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História Da vingança ao amor - Capítulo 28


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 28 - Capítulo 28


Clara abriu os olhos e fechou-os em seguida quando a luz os atingiu dolorosamente ouviu um movimento ao lado da cama e tentou abri-los novamente. Não sabia bem o que estava acontecendo. 

― Clara? Como você está se sentindo? 

A voz de Lorenzo, ele soava quase gentil ela tentou falar, e sua voz saiu estridente: 

― Por que você parece tão gentil de repente? ― E então escuridão envolveu-a mais uma vez.

Quando Clara acordou, bem mais tarde, tudo estava mais claro, lembrou -se de Lorenzo gritando para que ela abrisse a porta... Abriu os olhos por um instante e levou as mãos à barriga. Então Lorenzo estava ao seu lado, as mãos sobre a cama. Clara olhou para cima, tomada por uma terrível sensação de vazio. 

― O que aconteceu?

A expressão de Lorenzo era velada, mas não dura ou sarcástica.

― Lembra-se de ontem à noite?

― Eu me lembro de cólicas... depois me lembro de ter andado e visto... ― Ela parou, recordando-se do sangue olhou para Lorenzo. ― O bebê...

Ele meneou a cabeça.

― Nós perdemos o bebê, Clara sinto muito.

Nós, ele dissera nós... quase como se tivesse desejo aquele bebê tanto quanto ela. Uma dor profunda envolveu Clara, tão aguda que ela não sabia se conseguiria suportar. Sua voz tremeu com a força da emoção:

― Saia daqui, Lorenzo saia!!! 

― Cara...

― Você é a última pessoa do mundo que eu quero ver ou com quem quero falar agora, Lorenzo saia.

Ele não se moveu por um longo momento, e Clara rezou para ele fosse.Precisava ficar sozinha quando ele finalmente partiu, ela virou a cabeça para a parede oposta e chorou
pelo bebê que tinha sido concebido contra todas as probabilidades.

 Mas sabia que também estava chorando por alguma coisa muito mais perturbadora estava tudo acabado Lorenzo Altamiro não hesitaria em expulsá-la de sua vida agora e, ela chorou ainda mais ao reconhecer que viver com Bruno não lhe ensinara nada sobre se valorizar... Porque, como podia se sentir tão arrasada por romper uma conexão tão tênue com um homem que a desprezava? 

Lorenzo andava do lado de fora do quarto de hospital de Clara, como se isso ajudasse a acalmar os sentimentos que ameaçavam implodir em seu interior. O jeito como ela a olhara há pouco o devastara, banindo qualquer dúvida que ele pudesse ter sobre se o bebê era ou não seu. Agora, quando finalmente não podia mais negar que acreditava que seria pai, era tarde demais. 

Uma emoção o percorreu, abalando-o com sua força, porque ele a estivera reprimindo era a mesma sensação de impotência e raiva que experimentara ao olhar para o corpo morto de sua irmã. Era dor e, por um segundo, inundou-o como uma onda
gigante, ameaçando destruí-lo. Ele não tinha aceitado seu próprio bebê e, ainda mais perturbador, era a necessidade que sentia de retificar o que havia acontecido, a fim de restaurar o equilíbrio. 

Tal sentimento o pegou de surpresa e o abalou mais do que qualquer outra coisa, porque, pela primeira vez, teve de admitir um anseio por alguma coisa que sempre negara. As palavras do médico lhe voltaram à mente: "ela devia estar passando por algum tipo de estresse extremo para provocar um resultado como este." Sua esposa, seu bebê, sua culpa. 

Clara estava reprimindo tudo, exceto o sentimento de perda em seu interior o médico explicara que não havia nada que alguém pudesse ter feito. Aquele era o tipo de coisa que acontecia, e ela poderia ter uma gravidez normal e saudável assim que ela e seu marido quisessem tentar novamente. A dor aumentou com o pensamento de tal cenário e como uma parte sua secreta se sentia ambígua em relação a isso. 

Ela estava andando pelo quarto, arrumando sua pequena mala depois de alguns dias se recuperando no hospital, Lorenzo a levara para casa, em alguns minutos. Ele tentara lhe falar nos últimos dias, mas ela o bloqueara já havia passado por sofrimento demais, e não suportaria vê-lo com pena dela. 

Sentia-se arrasada pelo pequeno ser que perdera assim que tinha descoberto sobre a gravidez, fora tomada por um amor muito grande, um amor tão forte por seu bebê que a fizera ir confrontar Lorenzo ... o maior erro que já cometera.

Cara sentou-se na cama por um momento sua gravidez a impulsionara a procurar ele. Mas, subitamente, a alternativa, não ter descoberto que estava grávida e não ter tido um motivo para procurá-lo, encheu-a de uma dor inexplicável. Naquele exato momento, Lorenzo abriu a porta e entrou olhou para a mala sobre
a cama.

― O que você está fazendo?

Clara tinha quase acabado, então se levantou e começou a fechar o zíper da mala.

― O que lhe parece, Lorenzo? Eu estou indo embora não há mais razão para esta farsa...

― Clara...

Ela virou-se, subitamente furiosa.

― Não fale meu nome assim eu sei o que a palavra significa, e não sou sua querida ironicamente, de onde eu venho, Clara significa amiga. Mas você também não é meu amigo portanto, não ouse falar meu nome... nesse tom de voz.

Ele deu um passo à frente, e Clara precisou de toda sua força de vontade para tentar detê-lo, ela ergueu uma mão.

― Por favor, não. ― Ela deu um passo atrás, parando quando sentiu a cama atrás de seus joelhos.

Lorenzo continuou se aproximando, uma expressão intensa no rosto. E, então, estava tão perto que ela podia sentir-lhe o cheiro, sentir o calor dele envolvendo-a, e a concha frágil que mantivera ao seu redor desde que saíra do hospital rachou-se a emoção irrompeu num soluço estrangulado e tudo ficou nublado quando lágrimas inundaram seus olhos e escorreram por suas faces. 

Antes que ela pudesse desmoronar, Lorenzo estava lá, envolvendo-a nos braços como se nunca mais quisesse soltá-la, quando os soluços de Clara começaram a diminuir, ela percebeu que eles estavam sentados na beira da cama e que a camisa de Lorenzo estava molhada. Começou a se afastar para seu imenso alívio, ele a liberou Clara não podia olhá-lo, e, do nada, ele lhe
passou um lenço de papel ela enxugou os olhos.

― Desculpe-me...

― Não.

A veemência no tom de Lorenzo a fez olhá-lo.

― Você não tem de se desculpar por isso, Clara. 

Ele se levantou e afastou-se, o corpo poderoso irradiando uma tensão quase palpável. 



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