1. Spirit Fanfics >
  2. Cuidando de um Malfoy - Dramione - 2 temporada >
  3. O que deu em Clara?

História Cuidando de um Malfoy - Dramione - 2 temporada - O que deu em Clara?


Escrita por: JessicaAmaral

Capítulo 30 - O que deu em Clara?


Draco, Clara e Ethan, que dormia no colo da irmã, estavam no corredor do hospital bruxo esperando notícias de Hermione. O loiro estava impaciente. Teve que deixar Hermione ali e ir ajudar a Clara em casa, mas agora queria saber dela. Um homem se aproximou e Draco levantou com pressa. Clara continuou sentada, pois Ethan estava em seu colo.

— Ela está bem?

— Está sim.

— E o bebê? — perguntou e olhou Clara, que abaixou o olhar.

— Sinto muito... Mas com a pancada...

Draco desviou o olhar do homem. Se sentia extremamente enfurecido com o que os dois tinham armado e agora por isso. Se o Ethan não estivesse naquele lugar...

— Podemos vê-la? — Clara perguntou e Draco voltou de seus pensamentos de tortura.

— É claro. Venham comigo.

Draco pegou o pequeno de Clara e os dois seguiram o homem. Quando entraram no quarto, perceberam que Hermione dormia. Draco colocou Ethan no sofá que tinha ali e se aproximou dela. Clara estava de um lado da cama e ele de outro.

— Você viu que feitiço ela usou?

— Não. Vocês estavam falando alto e...

— E...?

— Eu estava tendo visões.

O loiro a olhou surpreso.

— Como assim? Pensei que só visse dormindo...

— Parece que algo mudou — disse olhando sua mãe, que respirava lentamente.

Draco ficou em silêncio observando sua filha. O jeito que ela ficou naquela casa o assustou... Mas agora isso não era o mais importante.

— Será que ela fica bem?

— É claro.

— Tem certeza?

— Por que está perguntando isso? — Clara o olhou.

— Você não contou que isso ia acontecer.

— Eu não sabia como aconteceria.

— Mas sabia que ia acontecer.

— Eu só sabia que ele não ia nascer. Por isso não tinha futuro, mas eu não queria falar isso pra ela.

— Entendi... — Fez carinho na cabeça de Hermione.

— Acho melhor eu ir pra casa e levar o Ethan.

— Não!

— Mas a gente não pode ficar aqui.

— Não vou deixar vocês sozinhos.

— A gente pode ir pra casa do Harry então...

Draco ficou pensativo.

— Tudo bem.

O loiro levou os dois para lá depois de perguntar a Gina se poderiam passar a noite. A ruiva os recebeu e ficou conversando um pouco com a Clara.

— Que merda... Eu nem sabia que ela estava grávida!

— Eles esperaram eu chegar pra contar.

— Que coisa horrível — disse Alyce.

— O importante é que minha mãe está bem.

— E que você está aqui. Eles poderiam ter te levado.

— Não ficaria muito tempo lá...

Alyce e Gina trocaram olhares.

— Como assim?

— Deixa pra lá.

***

Draco estava sentado em uma poltrona ao lado da cama de Hermione. Pensava em tudo que passou nesse dia esquisito. O que deu em Clara? Como ela fez aquelas coisas? Isso é normal ou está ficando fora de controle? Tantas perguntas que já estava ficando louco!

Hermione se mexeu e abriu os olhos lentamente. Quando o loiro viu que ela acordou, levantou e se aproximou.

— O que aconteceu?

Draco explicou que ela teve um acidente e que estavam no hospital bruxo.

— Cadê a Clara e o Ethan?

— Estão com a Gina.

— O que eu tenho?

Draco ficou em silêncio. Pensava na melhor forma de dizer a ela.

— Jenny te acertou com algum feitiço e...

— Eu perdi o bebê...

O loiro concordou fracamente. Hermione mordeu o lábio inferior e seus olhos se encheram de lágrimas. Draco se aproximou e colocou as mãos no rosto dela e ficou com o seu bem perto.

— Não fica assim, por favor...

Hermione começou a chorar com vontade. Draco a puxou e a fez sentar na cama e a abraçou apertado. Os dois ficaram em silêncio abraçados, Hermione se derramava em lágrimas enquanto Draco a apertava e derramava lágrimas silenciosas.

— Onde eles estão?

— Vão ser julgados por falsificar uma carta do ministro e por te atacarem...

— O que aconteceu depois que eu fui atacada?

Draco engoliu em seco. Não sabia se contava da situação de Clara a ela, muita informação.

— Melhor você descansar.

— Draco o que aconteceu?

— Jenny queria saber de quem era a criança, aí eu falei que era meu e depois te trouxe pra cá.

— E a parte que não quer me contar?

— Não tem parte que não quero contar...

— Eu sei que tem.

— Ok, conto outro dia.

— Eu quero saber, Draco.

— Hoje não. Vai dormir.

— Como vou dormir com esse suspense todo?

— Já volto.

— Vai aonde?

Ele não respondeu e saiu do quarto. Em pouco tempo o loiro voltou com um médico.

— Beba essa poção.

— Pra que é?

— Para você relaxar.

Hermione pegou e tomou. O homem saiu do quarto depois que ela bebeu.

— Agora deita.

— Eu não vou conseguir dormir, Draco! Me conta!

— Amanhã...

Hermione sentiu os olhos pesados, ela deitou na cama e aos poucos eles fecharam. Draco respirou fundo. Não tinha opção a não ser dar algo para ela dormir, senão ficaria a noite toda perguntando.

No dia seguinte Clara acordou com alguém a sacudindo levemente. A garota abriu os olhos e viu seu irmão.

— Que foi?

— Cadê minha mãe?

— Ela está no médico.

— Por quê?

— Porque estava se sentindo cansada e foi ver se ele dava alguma poção pra animá-la.

— Eu quero ver ela.

— Daqui a pouco a gente vai lá.

— Mas eu quero agora...

— Ethan a gente vai quando puder.

O pequeno fez bico e cara de quem ia chorar. Clara suspirou e o puxou para deitar ao seu lado.

Alguém bateu na porta e ela se abriu.

— Bom dia, Clarinha. Vamos comer? O café está na mesa.

Alyce deu um pulo da cama e saiu do quarto correndo. Clara dormia no colchão no chão.

— Eu já vou.

— Melhor correr ou ela pode comer tudo.

As duas riram.

— Mas eu também estou com fome — Ethan falou fazendo elas rirem mais.

Depois de trocar de roupa, foi tomar café da manhã. Harry também estava sentado à mesa.

— Você está bem?

— Sim. Sabe da minha mãe?

— Ela já vai ser liberada.

— Eu quero vê-la.

— Come primeiro Ethan.

— Mas eu quero a minha mãe...

— E vai deixar essa panqueca deliciosa? — Gina apareceu com um prato cheio delas. Ethan olhou a comida na mesa e depois Gina, que tinha um sorriso maroto.

— Posso comer antes.

Todos riram.

A campainha tocou e Gina foi até a porta. Em pouco tempo apareceu na cozinha com o Alex. Clara engoliu em seco.

O ruivo cumprimentou a todos e quando foi dar um selinho em Clara, ela virou o rosto, fazendo ele beijar sua bochecha. O ruivo a olhou confuso, mas resolveu não perguntar nada.

Depois de comer, Harry e Gina saíram da cozinha e Ethan foi atrás deles.

— Quando soube o que aconteceu, vim correndo pra cá — Alex falou fazendo carinho no cabelo de Clara.

— Vou tomar banho... — Alyce saiu da cozinha.

— Alex... A gente precisa conversar...

— O que foi?

— É que...

— Fala Clara, estou te achando tão estranha...

— Não sei como falar isso, mas eu... — pausa bem grande. — Eu acho melhor a gente ser só amigos.

Os dois ficaram em silêncio se olhando.

— Clara eu sinto muito por aquilo no baile eu...

— Não é por isso que estou falando, Alex.

— Então por que?

— Eu não consegui esquecer o Enrico.

Silêncio. Alex a olhava sério enquanto ela esperava alguma reação.

— E como eu disse, não quero te machucar por causa disso. Então prefiro que sejamos amigos.

— Você está com ele?

— Não, Alex.

— Tem certeza?

— Por que está perguntando?

— Porque no baile vocês dois sumiram. Eu achei que você tinha ficado chateada com o que eu fiz e que não ia voltar lá, mas agora que me disse isso... Acho que estava com ele.

Clara fechou os olhos suspirando pesadamente. Não gostava e nem conseguia mentir.

— Ele me encontrou depois do aconteceu entre a gente... — Alex desviou o olhar. — Disse que ouviu quando você conversava com um menino sobre o que ia fazer no dia do baile. — Alex engoliu em seco. — É verdade?

Os dois ficaram em silêncio se olhando.

— É.

Clara o olhou indignada.

— Um garoto me falou umas coisas e eu acabei seguindo o que ele disse... Eu sinto muito de verdade.

— Não achei que fosse influenciável assim, Alex.

— Eu não sou.

— Mas você fez o que ele influenciou.

— Fiz porque queria fazer com você.

Clara desviou o olhar.

— Mas eu fui um completo idiota e agora ele está no topo outra vez, sinto muito.

— Está tudo bem, Alex. Amigos? — perguntou estendendo a mão para ele apertar.

— Amigos. — Apertou a mão dela e os dois sorriram.

***

Hermione esperava impaciente alguém vir liberá-la. Estava nervosa porque Draco tinha a colocado para dormir e não contou o que aconteceu na noite anterior.

— Para com isso, Hermione! Que droga! Depois eu conto.

— Eu quero saber agora! Por que não fala logo?

— Não quero te deixar nervosa.

— Sinto muito te desapontar, mas eu já estou!

Draco suspirou. Quando ia começar a falar, o médico entrou no quarto. Depois de examiná-la, ele a liberou e pediu que ficasse de repouso absoluto. Os dois foram embora para casa e quando chegaram, foram direto para o quarto. Hermione sentou na cama.

— Pode começar.

Draco, sem opção, sentou de frente para ela e contou tudo o que aconteceu no dia que foi atacada. Hermione ficou uns segundo em silêncio com a boca um pouco aberta.

— Acha que precisamos...

— O que?

— Fazer alguma coisa, levá-la a um medibruxo de confiança...

— Será que ele saberia o que é isso?

— Não sei, mas isso me preocupa. Pode ser perigoso.

— Acho que tem uma amiga da minha mãe que conhece um bruxo que sabe de poderes fortes assim...

— Será que ele saberia o que fazer?

— Não sei. Vou chamar minha mãe e ver o que ela acha.

— Tudo bem.

O loiro saiu do quarto e Hermione se cobriu com a coberta. Estava extremamente preocupada com Clara. Temia que algo pudesse acontecer com ela. Ainda mais que os dois viram do que ela é capaz.

Assim que recebeu o chamado, Narcisa foi de encontro a seu filho. Quando chegou, notou a preocupação em seu rosto.

— O que aconteceu?

— Senta aí.

A mulher se sentou e não tirou os olhos dele.

— Que foi?

Draco contou a ela tudo que aconteceu e o que Clara fez. Assim que terminou a história, os dois ficaram em silêncio se olhando.

— Você acha que ele pode ajudar?

— Vou conversar com ela pra ver.

— Vou esperar resposta.

Narcisa deu um beijo em seu filho e saiu à procura de sua amiga. Draco voltou ao quarto e sentou ao lado de Hermione na cama. O loiro a abraçou forte.

— Vai ficar tudo bem.

— Espero...

***

Narcisa foi até a casa de sua amiga para conversar sobre a Clara. A mulher a recebeu e as duas se sentaram à mesa para tomar um chá.

— Então sua neta tem poderes diferenciados...

— Sim. No início achamos que não ia dar em nada e que só ficaria no que sabíamos, mas agora ela está diferente.

— Ruim ou bom? — Deu uma golada no chá.

— Dessa vez foi ruim.

— Vou chamar ele aqui.

— Obrigada.

Duas horas depois um homem barbudo apareceu. Parecia ser bem velho, até um pouco mais do que Minerva. A amiga de Narcisa o convidou para entrar e explicou a situação a ele.

— Eu posso vê-la?

— Acha que tem algo errado?

— Errado não. Só acho que os poderes que ela tem são extremamente fortes e a cada dia que passa, aumentam.

— Isso é perigoso? — perguntou preocupada.

— Depende do lado que escolheu.

— Como assim?

— Se ela escolher o lado das trevas, temo por todos nós.

As mulheres trocaram olhares.

— Mas se escolheu o lado da luz, pode fazer coisas grandes.

— Como eu posso saber o lado que ela escolheu?

— Essa situação que você contou que ela passou, só me mostrou que está forte e que defenderia sua família a qualquer custo. Não sei dizer o lado que ela escolheu, às vezes ainda não está concreto também a decisão.

— Sei... Mas ela fez uma coisa uma vez...

— O que?

Narcisa contou do dia que viu sua neta brilhar em frente a escada da casa de seu filho.

— Hum... Isso é bom. Mostra que ainda é do bem.

— Não acho que ela ficaria do mal.

— Não podemos descartar nada, afinal, ela tem sangue de quem gostava muito de magia das trevas.

Narcisa ficou em silêncio.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...