê e rosa claro.

A menina foi até o banheiro, onde tomou um banho rápido e vestiu seu pijama. Escovou os dentes, e finalmente saiu do banheiro, indo rapidamente para sua cama.

— Pronto! Agora, pode contar a história pra mim! - fala a menina, olhando para Lena sorridente, após ter se coberto e entrado no meio das pelúcias na cama.

— Como você fez tudo que eu pedi, não vejo motivo algum para não contar. - falou Lena, soltando um pequeno suspiro e se sentou na cama, pegando um livro e o abrindo.

A capa do livro era um desenho, de uma floresta com uma estrada, onde uma garota com um capuz vermelho e uma cesta na mão, saltitava. Era possível ver um lobo, escondido atrás de uma das árvores, observando a menina com atenção.

— Era uma vez... - começou Lena, logo sendo interrompida por Cry Baby, ou melhor, a curiosidade da menina.

— Mas “era uma vez” só é usado pra contos de fadas, normalmente com princesas... Essa história começa assim mesmo? - falou a menina, não contendo sua curiosidade.

— Bem, é verdade... Mas todas as vezes que escutei alguém contar a história, ela começava com ‘era uma vez’. Então, vamos continuar assim. - disse Lena, dando de ombros em seguida.

— Certo! Pode continuar. - falou Cry Baby, dando um pequeno sorriso, que era de certo modo, fofo.

Lena limpou a garganta, antes de continuar a contar a história de chapeuzinho vermelho. Vez ou outra, ela parava de contar a história por alguns segundos, para arrumar a parte do cabelo preta, ou a parte roxa, as jogando para trás, ou colocando-as sobre seus ombros.

— ... E assim, o caçador salvou chapeuzinho e sua avó. Fim. - fala Lena, fechando o livro lentamente, de um jeito delicado. Após fechá-lo, o coloca ao seu lado, olhando para a enrolada em seguida.

— Por que a história não teve o “e eles viveram felizes para sempre”? - fala a enrolada em um tom baixo, mas audível, olhando para Lena.

— Não temos como garantir que eles foram felizes para sempre... E nada é só flores e alegria na vida, não é? - disse Lena, enquanto levantava-se com cuidado, pegando o livro.

— É. - murmurou a garota de cabelos enrolados, enquanto observava a amiga se afastando, até que ela saiu do quarto, fechando a porta.

Cry Baby virou-se para o lado, enquanto as palavras de Lena ecoavam em sua cabeça, repetidamente.

“E nada é só flores e alegria na vida, não é?”. Com essas palavras em mente, a menina adormeceu, e não acordou, pelo menos, até o dia seguinte.

             «««« ‹ · › »»»»

Assim que a garota de cabelos enrolados sentiu a luz do sol em seu rosto, permitiu-se demorar um pouco mais do que normalmente para acordar, e se levantar.

Quando Cry Baby sentou-se na cama, esfregou os olhos, espreguiçando-se em seguida.

— Que dia é hoje mesmo? - murmurou, em meio a um bocejo.

De repente, lembrou-se claramente de qual dia era. Era seu aniversário! Como ela conseguiu esquecer de tal fato, mesmo que fosse por apenas alguns segundos?!

Levantou-se, e foi até seu armário, escolher sua roupa para a comemoração. No fim, optou por um vestido rosa, com um detalhe prateado e um pouco brilhante.

Caminhou até o banheiro, onde começou a tomar seu banho, criando diversas expectativas para a festa de 10 anos que teria.

“Será que vão vir muitas pessoas? Será que Hope vai vir?”, ou até mesmo “Se alguém vier, será que vão se divertir? Eu espero que sim...”. Estes eram alguns dos pensamentos que rondavam a cabeça da menina, que já saia do banho e se secava.

Quando acabou de se trocar, saiu do banheiro, e parou na frente do espelho em seu quarto. Encarava seu próprio reflexo, dando um pequeno sorriso.

— Você está muito bonita, Mary. - falou Lena, entrando no quarto da menina, dando um sorriso, aparentemente sincero, olhando para a amiga.

— Não sabia que estava aqui... Obrigada. - fala Mary, sem desviar o olhar do próprio reflexo. Balançava calmamente seu vestido, ainda com o sorriso no rosto.

— Só vim para avisar que vou sair hoje... E para te dar parabéns. - fala Lena, aproximando-se de Mary.

— Ah... Certo. Quando voltar, me avise, tá bom? - fala a enrolada, abraçando a amiga.

— É claro que vou avisar! - fala Lena, dando um sorriso para a enrolada. - E eu deixei as coisas arrumadas lá embaixo, já que sua mãe está dormindo, e seu irmão não está em casa...

— Mesmo?? Obrigada! Não sabe o quanto isso me ajuda. - fala Cry Baby, abraçando a amiga novamente, sorrindo.

— Não precisa agradecer, Mary. E eu queria saber se precisa da minha ajuda, antes que eu saísse. - falou Lena, de um jeito tímido, que Cry Baby achou fofo, embora não fosse admitir isso.

— Não, não preciso da sua ajuda! Pode ir, prometo te contar tudo depois!! - disse a enrolada de um jeito sincero, olhando para Lena. Ela queria que a amiga pudesse se divertir, seja lá onde ela iria, afinal.

— Okay. Bom, eu tenho que ir! Se cuide, anjo! - falou Lena, enquanto dava um último abraço em Cry Baby. A garota de cabelos meio a meio saiu do quarto, acenando pela última vez para a amiga.

                         ---

Após decidir finalmente qual penteado iria fazer para a festa - no caso de Cry Baby, ela optou por maria chiquinhas -, a garota finalmente desceu as escadas para a sala.

A menina sorriu, olhando para o lugar que sua amiga tinha arrumado para ela, olhando primeiramente para os bonecos e pelúcias em diversos lugares da sala, e em seguida, para a mesa.

Em cima da mesma mesa que ela escrevera os convites anteriormente, encontrava-se o bolo no centro, e à sua esquerda e direita, pequenos doces. No sofá, algumas bonecas e pelúcias eram encontrados - grande parte usando chapéus de festa de criança -, e ao lado direito do sofá, se encontrava uma pelúcia grande de urso marrom, também usando um dos chapéus. Também podia-se ver os papéis acima do sofá, formando as palavras “Feliz Aniversário”.

Quatro caixas de presentes eram localizadas próximas a mesa. Duas rosas, com a fita da cor prata, estavam na esquerda. As outras duas, com o embrulho verde e azul, estavam na direita, na frente do urso. Provavelmente, foram presentes deixados por Lena, sua mãe e seu irmão.

— Tudo isso está... Lindo! - disse Cry Baby, maravilhada com tudo. Em seguida, sussurrou mais um “obrigada” para Lena.

Então, a menina caminhou até a vitrola. Colocou o disco de vinil com cuidado, por fim, fazendo a música começar.

Começou a dançar pela sala, seguindo o ritmo da música, sempre com um sorriso no rosto. Enquanto dançava, trazia consigo uma boneca, que estava deitada em um carrinho para bebês.

Depois de dançar pelo que lhe pareceu meia hora, a menina sentou em seu sofá, ainda sorrindo.

Olhava ao redor, atenta ao mínimo sinal de alguém vindo.

Um pouco impaciente, já que não havia chegado ninguém até o momento, bateu levemente em sua perna, próximo aos seus joelhos.

Decidiu pegar uma das bexigas da festa, da cor rosa, e começar a brincar com a mesma, para se distrair um pouco.

— Será que... Meus convites desapareceram? - murmurou a menina, parando de brincar com a bexiga rosa. - Por que eu coloquei meu coração em cada letra cursiva?...

Sentou-se novamente, observando a hora passar. Ela havia deixado claro no convite, o horário que tudo começaria. Mesmo assim, não via ninguém ali, e já haviam se passado 47 minutos, desde que tudo começou.

Pegou a bexiga verde que ela estava esvaziando um pouco, por achar que estava grande demais, e soltou a mesma, deixando que ela voasse, enquanto se esvaziava, totalmente irritada.

Olhou para um de seus bonecos, que estava sentado ao seu lado no sofá, de braços cruzados.

Me diga por que diabos ninguém está aqui!... Me diga o que fazer para tudo ficar melhor! - falou a menina, sem esperar respostas da parte do boneco.

Suspirou, e pegou o telefone azul, discando um número que se recordava, sem saber de qual lugar. Como ninguém atendeu, o colocou novamente no gancho.

— Vou pegar um jogo. - falou baixo, mais para si mesma.

Caminhou até seu quarto, e pegou um jogo de tabuleiro com peões, e retornou para a sala, colocando o jogo no sofá. Pegou o bolo com cuidado e o colocou na mesa da cozinha, e retornou para a sala, colocando o jogo sob a mesa.

Brincou sozinha com o jogo, até que se cansou. Jogou os itens do jogo que estavam em sua mão no tabuleiro, de um jeito impaciente, bufando em seguida.

Talvez estejam fazendo uma piada cruel de mim. Que seja, que seja, pelo menos, significa que vai sobrar mais bolo para mim... Para sempre. Sempre. - falou Cry Baby, em um tom de voz claramente irritado com o que estava acontecendo.

A menina encarava o bolo, com os braços cruzados. Já deveria esperar, que ninguém iria vir em sua festa. Então, por qual razão, continuava se iludindo?

De repente, a visão da garota ficava levemente embaçada por alguns segundos. Ela sabia o que viria a partir daquele momento: lágrimas.

Lágrimas desciam das bochechas da menina, caindo em seu vestido rosa.

“Por que está chorando?” pensava a menina. Mas a voz que ecoava em sua mente não era a dela, e sim, as vozes de Lena e Hope.

Porque a festa é minha e eu choro se eu quiser! Choro se eu quiser, choro, choro, choro... - falou a menina em um tom levemente irritado, e um pouco magoado.

Cry Baby levou as costas das mãos aos seus globos oculares após alguns segundos, enxugando suas lágrimas.

Quando abriu os olhos e olhou para os lados, o total de três crianças estavam ali, uma à sua esquerda, e duas à sua direita.

Ela deu um pequeno sorriso, quando notou os chapéus de festa em suas cabeças.

— Vocês vieram aqui, por causa da minha festa?... - falou Cry Baby, em um tom de voz baixo, olhando para cada uma das crianças presentes.

As crianças, após ouvir o que a menina falou, afirmaram com a cabeça, fazendo com que a enrolada sorrisse levemente mais uma vez.

                        ---

Depois que eles conversaram alguns minutos, se consideraram amigos.

Cry Baby sabia que eles não eram reais, somente frutos de sua imaginação. Mas, não queria que eles fossem embora tão cedo, já que foram os únicos a aparecerem.

— Sabem... Talvez se eu conhecesse todos eles bem, não estaria presa nesse inferno agora. - falou Cry Baby, dando de ombros em seguida, como se não se importasse, embora sua situação fosse o oposto. - Talvez se eu lançar um feitiço, ou contasse a eles que os enfeites seriam em tons pastéis... Não estaria sozinha agora.

A menina disse as últimas partes olhando para baixo, sem olhar para nenhuma das crianças. E quando tornou a levantar a cabeça para olhá-los, eles não estavam mais ali.

Ela continuou ali por mais algum tempo, até que decidiu subir para seu quarto.

Chegando lá, tirou o vestido, e colocou um vestido azul, com uma blusinha amarela curta por cima.

Olhou-se no espelho, se perguntando o que faltava. De repente, lembrou-se: a maquiagem.

Foi até o quarto da mãe, pegando o que precisaria, e fez a maquiagem de “palhaço”, do melhor jeito que podia.

Então, desceu as escadas, enquanto levava uma bexiga verde escura, daquelas que alguns palhaços usavam para fazer formatos de animais.

Chegando lá, pegou a bexiga verde e a encheu. Após a bexiga estar cheia, ela começou a fazer a forma de um cachorro, do mesmo jeito que havia observado pessoas adultas fazerem.

Quando concluiu o trabalho, mostrou o resultado para suas pelúcias - que eram sua única platéia -, de um jeito animado, pulando uma única vez.

“Qual é o seu problema? Faz isso para tentar esquecer-se da solidão?”. Era isso que ela ouvia em sua mente, enquanto olhava para o coelho.

Com um pequeno desespero claro em seu olhar, mostrou a bexiga em formato de cachorro para o urso.

“Você esta sozinha. Ninguém vai gostar de você, mesmo com esses truques.”, era o que agora ecoava na mente de Cry Baby, enquanto ela olhava para o urso.

Com desespero por aceitação misturado com tristeza, a menina segurou a bexiga com força e levou até a boca, a mordendo com raiva. A bexiga estourava a cada mordida, enquanto o choro da menina surgia.

Cry Baby pegou uma tesoura, e cortou a perna da pelúcia de coelho, juntamente com seus braços. A menina soluçava e chorava ao mesmo tempo, com uma mistura de raiva.

“A festa é minha, e eu choro se eu quiser”, eram as palavras que ecoavam em sua mente, a cada ato.

Pegou a pelúcia de urso, e cortou sua barriga, como se fosse fazer uma cirurgia.

Pegou o algodão que estava ali, que fazia a pelúcia ser tão macia e fofinha, tão adorada por todos, e o tirou do urso, talvez com violência demais, mas ela não se importava.

Segurou nas duas bordas que abriam a barriga do urso e as puxou, enquanto pulava de raiva, com a intenção de descontar toda a raiva que sentia no momento.

Depois disso, caiu no chão de joelhos, enquanto chorava e borrava a maquiagem feita. Puxava os cabelos algumas vezes, em ataques de raiva momentânea, vez ou outra.

Eu estou rindo, estou chorando, parece que eu estou morrendo... Eu estou morrendo, eu estou morrendo... - falou a menina entre soluços, enquanto mais um surto de raiva a dominava.

A menina, irritada, começou a socar a pelúcia quase totalmente destruída, que se encontrava no chão. Jogava bonecos no chão, e mais e mais pelúcias e brinquedos encontravam sua destruição ali.

Cry Baby pegou uma faca, e foi até as bexigas ali, as estourando com a faca, com raiva.

Ela quebrou a Pinhata, com os doces caindo no chão.

Então, para o gran finale, Cry Baby foi até o bolo azul, o pegando, e o colocou no chão. E assim, começou a esmagar o bolo, até que apenas migalhas sobrassem.

Começou a chorar, e assim continuou, por muito tempo.

Olhou para a cozinha, vendo um bolo com glacê rosa. Foi até ele, e conseguiu ler “feliz aniversário Cry Baby”, escritos em glacê vermelho.

Pegou o bolo e o colocou, com a bandeja, acima do bolo em pedaços no chão.

Pelo menos, significa que vai sobrar mais bolo para mim. Pra sempre. - murmurou a menina, apagando as velas do bolo, em meio à toda aquela destruição na sala, que ela limparia mais tarde.

                     ~~~

Lena havia andado de um jeito rápido pela rua, apesar de saber que não tinha horário para chegar naquele local.

Quando passou pelo local onde fora a casa de Hope, parou, e olhou para o lugar por alguns segundos. Agora, era somente um terreno vazio e abandonado.

Soltou um suspiro, não queria que a menina se apegasse a um garoto que já não existia... Pelo menos, não completamente. E se existia, era somente uma vez ao ano.

Depois de considerar que ficou ali tempo o suficiente, talvez até mesmo tempo demais, voltou a andar.

Teria que falar com uma mulher, para que ganhasse o líquido azul. Já sabia o que ocorreria no dia seguinte, e não queria que a garota ficasse em perigo por muito tempo.


Notas Finais


Annyeooonng!
Então, vou explicar algumas coisinhas... Pelo menos, vou tentar. Hihi.

Não citei características nem os gêneros das três crianças, pq queria que vocês imaginassem elas como quisessem.

E o fato de existir somente um ano, na parte que a narração se baseia a horas atrás, quando Lena saiu da casa da menina:

“Em alguns casos de assombrações, os espíritos tendem a refazer o que faziam quando eram vivos, ou em algum dia específico do ano, no caso, o dia que morreram, sendo considerado o aniversário.” talvez isso explique sobre Hope...

E sobre a Lena, bom... Assistam o double feature de Tag, You'Re It e Milk And Cookies, hihi. Talvez precisem dar uma olhada em um outro clipe da Mel específico... Bom, vou deixando o mistério no ar nas cabecinhas de vocês, deixando uma Parte do suspense no ar.

Beijooosss, até o próximo cap 💕 E OBRIGADA PELOS 30 FAVORITOS! :3


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