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História Da Infância à Adolescência - Capítulo XVI. Boato de Jornal Escolar


Escrita por: AoKiriDay

Notas do Autor


Postei e saí correndo!

Capítulo 16 - Capítulo XVI. Boato de Jornal Escolar


— Podem começar.

Ao anúncio do professor, os alunos começaram o teste bimestral num ritmo frenético. Os sons dos lápis lembravam um daqueles pica-paus irritantes, só que dezenas deles. Exceto isso, silêncio completo e os olhos dos secundanistas arregalados sobre as questões.

Elesis estava confiante, mas em sua mente a preocupação de que a carta poderia estar na posse de Sieghart a deixava extremamente inquieta. Ela não tinha nem dormido direito e tinha perdido ele de vista completamente no dia anterior.

Normalmente ela não ligaria se qualquer um lesse o conteúdo da carta, contudo, com Sieghart a história já era outra. Na verdade ela não conseguia pensar numa razão para desgostar dele e sabia que tinha deixado se levar pelas primeiras impressões e acabou tornando-o um monstro em sua cabeça, só que ainda assim ela sentia necessidade de por essa barreira entre os dois.

Alguém a cutucou por trás e ela resolveu ignorar o pedido desesperado por cola. Ela estava fazendo um cálculo complexo naquele instante, mas o mais importante era compreender o que a irritava tanto que Sieghart parecia ser seu martírio pessoal.

De fato, Sieghart possuía o lado negativo que tinha pressentido: arrogante, mimado e mulherengo. Aquela criatura com certeza nunca tinha recebido um não. O inesperado eram os pontos positivos, como o senso de justiça e a seriedade (e o sorriso injustamente estonteante). Ele era irritante, pois agia como um moleque, mas sabia ser maduro quando queria.

Terminando a prova, ela gastou os minutos restantes para pensar em como recuperar a carta.

“Claro, eu não posso chegar nele do nada. É capaz de ele me zoar e ficar o dia inteiro no meu pé.” Pensou ela mordendo a ponta de sua caneta e afastando o cabelo para trás das orelhas. “Droga... Pior que amanhã tem prova de química, a que tenho mais dificuldades. Será que eu deveria pedir ajuda?”

— O tempo acabou. Passem os cadernos da prova para frente.

Enquanto levantava, ouvia os suspiros e as reclamações sobre a prova. Lire estava distraída com Amy, então a ruiva aproveitou para sair da sala antes, procurando com os olhos uma face conhecida que poderia ajudar. Por um momento o rosto de Ronan lhe veio a mente, deixando-a levemente vermelha.

— Elesis?

Ela acordou dos devaneios vendo Lass à sua frente, como sempre cheio de papéis e ocupado.

— Oi, e aí Lass? — ela sorriu levemente para ele, contente em ver alguém que dava para confiar. — Que bom te ver, me lembrou que eu trouxe seus doces.

Os olhos azuis ficaram grandes e ele desviou o olhar. Elesis viu o garoto esconder um sorrisinho, algo que ela nunca tinha visto antes dele.

— Oh, você gosta tanto assim? Hahah~. ­— Elesis riu ajudando o primeiranista com a pilha. — Está levando para a sala da diretora?

— Hm. — assentiu o albino.

— Quando voltarmos eu pego para você.

O serviço foi rápido. A diretora foi gentil, mas estava apressada assinando coisas importantes. Lass deu um sermão dizendo para ela não deixar tudo para última hora, só que era óbvio que ele estava animado por ver a irmã fazendo seu trabalho. Elesis assistiu o albino servir um chá para a loura e desejar um bom serviço. Foi óbvio que o olhar da mulher foi profundo e agradecido. Os dois eram ótimos irmãos pelo visto.

No corredor principal, quando estavam voltando, Lass percebeu o sorriso incomum da ruiva.

— Ei, por que está sorrindo desse jeito? — indagou, confuso.

— Uhmm... É só que quando está com a diretora, você parece tão feliz. Eu achei bonito. — Elesis disse, sem notar que seu tom saiu muito delicado e íntimo.

O albino arregalou os olhos e abaixou cabeça evitando olhar para a colega. Ele era novo, mas era um homem e o que tinha visto tinha sido uma bela visão. Elesis sorrindo era graciosa. Sua voz era linda.

Depois de uns segundos de silêncio, Elesis apontou para o que ele segurava.

— O que é isso?

— É um roteiro. Uma peça de teatro.

A ruiva levantou as sobrancelhas.

­­— Oh... Não sabia que você gostava de teatro.

— Na verdade eu faço parte do clube de teatro também. É bom para o currículo ter atividades culturais e esportivas.

— Ah isso é verdade. Pensei em entrar para o clube do livro, mas já estou no grupo de estudos. Mas que inesperado você gostar de palco.

O albino sorriu brevemente.

— Eu gosto de escrever peças, não de subir no palco.

Elesis parou em frente ao armário realmente surpresa.

— Que incrível, Lass! — Elesis sorria enquanto pegava um tupperware. — Sendo tão novo e já escreve? Eu posso ler?

O albino balançou a cabeça, aceitando o presente.

— Eu pretendo terminar primeiro. Só que essa peça eu não faço ideia de quando vou terminar.

Ela assentiu com a cabeça.

— Quando terminar eu quero fazer questão de ler.

— Hm. — ele confirmou com a cabeça.

Lass abriu o pote e sorriu com o desenho de ursinho polar com olhinhos azuis que ela se preocupou em fazer.

Ela sorriu nervosa.

— Eu aproveitei para testar minhas técnicas, por isso o desenho.

— Eu adorei. — Lass disse sem pensar duas vezes e abriu para experimentar.

Tudo seria perfeito se uma mão invasora não roubasse o doce primeiro. Elesis arrepiou com o calor em suas costas. E Lass ficou como um idiota vendo seu precioso beijinho entrando na boca desprezível de Sieghart.

A bochecha do moreno encheu com o beijinho de tamanho extra. Ele engoliu enquanto lambia o dedo. Ele fez uma careta.

— Que mau gosto, ruivinha. Brigadeiro é muito melhor.

Ela rangeu os dentes, fechando a mão. Sua expressão passando de doce para de fúria de imediato.

— Quem deixou você pegar, seu idiota?! — Elesis brigou, quase segurando a bochecha do outro para fazê-lo cuspir.

— Ei, ei, a culpa não é minha se você fica distribuindo comida por aí! — ele se defendeu segurando o pulso da garota.

— Não tô distribuindo nada! Eu fiz pro Lass!

O moreno fechou a boca, franzindo o cenho.

— Ohoo, que íntimos vocês cheio de presentinhos. Você até tá fazendo comida caseira! — retrucou o rei, segurando a outra mão de Elesis, que foi direto na sua cara. — Primeiro o Ronan agora o Lass?

Elesis explodiu de constrangimento sabendo que todo mundo naquele corredor estava assistindo a movimentação.

— É de agradecimento! — ela argumentou, irritada.

— Não precisa se explicar, ruivinha. Eu não sou nada seu. — ele sorriu de escárnio, mas era visível que ele estava levando muito a sério.

Nesse momento, Lass interferiu segurando o braço do mais velho e afastando-o num puxão.

— Você já deu seu ataque de ciúmes e estragou o momento. Não tá satisfeito? — Lass fechou a cara, falando com o tom grosso. Mais do que zangado, Lass parecia decepcionado.

Sieghart arrancou seu braço, franzindo a testa. Ele não estava mais para brincadeira.

— Quem é que tá com ciúmes?! — Sieghart disse entre dentes, ofendido.

Antes que os dois encostassem um no outro novamente, foram interrompidos pela chegada de outro individuo. Os grupos abriram caminho para Jordi Alsburg, quem parou na frente de Elesis com um ar ferido e abriu um jornal na cara da ruiva.

— É por isso que você me rejeitou não é?! Não tem outra explicação! — o rapaz praticamente cuspiu, com o corpo quase em cima dela.

Lass e Sieghart pararam de se encarar, tão confusos quanto Elesis, e resolveram acompanhar o que estava acontecendo.

— Tch. É você, Alsburg. O que você tem com a Elsteiner?

O outro percebeu o moreno e suspirou, tocando a testa. Isso que era dramatismo.

— Sieghart. Talvez você estivesse muito ocupado para saber das últimas notícias. Todo mundo sabe que você não gosta da Elsteiner, mas eu tenho interesse nela e eu resolvi me declarar, embora sem razão nenhuma fui rejeitado.

Ela deu um olhar irritado para o riquinho narcisista, tirando o jornal das mãos dele.

— Eu dei várias razões. Você só não está satisfeito em receber um não. — Elesis dizia enquanto via a foto e a matéria absurdas. — Que fotos são essas?!

Para a surpresa de todos, Elesis estava na foto sorrindo sentada numa mesa ao longe e de mãos dadas com... Amy?!

— Que caralho! ­— Elesis gritou tão indignada que as pessoas viam as veias em sua testa.

O burburinho só aumentava. Os olhares eram de julgamento. Não só isso, dessa vez era diferente... Ela sentia olhares de desprezo.

Tanto o moreno quanto o albino ficaram boquiabertos.

A matéria dizia o nome dos garotos que tinham se declarado e explicitava os motivos de Elesis para rejeitá-los dando a impressão que ela não queria sair com nenhum homem e que isso era estranho para um adolescente normal. Havia depoimentos de pessoas que observavam o comportamento de Elesis e diziam que ela só sorria perto das amigas. E o fim da picada: que Amy tinha terminado o relacionamento com Jin Kaien por estar apaixonada por Elesis e que isso era um motivo bem mais provável, pois as duas estavam grudadas desde o primeiro dia de aula.

Elesis sentiu tudo girar. As vozes das pessoas confundindo-a cheias de perguntas. Ela só conseguia pensar em quem tinha feito a montagem.

Era verdade, ela tinha estado com Any como na foto, mas a rosada estava chorando pelo término e ela pediu para Elesis segurar suas mãos só um pouco. Amy estava destruída, não sorrindo com aquele ar apaixonado! Aquilo era péssimo!

— CHEGA!

Todos olharam para Lass, imediatamente calando-se. O albino estava quase roxo. Ele pegou a mão de Elesis começando a se afastar.

Sieghart ainda estava olhando o jornal confuso sem conseguir acreditar.

 

XXX

 

— Que palhaçada é essa?!

Dio afastou os braços da mesa onde Jin jogou o jornal. O ex-monge estava lívido.

— Reviveu? — indagou o outro, surpreso com o ruivo. — Pensei que você viria almoçar chorando de novo.

— Cala a boca! Você viu esse absurdo?!

Dio suspirou pegando o jornal. Depois de ler sem esboçar nenhuma expressão, ele mexeu com a cabeça.

— Entendi por que você está tão alterado. Faz sentido porque todo mundo está tão barulhento hoje e olhando diretamente pra cá. — Dio comentou olhando em volta. — As pessoas acreditam mesmo nesse jornal falido?

— Sim! Elas acreditam! — Jin se sentou coçando a testa embaixo da franja.

— Hein? Você não está de faixa? — Dio perguntou cheio de curiosidade. Um sorriso brotando de seus lábios.

Jin ficou ruborizado na hora. Ele cruzou os braços e fingiu não ter ouvido nada. Enquanto isso Ryan apareceu.

— Genteee vocês viram? — Ryan parou um instante olhando de um para o outro. — Viram. Vocês viram.

— Chocante. — Jin disse.

— Mano. — Ryan suspirou em parceria, tocando o ombro do amigo. — Eu não acho que é verdade.

— Eu sei melhor do que ninguém, mano. Acho que a Amy é quem deve estar mal.

— Ninguém a viu ainda. — Ryan disse.

— As meninas estão bem ali discutindo. Devem estar esperando a Elesis aparecer para tirar a história a limpo. — disse Dio, apontando.

Os rapazes comeram intrigados só esperando até que Elesis realmente entrou no refeitório puxada por Lass. Ela estava branca.

— Falta o Sieghart agora. — Dio murmurou, buscando o amigo com os olhos.

Quando Elesis viu as meninas, ela não soube o que dizer. Lire tocou seu ombro.

— Esses boatos são muito maldosos! Temos que fazer alguma coisa! — Arme disse, fechando o punho, até parecendo ameaçadora assim brava.

— Você nem pense em brigar sem a gente dessa vez! — falou Rey apontando para a ruiva. Em seguida ela deu um olhar lascivo para a ruiva. — A não ser que seja verdade você e a Amy se...

­— REY! — Arme e Lire gritaram em uníssono.

Elesis passou a mão no rosto.

— Temos que encontrar a Amy. Isso pode ser ruim para ela. — ela disse baixo, ainda atordoada.

— Querida, isso é ruim para você também, já se tocou?! — Rey apontou para ela.

— Eu vou atrás do jornal. — Lass disse, virando-se sem esperar resposta e saindo.

Elas se entreolharam e resolveram se sentar.

— Bem, não adianta chegar arrebentando tudo. Só vai ser um motivo a mais para dizerem que a história é verdade. — Elesis disse, tomando seu suco num gole só.

Elas ficaram em silêncio por uns segundos.

— A culpa é minha.

— Elesis, o que está dizendo? Claro que não é sua culpa. — Lire rebateu. Seus olhos grandes ficando muito tristes. Dava para ver que a loura não estava acostumada com conflitos acontecendo ao seu redor.

— Com certeza tinha outras formas de lidar com a Pole e as amigas dela. Eu fui precipitada, tentei resolver tudo sozinha e acabei dando trabalho para o Lass. Agora está acontecendo tudo de novo. Eu chamei atenção demais e agora só estou sofrendo as consequências.

A ruiva só conseguia olhar a mesa, sentindo culpa. Nunca ela precisou lidar com uma situação onde outras pessoas estavam envolvidas. Antes só existia ela.

— É culpa sua agora que uns idiotas estão excitados por sua causa? — Rey retrucou, erguendo as mãos. — Uma garota rejeitar um rosto bonito por que ela quer ficar solteira é um crime?

Arme concordava violentamente.

— Mesmo se fosse verdade, tem algum problema ser gay? E você não tem o Lass do seu lado também? Se ele está fazendo isso, sem dúvidas, é porque você é especial!

— Estamos com você, Eli-chan! — Lire disse quase chorando.

— O que aconteceu não tem como mudar, mas você pode dar seu melhor agora e resolver essa situação. — Rey sorriu, bagunçando o cabelo da ruiva.

Elesis deu um sorriso envergonhado, sentindo-se energizada.

— Tudo bem, garotas. — ela disse mais calma.

— Okay, agora temos que procurar a A-...

A porta do refeitório se abriu com um estrondo e os passos que Amy deu até chegar à mesa foram tão pesados que as pessoas só puderam assistir encolhidos.

A rosada estava com uma aura escura. A sempre fofa Amy-Amy parecia um demônio enfezado. Ela olhou para a mesa em direção a Jin com um olhar mortal, mas todos abaixaram a cabeça, intimidados.

 — Elesis. — Amy olhou para a amiga. — Se essa fake news sair do colégio, minha carreira está ameaçada, você sabe disso né?

­— Eu sei. — a ruiva disse, surpresa com essa nova face da rosada.

— Ninguém pode saber que eu e o Jin namorávamos sério. — ela disse nervosa, olhando a matéria outra vez. — Aqui diz que terminei o namoro de 3 anos por sua causa... Isso é ruim. 3 anos... Isso é muito sério!

— Perdão? É com isso que você está preocupada? — Arme indagou. — Vocês duas estão... Vocês duas estão juntas mesmo?!

— NÃO! — Amy e Elesis responderam juntas.

— Eu e a Elesis daríamos um bom casal e ia ser ótimo para a mídia. Estratégia de marketing-tchan! — exclamou ela fazendo uma pose. — Eu até posso fazer isso se quiser disse o meu contrato.

— Enfim. O que está acontecendo exatamente? — Rey olhou para a rosada. — Você e esse seu término com o Jin. Preciso dizer que foi estranho? Só eu percebi que você não queria ter terminado?

A rosada baixou o olhar. Todas viram o rostinho rosado e os olhos sensíveis da Idol buscarem discretamente pelo ex. Ela apenas suspirou por um instante de forma idiota.

— Hghh!!! Não posso! Esse truque sujo não vai funcionar! — ela resmungou, escondendo-se no meio das amigas e tapando os olhos.

— Uh? — Elesis indagou. — Que truque?

Rey inclinou-se para a ruiva.

— A bandana. Ele está sem a bandana.

­— Já chega! Nós temos que ir atrás do jornal e descobrir o infeliz que fez essa matéria! — Amy disse, batendo na mesa.

Enquanto discutiam, Sieghart chegou ao local com uma bebida de café em lata e foi se juntar com os amigos. Ele estava sério. Todos o assistiram chegar e sentar, mas ele ficou olhando para Elesis o tempo inteiro e quieto.

Dio virou os olhos e chutou a cadeira do moreno.

— Você, de todas as pessoas, acredita nessa merda photoshopada?! — o rapaz rangeu os dentes, tentado a bater no melhor amigo.

Sieghart com o susto ficou à mercê dos olhares decepcionados dos companheiros.

— Mas faria todo o sentido a Elsteiner me tratar assim e o Jin ser brutalmente jogado fora. — ele disse, cruzando os braços.

O ruivo franziu o cenho enquanto Ryan ria e Dio batia a mão na testa.

— Ai. — Jin resmungou irritado. — Essa doeu de verdade, Sieg.

— Cara, você é inacreditável. Você é igualzinho ao Alsburg! Não duvidaria se fosse você a fazer a montagem. — Dio retrucou, voltando a comer cheio de indignação. — Não entendo porque gostam de você.

Sieghart sentiu-se ofendido e retrucou.

— Você gosta de mim. Se você não gostasse de mim não seria a esposa. — ele riu, batendo no ombro do rapaz. Dio o encarou feio.

— Você é a esposa. Agora que tal ir ajudar a resolver o problema?

— Hah? Por que eu deveria?

Os rapazes apontaram para o Capitão do Boxe.

— Que? Que tem eu? — Jin pareceu confuso.

— Você não vai ajudar seu bro? O Jin está preocupado com a Amy, mas não pode fazer nada para ajudar. Você está interessado na Elsteiner. O que tem a perder? — Dio disse sem rodeios.

Siegarth quase cuspiu a bebida.

— Não estou interessado na Elsteiner. — ele disse todo composto.

Dio pegou seu smartphone e abriu um vídeo, proferindo:

— Noite retrasada. Esse é você dormindo.

Sieghart assistiu a si mesmo jogado de lado no travesseiro e babando. De vez em quando ele dava uns ronquinhos e falava. Ele ficou vermelho e tentou esconder de quem tentasse ver.

Em dado momento seu eu sonolento disse algo meio: “Hmm... ruivinha...”.

— Okay, talvez eu estivesse tendo uns pesadelos. Isso não prova nada. — disse devolvendo o aparelho e escondendo a cara na lata.

Dio riu. Clicando em um arquivo de áudio em um grupo de amigos. Era sua voz.

“Ela teve a audácia de me chutar na canela! Tá roxo, Dio! Pega gelo!”

— Ela me chutou! — Sieghart levantou as mãos na defensiva.

— Coincidentemente você dá de cara com ela o tempo todo e também fala bastante com ela mesmo não gostando dela e olha que incrível: não tendo nenhum assunto em comum! — Jin apontou, sorrindo cheio de insinuações.

— Mano, isso não é verdade. — Sieghart retrucou, hesitante. Ele sabia onde isso ia chegar.

— Faz só algumas semanas que ela chegou, mas quando você está com a gente... Minha Lisnar da Silva!... Você só-fala-dela. — Ryan disse, muito enfático.

— Pára de viajar. Eu não falo tanto assim dela na sua frente, Ryan. — Sieghart respondeu, desconfortável com as verdades.

— Preciso mesmo te provar que todas as nossas conversas o nome dela surge e, tipo, todo o santo dia tem uma história nova? — Dio ameaçou, mostrando a lista de áudios e vídeos que ele possuía.

— Por que você grava nossas conversas? — Sieghart indagou, confuso e desacreditado.

— Só para esse momento, Sieg. Eu disse que você estava gostando dela. E também que você está ocupando o banheiro por tempo demais! — o mais novo exclamou, mas não alto o suficiente para grupos vizinhos ouvirem.

— Okay era só para me fazer admitir.

— Exato.

— Bem, você está muito enganado. Ela só é tão irritante que eu não consigo parar de pensar na raiva que sinto dela e da ingratidão dela.

Jin estalou os dedos.

— Então por algum motivo você quer que ela te agradeça. Isso é o mesmo que querer ser reconhecido.

Dio concordou prontamente e completou:

— Querer ser reconhecido é o mesmo que considerar a outra pessoa digna de respeito ou de alguma forma importante.

— OKAY! Já entendi que vocês não querem acreditar em mim. Seus amigos da onça. — Sieghart levantou, meio irritado com a insistência dos rapazes.

Ele foi em direção à saída do refeitório, trocando uns olhares com Elesis. Dio ainda comentou:

— Como é dramático, cruzes! — Dio apontou a comida. — Ele nem comeu nada.

— Hahaha! Você tá mais pra mãe que esposa, Dio. — disse Ryan, se levantando.

— Cala a boca.

 

Continua


Notas Finais


Beijooos! XD


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