Thomas estava conversando com Teresa, sentado dessa vez no banco de passageiro e se for para ser sincero ele está com certo medo, sua irmã não anda muito de carro apesar de já ter tirado a carteira a um bom tempo.
O motivo de hoje era que estavam dando um passeio após buscar a senhorita mel do pet shop, ela estava em seu colo observando animadamente as ruas, ela parecia estar bem satisfeita.
Exceto que na verdade o pequeno animal estava analisando possíveis pretendentes para o dono, na visão dela seu querido amigo deveria ter um companheiro.
Veja bem ele é uma ótima pessoa, ele a alimenta sempre com o melhor, a deixava limpa e cheirosa, levava para dar uma volta e ainda dividiam a cama!
Está sempre lhe dando abraços e falando bem de si! Ela acha que seu amigo Thomas é incrível, óbvio que ele já deveria ter alguém! Mas parece que muitos dos humanos eram cegos.
Após algumas semanas de trabalho em achar alguém a sua altura, ela descobriu que fêmeas humanas não pareciam ser muito de seu interesse.
Então ela partiu para o outro time, portanto era tão difícil, nenhum parecia ser bom.
E levem em consideração que ela não sabe muito como seria de interessar por um humano, não é a praia dela, sem ofensa mas embora ela ame Thomas, ela não podia mentir e dizer que não os acha uma espécie estranha.
Ela observa os dois no carro e novamente eles estão falando de algo chamado faculdade, ela pensa ser algum tipo de coisa horrível já que sempre que chegavam nesse assunto havia suspiros sofridos e era um dos motivos de Thomas sempre parecer cansado.
Eles param em um sinal vermelho, ela não queria ser uma péssima amiga mas estava quase desistindo daquela busca e apenas iria aproveitar o vento que começaria novamente.
Mas então bem pertinho do carro em sua janela, para um moço encima de uma moto, o negócio de duas rodas que vai rápido.
Ela o analisa, e olha para seu dono, surpreendentemente ele parecia estar fazendo o mesmo! Talvez mel deva ver se vale a pena algum esforço.
Thomas observou o rapaz ao lado, ele não sabia que desenvolveria algum tipo de queda por um motoqueiro que provavelmente nunca verá novamente, mas tudo tem sua primeira vez.
Ele observa os cabelos loiros que aparecem um pouco no capacete e os olhos profundos e bonitos, ele é magro e alto, parece ser bonito mas ele não quer se enganar por causa do capacete.
Ele quis rir do clichê do rapaz estar com uma jaqueta de couro, ele estava vivenciando um momento inusitado de um de seus romances?
O que o assustou foi que mel subitamente começou a latir, não dá maneira histérica como de costume, algo mais amigável e brincalhão.
Após anos convivendo com ela, um super poder o atingiu e agora ele sabe diferenciar os latidos de sua queria amiguinha de quatro patas.
Ou chegou apenas a etapa de sua vida que a loucura veio, era inevitável e ele sabe que um dia iria chegar.
O estranho olha e ele rapidamente sente o constrangimento subir.
Mas mel pareceu radiante ao obter a atenção, com certa dificuldade o rapaz se aproximou e acariciou a cabecinha peluda.
Estava ainda mais feliz latindo, Thomas pedia para ela ficar quieta e parar de ser exibida, ele não entendia que era para o bem dele?!
— Não precisa brigar com essa princesa, o nome dessa dama seria?
— Mel...
Thomas diz meio tímido, ele não era muito bom socialmente mas o outro pareceu sorrir.
— Você é uma gracinha mel, será que eu poderia saber o nome do adorável dono?
Dentro do carro Tereza queria rir, mas estava chocada pelo flerte livre do estranho para seu irmão, ela está implorando para aquele sinal demorar mais.
Mel se envaidece com o elogio e Thomas jura que aquele olhos caninos brilhantes pareciam lhe olhar com expectativa para responder.
Ele sentia suas orelhas e bochechas esquentando pelo flerte sem nenhuma vergonha mas decide responder, que mal faria? Eles provavelmente não iriam se ver novamente e ele seria rapidamente esquecido.
— Thomas, e você seria?
— Meu nome é Newt! É um prazer conhecê-lo Tommy.
Ele dá uma piscada para o moreno que fica em choque com a coragem.
O loiro olhou para o sinal, infelizmente a breve interação com o moreno bonito e sua cachorrinha fofa teria que terminar.
— O sinal já vai abrir, uma infeliz notícia mas eu gostaria muito de vê-los novamente se me permite, eu trabalho nesse local.
Ele estende um pequeno cartão para Thomas que abriu um sorriso, além de flertar ele estava vendendo marketing.
Mel não sabia o que estava acontecendo mas Thomas recebeu um cartão e estava sorrindo! Então era um bom sinal, talvez ele tenha gostado desse humano.
— É triste mas poderei apenas atendê-los por hora, mas se meu trabalho duro puder conquistar seu número eu posso te levar para um encontro bom.
Ele acaricia mais uma vez a fofura nos braços do rapaz e volta a atenção para o trânsito.
Thomas esperava poder dizer algo mas as palavras sumiram e ele só pode observar o rapaz ir quando o sinal mudou e sua irmã seguir o caminho morrendo de rir.
Aparentemente eles iriam jantar fora aquela semana, e talvez ele consiga um encontro.
Não precisa dizer que a pequena mel está incrivelmente feliz e orgulhosa de seu incrível trabalho.
Ela cobraria uns petiscos a mais quando chegarem em casa obviamente.
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