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História Curiosity ( YeonGyu - BeomJun ) - Do not regret


Escrita por: sadic_holic

Notas do Autor


Voltei! Estamos a poucos passos de terminar essa fic. São mais três capítulos.

Espero que vocês estejam entendo os saltos de tempo. Aqui teremos um entendimento de como eles estão se sentindo nesse momento.

NÃO TIREM CONCLUSÕES PRECIPITADAS!

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Capítulo 9 - Do not regret


Fanfic / Fanfiction Curiosity ( YeonGyu - BeomJun ) - Do not regret

C̷A̷P̷ÍT̷U̷L̷O̷ O̷I̷T̷O̷

__________(✪)__________

D̶o̶ n̶o̶t̶ r̶e̶g̶r̶e̶t̶


A festa estava boa. A música era animada – quase tanto quanto Kai –, as pessoas se divertiam e conversavam, o clima era agradável, porém… não completamente para Yeonjun. 

Já fazia pelo menos duas horas desde que todo aquele estardalhaço com o copo havia acontecido e Beomgyu parou de beber, ficando apenas sentado com os amigos. De certa forma, não tirava a razão dos meninos darem mais suporte e atenção para o mais novo, afinal, quem pisou na bola não foi ele. Contudo, como poderia se sentir menos incomodado se todo aquele sentimento que estava ali guardado e a todo custo tentando ser evitado, simplesmente, apareceu de novo com força total?

Amar alguém não era fácil. Ser correto também não era. Muitas vezes julgamos o certo pelo o que acreditamos e não pela visão geral, e não antes de ver e rever a situação inteira como ela realmente é. Seus traumas sempre estiveram lá, e ele sabia. Yeonjun sempre foi consciente de que algo estava errado consigo, ele só nunca tentou concertar. Perder uma pessoa importante foi o seu soco no estômago para acordar e perceber o quanto que se prejudicava sozinho. 

O que poderia fazer, entretanto? Não podia e nem iria exigir nada de Beomgyu, porque ele era livre para ser e fazer o que bem entendesse, com quem bem entendesse, e isso era desde antes de se conhecerem, há anos. Mas, também não era obrigado a ficar ali sentado vendo-o receber flertes diretos de Eric. Estava cansado de assistir toda aquela cena… estava cansado de sentir o coração apertado e a culpa mastigando-o sem parar. 

Talvez não pudessem nem mesmo voltarem a serem amigos, quiçá conhecidos. Era uma tragédia iminente?

— Ué, mas você já vai?! – Wooyoung, já mais pra lá do que pra cá, perguntou e bebeu mais um gole do próprio drink — Sannie, diz pra ele não ir… – fez um biquinho. — Eu… te… proíbo! 

Foi o único momento em que quis rir daquela situação. San, o que estava sóbrio para dirigir, fez um gesto de "deixa pra lá" e riu. O Choi só pode prometer para o amigo que iria vê-lo depois, antes de ir até o Huening e se despedir. Soobin estava ocupado ao lado de Taehyun e mais duas meninas, além de Beomgyu e Eric, por isso deu apenas um breve aceno. Não sabia quem  tinha visto, mas pouco se importava, porque, se não saísse logo dali, talvez passasse mal com aquela vontade de gritar e com o aperto no peito. 

Não tentou encarar o garoto que povoava cada canto da sua mente, não tentou de forma alguma, porque, caso o fizesse e ele olhasse de volta, era capaz de sair arrastando-o de perto de todos, mesmo que fosse o mais errado a se fazer. 

Saiu mesmo com Kai batendo os pés para  que ficasse, mesmo que um barulho alto de pessoas falando também alto tivesse começado. Continuou dando passos e mais passos através daquela multidão de gente bêbada, precisou até mesmo desviar de uma garota se jogando contra seu corpo para beijá-lo. Um inferno. Não sabia como gostava daquilo antes. A porta de entrada parecia muito distante, mas quando alcançou, ah, foi um alívio. 

— Porra! Que merda! – reclamou assim que pisou na calçada. — Eu não sirvo mais pra isso! – as mãos passaram na cabeleira escura. 

O céu estava escuro e não dava para observar sequer uma estrela. Mesmo que sem muitas nuvens, aquele lugar era cheio de locais abertos e com letreiros enormes piscando sem parar. A luz artificial cobria a natural.

Observou um casal feliz passando ao seu lado, eles não pareciam fora de si, apenas riam e se beijavam de forma tímida. Quis rir com eles quando os observou tentando andar lado a lado nas linhas amarelas do chão, buscando um equilíbrio que claramente não tinham. 

— Ótimo, agora eu pareço um idiota que sorrir pra qualquer coisa… – suspirou e tatuou os bolsos da calça atrás da chave do carro. — Será que eu deixei cair?

Felizmente a encontrou por baixo da carteira. Olhou o relógio e viu que eram três e meia da manhã. Realmente, precisava ir embora. Caminhou sozinho até um dos estacionamentos, mas quando estava prestes a apertar o botão para destravar, ouviu ele o chamando:

— Choi Yeonjun!

Parou imediatamente. Seu corpo inteiro reagiu ao som da voz de Beomgyu, parecia ele e ao mesmo tempo não. Seria fruto da sua imaginação novamente? Estava de costas e sem coragem para virar. Quantas vezes sonhava algo tão real e quando acordava se decepcionava? Ou quando jurava ouvir a voz do garoto e o procurava, para no final se dar conta de que era apenas um delírio momentâneo? 

— Yeonjun…! 

Mas parecia tão ele… Mesmo que houvesse um certo diferencial, parecia quebrado e triste. Sequer notou que apertava a chave na mão com força. Respirou fundo enquanto olhava para a lataria do seu carro, enquanto ia aos poucos mexendo os pés sobre o chão de pedrinhas, fazendo-as se atritar e produzir sons altos. 

Não tinha ninguém por ali além dos dois. Isso não parecia algo que daria certo ou levaria a algo bom. Ainda assim, se virou por completo até entrar de frente, sendo que Beomgyu ainda permanecia distante, quase no começo. Ninguém disse nada. Ninguém abriu a boca. Ninguém movimentou um passo a mais. 

O vento soprava fraquinho, o clima era de frescor e não havia nenhum som externo que pudesse incomodá-los. Entretanto, permaneceram em silêncio por mais algum tempo. Era incrível como eles não se davam ao trabalho de tomar a iniciativa. 

Não até alguém aparecer desesperado atrás do garoto. 

— Você quer matar a gente de preocupação?! Como você sai correndo daquele jeito sem dizer nada?! Eu- 

Soobin parou imediatamente quando viu Yeonjun imóvel do outro lado do estacionamento. Encarou um e depois outro. Um e depois outro. Não parecia muito feliz e também não parecia saber muito o que fazer. Talvez estivesse um tanto bêbado, as bochechas vermelhas e os olhos mais fechados o entregavam, ainda assim não o impedia de ser responsável quando precisava. 

— Beom, porque a gente não volta pra dentro d-

— Me deixa, Soobin! – falou mais alto que o amigo.

— Você está sendo impulsivo! Amanhã vai acordar e-

— E o que?! – Beomgyu se afastou. — Me lembrar que eu deixei ele ir embora quando eu não queria?! Lembrar que eu fui covarde de não ir atrás do cara que fodeu a minha vida e que a gente não colocou um ponto final em nada definitivamente?! Ou que eu tô puto porque ele passou a noite inteira perto de mim e a gente não trocou nenhuma palavra?! 

— Isso não faz sentido… Você disse que queria superar, que queria poder ficar ali sem se preocupar com nada, que queria que ele fosse só um passado… – o amigo parecia ainda mais confuso e agitado — Caramba, você ao menos sabe o que realmente quer?

Foi uma pergunta que pegou o outro desprevenido. Ele sabia? Achava que sim, não era certeza. Yeonjun ir embora daquela maneira depois de causar todo aquele desequilíbrio… Não, não parecia justo. E o que seria justo? Ele permanecer fingindo que aquele cara não causava coisas estranhas na sua mente e na sua vida? Ele tentar iludir uma terceira pessoa e usá-la para esquecê-lo? Tentar fingir que ele está bem quando na verdade não para de pensar em alguma conversa decente que poderiam ter? 

Beomgyu não ligava se parecia errado, não ligava se parecia hipócrita e parecia que todo o seu sofrimento havia sido por nada. Ele realmente não dava a mínima, porque só quem sabia o que sentia era ele. Não era um desesperado para sofrer em uma relação doente ou tóxica, ou viver um amor sem sentido… Não, não mesmo. Ele queria esclarecer melhor tudo, conversar sem escudo ou espada em mãos, nenhum dos dois. Ele queria poder ouvir tudo, tudo mesmo, que Yeonjun quisesse dizer, e poder falar tudo que estava entalado no seu coração. 

Se fossem dar adeus àquele amor, que fosse definitivo, sem esperanças, apenas seguissem seus caminhos. 

— Eu quero falar com você! – disse em alto som e andou em direção ao mais velho, mas Soobin se colocou no meio. — Sai! Para com isso! 

— Para com isso você, caralho! Eu te ouvi chorar dia e noite, eu te vi afundar e tentar se erguer… Porra, Gyu! 

Enquanto isso, Yeonjun não se movia e nem tentava se meter. Pensava se deveria esperar ou mandar Soobin embora, de qualquer forma, ele só queria poder conversar com  Beomgyu. Mas ele estava sóbrio? Será que no dia seguinte se arrependeria? 

— Yeonjun, você sabe que não é o melhor momento. – o mais velho de todos disse. — Ele bebeu e-

— Eu não sou mais criança! Por que você acha que eu não sei o que eu tô fazendo?! – a indignação tremia nas cordas vocais do mais novo — Eu parei de beber faz tempo, e mesmo se fosse… Eu sei muito bem o quê tô fazendo!

— Eu só não quero você sofrendo depois ainda mais… – o amigo tocou os ombros tensos e o puxou para um abraço repentino — Você é como um irmãozinho mais novo, aquele fodido é alguém importante pra mim e… – suspirou — Essa situação também tá acabando comigo.

— Então me deixa resolver ela de vez… – Beomgyu envolveu o amigo entre os braços também — Ele não é só um cara… – murmurou e encarou Yeonjun por cima dos ombros do outro, o que só pode fazer de fato por Soobin estar inclinado para baixo — Eu ainda tenho sentimentos fortes por ele e preciso pôr um ponto final nisso.

[•••]

Não foi exatamente de caso pensado ou com a intenção de acabarem naquela situação, mas, Yeonjun acabou cedendo ao "você me dá uma carona até o meu apartamento".

A última vez que pisou naquele lugar… Bom, as lembranças não eram boas e muito menos agradáveis, mas continuava a pensar que tudo que precisava fazer era soltar ele na frente do lugar e ir embora o mais rápido possível. Mero engano. Choi Beomgyu estava sério o suficiente e muito insistente ao fazê-lo subir. Yeonjun passou quase dois minutos tentando não ceder ou tentando fazê-lo mudar de ideia, e obviamente falhou. 

Seriam alguns minutos, certo? Alguns minutinhos, nada de mais. 

— Pode ficar hoje? 

O choque das palavras foi tão grande que o mais velho petrificou, seus olhos grandes piscaram incontáveis vezes e suas mãos se enganaram na barra da camisa. Ah, aquilo era obra do capeta, do demônio, do próprio Lúcifer, aquilo era um grande problema!

— Não tente entender isso da maneira errada… – já se desfazendo da jaqueta e jogando-a contra o sofá, o de cabelos mechados falou. — Apenas aceite de uma vez.

— Primeiro, de que maneira eu deveria entender algo tão repentino e sem sentido? – Yeonjun limpou a garganta e tentou esquecer o nervosismo. — Segundo, por que eu deveria aceitar? 

Beomgyu revirou os olhos e tirou a própria camisa, sem hesitar e sem avisar. Por mais que o corpo branco do garoto fosse uma verdadeira perdição e a saudade de poder ter a oportunidade de vê-lo e ouvi-lo fosse enorme, o moreno virou o rosto corado para o lado. 

— Se eu te deixar ir embora, duvido muito que a gente vá se ver tão cedo. Não posso e não quero adiar mais… A gente precisa conversar! – talvez a bebida estivesse o impulsionando a ser sem pudor algum quanto à própria vestimenta, mas quando começou a desabotoar a calça, resolveu ir para dentro do quarto — Não vá embora, ou eu vou sair correndo no meio da rua só de cueca gritando pelo seu nome. 

Quem visse aqueles dois, jamais imaginaria o imenso tormento que estavam passando. 

Resolvendo seguir com o que foi dito, o Choi mais velho se sentou e esperou. Mais uma vez estavam caminhando para algo definitivo, algo que não sabiam onde chegariam no final, mas que era preciso percorrer. 

Foram quinze minutos até que o outro voltasse de banho tomado, roupa de dormir e cheiroso. Nas suas mãos tinham: toalha limpa, uma camisa larga e uma bermuda. 

Ele estava falando sério sobre ficar ali?


Notas Finais


Acho que vocês entendem que, apesar de tudo, o Beomgyu sente que não terminou a conversa adequadamente e que depois disso eles não conversaram mais, então ele não sabe exatamente o que pensar sobre seguir em frente, sendo que ama ainda o Yeonjun. Amor tem dessas... não é fácil. E o Yeonjun precisou passar por todo um processo, já que ele não entendia sobre amar outro homem... e ai ele agora ama e por conta da atitude passada não sabe como agir.

Eles precisaram do tempo, mas entenderam que não bastava apenas tentar esquecer e seguir em frente sem um ponto. Mas não se preocupem 🤎 vai dar tudo certo.

Vejo vocês em breve com um cap mais ameno e acho que bem menos tenso. Apesar da conversa, acho que ela traz aquela tal do "agora estamos prontos para conversar adequadamente e expressar melhor nossas emoções".

Vejo vocês 🤎


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