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História Dama de Espada - O cartomante


Escrita por: bisdoLilo

Notas do Autor


Oiê gente linda
Adivinha quem voltou?
Isso mesmo, euzinha aqui
Tô muito feliz por ter conseguido postar mais um capítulo, afinal a vida anda corrida.
Espero que estejam gostando da Fic
Não desistam de mim

Boa leitura...

Capítulo 47 - O cartomante


Fanfic / Fanfiction Dama de Espada - O cartomante

~Elizabeth pov~

“Reid fecha essa porta” é tudo que consigo dizer com a voz falhada, a suas palavras ainda ecoavam pelo quarto, suas ações fizeram todo meu corpo entrar em estado de choque, simplesmente não conseguia imaginar ficar sem ele novamente,  não agora que eu podia escutar sua voz linda dizendo que me amava, seguido de um sorriso charmoso e encantador. Meus pensamentos eram tão intensos que tive a impressão de que meu cérebro fosse fritar a qualquer momento, tentava entender como reverter tudo isso de algum modo e  por mais que muitas ideias tenham passado na minha mente, a melhor com toda certeza e a única que o convenceria de ficar, seria dizer a verdade.

“Liza, não torne as coisas ainda mais difíceis” seu olhar vazio, demonstrava que estava sendo mais dolorido esse término do que ele queria admitir “estamos no meio de um caso, numa madrugada agitada, dentro de um hotel qualquer, se você realmente quiser conversar sobre nós é melhor que seja depois, agora não é lugar nem hora” sua fisionomia de repente compassiva dava a ideia de que ele queria me convencer a ir embora sem mais problemas.

“Não” falo indo até ele e fechando a porta devagar enquanto falava “você falou tudo que quis, então agora vai me escutar e ouvir tudo com muita atenção” respiro fundo me virando e olhando em seus rosto “Meu lindo, olha pra mim” falo calma, tocando seu rosto “eu só vou embora depois de você ter entendido muito bem, tudo que fiz esse final de semana, mesmo sabendo que isso pode levar horas”

“Mas eu não quero saber” ele responde rápido.

“Ta bom Sr.nao quero saber, só senta aí e me escuta, se depois de tudo continuar com essa decisão ridícula de me excluir da sua vida eu não vou ti impedir” digo imperativa, seu suspiro profundo após minha fala, deixava claro que ele havia entendido “vou tentar ser o mais clara e concisa possível, então se surgir dúvidas você pode tira-las no final da história” aviso.

*Flashback on*

Era três horas da tarde de quinta quando comecei passar mal, estava sentindo um enjoou horrível e uma dor de cabeça fora do normal, pensei que fosse devido a regalia de uísque da noite anterior mas não fazia muito sentido afinal resseca é na manhã seguinte e não no meio da tarde, mesmo assim resolvi sair e respirar um pouco de ar fresco pois minha sala estava me deixando sufocada.

Mesmo sabendo que não era a alternativa mais sensata, levando em conta que estava com dor e enjoada, no momento em que vi meu carro no estacionamento eu não resisti, a lembrança de pegar a estrada com os vídros abaixados e sentir o ar encher meus pulmões parecia irresistível. Então foi exatamente o que fiz, peguei a rua menos  movimentada da UAC até a rodovia e depois fui em direção ao Norte, eu só me dei conta que havia passado muito tempo na estrada quando vi a placa de Dale City, foi quando entrei no próximo retorno e voltei pra Quântico.

Quando finalmente cheguei já era quase oito horas da noite,  porque tinha feito uma parada longa pra comer. A sensação de paz que permaneceu até depois que entrei na minha sala me deu ânimo pra repor ainda hoje às duas horas que eu havia perdido mais cedo.

“Meu Deus, que susto” escuto a voz estridente na minha porta e subo o olhar, Garcia estava parada com uma expressão até engraçada, sua indecisão sobre entrar ou não na sala tornava a cena ainda mais cômica.

“Estou tão horrível assim hoje?” questiono brincando.

“Que isso, você é sempre encantadora” comenta com um sorriso nos lábios ao se aproximar da minha mesa “eu só não imaginei que você estaria aqui a essa hora”

“Estou resolvendo algumas coisas, e você? O que ti trás aqui tão tarde?” pergunto calma na tentativa de disfarçar minha curiosidade

 “Eu sei que está tarde mas é que cheguei em casa e percebi que tinha esquecido um dos meus celulares aqui, dá pra me imaginar sem um celular do lado?" Penélope tinha um clima tão descontraído que sua presença me causava uma alegria inexplicável “Willian, o segurança noturno” ela fala explicando “me pediu pra deixar esse pacote na sua sala” ela fala esticando o envelope de kraft pra mim 

“Obrigada” falo sorrindo.

Assim que Garcia sai abro o envelope quase vazio, exceto por algo no seu fundo, retiro lá de dentro intrigada com a ideia de quem teria me mandado aquilo e assim que analiso o que me foi entregue sinto meu coração gelar e um nó se formar na minha garganta, eu tinha visto aquelas cartas várias vezes, mas não em qualquer lugar, aquilo era de Albert.

Saiu correndo pelo corredores da UAC, na certeza de que não iria esbarrar em ninguém a essa hora e quando finalmente chego na sala de Garcia segundos depois respiro aliviada por saber que ela ainda está ali.

“Veio retribuir a visita” ela fala rindo.

“Eu preciso de um favor Penélope” falo rápido, minha voz sempre calma saiu enroscada em um emaranhado de palavras, era como se todo meu auto controle tivesse ido pelos ares.

“Claro” ela fala me puxando pra dentro “eu não sou boa em analisar pessoas igual o restante da equipe, mas ainda consigo ver que você esta tremendo, o que aconteceu? É algumas coisa com o que ti dei?”

“Eu ando falhando miseravelmente em disfarçar minhas emoções ultimamente” comento mas pra mim mesma que pra ela “foi isso que você me entregou” falo lhe entregando as três cartas que segurava com cuidado.

“Me desculpa Liza, mas não sou boa em ler taró” ela coloca a caneta rosa que segurava na mesa e analisa mais de perto cada carta “O que significa uma dama de espada, um valete de paus e um rei de copas?” ela pergunta demonstrando muito mais domínio que eu sobre os naipes de baralho.

“Eu entendi menos que você sobre tudo isso” mordo minha boca pensando em uma boa mentira, porém não conseguia formular nada na condição que estava, minha cabeça dolorida juntamente com o enjoou voltaram novamente “o problema é quem me enviou isso Garcia e é aí que você entra”

“O que você quer que eu faça?” ela pergunta, já com as mãos no teclado.

“Albert James Peterson” minha voz carregada, demonstrava toda angústia que eu insistia em esconder, era como se um calafrio percorre-se minha coluna fazendo todo meu corpo se arrepiar, toda vez que pensava nele.

Eu estava começando a me questionar em qual momento de tudo isso eu passei de predadora para presa.

“Eu preciso de mais detalhes” Garcia fala ainda teclando.

“O cartomante” assim que termino de falar escuto uma exclamação de horror de García, então me viro olhando a tela dos diversos computadores, pelo menos foto de três vítimas diferentes apareceram na tela, tais fotos vistas várias vezes por mim nesse momento pareciam tomar outras formas, eram mais doloridas e cruéis.

“Você sabe que não tenho tolerância pra isso” mesmo virada de costas pra tela, eu conseguia imaginar essas imagens atormentando sua mente, principalmente a da jovem com a garganta cortada, com uma carta em cada olho “Elizabeth” ela fala olhando pra mim “ele ameaçou fazer algo assim com você?” Eu não tinha resposta pra essa pergunta, afinal o sonho dele sempre foi fazer coisas piores que essas “Nós devemos chamar toda equipe e”

“Não Garcia” falo me levantando a interrompendo, minha voz saiu ameaçadora me fazendo se sentir culpada, afinal ela só esperava me ajudar “Não é necessário, ele esta preso”

“E mesmo assim algum lunático ti mandou isso” ela fala apontando as cartas “somos uma equipe, protegemos uns aos outros”

“Eu sei Garcia e se fosse necessário eu realmente aceitaria toda essa comoção, mas é algo que eu mesma vou resolver” respiro fundo tentando planejar meus próximos passos porém nada fazia sentido na minha mente atordoada “eu preciso viajar pro Colorado ainda hoje, você poderia descobrir a rota mais rápida?” eu mal tinha terminado de falar e Garcia já estava a postos.

“O próximo voou sai às sete de Quântico, e você chega ao Condado de Fremont as dez” isso parecia tempo demais “outra opção seria dirigir até Richmond pegar o voou pro Colorado às cinco e chegar lá no máximo as oito” 

“Eu esperava escutar que tinha um voou saindo daqui meia noite” confesso com um meio sorriso ao admitir minha ilusão.

“Dra. eu imagino pra onde você esteja querendo ir, e se posso ti dar um concelho” ela fala fazendo uma pausa e concordo com a cabeça “primeiro que nunca é bom fazer as coisas por impulso e segundo que ninguém vai ti atender antes das sete mesmo” seus concelhos eram válidos e tendo trabalhado 5 anos naquela prisão eu sabia que de noite a quantidade de guardas era reduzida a metade e ninguém se daria ao luxo de sair do seu posto de prontidão pra trazer um prisioneiro pra conversar comigo por puro capricho meu. Então percebi que precisava de mais do que isso, e sabia exatamente quem me colocaria lá dentro.

“Obrigada por toda ajuda Penélope” falo me despedindo “daqui pra frente eu e Mike daremos um jeito” falo saindo porta afora.

Passo na minha sala só pra pegar minhas coisas e o celular que utilizava somente pra conversar com Mike, o estresse estava me consumindo e a cada ligação feita que Mike não atendia minha frustração parecia dobrar.

*Ligação on*

“Que merda Mike” falo brava assim que percebo que fui finalmente atendida “achei que não fosse me atender”

“Você sabe que não sou sua propriedade exclusiva, ainda" sua voz charmosa, deixava seu flerte evidente “eu acredito que tamanha urgência não teve ter sido só pra escutar minha voz” ele fala após eu permanecer algum tempo em silêncio, seu jeito sempre descontraído me deixava com o pé atrás em lhe contar tudo isso, mas o fato era que Mike nunca havia me deixado na mão.

“Eu sei quem roubou meus relatórios do projeto Ala 7” falo após constatar que seria desgastante tentar fazer tudo isso sem ele “é o Albert, Mike, você se lembra dele?” 

“Ta legal minha Doce Elizabeth, você precisa explicar melhor tudo isso” 

“Para” grito dentro do carro “não aja como se isso fosse uma ligação romântica, eu preciso que você mantenha o foco e me ajude”

“Só estou tentando descontrair um pouco, porque sua conversa parece um pouco distante demais da realidade”

“Alguma vez eu estava errada sobre algo que ti disse?” pergunto o interrompendo “eu sei o que estou falando, só ti liguei porque preciso de uma passagem, jatinho ou seja lá o que você conseguir que faça eu pousar no Colorado logo, e quando digo logo são em poucas horas” falo imperativa.

“Ta bom Parrish, onde está agora?”

“no carro indo pra casa” respondo.

“algum aparelho eletrônico além do telefone que estamos conversando?”

“não, eu deixei tudo na minha sala na UAC”

“Otimo” sua respiração funda do outro lado da linha explicitava que esse não eram os planos pra sua noites “Liza, agora me escuta bem” diz calmo com tom de ordem “você vai dar meia volta agora e vai direto pra casa de Robert”

“Robert?” pergunto intrigada “acho que você não entendeu tudo que eu disse”

“Eu entendi perfeitamente e espero que você faça o que eu peço" minha cabeça latejava, dando claros sinais de que não era mais capaz de processar nenhuma informação  “Eu prometo ti explicar tudo”

*Ligação off*


Notas Finais


E aí Gostaram???
Críticas construtivas são sempre bem vidas
⬇️⬇️⬇️
Saudades da opinião de vocês.


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