1. Spirit Fanfics >
  2. Dance With Me >
  3. Tudo de uma vez

História Dance With Me - Tudo de uma vez


Escrita por: a_sunshine

Notas do Autor


As inspirações estão vindo rápido, aproveitem mais um capítulo fresquinho! *-*

Capítulo 10 - Tudo de uma vez


As horas se passavam e a Liv não acordava, e nenhum médico aparecia pra dizer se isso era normal ou não. Eu estava plantada na frente da porta do seu quarto e me sentava no chão as vezes. Em vários momentos a Carol e o Luan vinham tentar me convencer a ir embora e voltar no dia seguinte, mas eu não iria sair dali antes de vê-la bem e acordada. Com toda essa confusão esqueci que tinha deixado o Biel sozinho dormindo em casa, então meu pai me ligou quando chegou em casa, fingi que ouvi o sermão dele pelo Biel e pelo carro... como se ele realmente se importasse, aposto que foi transar com a peguete assim que desligou o telefone.

Provavelmente eu iria ouvir mais quando voltasse pra casa, mas eu não iria tão cedo mesmo. Nunca mais eu ia negar meus estintos e deixar a Liv sozinha de novo.

— Jú, vamos pra casa, já é 3h da manhã. — Carol veio tentar me convencer de novo.
— Pode ir Cah, eu não vou sair daqui enquanto ela não acordar, eu to me sentindo muito culpada.
— Mas a culpa é daqueles dois trastes, não sua!
— Mas eu deixei ela sozinha no shopping...
— Como assim? — Carol pareceu confusa.
— Era isso que eu liguei pra te contar... Eu fui no shopping com o Biel como tínhamos combinado e quando eu tava lá mandei mensagem pra Liv perguntando se ela gostaria de tomar sorvete... — Contei a ela tudo que tinha acontecido e o que a Bela tinha nos contado.
 

Ela ficou parada do meu lado, tão em choque quanto eu fiquei no momento que soube de tudo.
— Agora a culpa é ainda mais deles... e não sua. — Ela me abraçou e me deu um beijo na testa.

Carol resolveu continuar ali comigo a noite toda, e iria embora de manhã. Uns 20 minutos depois ouvimos uma pequena confusão na recepção do hospital, era alguém que parecia estar descontrolada, talvez bêbada. Quanto mais a voz se aproximava mais eu a reconhecia.
 

— Ah mas você só pode tá brincando comigo. — Eu resmunguei batendo a cabeça na parede atrás de mim.

A voz era da Camille, que estava bêbada tentando causar uma cena provavelmente achando que Liv está acordada. Cadê a responsabilidade dessa garota? Ela tá grávida!

Eu me levantei e fiquei na frente dela de braços cruzados enquanto a Carol ia chamar algum enfermeiro para ajudar.

— Uuh a Juliazinha veio tomar conta da nova namoradinha... quanto tempo será que vai levar pra ela chifrar você também por ser tão chaaata? — Ela cambaleava de um lado para o outro e a única coisa que eu conseguia pensar era naquela pobre bebê.
— Nada que você fala me afeta mais Camille, depois de hoje, você não significa mais nada pra mim. Agora faça um favor a si mesma e a esse bebê e comece uma nova vida, bem longe de mim.
— Acha que manda assim em mim garota? Eu tenho muita gente que me quer aqui, e muita gente com quem eu te trai que cai aos meus pés.
 

Talvez á um tempo atrás isso me mataria... saber que não foi apenas com uma pessoa que ela me traiu, mas agora eu estava anestesiada demais pra me deixar abalar por isso.

O enfermeiro chegou com uma cadeira de rodas e levou Camille pra algum lugar, provavelmente pra tomar um soro... eu não me importava. Carol voltou a se sentar do meu lado e me abraçou, eu deitei minha cabeça no seu ombro e acabei dormindo.

 

Era umas 5h30 da manhã quando despertei em um pulo de um pesadelo, Carol estava deitada nos outros bancos ao meu lado, olhei pra porta do quarto e ela estava entreaberta, me levantei imediatamente e fui espiar. Liv estava acordada, com os olhos assustados e olhando para todo canto, até que me viu.
— Júlia? — A voz dela quase não saia e seus olhos se encheram de lágrimas.
— Ei, por favor não chora... Eu to aqui. — Entrei no quarto e me coloquei ao seu lado.
— Eu...
— Eu sei. — A interrompi. — Tá tudo bem agora, você tá bem... Me desculpa ter te deixado ir, eu não queria, eu te procurei logo depois.
— Eu sei, eu te vi... eu me escondi, não queria ser um peso pra mais ninguém.
— Você é uma idiota. ­— Eu disse sorrindo e beijei sua mão.
— Posso saber que melodrama é esse? — Carol surgiu na porta rindo.
— Eu não sei, tava todo mundo quase chorando e agora tá todo mundo rindo, to entendendo mais nada. — Dei de ombros.
— Deu um puta susto na gente em cabeçuda. — Carol deu um tapa na cabeça de Liv que resmungou.
— Tá demente Carol? A menina acordou agora. — Devolvi o tapa na cabeça da Carol.

Parecia que nada tinha acontecido, tava todo mundo rindo e se estapeando até o médico aparecer, ai todas fizemos cara de boas moças e comportadas.

— Por favor, preciso falar a sós com a paciente.— O doutor apontava pra porta.
— Não! — Soltei antes mesmo de pensar.
— Júlia não é hora de encrenca. — Carol saiu me puxando, mas eu queria ficar ao lado de Liv.
— Tá tudo bem. — Ela sussurrou e eu me deixei ser levada.

 

Eles conversaram por um tempo e Liv foi liberada depois de uma breve análise. O médico a fez assinar um termo que dizia que ela teria que comparecer a sessões de terapia uma vez a cada 15 dias e eu achei isso muito bom considerando toda a situação. Também me ofereci para ficar com ela em casa, mas a Carol achou melhor o Luan fazer essa parte, confesso que fiquei um pouco irritada, mas eu mesma precisava cuidar da minha saúde mental que convenhamos estava beirando o suicídio também.

 

Deixamos Liv e Luan em casa com o carro do meu pai e eu fui com a Carol pra minha, já imaginando os mil sermões que escutaria quando ele acordasse.

— Eu vou ficar com você até ter certeza que não vai fazer nenhuma loucura como a da Olívia, por favor, eu soco sua cara.

Eu ri, mas no fundo sabia que era bem capaz dadas as circunstâncias.

— Cah... o que você acha que vai acontecer agora?
— Sinceramente não sei... não posso te dizer que daqui uns dias ela estará caidinha aos seus pés, é coisa demais acontecendo Jú... mas posso te garantir, que ela sente algo por você sim, ela só precisa se entregar a esse sentimento.
— Eu acho que isso vai demorar, eu mesma tenho medo de me entregar, eu não sei nem mais o que pensar.
— Por enquanto você só precisa pensar em um banho e um cachorro quente pra gente enquanto assistimos filme.
— Nossa. — Senti minha barriga roncar enquanto abria a porta de casa e dava de cara com meu pai.
— E na fúria do dragão na sua frente. — Sussurrou pra mim enquanto passava pelo meu pai. — Oi tio! — Disse sorrindo enquanto subia pro meu quarto.

 

Eu joguei as chaves do carro na mesinha da sala e fui pra cozinha beber água.

— Eu to com preguiça demais pra discutir então pode fala que eu vou só ouvir mesmo.
— Eu vou te mandar pra morar com seus avós.
— Tá tá, eu já ouvi isso antes.
— Ele tá falando sério Júlia. — Dessa vez quem falou foi aquela mulher que eu tinha conhecido mais cedo.
— Perai, quem é você pra falar alguma coisa?
— Júlia, eu e a Luana estamos nos relacionando à algum tempo e depois do episódio de hoje ela abriu meus olhos, eu deixo vocês muito sozinhos então vocês acham que são donos do mundo...
— Perai perai. — O interrompi. — Então quer dizer que uma mulher que surgiu do nada, que eu conheci hoje, resolveu decidir o que é melhor pra minha vida?
— Seu pai e eu vamos passar um tempo no México como parte do meu treinamento. E eu não acho saudável depois de ver como você se portou hoje, deixar você e seu irmão aqui por conta própria. — Ela disse em um tom de quem fingia preocupação.
— Ah me poupe! — Eu ri e cruzei meus braços observando a situação.
— Está decidido então. — Suspirou meu pai.
— O Biel precisa de mim! — Exclamei não me dando por vencida.
— E você o deixou sozinho pra sair COM O MEU CARRO!
— E você nem se importa com o que aconteceu pra eu ter saído!
— Ele vai comigo pro México e você vai com seus avós e ponto final.
— Você não vai me tirar dele e nem dessa casa.

Biel apareceu no topo da escada com um bico de choro.
— Porque vocês estão brigando? — Ele estendeu os braços pra mim.

Meu pai ia em sua direção, mas eu tomei sua frente.
— Tá tudo bem pirralho, vem dormir comigo. ­— Eu o peguei no colo e o coloquei no meu quarto, trancando a porta logo em seguida.

Carol me olhava de boca aberta e eu apenas suspirei.
— Eu não sei quanto drama eu consigo aguentar em poucas horas.


Notas Finais


Gente me contem se tá boa, se tá exagerada demais, eu to muito indo na minha imaginação e to gostando... mas quero saber de vocês! <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...