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História Da Infância à Adolescência - Capítulo III. Briga de Refeitório


Escrita por: AoKiriDay

Notas do Autor


Yo! Estamos aqui novamente Espero que a história tenha sido interessante até aqui..
Acho que vocês vão gostar do que vai acontecer nesse cap. hehehe~
Agradeço pelos comentários feitos anteriormente e espero que eu seja digna dos próximos ok?
Obs: avisando que o tamanho do cap. está menor, mas nem é tanto e acho que é o ideal o/!
Enfim,
Boa leitura!

Capítulo 3 - Capítulo III. Briga de Refeitório


...

Enquanto Sieghart passava a mão sobre o rosto, sem tirar os olhos de si, Elesis questionou, levantando uma sobrancelha.

-Rei?

Lire, Arme e Amy assentiram. Jin balançou a cabeça negativamente mesmo sorrindo.

-O Sieghart estudou nessa academia desde o 6º ano do fundamental e foi ganhando popularidade por causa da presença marcante que ele tem. Ele se tornou capitão e foi capaz de levar o clube de futebol ao Intercolegial e depois ao Torneio Nacional em todos os anos. – apontou o rapaz ruivo.

-E quando ele entrou no ensino médio ele começou a namorar a garota mais popular da academia: a Nina. –Arme continuou, com o olhar focado, como se ela estivesse contando um grande mistério.

Para Elesis essas palavras foram todas irrelevantes. Nada mudava o fato de que aquele idiota... Era um idiota.

-E como isso faz dele um rei?

-Os Bailes. Ele ganha quase todos os anos consecutivos, depende do concorrente. – Lire respondeu.

-Só porque ele namorava uma garota bonita não quer dizer que ele seja muito especial. – torceu o nariz. – Saber disso só me faz pensar que ele é um exibido aproveitador.

E até aí o indivíduo assunto da conversa havia chegado até o grupo risonho. Com a expressão irritada ele a encarou e foi logo ao assunto.

-Você vai me pagar por isso, sua louca. – ele ameaçou, apontando os dois dedos para os próprios olhos e depois para os dela. – Fica ligada!

Assim Sieghart deu meia volta, ignorando todos os seus “amigos”.

Ela soltou um “Hum”, de total desimportância para a existência dele e virou-se para os colegas.

-Vou me trocar agora. Eu não estava interessada em nada disso mesmo antes e parece que eu estava certa afinal. – Elesis falava na maior tranquilidade, pronta para sair e deixando o recado indireto de “Não me sigam e nunca mais me envolvam em coisas desnecessárias”.

Lire foi a que mais abaixou o olhar, intimidada, já Arme fez uma careta de desgosto enquanto Amy e Jin ficavam sem graça e não falavam nada.

Assim que Elesis se afastou, prendendo o cabelo o melhor que podia e balançando as botas, Arme soltou um bufo de irritação:

-Ahh! Como ela é desagradável! E apenas acabamos de nos conhecer!

As meninas concordaram brevemente.

-Mas temos que fazer de tudo para nos darmos bem com ela... – Lire apontou, parecendo preocupada.

-Hunf. Se ela não faz questão da minha amizade eu não dou a mínima, Lire. –Arme respondeu, virando o rosto e caminhando de volta à lanchonete.

 

XXX

 

Elesis passou o resto da tarde no quarto olhando o cronograma de aulas e principalmente o programa dos clubes. Ela já devia ter escolhido um, mas ela tendo todos os seus problemas de comunicação não poderia simplesmente escolher qualquer coisa.

Dentre as opções os que mais chamavam sua atenção eram definitivamente o basquete, o boxe e o kendô. Mas ela já tinha feito essas coisas no fundamental, aliás, era muito boa nelas.

-Hm, eu devia escolher algo diferente para variar. –ela divagou em voz alta, circulando com uma caneta vermelha os interessantes. –Algo a ver com arte talvez?

Elesis estava deitada na cama e quando pensou em si mesma mexendo com artesanato, fotografia ou pinturas, fez uma careta e jogou os papeis ao pé do colchão, jogando o antebraço em cima do rosto.

-Melhor evitar desastres. – ela murmurou, decidindo no ato que faria kendô.

 “Estou fora de forma. O papai me treina desde pequena, mas parei há dois anos por causa do acidente e de rebeldia... Melhor eu voltar a fazer isso direito”.

Seu relógio fazia um barulhinho imperceptível se ela não prestasse atenção, mas agora o quarto estava completamente silencioso. Não havia ninguém no dormitório inteiro, nem Rey, quem ela não tinha visto desde que saiu mais cedo. Eram 19h15, e nesse horário o refeitório já estava servindo o jantar.

-Tenho que ir. – Elesis se levantou, sentindo-se otimista e se encaminhando para o prédio principal novamente.

A hora da refeição era a mais importante do dia para ela. Nada podia estragar esse momento precioso. O momento em que os alimentos fazem sua dança divina pela boca trazendo a felicidade de se viver.

Elesis entrou no refeitório, certa de que nada estragaria seu momento.

O local era espaçoso e os alunos realmente conversavam alto, animados com os dias que viriam. Elesis não avistou nenhum rosto conhecido e entrou na fila, não muito grande, e ficou observando o movimento.

Algumas pessoas passavam ao seu lado com as bandejas e ela podia ver que ficaria satisfeita. Não era fã dessas comidas leves como caldos, sopas, legumes, apesar de ser o certo no jantar, mas o cheiro realmente estava em outro nível.

Ela até estava na expectativa, tanto que ela simplesmente piscou e foi para tirar as mãos dos bolsos da calça e algo esbarrou em seu braço.

-Oah! –exclamou uma pessoa, desequilibrando a bandeja e o copo do suporte.

No que Elesis piscou, algo caiu em sua camisa, na região de seu peito. Era escuro, roxo, e líquido...

O rapaz tinha cabelos castanhos, mas Elesis não conseguiu definir nada mais do que isso, cega de raiva.

-M-M-M-ME DESCULPE!

Os olhos da ruiva pegaram fogo, esticando e afinando. Ela rangeu os dentes e o segurou pela gola da camisa, apenas ouvindo ao longe as súplicas de perdão dele.

As pessoas pararam para ver e ficaram a maioria meio chocadas com a forma que as veias pulsavam na mão e na testa dela, enquanto o rosto queimava em um vermelho intenso, fazendo seu belo rosto ficar aterrorizante.

“A-Acalme-se Elesis! Não o mate agora! RESPIRA!” Elesis engoliu ar como se sua vida dependesse disso e soltou seus dedos com sofrimento. Ela deixou o rapaz ir enquanto murmurava com voz gutural:

-Não foi nada.

O menino se curvou rapidamente e saiu dali vazado, morrendo de medo. Elesis continuou olhando para um ponto qualquer, fingindo inocência.

Sentia os olhares. Eram fortes. Ela ouvia comentários masculinos de como ela era “gostosa” e também como tinha quase espancado o garoto.

Ela sabia que ela não tinha controle de suas emoções. Aquela agressividade toda que possuía era um problema só seu, nem era de família como muitos podem pensar. Desde pequena ela era assim, furiosa. E ela precisava esconder isso ou podia ser mal vista.

Sob os murmúrios, risadinhas e secadas ela sentou-se numa mesa para quatro, sozinha. Naquele momento ela ficou totalmente concentrada na comida, que soltava fumacinha à sua frente.

“Agora sim. Eu posso finalmente...”

-Ohh! Olha só quem está aqui! A ruiva louca!

Elesis involuntariamente apertou a colher de metal, que entortou um pouco quando ela ouviu a voz forte e já gravada em sua mente. Seu cenho franzido ergueu-se para o indivíduo e seus olhos realmente faiscaram.

Sieghart não só estava sozinho, mas com o outro ruivo... Como era o nome? Jin, o namorado de Amy.

O moreno estava com camisa branca dobrada nos cotovelos e calças cáqui. Ele parecia diferente de quando estavam na piscina, mas Elesis não se deixou enganar, porque na face ele tinha um sorriso largo, tão sarcástico que dava náuseas. Os olhos prateados eram redondos e expressivos, mas tinham um ar felino e esperto que a alertavam do perigo.

Como pensava, ele era aquele cara que conseguia seduzir qualquer uma.

“Bem, comigo não vai funcionar, playboy.” Ela sorriu mentalmente e continuou encarando-o, desafiando-o.

Ele não gostou do olhar que recebeu e nem do silêncio.

-Sieghart, porque você não pede desculpas logo...? – Jin perguntou ao moreno, parecendo cansado.

-Como se eu fosse manchar a minha reputação, Jin! A culpa é dela! – Sieghart reclamou para ele, apontando para Elesis.

-O único culpado aqui é você, seu tarado. – Elesis respondeu no ato, olhando-o com total julgamento.

-T-Tarado?! – Sieghart arregalou os olhos, indagando totalmente incrédulo.

Ele ficou um segundo ainda surpreso quando abaixou um pouco o olhar e avistou algo que ele não devia ter visto.

-Ursinho?

Elesis levantou uma sobrancelha e Jin olhou para a mesma direção. Os curiosos em volta que prestavam a atenção na conversa desde o momento em que o Rei do colégio tinha abordado Elesis fizeram o mesmo.

-Sutiã com estampa de ursinho... Nessa idade? – Sieghart indagou, com uma sombra sobre o rosto, tentando segurar o riso.

Elesis arrepiou-se toda e olhou para baixo, lembrando-se que o garoto de antes tinha derrubado suco de uva em sua blusa, que era lisa branca. Havia ali um borrão roxo que transparecia o tecido de baixo e, por certo, era de seu sutiã com ursinhos de pelúcia estampados.

Automaticamente ela agarrou os guardanapos e começou a enxugar, cobrindo com uma mão e olhando mortalmente para o moreno, que ria agora.

-S-Seu idiota! Você tinha que falar alto?! – Elesis reclamou, cobrindo com o casaco e se levantando para dar a volta na mesa.

-Opa! – Sieghart a parou, levantando as mãos. – Falei por reflexo! Como você pode me culpar por isso? Além disso, não é nada menos que você merece por ter me dado um soco, ruivinha!

Imediatamente Elesis parou seu corpo.

-O que você disse? – ela perguntou, olhando-o irada, com os pulsos fechados e o rubor subindo-lhe as orelhas. Apesar da vergonha, ela não estava tão embaraçada quanto enraivecida.

-Que você mereceu, ruivinha. – Sieghart ainda disse mais uma vez, inclinando-se para ela e olhando-a com intensidade. Ele estava sério. Ele queria mesmo humilhá-la. Ele era só um... Idiota.

-Eu ODEIO idiotas como você! – Elesis exclamou num instante, afastando os pés no que, para uma pessoa entendida, seria uma posição de luta e seu soco subiu feroz, violento na direção do rosto dele.

TAP.

Elesis ficou momentaneamente surpresa, sentindo a palma da mão dele desviar o soco, mas reagiu com outro.

“Então ele estava preparado! Ele sabe lutar esse-.”

-Você não vai me pegar de novo, ruivinha! – ele exclamou, convencido, segurando o outro soco, prendendo os punhos. – Eu não sou um inútil como você pensa. É verdade que eu não faria isso com uma garota, mas você é outra conversa!

Ele a olhava sério.

Elesis se distraiu com aquele olhar brilhante de ódio puro vibrando em sua direção. Era a primeira vez na vida que um homem a encarava assim, sem medo de machuca-la.

Aquela sensação fez seu coração bater forte e fez com que ela levantasse seu joelho logo em seguida, para acertar o estômago dele, mas ele afastou o corpo, sem soltá-la ainda.

Nem Elesis nem Sieghart ouviram a algazarra que começou no refeitório, os estudantes totalmente apavorados com o que estava acontecendo entre a Garota do Interior e o Rei. Jin tentou separá-los, alguém tentou segurar Elesis, mas foram todos afastados naturalmente pela força bruta de ambos.

A ruiva respirou firmemente, olhando-o concentrada. Não ouvia nada a volta, só via Sieghart, em quem ia dar uma surra com muito prazer.

Ele sorriu ainda mais largamente, ativando toda a raiva de dentro de seu corpo.

-E aí, ruivinha? – ele provocou, sem nem piscar, combatendo forças com ela. – Você até que é fortinha, né? Parece um macho.

Ela franziu a testa e empurrou com força, torcendo o pulso, fugindo do agarre dele e indo com um combo de soco direito, gancho esquerdo e chute frontal. Sieghart desviou todos, mas bateu o corpo na cadeira da mesa atrás deles.

As meninas gritavam e os meninos se empolgavam, nunca tendo vista tal coisa acontecer antes na vida!

Elesis levantou outro soco e ele dessa vez abriu uma das mãos, mostrando que era para agarrar. No instante que foram um para cima do outro, ouviram uma voz.

-PAREM AGORA! O QUE PENSAM QUE ESTÃO FAZENDO?!

Ambos pararam, mas sem cortar os olhares.

Sieghart só afastou os olhos, completamente sério, para olhar a pessoa que apareceu, que, aliás, se tratava de Ronan.

Elesis estava respirando forte, sentindo a pressão de ter brigado pela primeira vez a sério. Essa a primeira vez que ia contra um homem que não era seu pai, ou melhor, que não fosse em uma partida oficial ou coisa assim.

Ronan olhava feio para Sieghart e lhe deu um tapa na cabeça.

-Sério, a sorte de vocês é que não tem ninguém importante por perto por causa da cerimônia de abertura amanhã! O que você pensa que está fazendo, seu jegue?! Essa é a primeira vez que eu te vejo comprar briga, e com uma menina ainda?!

Ronan parou o sermão e olhou para Elesis. Ele não amenizou sua expressão.

-Olha, eu sei que ele é um idiota, mas por favor, pense nas consequências do que vocês fizeram aqui! Isso é resultado de uma briga tola que vocês estão levando longe demais. As aulas ainda nem começaram, então façam o favor! – Ronan falou em alto e bom tom, calando a todos e mais um pouco. Depois empurrou Sieghart na direção da ruiva e segurou sua cabeça, abaixando-a. – Peça desculpas, você é o homem aqui.

Elesis sentiu sua veia tremer outra vez.

-Espera aí! – ela disse levantando a mão para ele parar.

Ronan parou e Sieghart deu uma empurrada leve no irmão mais velho, nada contente com aquilo. O azulado olhou-a confuso.

-Eu não tenho culpa de nada! Ele tem que pedir desculpas pela falta de respeito que teve comigo! Não me importa se ele é homem, mulher, criança, o diabo a quatro, eu não vou admitir esse cara de pau falando o que bem entender de mim!

O silêncio tomou o local apenas antes de Sieghart falar.

-Eu não falei com falta de respeito. Eu só explicitei os fatos... Seu sutiã é de ursinho. Você é forte como um macho. E você me socou sem motivo nenhum hoje na piscina sendo que a culpa foi sua. Não é você quem está sendo injusta por aqui? – ele disse, cruzando os braços, sorrindo de canto.

Elesis firmou os punhos, sentindo que ser ruiva era a pior coisa do mundo agora. Todo mundo estava vendo e todo mundo estava rindo agora.

Eles começaram a rir, todo o refeitório. Os principais motivos eram o sutiã e o machona.

“Não posso nem desmentir isso. Todo mundo viu! Todo mundo me viu socando ele e agora também!”. Elesis segurou seus sentimentos e o encarou com raiva.

Enquanto os alheios riam, Ronan a olhava com piedade e Sieghart com um sorriso de escárnio e de vitória.

“Narcisista nojento!” Elesis xingou mentalmente. Ela não podia ficar ali nem mais um minuto.

A troca de olhares foi intensa.

Antes de ela virar e sair do refeitório, Sieghart viu uma pequenina lágrima de raiva aparecer no olho dela. Só que não chegou a escorrer.

Depois de algumas horas, Elesis ainda estava sentada na cama, olhando os cronogramas.

Não é preciso dizer que ela não estava pensando nas aulas, mas sim em Sieghart. Ela amassou o papel e mordeu os lábios.

“Idiota! Que raiva! Como eu quero socar até tirar aquele sorriso da cara dele!”. Elesis pensava frustrada, batendo o punho na cama.

Ela respirou fundo e deitou-se, cobrindo-se para simplesmente tentar dormir, o que foi inútil.

Ela não chorava por coisas como essa, mas a sensação de ter um assunto inacabado ficava perturbando-a constantemente, tirando sua concentração. A solução seria ele realmente se desculpar, a outra seria ela realmente socar a cara dele. Enquanto não fizesse um dos dois, ela não poderia suportar. Não importava que as pessoas a zoassem por causa do que aconteceu. A questão era ele! A pessoa que tinha causado aquilo de propósito! Ela só se sentiria satisfeita se terminasse o assunto com ele! E era o que faria no dia seguinte.

Vrum... Vrum... Algo vibrava em cima do criado mudo ao lado da cama. A luz piscava na tela de seu celular com a palavra “Pai”.

Elesis encarou o celular por alguns segundos, deitada de bruços na cama, pensando se atendia ou não. Seu pai era um bom homem e a tinha criado com todo o amor, à parte do treinamento rígido para ser “um homem digno dos Elsteiner”. Quando mais nova Elesis diversas vezes o lembrava de que ela era uma mulher, só que com o tempo ela aderiu à ideia também.

Não queria decepcioná-lo com as notícias.

-Sinto muito, papai. – ela murmurou, deixando o celular no silencioso, e virando-se para o outro lado da cama.

Ela refletiu sobre o que tinha acontecido e chegou à conclusão de que tinha estragado todos os planos iniciais de passar despercebida.

“Como o irmão do idiota disse, as aulas nem começaram e eu já me envolvi em problemas... Com o mesmo cara ainda”.

Ela não pode evitar seu corpo de tremer.

“Vou entrar para o clube de kendô e fazer as coisas direito! Ele vai ver só!”

Apesar de o dia começar mal e terminar mal, ela ainda era otimista o suficiente. Ela não desistiria tão facilmente assim.

Elesis adormeceu entre pensamentos, sem nem perceber quando as colegas voltaram para o dormitório.

 

Dormitório Masculino

 

-Eu não consigo acreditar.

Ronan seguia o irmão para dentro do quarto, ainda incrédulo. Com eles vinham também Jin e Ryan, que tinham acompanhado tudo e estavam igualmente chocados.

-Foi incrível! – Ryan disse baixinho, maravilhado, os olhos brilhando e os punhos erguidos. – Eu tive o privilégio de ver o Sieg lutando!

-O que deu em você, Sieghart?! Comprou briga com uma garota!

-Para de falar que ela é uma garota! Eu sei disso e não dou a mínima! –Sieghart parou, olhando zangado para o azulado, que baixou o tom, mas não desistiu.

-Ainda assim, você não precisava-,

-Você não precisa repetir uma vez atrás da outra, caralho! –Sieghart levantou as mãos, reclamando com o irmão, que insistia em não se calar em nenhum momento.

Jin até então estava silencioso, coçando o queixo.

-Mas realmente... Eu nunca vi você tão puto, Sieg.

O moreno o ouviu e soltou uma risada irônica.

-Para você ver o que essas garotas conseguem fazer comigo. –ele respondeu, andando até o sofá do dormitório e jogando-se nele. Seu cenho franzido denotava a irritação que ele também estava sentindo.

-Eu espero que você não se meta mais em confusão, especialmente com ela, Sieg.

O moreno fitou o irmão, que lhe apontava o dedo, zangado o bastante para discutirem a noite inteira.

-Que é? Você está do lado dela, Ronan?!

-Ela não só é uma garota como não teve culpa da sua falta de noção! Poxa, Sieghart! Você falou para todo mundo ouvir do maldito sutiã!

-Todo mundo estava vendo a porra do sutiã! Eu não precisava falar nada! É problema meu se ela se sente ofendida por isso? Por que não usa uma lingerie decente então?!

Ronan balançou a cabeça, nada orgulhoso do comportamento do irmão.

-Você é um cuzão, um cuzão mesmo... Depois de tantos problemas você ainda tem que arranjar mais!

Ronan dirigiu-se à cozinha, deixando Sieghart emputecido, batendo o pé no chão.

Jin suspirou.

-Nesse ponto ele tem razão, Sieg. Você mal acabou de voltar ao colégio... Não é a hora para arranjar confusão.

-Isso não é da conta de vocês. A ruiva pediu por isso. E é ela quem vai se desculpar, não eu. Só quando ela fizer isso é que eu vou parar.

Sieghart deixou sua notificação clara para os amigos e saiu, batendo a porta do quarto.

Ryan deixou seu fôlego sair e olhou para Jin enquanto Ronan xingava consigo mesmo na cozinha.

-Mas essa é a primeira vez que o vejo lutando desde... Aqueles dias. – Ryan comentou, colocando os braços atrás da cabeça e esticando-se no sofá. Seus olhos focaram-se na luz e pareceu que ele estava relembrando algo do passado.

Jin baixou o olhar, ficando tenso também.

-É. Mesmo que tenha sido por um motivo besta, eu não acho que é um bom sinal. Ele tinha jurado que ia parar com isso...

-E ainda por cima é uma garota. – Ryan adicionou, falando baixinho.

-Uma garota com uma personalidade muito forte ainda por cima. –Jin disse, cruzando os dedos. – Tem tudo para dar errado.

-Não é? Acha que é coincidência? –Ryan apontou o dedo, arregalando os olhos. Nem ele parecia estar acreditando em suas próprias palavras.

Jin negou com a cabeça. E nisso, Ronan apareceu na sala para pegar sua bolsa.

-Vou voltar para o meu quarto. Vocês dois, de olho nele. –Ronan avisou, olhando-os duramente.

-Sim, Senhor! –responderam em coro, batendo continência.

-O café da manhã está pronto. Ele nunca consegue acordar a tempo, então façam ele comer e digam que eu ainda não concordo com tudo isso. Me entenderam?

-Tudo bem, Ronan, pode deixar com a gente. – Jin sorriu para o irmão de Sieghart, batendo em seu ombro.

-É sério, Jin. Ele te ouve mais do que a mim, então, por favor. –Ronan o olhou com um ar de súplica.

O ruivo apenas assentiu.

-Vou fazer o possível.

Continua


Notas Finais


Yo minna-san!
E aí? O que acharam *-*?
Quais sãos suas novas reações sobre o Sieghart? E sobre a Elesis então?
Espero que as personalidades estejam fixadas pelo menos.
Sem delongas, um abraço e até o próximo!

*Plus Ultra!!! (vou falar porque deu vontade depois de ver e ler Boku no Hero Academia)


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