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História Dança Comigo? - Prólogo


Escrita por: lelehyuuga

Notas do Autor


Espero que gostem, se divirtam com esse romance... E é isso aí! Vamos entrar nessa dança! ;D

Capítulo 1 - Prólogo


"E eu sinto como se eu te conhecesse há 1.000 anos
E você me diz que já viu meu rosto antes
E você me disse que não me quer andando por ai
Muitas vezes, quis fazer isso aqui antes

Eu nunca ouvi uma única palavra sobre você
Ficar apaixonado não era o meu plano
Eu nunca pensei que seria o seu amor
Vamos lá baby, somente entenda

É isso, eu posso sentir
Sou a luz do mundo, é real
Sinta minha canção, nós podemos dizer
E eu digo que eu sinto isso"

                                                        (This is it )


Prólogo


"Se emprego tantas horas para me convencer de que tenho razão, não será que exista alguma razão para ter medo de que eu esteja equivocada?"

(Jane Austen)


Em passos rápidos e vacilantes, ela dirige-se ao banheiro da suíte. Logo desfaz-se das poucas peças de roupa que ainda prendiam-se ao seu corpo, e com os olhos embaçados pelas lágrimas que acumulavam-se rapidamente, posiciona-se embaixo do chuveiro e deixa a água quente deslizar por todo o seu corpo, na esperança de que esta amenizasse a angústia que sentia, lavasse sua alma ou senão a presenteasse com uma acalentadora sesação de torpor, esquecimento. Deixou-se apoiar na parede úmida e desabar lentamente ao chão gélido, ansiando pela chegada de qualquer uma das sensações, como alguém que espera um milagre. Mas nenhuma delas veio. Seu choro tornou-se mais intenso e desesperado, seus soluços audíveis, apesar das gotas aquecidas que golpeavam o piso incessavelmente. Frustrada e angustiada, levantou-se de forma abrupta e agarrou furiosamente uma esponja, friccionando-a com sofreguidão sobre a pele, esfolando-a até ficar vermelha e dormente na tentativa de anular a sensação de ter a alma imunda. Desistiu ao constatar que aquilo não surtira nenhum efeito. A água antes suave, então castigava a pele ferida e sensível como pequenas flechas afiadas, mas ela mal notou aquela dor, pois a agoniante sensação a atormentava intensamente, preenchendo todos os espaços de seu corpo e mente. Uma sensação mista de dúvida, confusão, arrependimento, culpa... Satisfação.
Por mais que negasse, por mais que mentisse para si mesma... Sim, havia adorado aquilo, sabia muito bem. E por saber sentia-se ainda pior. Desonesta, covarde, fraca, imunda!
Olhou para o próprio corpo e imediatamente lembrou-se de cada carícia que ele pôde sentir noite passada.


– Não, Gabriel! Não! — Exclamou nervosa — Como foi que isso aconteceu?! Como pudemos nos deixar levar assim? Como eu pude permitir? — Perguntava-se sentindo as próprias lágrimas mesclarem-se com a água que caía por sobre seus cabelos. pegou a esponja novamente e voltou a esfregar furiosamente a pele, tentando livrar-se dos rastros dos seus toques, e de todas as sensações provenientes deles, que embora maravilhosas — Ela sabia que eram — Ela não queria sentir. Não queria lembrar... Ou queria?


– Não não não! Não quero isso! Não posso! — Balbuciou furiosamente. Jogou os cabelos encharcados para trás e levantou o rosto para receber as gotas em suas leves pancadas. — Eu o amo! Sempre amei! — Repetia, desejando ser capaz ao menos de convencer a si própria. — Tenho um compromisso com ele! — Fechou os olhos com força, concentrando-se em seu prórpio mantra. — E ele me ama também! Temos um relacionamento longo e sólido, isso jamais deveria ter acontecido! — Socou a parede fria e nela apoiou a testa, buscando refrigério. — Não teve significado algum para mim! Gabriel não passa de um deslize de uma noite sonolenta e regada à vinho, um erro brutal meu! — Sentiu algo dentro de si protestar contra aquela afirmação, mas ela fingiu não ligar. Soltou um grunido. — Como vou dizer o que a ele? Ele nunca vai me perdoar! Eu nunca vou me perdoar! — Levou as mãos ao rosto e desligou o chuveiro. Olhou em volta, percebendo-se em meio a uma densa nuvem de gotículas suspensas no ar que embaçavam tudo. Desejou que aquela névoa entrasse em sua mente e escondesse dela toda aquela confusão, porém acabou desistindo da ideia, pois sabia que uma névoa daquela se dissiparia logo, assentando-se e deixando bem à vista aqueles problemas novamente. — Mas eu o amo! Eu... — Parou olhando-se no espelho enevoado, e então suspirou derrotada. — Oh Deus! Sei bem o que se passa aqui, e sei que levei essa história longe demais! Devia ter parado logo no início, quando percebi que... — Grunhiu em sofrimento. — Não devia ter mentido para mim mesma, fingido que estava tudo bem, porque não estava! Eu o amo, essa é a verdade! E tenho que resolver isso logo de uma vez por todas.



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