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História Dama de Gelo - Esperança


Escrita por: ingridmcm

Notas do Autor


Boa leitura :)

Capítulo 22 - Esperança


Os últimos quatro dias tinham sido extremamente tediosos. Davi estava em Londres fechando contratos para sua gravadora, ou seja, eu estava sem poder brincar em meu parque de diversões com meu submisso. E Bruno tinha voltado a ser um fantasma em minha vida. Eu não tinha conseguido noticias dele através da impressa parece que ele tinha sossegado seu facho, nada de noticia de Bruno saindo com modelos em acessão. Na verdade nada de noticias de Bruno em lugar nenhum. Pensei em ligar para saber se ele estava bem, só que ai me toquei que nós não éramos nada um do outro, eu não podia me considerar nem amiga dele, eu era apenas uma mulher que ele tinha conhecido, ajudado e transado um dia. Pelo menos era assim que eu me sentia, já que Bruno nunca tinha me ligado para ter uma conversa amena e cordial. Na verdade eu não sabia como classificar o que tínhamos. E isso era o cúmulo da estranheza de nossa relação. O que tínhamos? O que éramos um para o outro?

- Tudo pronto Melanie, todos os detalhes estão acertados. – Me comunicou Sarah entrando em meu escritório e me tirando de minhas divagações sobre Bruno.

Sarah tinha voltado ao trabalho. E eu não podia estar mais feliz por isso. Vê-la bem, respirando e esquecendo-se de trazer meus cappuccinos era algo extremamente reconfortante e familiar.

- Suas passagens para Nova York estão ok, e já confirmei sua reserva no mesmo Hotel onde estão hospedados Mark e os fotógrafos contratados. – Continuou Sarah checando minha agenda.

Em uma hora eu estaria embarcando para Nova York, já que o Grammy se realizaria lá no Madison Square Garden e eu forçadamente teria que ir ao evento representando a revista. Mark e os fotógrafos já tinham viajado ontem para já irem se preparando para as entrevistas e para pegar os melhores ângulos da premiação.

- E minha roupa para a premiação? – perguntei arrumando os papéis em cima da minha mesa.

- A Gucci vai ser a parceira desse editorial então irão enviar o vestido e os acessórios direto para o seu Hotel em Nova York.- informou Sarah.

- Menos mal. Poderei levar então só uma mala de mão para a viagem. E Sarah me desculpe te fazer trabalhar em pleno domingo.

- Tudo bem Melanie sei que esse é um dia importante para a revista. E tenho certeza que a cobertura será um sucesso.

- Sim tem que ser. Agora vá para casa descansar. E eu vou para o aeroporto está quase na hora do voo.

Eu e Sarah já cruzávamos a redação da revista que estava praticamente vazia. Havia apenas os jornalistas que ganharam a incumbência de fazer as matérias em tempo real para o site da revista.  Estávamos quase na porta quando escutei um dos jornalistas chamar meu nome.

- Sim? – perguntei olhando para o rapaz de óculos fundo de garrafa, que se não me engano se chamava Jimmy.

- Senhorita Sanders o site da revista está fora do ar.

- Como assim? – perguntei preocupada.

- Simplesmente fora do ar, não consigo fazer nenhuma postagem sobre o Grammy, e acessei o site e nada também.

Cheguei próxima a mesa de Jimmy e constatei o que não queria constatar. Que estávamos ferrados. De uma hora para outro a redação da revista que parecia tão vazia ganhou vida. Eram dez jornalistas loucos, uma secretária e uma chefe de redação no caso eu , xingando sem parar e resmungando.

- Calma vamos resolver. - falei retornando a serenidade. – Sarah liga para o técnico do sistema e manda ele resolver essa droga. – Vociferei

- Mas acho que vai demorar ele está em casa é domingo...

- Que se dane o domingo dele, pago até duas vezes a hora extra dele, só quero o site no ar novamente.  Liga logo para ele.

Sarah obedeceu de imediato. O técnico chegou o mais rápido possível, porém já foi o suficiente para me atrasar. Já que eu tinha feito questão de ficar na redação para me certificar que o problema estaria resolvido.

- Tudo resolvido. – declarou o técnico. – O site da revista está a pleno vapor novamente. E sem risco de novas quedas. – disse por fim para meu alívio.

- Obrigada. – agradeci aliviada.

-Desculpa atrapalhar esse seu momento de alívio e alegria Melanie, mais seu voo para Nova York sai em quinze minutos. – informou Sarah transformando meu alívio em pura aflição novamente.

- Droga! – Exclamei saindo praticamente correndo da redação.

- Boa viagem e bom Grammy. – ouvi Sarah gritar antes que eu saísse porta fora.

Los Angeles para meu horror estava chuvosa. O trânsito andava a passos lentos, creio que até uma tartaruga ultrapassaria o táxi em que eu estava. Só pensava  em como eu estava ferrada, o jeito era torcer para o voo ter atrasado. Quando cheguei o balcão da América Airline eu já sabia a resposta mais mesmo assim me atrevi a perguntar para a recepcionista.

- O voo das  19 horas para Nova York já saiu?

- Sim senhora. Mais temos um próximo voo daqui três horas. – informou a atendente.

Depois que ouvi sua informação me afastei de seu balcão e tudo que pude pensar foi: QUE MERDA!  Eu entraria em um avião em três horas, e o Grammy começaria em três horas. Na melhor das hipóteses eu chegaria ao final da premiação, isso se eu simplesmente nem me dignasse a me arrumar. Era um desperdício minha ida dessa forma para representar a Glow. Por um lado fiquei feliz já que não queria ir mesmo. Mas por outro lado, já previa a indignação e o sermão de White quando eu ligasse para avisar que se quer tinha conseguido sair de Los Angeles. Já começava a pegar meu celular na bolsa para ligar para White, quando senti uma mão em meu ombro e não uma mão qualquer uma mão enorme.

- Senhorita Sanders? – perguntou o dono da mão em meu ombro.

Virei para trás curiosa e me deparei com uma face conhecida.

- Dre? É você o segurança do Bruno não é? – perguntei.

- A senhorita então se lembrou de mim. – falou rindo. – Será que poderia me acompanhar o senhor Bruno quer falar com a senhorita?

- Bruno? Como assim?  O que ele faz aqui no aeroporto? – perguntei desnorteada olhando de um lado para outro do aeroporto.

- Ele veio pegar seu jatinho para ir para Nova York. – esclareceu Dre. – Ele viu a senhorita na hora que chegamos. Está a sua espera.

Ouvi cada palavra de Dre com atenção. E pensei meu Deus como meu dia podia só piorar. Primeiro o site da revista, depois perdi o voo e agora tenho que ver Bruno? Pensei tanto em como evitar sua presença em Nova York no Grammy e agora o filho da mãe vem me atentar ainda em Los Angeles.

- Tudo bem Dre. – respondi seguindo o segurança de Bruno na sequência.

Atravessamos o aeroporto de ponta a ponta. Até que Dre me guiou até uma sala reservada. Assim que entrei dei de cara com Bruno sentado confortavelmente em um sofá branco como a neve. Ele usava óculos escuros e estava todo de preto exceto pelos tênis brancos em seus pés. Dre fechou aporta e nos deixou sozinhos.

- Há que devo o prazer de ser chamada pelo grande Bruno Mars? – perguntei cínica.

- Oi Bruno como vai? A quanto tempo não nós vemos. – falou ele debochado. – Acho que era assim que você deveria me cumprimentar. - completou ele me fazendo revirar os olhos.

- Sem rodeios senhor Mars, vá logo ao assunto. – pedi seca.

- O assunto como sempre é você. – falou me olhando de cima baixo.

- Não Mars, o assunto sempre é você. É você que fica aparecendo e desaparecendo de minha vida. É você que me liga bêbado durante a madrugada e me fala coisas sem sentido em quanto transa como uma mulher. O assunto é sempre você, como você não consegue entender isso? – falei áspera cruzando os braços.

- Desculpa por aquilo foi um erro, eu não devia ter ligado naquele momento foi algo estúpido.

- Olha deixa isso pra lá. – falei já cansada devido a todos as desventuras de meu dia. – Agora só o que eu quero é ir para minha casa e descansar um pouco. Então se der licença.- falei me encaminhando para a porta.

- Como assim? Pensei que ia te ver no Grammy. – falou ele devagar.

- Como você sabia que eu ia ao Grammy? – perguntei curiosa.

-Perguntei para Davi, não que seja necessário perguntar algo sobre você para ele, já que ele faz questão de me manter informado sobre a relação de vocês. –Respondeu revirando os olhos. – Mas me fala por que não vai mais para o Grammy?

- Perdi o voo. Então já era. – falei mexendo os ombros.

- Vem comigo então. – falou ele se levantando do sofá e ficando de pé a minha frente. – Estou indo para Nova York pelo mesmo motivo que você, então nada mais justo que irmos juntos.

- Não obrigada Senhor Mars.- disse séria. – Já pretendia evitar sua presença no Grammy, então é óbvio que não vou ficar com o senhor presa em um avião por uma hora.

- Então você pretendia me evitar?

- Com toda certeza.

- Por que? Por que você pretendia me evitar? – falou ele se aproximando ainda mais de mim.

- Por todos os motivos citados no início de nossa conversa e não me faça repetir todos. E porque quero preservar minha sanidade mental. Você me deixa confusa Mars. – falei sincera, sincera demais para meu gosto.

- Então eu te deixo confusa?- perguntou ele pensativo. -O quanto confusa você fica quando eu me aproximo de você assim. – falou colocando a mão em minha cintura e a apertando com força. – E quando eu estou perto assim? Consigo te deixar ainda mais confusa? – falou aproximando seu rosto do meu.

- Davi é meu submisso! – falei antes de Bruno tocar meus lábios.

- Melanie você é uma corta clima. – falou ele rindo sem humor. – Seu eu soubesse que por uma semana de indecisão minha ele entraria em sua vida, eu teria aceitado sua proposta no minuto em que me fez, e agora eu que seria seu submisso. – Me falou com pesar.

Todos os cabelos de minha nuca se arrepiaram com suas palavras.  Ele queria ser meu submisso. Mais antes que eu pudesse falar qualquer coisa Dre bateu na porta e entrou na sequência.

- Senhor a banda já está no jatinho, estão só te esperando para decolar. – Informou Dre.

- Nós já vamos. – Respondeu Bruno. – Melanie anda vamos, se você não for eu sequer apareço no Grammy. – Dramatizou ele. – E não vamos ficar sozinhos no jato, você pode continuar com o seu plano de me ignorar. Pode passar a viagem toda conversando com os meninos da banda e com o resto da minha equipe.- ponderou ele.

-Tudo bem então. – falei ainda pensado em quando ele disse que queria ser meu.

Nós estávamos prestes a sair daquela pequena sala e ir par ao jatinho de Bruno quando o puxei pela mão. Bruno parou surpreso e me olhou. Enquanto Dre seguia a nossa frente.

- Davi é meu submisso. – falei devagar.

- Você já me disse isso Melanie. Não precisa repetir. – respondeu rude.

- Ele é meu submisso mais ainda não temos um contrato. - disse olhando para chão.

- E o que isso significa? – perguntou confuso.

- Significa que ainda não há nada firmado entre eu e Davi. Significa sem clausulas. Significa que as coisas ainda podem mudar e com rapidez. – falei olhando nos olhos de Bruno.

- E isso é serio? – perguntou sorrindo.

- Muito sério. Mais isto é uma conversa para outra hora. Agora temos que ir.

- Ir? Ir pra onde- perguntou desnorteado.

- Pro seu jatinho. Esqueceu bobão? – falei brincalhona.

Nós apressamos para seguir Dre que já estava longe a nossa frente indo em direção ao jatinho. Porém agora o clima estava mais leve entre eu e Bruno. E nós dois estávamos com os corações cheios de algo, algo que nos fazia rir de orelha a orelha. Algo chamando esperança.



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