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História Cuida que o Filho é Teu! - Capítulo 05 - Eu acho que ele seria uma boa mãe


Escrita por: Lucinha_silva

Notas do Autor


Olá!!! Prontos para mais um capítulo?

Eu acho que engraçado que a cada capítulo que eu escrevo dessa história, mais longe eu me sinto de terminá-la. Quero desenvolver bem essa família então espero que vocês estejam prontos para essa longa jornada comigo.

Espero que tenham uma ótima leitura, aproveitem o capítulo!! Mil beijos e até o próximo capítulo.

Capítulo 5 - Capítulo 05 - Eu acho que ele seria uma boa mãe


Fanfic / Fanfiction Cuida que o Filho é Teu! - Capítulo 05 - Eu acho que ele seria uma boa mãe

Capítulo 05 – Eu acho que ele seria uma boa mãe

 

O dia amanheceu mais bonito na visão de Oikawa Tooru.

Os pássaros cantando e a bela visão de Iwaizumi dormindo parecia que tudo indicava que aquele seria um ótimo dia. Hoje ele poderia passar a manhã toda agarrada ao pequeno projeto de ser humano que Tobio escondia de si.

Por isso nem se incomodou em acordar Kageyama e ver sua tradicional carranca matinal, tudo o que interessava para Tooru era o pequeno projeto de ser humano que estava deitado em uma almofada estilo cama que Kageyama tinha comprado ontem.

Como era possível que Sasuke fosse tão fofo sendo a cara de Tobio? Sério, era um dos maiores mistérios da natureza para Oikawa, no entanto, ele não se importava com os detalhes o importante era que ele tinha o sobrinho mais fofo do mundo e eles estava pronto para gabar disso para os amigos.

Com certeza, até o final do dia, ele e Sasuke teriam feito uma enorme sessão de fotos.

- Não destrua a minha casa, arrume a bagunça das compras e deixe Sasuke pronto assim que eu voltar, nós vamos sair – Kageyama diz terminando de tomar a sua caixa de leite – não quero me atrasar para vê-lo.

- Achei que você ia ver a creche e não uma pessoa – Oikawa fala encarando o irmão com a sobrancelha arqueada – não acredito que está usando meu precioso sobrinho para conseguir uma foda.

- O que? Até parece que eu faria isso – Tobio revira os olhos – e também Hinata não é esse tipo de pessoa.

Hinata? Por que esse nome parecia tão familiar para Tooru? Será que eles já tinham se encontrado antes? Provavelmente não, Kageyama preferia morrer do que sair com alguém que Oikawa conhecesse.

A julgar pelas bochechas coradas de Tobio a apenas mencionar o nome do homem misterioso, Oikawa já sabia que o coração do irmão havia sido arrebatado, afinal só existia dois motivos que faziam Kageyama Tobio corar:

1° Alguém elogiar um levantamento seu durante um jogo de vôlei.

2° Estar apaixonado.

E por mais que o primeiro motivo não aconteça há alguns anos – devido a vida ocupada CEO, Tobio deu uma pausa nos jogos de vôlei que participava com o time de Oikawa – o segundo motivo só tinha acontecido uma vez, quando Kageyama tinha 15 anos.

O primeiro e último namorado que o irmão já teve – Yutaro Kindaichi – foi um verdadeiro babaca, destruiu o coração de Kageyama como se fosse nada inclusive foi ele quem inventou o apelido que perseguiu o irmão caçula de Oikawa por anos – o Rei – não é preciso dizer que quando Tooru encontrou o ex cunhado fez questão de lhe dar belos cascudos por ter machucado seu irmãozinho.

Tobio podia ter toda essa pose de CEO frio, arrogante, um pouco egocêntrico, mas no fundo ele não passa de um coração mole e gentil. Nunca ele seria capaz de machucar alguém da mesma forma que foi machucado.

Então quando Oikawa notou o rosto do corado do irmão não pode deixar de sorrir, se ele estava disposto a entregar seu coração mais uma vez tudo o que Tooru poderia fazer era rezar para que essa pessoa seja tão boa quanto seu irmão.

- Então quando eu vou conhece-lo? – Oikawa pergunta pegando o sobrinho no colo – ele já conheceu o Sasuke?

- Obviamente, ele cuidou dele ontem por mim – Tobio dá os ombros e tenta disfarçar o sorriso que brotou em seus lábios – agora chega de interrogatório, não machuque meu filho.

- Como se eu fosse fazer isso Tobio-chan – Tooru responde com um bico nos lábios – eu e esse principezinho vamos brincar bastante, não é neném do tio.

- Não balança tanto, ele acabou de tomar mamadeira – Kageyama avisa e dá uma ultima olhada no filho brincando com o irmão. Sasuke ficaria bem – estou indo, até mais tarde.

  Tooru e Sasuke deram tchau para Kageyama e voltaram a sua divertida brincadeira de balançar de um lado para o outro, no entanto, foi tudo muito rápido. Numa hora Sasuke estava rindo em outra ele estava enchendo a blusa do tio de gorfo.

Ele poderia ser o bebê mais fofo do mundo, mas isso não o impedir de emitir os odores naturais de um neném, Oikawa precisava trocar a blusa e precisava com urgência.

- Sasuke-kun, acho que seu pai tinha razão – Oikawa fala em um tom choroso subindo com o sobrinho para o quarto do irmão – espero que ele tenha alguma blusa que caiba em mim, o que eu faço com você, em?

Sasuke não estava entendendo nada, porém, as caretas que seu tio estava fazendo eram deveras engraçadas, por isso enquanto Oikawa testava as roupas de Kageyama, o pequeno ser humano sorria alegremente deitado na cama do pai.

- O que? Você está rindo de mim? Do seu tio favorito? Como pode fazer isso Sasuke-kun – Tooru se aproxima do sobrinho e aproveitar para enche-lo de cosquinha e beijinhos por toda a barriga gordinha que o bebê ostentava – a sua sorte é que você é muito fofo, senão você estaria em sérios problemas agora, mocinho.

Como Oikawa esperava ficar bravo com Sasuke por ao menos alguns minutos quando o neném o encarava com um sorriso banguela e os olhos azuis brilhando? Se aquela criança lhe pedisse a lua ele daria um jeito de pegar para ele, para ver esse sorriso, Tooru estava disposto a fazer qualquer coisa.

Depois de uma longa procura – e uma linga decepção ao perceber que Kageyama tinha uma péssima noção de moda obrigando Oikawa a usar a primeira camisa que achou e ir correndo junto com Sasuke para um shopping – Tooru vai arrumar o sobrinho para que eles possam ir para a sua primeira aventura juntos.

Trocou o pijama que o sobrinho usava pela jardineira que ele tinha escolhido a dedo, colocou um chapéu que ele achou no fundo da bolsa que veio junto com Sasuke e colocou um mini tênis. Céus, Sasuke era o bebê mais lindo do mundo – e estiloso, graças ao titio Oikawa – o colocou de volta na sua – não – pequena cama.

Se para colocar a cadeira de Sasuke ontem foi uma luta, montar o carrinho deve ser mamão com açúcar, certo?

Errado.

Aquele carrinho estava testando a inteligência de Oikawa e ele estava falhando miseravelmente, só restando uma opção possível para Tooru fazer: ligar para o Iwa-chan.

- Amor? É uma emergência.

- Tooru? O que aconteceu? Você está ferido? Sasuke está ferido?

- Estamos bem, não se preocupe.

- Então qual é a emergência?

- Eu não estou conseguindo montar o carrinho do Sasuke, tem como você me ensinar?

- Você tá brincando comigo, né Kusokawa?

- Lógico que não, por que eu estaria?

- Você não sabe o significado de emergência, tchau Trashkawa.

 (3 minutos depois Iwaizumi mandou um vídeo ensinando como montar o carrinho)

Então com o carrinho pronto, Sasuke deitado e brincando com a sua bola de vôlei, Oikawa trancou a casa e os dois partiram para a sua primeira aventura entre tio e sobrinho, cantarolando uma música qualquer os dois entraram no elevador.

Sasuke estava super entretido com a sua bola que nem notou quando seu tio quase tropeçou na hora de sair do elevador, chupando calmamente a sua chupeta ele deixou o sono o pegasse fazendo com que ele descansasse no embalo do balanço do carrinho e sob o olhar babão de seu tio.

O shopping não era tão longe da casa de Tobio e Oikawa não estava disposto a ter que desmontar o carrinho apenas para caber num táxi, por isso, ele marchou até lá – os quinze minutos mais cansativos de sua vida – foi então que quando eles estavam prestes a entrar na terceira loja que Sasuke despertou e para o azar de Tooru, ele começou a chorar.

No entanto, ele não estava com fome, não estava com a fralda cheia, não estava com febre ou machucado então por que diabos que ele estava chorando tanto?

A bola.

A maldita bola de Sasuke havia caído no meio do caminho e Oikawa não tinha percebido, mas Sasuke não morreria de chorar apenas por causa de uma bola que ele usava para ficar mordendo, né?

Errado, mais uma vez ele estava errado.

Quase de uma forma desesperada o moreno sai refazendo seu trajeto enquanto tenta – inutilmente – fazer com que o sobrinho parasse de chorar, se as coisas continuassem assim iriam achar que ele tinha roubado o menino.

Maldita hora em que Sasuke é a cópia fiel de Tobio.

Então como um anjo, vindo ofegante da entrada do shopping, uma figura veio ao encontro de Oikawa.

- Você é o irmão do Kageyama Tobio? – o ruivo pergunta ofegante, aparentemente ele veio correndo.

- Sim, quem é você? – Oikawa pergunta e institivamente esconde o bebê chorão atrás de si.

- Eu sou o vizinho dele, Hinata Shoyo – ele estica a mão e Oikawa por um momento paralisa, seu irmão estava namorando uma criatura tão bonita quanto essa? – eu vi você e Sasuke-kun passando e acho que você não notou quando a bola caiu, por isso eu vim correndo, eu sei que ele é bem apegado a essa bola.

- Chibi-chan você é um anjo – Tooru diz abraçando desajeitadamente o novo cunhado – nem acredito que você é o namorado do Tobio-chan.

Namorado? As bochechas de Hinata se tornaram quase tão vermelhas quanto a blusa que usava, Kageyama Tobio tinha conseguido o incrível feito de fazer com que o ruivo se sentisse um adolescente de novo.

Acordar e encontrar aquele bilhete fez com que o coração de Shoyo errasse a batida, assim que encontrasse com Kageyama primeiro lhe daria um soco por ter mexido no seu celular e depois faria questão lhe dizer que o coração dele também estava sendo roubado pelos dois.

Eram dois adultos e ainda tinha uma criança envolvida no meio, não havia a necessidade de esconder seus sentimentos especialmente quando está claro a reciprocidade.

- Mas eu não sou o namorado do Bakayama – responde coçando a nunca – eu posso pegar o Sasuke? Sei de algo que pode acalmá-lo.

Assentindo Tooru traz o carrinho para perto de Shoyo, não demora muito para que Sasuke o reconheça e estique os bracinhos para que Hinata o pegasse no colo. Como mágica aos olhos de Oikawa, o neném parou de chorar assim que o ruivo o aninho e começou a sussurrar algo que ele não foi capaz de ouvir.

Assim que ele se acalmou, Hinata o devolveu com cuidado para o carrinho entregando junto a bola preciosa de Sasuke. É, Hinata estava apaixonado por aquela criança.

- O que você fez? – Oikawa pergunta segurando os ombros do ruivo – você é um encantador de bebê ou algo assim?

- Não – Shoyo responde rindo – eu apenas cantei uma música que a minha mãe costumava cantar para mim, por alguma razão isso acalma Sasuke. Bom, eu não queria atrapalhar o momento de vocês dois, só vim mesmo entregar a bola.

- Ah, muito obrigado Hinata – Tooru diz sorrindo – espero que possamos nos conhecer melhor.

- Eu também, foi um prazer... é eu não perguntei seu nome – o ruivo diz sem graça.

- Eu sou Oikawa Tooru.

- Espera, Oikawa Tooru o jogador do San Juan? – Hinata pergunta abismado – eu não acredito que conheci o Grande Rei.

- É sou eu mesmo e você joga ou algo parecido? Seu sobrenome me é conhecido.

- Eu jogo no MSBY Black Jackals – Shoyo diz com orgulho – sou conhecido como Ninja Shoyo.

- Eu sabia que Kageyama só podia se interessar por alguém que gostasse de vôlei tanto quanto ele – Oikawa diz mais para si do que para Shoyo – você e Kageyama formam um casal bonito.

Tooru riu por dentro ao ver as bochechas coradas de novo de Shoyo, claramente os dois estavam apaixonados um pelo outro, com uma pequena reverencia Hinata se despediu dos dois – não antes de acariciar mais uma vez o cabelo de Sasuke – deixando tio e sobrinho olhando o anjo ruivo ir embora.

- Eu acho que ele seria uma boa mãe, você não acha Sasuke-kun? – Oikawa pergunta olhando para o sobrinho que brincava com a bola de pelúcia.

Do outro lado, na grande Tobu, Kageyama estava encarando o relógio na esperança que ele fosse um pouco mais rápido.

Estava ansioso para ver Hinata novamente – e para ver a creche, obviamente – sim, ele estava agindo como um adolescente em sua primeira paixão, já tinha admitido isso para si mesmo, no entanto, quando recebeu uma mensagem de Tooru avisando que ele tinha conhecido o cunhado e aprovado, Tobio voltou aos seus 15 anos.

A genuína felicidade em saber que seu irmão o apoiava e que ele estaria para qualquer coisa, abateu o coração do moreno. No fundo, no fundo mesmo, ele amava tanto Oikawa que era até difícil admitir.

Mas também não era como se ele planejasse fazer isso também.

Quando o relógio marcou 13h21, Kageyama já estava na porta da sua casa. Tinha corrido mais rápido do que o normal, Hinata havia lhe mandado uma mensagem avisando que seu amigo os estaria esperando as 14h, teria tempo o suficiente, mas a pressa para ver seu filho e seu amado eram tantas que ele nem ao menos se preocupou em conferir o contrato.

Iwaizumi cuidaria disso, como sempre.

- Hein? Por que chegou tão cedo? – Oikawa pergunta assim que Kageyama entra dentro de casa – tudo isso é saudade do Sasuke-kun?

- É lógico, o que mais poderia ser? – Tobio responde dando os ombros e indo pegar o filho do colo do irmão – oi meu garotão como foi seu dia? Seu tio cuidou bem de você?

- Nós tivemos um pequeno probleminha no shopping, mas a mamãe Shoyo cuidou disso muito bem – Tooru fala encarando o rosto do irmão esperando alguma reação e como esperado, ele abre um discreto sorriso – ele é mágico ou algo do tipo? Assim que ele pegou seu filho no colo, Sasuke parou de chorar.

- Eu não entendo muito a conexão dos dois, mas parece mágica mesmo – Kageyama afirma encarando o filho – você deveria ver ele cantando, Sasuke o encara tão atento que até parece que ele está entendendo tudo.

- Sei, então não seria tão ruim manter ele por perto, né? – Oikawa pergunta terminando de montar a mamadeira do sobrinho.

- Não, não seria nenhum um pouco.

Às 13h36 Kageyama e Sasuke já estavam em frente ao apartamento de Hinata o esperando para irem em busca da creche, como sempre o ruivo os recebeu com um enorme sorriso no rosto, para quem via de longe eles eram uma família feliz.

E para quem via de perto parecia que estava vendo de longe. Três corações unidos por um amor talvez até inexplicável aquecidos por estarem na companhia um do outro.

Discretamente Kageyama pega na mão de Shoyo e assim os três partem para o elevador, não eram necessárias conversas banais naquele momento, tudo o que os dois adultos queriam era apenas aproveitar a companhia e a sensação de casa que exalavam naquele momento.

O caminho até a creche não demorou muito, Kageyama contou um pouco sobre a sua manhã e Shoyo contou do seu encontro com Oikawa – apenas ocultando a parte do titulo de namorado, na hora certa ele sabia que Tobio faria o pedido e então ele poderia dizer um longo e sonoro sim em três línguas diferentes: sim, yes e hai.

Como uma pequena surpresa, Sasuke fez cocô e assim que desceram em frente a Day Care Karasuno onde Suga o esperava pacientemente, Hinata se prontificou em levar o pequeno para trocar a fralda deixando assim sua segunda mãe com o seu quase namorado.

- Olá Sugawara-san, eu sou Kageyama Tobio, o pai do Sasuke – Tobio diz fazendo uma pequena reverencia ao platinado.

Ele sabia que aquele era o olhar de uma mãe conhecendo o pretendente do seu filho, ele queria ter certeza que estava fazendo tudo certo na frente de alguém tão importante para Shoyo.

- É um prazer lhe conhecer – Suga responde fazendo uma leve e rápida reverencia para o moreno – no entanto, eu preciso lhe dar um aviso antes de prosseguimos: eu estarei disposto e pronto para chutar a sua bunda no dia em que você machucar Hinata, espero que não se esqueça disso.

Kageyama engoliu a seco.

Ele definitivamente estava em frente a sua sogra.


Notas Finais


Próximo Capítulo: Isso é um passeio em família?


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