Já estávamos na sobremesa. E a conversa ficava cada vez mais difícil de engolir. Meu pai estava praticamente já planejando nossas férias em Aspen com Bruno como meu namorado, coisa que ele ainda nem era. Eu já apertava o garfo com força.
- O que acha Melanie? você poderia até ensinar o Bruno a esquiar nas nossas férias de inverno. – disse meu pai chamando minha atenção.
- Eu não tenho férias de inverno eu trabalho. –sussurrei com mão apertando ainda mais o garfo.
- Nós também trabalhamos, não é Bruno?- falou meu pai com um sorriso bonachão em seu rosto. Um sorriso que a tempos eu não via em sua face.
- Ele é um cantor que paga toda uma equipe, e você pai é dono de um império financeiro, vocês podem tirar folga quando quiserem, mas eu sou apenas uma editora de revista, eu recebo salário sabia?!. – falei pela primeira vez com uma voz que realmente parecia a minha.
- Essa é uma opção sua. – concluiu meu pai limpando a boca no guardanapo impecavelmente branco. – No momento em quiser você pode tomar seu lugar na nossa empresa.
- Na sua empresa, só sua. – sussurrei encarando minha sobremesa que se mantinha intacta.
- Não, para sua e minha tristeza a empresa é sua também, e quando eu morrer você terá que assumir suas responsabilidades com ela. - disse tomando um gole de água em seguida. – Se bem que agora com Bruno entrando para nossa família eu tenho esperança que vocês me deem um neto que seja um herdeiro de verdade para a família Sanders.
Bruno tossiu automaticamente ao ouvir aquele comentário ridículo do meu pai. Minhas bochechas ficaram vermelhas de vergonha, eu não conseguia acreditar que meu pai havia dito isso. Bruno ainda se recuperava do seu ataque de tosse quando eu fiquei de pé.
- Chega! O senhor já me envergonhou de mais... – comecei a falar.
- Não me venha falar de vergonha Melanie, você não tem esse direito. Sente-se agora temos um convidado conosco. – ordenou ele com arrogância.
Eu poderia ter sentado, eu poderia não expor toda aquela merda. Eu poderia deixar Bruno pensar que meu pai era apenas um homem rígido. Eu também poderia fazer meu pai acreditar que eu tinha tomado jeito e não tinha mais me metido no horroroso mundo de devassidão que ele julgava ser inapropriado, e que agora eu namorava e no futuro lhe daria um neto de bochechas rosadas. Mas eu resolvi tocar o foda-se. E me mantive de pé.
- Vergonha pai? Como assim eu não posso falar de vergonha? Logo eu a filha que você pegou chicoteado um homem nu enquanto ele lambia seus pés, e que você fez questão de humilhar. A filha que você disse que era uma vergonha para a família. Como assim eu não posso falar de vergonha meu caro pai,eu sou a própria vergonha! – comecei a falar com um sorriso debochado nos lábios.
- Chega Melanie! – gritou meu pai olhando alarmando para Bruno que estava de boca aberta diante da discussão.
- Não se preocupe papai, Bruno já experimentou do meu chicote e não reclamou. – falei deixando uma única lágrima escapar de meus olhos.
Sabe aquele silêncio sepulcral? nós experimentamos ele ao meio-dia de uma tarde de domingo em pleno almoço. Eu e meu pai nos encarávamos como dois leões prontos para abater suas presas. Havia em nossos olhos muita mágoa e ressentimentos.
- Melanie é muito habilidosa com chicotes, nem deixa marcas. – pigarreou Bruno quebrando o silêncio esmagador entre nós – Acho que foi uma das coisas que me fizeram me apaixonar por ela, sem falar que ela é uma mulher forte em todos os sentidos. Uma editora de revista de primeira, uma jornalista premiada que não depende de ninguém. Sua filha é uma mulher admirável, uma pena que o senhor não reconheça isso senhor Sanders.
Sabe o silêncio? ele se instalou de novo, mais foi o melhor silêncio que já houve em minha vida. Meu coração praticamente batia fora do peito. Eu tinha em meus lábios um sorriso que ia de orelha a orelha, meu olhos estavam em Bruno e os dele estavam em mim. Mas nosso momento se perdeu assim que meu pai se pôs em pé. Ele não disse nenhuma palavra. Apenas atravessou a sala de jantar e saiu de nossas vistas e eu pude ouvir a porta da entrada bater. Meu pai tubarão de Wall Street havia ido embora sem nenhum tchau ou adeus.
- Acho que ele não gosta mais de mim. – completou Bruno dando a ultima garfada em sua sobremesa. Ele ao contrário de nós tinha aproveitado muito bem a comida. – Será que Barbara fez mais desse brownie?- perguntou ele limpando os cantos da boca.
Mas eu não o respondi apenas me joguei em seu colo. Segurei seu rosto e beijei sua boca com vontade.
- Isso é melhor que brownie com sorvete. – comentou ele sorrindo e mostrando suas covinhas quando paramos nosso beijo.
- Obrigada. –sussurrei em seus ouvidos. – O meu pai ele é um pouco...
- Difícil, mandão, arrogante e não sabe valorizar a filha que tem. – completou ele acariciando minha coxa.
- Sim tudo isso. – respondi massageando sua nuca, fazendo ele suspirar.
- Pelo que entendi ele sabe que você é uma dominadora.
- Sim, ele descobriu quando eu tinha dezenove, me pegou com Jordan em uma de nossas sessões em meu quarto na nossa antiga casa. Ele não aceitou bem, como você pode ver. Acho que é medo de escândalo, medo do nome da família ir para lama e sem falar de todo o preconceito que ele sente. Deixei de ser sua filha para ser a aberração que carrega o sobrenome Sanders.
- Ele é pai, uma hora vai aceitar...
-Não o meu pai Bruno, em primeiro lugar para ele está o nome da família e sua empresa.
- Ele só quer bancar o durão!- disse ele colocando minha mão em uma parte de seu corpo que também estava bancando a durona se é que me entendem.
Eu acariciei seu membro por cima da bermuda o fazendo gemer baixo em meu ouvido. E fazendo com que a lembrança daquele almoço detestável se fosse.
- Gostosa! – sussurrou ele em meu ouvido, quando apertei seu pau com mais força.
- Vão querer mais sobremesa? – perguntou Barbara atrás de nós, fazendo quase a gente saltar da cadeira de susto.
-Ai Barbara quase nos matou do coração! – falei tirando devagar a mão do volume nas calças de Bruno.
- Desculpe, vi o senhor Sanders sair então vim ver se precisavam de mais alguma coisa. – falou já vindo retirar os pratos da mesa.
Sentei sobre a ereção de Bruno para disfarçar. Ele colocou sua mão em minha cintura me pressionando ainda mais contra sua ereção. Olhei para ele que fazia cara de paisagem. Safado pensei comigo mesma.
– Mais sobremesa?- ofereceu Barbara novamente.
- Acho que Bruno vai querer mais, não é?. – falei dando uma leve rebolada em seu colo pude sentir o pau dele duro como pedra em minha bunda. - Não é? - perguntei de novo chamando a atenção dele que parecia totalmente direcionada para os leves movimentos que eu fazia em seu colo com meus quadris.
- Acho que a vontade já passou. –disse ele depressa parecendo sem fôlego.
Ele que tinha começando a brincadeira e agora não estava aguentando. Eu já sentia a respiração dele ofegante, pelo visto o senhor Mars estava indo a loucura.
- Mas você disse que queria tanto- falei movimentando mais um vez em seu colo com cara de inocente.
- Sim eu quero, quero muito. - falou ele, e eu sabia que não era da sobremesa que ele estava falando.
- Então vou buscar é bom finalmente ter alguém com apetite para servir, os Sanders comem como passarinhos. vou pegar um pedaço graúdo de brownie para você meu querido. - disse Barbara já indo em direção da cozinha.
- Isso mesmo Barbara e ele vai comer tudinho. - falei cheia de malícia para Bruno.
- Não brinque com fogo anjo.- falou ele me pressionando contra sua ereção que latejava.
- Mas quem começou a brincadeira foi você. Agora vamos nos arrumar que Barbara já deve está voltando com sua sobremesa. - disse saindo de seu colo enquanto ele resmungava.
- Nossa esse é o melhor brownie que já comi. - falou Bruno fazendo o ego de Barbara inflar quando raspou o prato.
- Obrigada Bruno. - agradeceu ela retirando o prato e já indo para cozinha.
- Ahhh Barbara o sorvete que serviu com o brownie ainda tem? –perguntei despretensiosa .
- Sim vou trazer um pouco para a senhora.
- Não, pode deixar o pote inteiro no meu quarto por favor.- pedi
- Já deixo lá Mel. – respondeu ela sumindo em direção a cozinha
- Não sabia que gostava tanto assim de sorvete de creme. – brincou Bruno sorrindo.
- Eu adoro, principalmente porque fico muito criativa em meu quarto com um pote de sorvete nas mão senhor Mars.- Bruno piscou duas vezes e e vi que ele entendeu a mensagem.
- Eu também posso ser bastante criativo anjo. – provocou ele fazendo meu corpo esquentar instantaneamente.
Esse era nosso ultimo dia em Nova York e eu queria fazer desse dia inesquecível para nós dois. E de fato ele seria, mas eu mau sabia o quanto intenso ele seria.
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