Dan se cansou de Jude.
Uma vez que mergulhou na monotonia de sua relação. Os diálogos rotineiros tornaram-se um fardo, assim como o toque de suas mãos, ora ávidas, ora o repelindo. O caos no apartamento e a lentidão de Jude ao arrumar as coisas deixava Dan exausto.
A presença extrovertida de Jude, opinando, teorizando sobre assuntos, tornou-se, lentamente, um desgaste constante e palco para discussões. Dan ansiava pelos raros momentos em que Jude se encontrava introspectiva, mas, quando compartilhava seus devaneios sobre a vida, tudo parecia tão complexo que Dan logo se cansava novamente.
E Jude oscilava entre estes dois estados e isso contribuía direto para o cansaço crescente em Dan.
Dan transmitia sua exaustão, e Jude se sentia invisível, como um copo negligenciado na pia.
Em seus esforços para agradar Dan, sua própria relevância foi diluída, e, ao tentar achar a raiz de tanto desinteresse, também se cansou de si mesma.
Dan, que um dia amou intensamente Jude, se cansou dela. Suas críticas, disfarçadas de amor, faziam Jude chorar. Enquanto chorava, Dan parecia mais preocupado em apontar suas falhas. Dan a instigava a melhorar o humor da maneira mais crua e ríspida, de modo que ofendia seus esforços, não havia reconforto em suas palavras.
Jude não queria seguir adiante. Tudo o que ela desejava era sentir-se bem consigo mesma, sem a exaustão que a consumia dia após dia.
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