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História Damned Souls - Chapter three


Escrita por: Bia_____

Notas do Autor


Oi meus amores, estou tão feliz em estar fluindo, de estar feliz escrevendo, seguindo com a história inicial, claro tem partes que não mudou nada, mas tem outras que mudou tanto.
Espero de coração que vocês gostem, já postei três de uma vez, porque eu não estava conseguindo parar de escrever, se deixasse esse capitulo ficaria gigante, então o cortei pela metade, e relaxem jajá o Justin vai aparecer.

Capítulo 3 - Chapter three


Toronto – Canáda

 

POV’S Madison Paker

 

Eu empurrava a mala até o portão de desembarque, torcendo para que Aurora não tenha esquecido de me buscar, não aguentaria ficar esperando por ela sozinha. Já que meu carro só seria entregue amanhã cedo. Estava com fome, a ideia de dormir o voo todo, não tinha sido uma boa ideia. Passei por todas as portas necessárias para que pudesse ver diversas pessoas, entre elas estavam minhas duas pessoas favoritas, Noah e Aurora, caminhei até eles que sorriram ao me ver.

- Mad, que saudade. – Noah falou me abraçando, que foi retribuído.

- Oi Noah, acredita que nem senti sua falta. – Falei brincando, ele fez uma cara de revoltado e fui abraçar Aurora.

- Amiga como estava com saudade. – Aurora fala assim que saiu do seu abraço.

- Estava com saudade de vocês também. – Falo olhando para os dois seres na minha frente. – Podemos ir?

- Você se importa de passar em algum lugar para a gente jantar? – Noah falou pegando minha mala.

- Claro, vamos sim, estou morrendo de fome, dormi o voo todo e sai de casa sem comer nada. – Olhei no relógio já estava tarde, acredito que não iriamos achar nada que não fosse um fast food.

[...]

Depois de sair do aeroporto, passamos no Mc Donald’s, era o único lugar aberto que encontramos, e estando ali, mesmo que por um instante parecia que éramos aqueles adolescentes que viviam juntos, sem preocupações fora a escola, namoradinhos, como eu era feliz e realizada e não sabia. Conseguimos conversar sobre nossas vidas, Aurora me mostrou o anel que tinha ganhado de noivado de Noah, sim, meus melhores amigos depois que me mudei começaram um romance, e a seis meses ficaram noivos, eu estava feliz por eles, sempre torci por eles. Já estavam de data marcada, lugar alugado, e se eu não estivesse na cidade, eu voltaria claro para o casamento deles, daqui seis meses. Consegui contar também sobre minha vida em Vancouver, sobre meu trabalho, ouvi Aurora me chamar de velha umas cem vezes depois dela perceber que eu não tinha um paquerinha, nada, mas além disso eles pareciam bem interessados e felizes pela minha vida e meu trabalho.

Era bom estar aqui com eles, rindo, sendo eu mesma, já que no meu dia-a-dia eu vivia no automático, trabalho, casa, casa, trabalho. E pensar que cinco anos depois, estaríamos aqui novamente, mas tudo tão diferente. Aurora modelando e sendo empresária de sua própria marca de roupa, tendo sua loja. Noah assumindo as empresas do seu pai, sendo um empresário de sucesso. E eu, sendo uma advogada, realizada no meu trabalho e começando a fazer meu nome no mundo jurídico. Aurora me pediu para jantar com ela amanhã, que ela tinha uma notícia para me dar e uma proposta, então aceitei a janta. Vai ser bom, já que amanhã vou ver meu pai, saber o estado dele, precisaria distrair a cabeça e também poder passar mais tempo com ela antes de voltar para casa.

Já estava no meu antigo quarto, uma sensação estranha me preencheu quando entrei nessa casa, na minha antiga casa. As memórias se afloravam, conseguia ouvir a voz da minha mãe, sentir o cheiro da sua comida, flashes da minha infância invadiram minha memória, mas o pior foi quando entrei no meu antigo quarto, tudo estava como deixei, o antigo inquilino não mexeu em nada, acredito que foi a pedido do meu pai, ele queria manter a casa do jeito que sempre foi. Então ainda tinha o meu papel de parede, as marcas das fotos que existiam na parede, olhei para a janela, consegui ver a casa que antigamente era do meu grande amor. Mas ela tinha mudado, ela parecia que tinha sido reformada recentemente. Será que ele ainda morava lá? Ou será que ele conseguiu o que tanto desejava?

Em poucos minutos a luz do quarto se acedeu, me mostrando um garotinho, ele parecia ter em média 7/8 anos, era moreno, com os cabelos pretos, magrinho, me dando a resposta das minhas perguntas, o quarto já não era mais de Justin, agora era desse garotinho, respirei fundo e fechei as cortinas.

Deitei na minha antiga cama, olhando para o teto, será que Justin estava com uma ficha suja? Será que ele namorava? Era casado? Era tantas perguntas, pego meu celular, queria saber se encontrava algo sobre ele, ou pelo menos tentar, joguei o nome dele no google, JUSTIN DREW BIEBER e comecei a ler.

“ Justin Drew Bieber o solteiro mais cobiçado....”

“ O herdeiro das empresas Bieber se envolve em uma briga na noite passada....”

 

“Veja agora as mulheres com quem Justin Drew Bieber já se envolveu....”

 

“O herdeiro das empresas Bieber foi flagrado saindo de uma boate com duas mulheres....”

 

“Na festa de ontem em uma de suas mansões o empresário Justin Bieber foi flagrado conversando com a polícia por conta do som alto...”

 

Entre outra milhares de notícias, ele não era casado, ele era um galinha. Mas pelo menos ele realmente conseguiu o que desejava, ele mudou a vida dele, e não foi pelo crime, respirei fundo e bloqueei o meu celular, o deixando de lado, eu precisava dormir, então me ajeitei e acabei dormindo.

No dia seguinte...

Acordei com o despertador, o sol já invadia todo o quarto fazendo com que meus olhos abrissem de forma lenta, me acostumando com a claridade. Peguei meu celular que estava ao meu lado, comecei a mexer no celular, abri o aplicativo de e-mails, comecei a ler alguns importantes que Amber tinha me encaminhado, respondi e me levantei. Precisava me arrumar para ir ao hospital. Precisava tirar a angustia de saber como meu pai estava.

Fui em direção a minha mala separando minha roupa, usaria uma calça de moletom e uma regatinha simples, um tênis. Caminhei até o banheiro e fiz minha higiene pessoal e tomei um banho. Assim que terminei de me trocar, arrumei meu cabelo e fiz uma maquiagem básica, me olhei no espelho e sorri aprovando minha roupa.

Peguei meu celular, Amber tinha me enviado uma mensagem dizendo que o carro que ela tinha alugado já estava a me espera, peguei minha bolsa e desci até as escadas, caminhando até a porta de entrada, abrindo a mesma, tinha um rapaz me esperando do lado de fora, ele me entrega a chave.

Adentrei o carro, coloquei o endereço no GPS e dei partida no carro. O caminho foi tranquilo, assim que cheguei estacionei, sai do mesmo, olhei para o prédio na minha frente, caminhei até o recepção.

- Bom dia, como posso te ajudar? – A recepcionista falou sorrindo.

- Bom dia, meu pai foi internado ontem, como não estava na cidade, consegui chegar somente agora. – Falo e ela concorda.

- Qual o nome do paciente? – A mesma fala.

- Marco Paker. – Falo e ouço ela digitar.

- Certo, seu pai está no quarto 204 A, o médico vai encontrar com a senhorita. – Ela fala e eu concordo, agradecendo a mesma.

Caminhei em direção ao quarto, seguindo as instruções que a recepcionista e as plaquinhas espalhadas pelos corredores do hospital. Quando chego na porta do quarto, respiro fundo e abro a mesma, me dando a visão do meu pai, deitado cheio de fios, caminho até ele, quando ele me vê, abre um sorriso e eu faço o mesmo.

- O minha princesa, o que você faz aqui? – Ele fala fraco.

- Vim cuidar do senhor, agora me diz, o que aconteceu? Por que não me contou que estava doente? – Falo pegando na sua mão.

- Eu estou bem, eles são exagerados. – Ele fala segurando na minha mão. – Não precisava largar sua vida.

- Pai, pare com isso, sempre vou estar aqui para você. – Falo. – O senhor voltou a beber?

- Só um copinho de whisky por dia. – Ele fala rindo e vê minha cara de desaprovação. – Já estou velho, me deixe ser feliz.

- Você pode ser feliz, mas não com algo que você tem problema. – Falo e ele ri.

- Senhorita Paker. – Ouço uma voz, vindo em direção da porta, olho em direção, vendo um homem alto, magro, com cabelos castanhos e seu jaleco, era o médico.

- Sim, sou eu. Me desculpe a demora, estava fora da cidade. – Falo cumprimentado o médico.

- Sua secretária me avisou, sou o Dr. Hummer. – Ele fala pegando na minha mão e apertando.

- O que ele tem Dr. Hummer? – Falo em imediato.

- Bom, saiu os últimos exames, passamos ontem o dia todo realizando eles, seu pai está com alguns resultados preocupantes. – Ele fala e eu concordo. – Infelizmente, descobrimos um câncer no pulmão, ele está em estado avançando, temos duas formas de tratamento.

- E quais seriam? – Pergunto, pegando na mão do meu pai, ele me olhava tranquilo, talvez a ideia de ir reencontrar minha mãe o deixava tranquilo, mas para mim, era terrível imaginar que perderia meus dois amores para a mesma doença.

- Podemos tentar com quimioterapia, a porcentagem de recuperação são poucas, mas podemos tentar também com uma cirurgia de risco. – Ele fala e eu concordo. – Aconselhamos tentar a quimioterapia, se não adiantar, podemos ir para a cirurgia.

- E se eu não quiser nenhum tratamento? – Meu pai pergunta, me fazendo o encarar.

- Bom, se o senhor recusar o tratamento, você tem seis meses de vida. – O médico responde e eu nego.

- Não, o senhor vai fazer todos os tratamentos possíveis e impossíveis. – Falo e agora é a vez dele negar.

- Vou deixar vocês a sós, assim que tiver uma decisão me chamem. – O doutor fala e eu concordo. Então ele se retira do quarto.

- Minha filha eu já vivi tanto, é tão difícil estar aqui sem sua mãe, sem você presente, mas também quero que você viva, me deixe escolher como quero passar o resto da minha vida, quero poder ficar com você por seis meses, depois você volta a ter a sua. – Ele fala com lágrimas nos olhos. – Não sabemos se a quimioterapia vai ter sucesso, ou se vou sair vivo daquela cirurgia.

- Mas como vou aceitar isso, sabendo que no final eu vou te perder. – Falo já chorando, e quanto tempo eu não chorava. – Papai só me resta você.

- Então leve isso como aprendizado, se permita nesses seis meses amar alguém, viva minha filha, viva comigo, por mim e por você. – Ele fala e eu concordo. – Me deixe viver os seis meses ao seu lado, do que seis apenas existindo.

- Você decidi papai, vamos viver seis meses, eu te prometo, viver com você, por mim e por você. – Falo e ele concordar.

Assim que paramos de chorar, chamo o doutor e meu pai fala sobre sua vontade, negando o tratamento, o médico concorda, avisando que ele poderia ser liberado amanhã e a gente concorda.

Então era isso, teria seis meses ao lado do meu pai, vivendo com ele, por ele, e cumprindo o que ele me pediu, vivendo por mim também. No final desses meses eu espero ter curtido e aproveitado meu pai. Mas era difícil saber que no final eu diria adeus a quem eu mais amo no mundo, vai ser difícil saber que no final disso tudo, eu também vou perder ele, mais feliz que ele escolheu viver ao invés de existir. 



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