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História Danganronpa Remake: The Future Never Known - Capítulo 1: Become enemies in the face of despair


Escrita por: Archryun

Notas do Autor


Finalmente eu postei <3
O próximo já é class trial, mas vou tentar fazer rápido, embora eu queira fazer com qualidade mesmo se demorar, logo, vou aproveitar e me desculpar logo pela demora, desse e do próximo, se demorar -q

O nome era pra ser: Become friends in front of hope and enemies in the face of despair, mas era muito grande kkk

Boa leitura!

Capítulo 2 - Capítulo 1: Become enemies in the face of despair


Fanfic / Fanfiction Danganronpa Remake: The Future Never Known - Capítulo 1: Become enemies in the face of despair

≈Dia 1 – 7:10 AM≈

– Hãããã – levantei da cama, me espreguiçando e bocejando. Ontem nós decidimos todos dormir para processar tudo que aconteceu e hoje então investigar. Mesmo assim... houve uma grande revelação ao sairmos do ginásio... Nós estamos no ar! Dentro de uma aeronave para ser mais precisa. É uma aeronave estranha, pois tem um ginásio, uma cafeteria (vi no caminho para o dormitório) e provavelmente mais.

Sobre o quarto, ele tinha um pequeno guarda-roupas, uma cama grande (mas não de casal), uma pequena estante para colocar coisas em cima (embora ela tivesse gavetas vazias; exceto uma, que tinha um kit de ferramentas), um cesto de lixo, uma câmera (aquele urso realmente está em todo lugar) e por último uma porta para o banheiro, que tinha coisas que um banheiro normalmente tem: Um chuveiro, uma pia, um vaso sanitário e outro cesto de lixo.

Fiz as coisas normais que sempre faço ao acordar. Escovei os dentes, arrumei o cabelo, vesti minha roupa e saí. Tínhamos combinado de nos encontrar na cafeteria. Vou pegar aquele smartphone e usar o mapa.

Então eu saí andando, focada no chamado Avatar Eletrônico. Até que eu esbarrei no Takata-kun.

– Me desculpe – disse eu.

– Ai... Tudo bem – Respondeu ele.

Continuamos andando, até que ele perguntou:

– Por qual motivo você veio para este colégio?

– Hm... Para que meu futuro fosse garantido, para conhecer amizades duradouras, etc. E você?

– Eu vim de uma família pobre. Digo, não éramos pobres, mas meu pai e minha mãe deixaram o mundo bem cedo. Pra ser sincero nem lembro deles, então minha única família são meus dois irmãos mais velhos, Takao e Kanji. Como Takao está sempre trabalhando para nós manter, eu ficava mais tempo com Kanji. Ele sempre me dizia que nossos pais eram incríveis. Nossa mãe era uma doméstica. Nosso pai era funcionário de uma empresa alimentícia. Ele disse que eles sempre estavam felizes e que sempre sorriam – não importa quantas dificuldades financeiras sofriam – ao olhar para nós. Num dia, eles haviam conseguido um trabalho melhor para nossa mãe (funcionária de uma farmácia), mas, foi nesse dia que houve um acidente de trânsito e eles faleceram.

– Sinto muito – respondi, ao ouvir a triste história.

– Não precisa sentir muito... Eu mal me lembro deles, tinha 3 anos. Meu irmão mais velho foi o que mais sofreu, e mesmo assim ele não parou de trabalhar para manter a mim e ao Kanji. Enfim – suspirou – eu vim aqui para conseguir um emprego bom em alguma empresa rica e dar uma vida boa para meus irmãos, que me sustentaram mesmo com 10 e 5 anos.

– Isso sim é um objetivo de vida... Eu vivo uma vida de adolescente normal, exceto pelos best-sellers e filmes com meus roteiros... Não tenho nenhuma aspiração nobre assim.

– Mas por falar em filmes, eu juro que já vi seu nome em um filme, qual foi mesmo? Hm... – pensou ele, por uns meros 5 segundos – Ah! Foi em Wall-I! Você fez o roteiro?

– Sim, ahahahaha! Foi um dos meus melhores roteiros; inclusive foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original, mas foi difícil, pois não poderiam haver muitas falas humanas.

E então, continuamos conversando até chegarmos na cafeteria (depois de nos perder por andar sem prestar atenção).

≈Dia 1 – 7:40 AM≈

Ao chegar à cafeteria, vimos que todos já haviam chegado, exceto Otonashi-san, Chie-chan e Kinoshita-kun. Como a o horário decidido para comermos foi 8:00 AM, ainda iríamos esperar um pouco.

– Bom dia, Fuyuki-san! – dizia Kazuhiko-kun.

– Bom dia! – respondia eu, para todos do recinto.

Por falar na cafeteria, era oval, com 3 mesas pequenas (que cabiam 4 pessoas) e uma mesa grande, com 10 lugares. Havia uma parede de vidro blindado, também. Havia uma parte de cozinha, com pia, fogão, geladeira, um cesto de lixo, etc.

≈Dia 1 – 8:00 AM≈

– Me desculpe, cheguei atrasada – Dizia Chie-chan, ofegante – acabei dormindo demais, hehee.

– De qualquer maneira, sente-se. Vamos comer e depois investigar – disse Oono-san.

– Certo!

Yamaguchi-kun, que já tinha feito todo o café com ingredientes da cozinha da cafeteria, nos serviu.

≈Dia 1 – 8:13 AM≈

Ele sabia cozinhar muito bem, foi uma refeição incrível.

– Bem – disse Miyake-san, limpando a boca com um guardanapo – vamos ao que interessa?

– Vamos falar o que já sabemos – iniciou Fukushima-san. Primeiro: Ao entrarmos no colégio, fomos drogados e dormimos. Então, fomos sequestrados e trazidos até essa aeronave que está em algum lugar que sequer alguma ilha é possível se ver.

– Segundo: Segundo o mapa, a aeronave tem ao menos dois andares, mas é impossível visualizar o segundo. Quando percebi isso enquanto vinha para cá, o urso reapareceu, disse que poderia aparecer em qualquer lugar da aeronave, e disse que o segundo andar só seria liberado ao ocorrer um assassinato – continuou Hirai-kun.

– O urso poderia aparecer em qualquer lugar? Isso parece um anime ou jogo, mas devo prestar atenção.

– Terceiro: Continuando de acordo com o mapa, o primeiro andar tem as seguintes salas: Uma cafeteria, um dormitório com (16 quartos), um ginásio (com dois vestiários), uma biblioteca, uma enfermaria, uma farmácia, dois banheiros, uma escada para o sótão e uma escada para o segundo andar – terminou Hayakawa-kun – Realmente, que lugar grande.

– Agora, falando sobre as regras – disse Kinoshita-kun – são 13.

Regra nº 1: Não existe prazo de término para a Viagem Escolar de Assassinatos Mútuos.
Regra nº 2: Agressão contra o diretor da escola, Monokuma, é estritamente proibida.
Regra nº 3: O horário noturno caracteriza-se de 10 P.M. até 7 A.M.
Regra nº 4: É proibida a entrada no ginásio e na cafeteria durante o horário noturno.
Regra nº 5: Por favor, não quebre seu Avatar Eletrônico, eles são de grande importância para sua vida escolar aqui.
Regra nº 6: Não há restrição sobre o quanto podem investigar.
Regra nº 7: Monokuma não ajudará em assassinatos.
Regra nº 8: Um Anúncio de Descobrimento de Cadáver será feito quando 3 ou mais estudantes encontrarem um corpo.
Regra nº 9: Um estudante só pode matar no máximo dois outros.
Regra nº 10: Quando um assassinato acontecer, todos devem participar num Julgamento Escolar.
Regra nº 11: No julgamento escolar, todos devem se juntar e descobrir quem é o assassino.
Regra nº 12: Caso o culpado seja encontrado, apenas ele será executado. Caso o culpado não seja encontrado, todos exceto ele serão punidos e ele poderá sair desta aeronave.
Regra nº 13: Novas regras podem ser adicionadas a qualquer momento.

– Isso é tudo.

– Então agora nós vamos investigar? – dizia Uchida-san, animada – Yay, parecemos detetives!

Todos então rimos. Foi bom pra aliviar o clima que estava um tanto quanto pesado.

– Parece que ela não é infantil só na aparência. Realmente deve ter sido difícil ser enchida de perguntas ontem.

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Oono-san sugeriu que não investigássemos sozinhos. Ele foi com o Kinoshita-san e Fukushima-san.
Yue-chan (como ela me pediu para chama-la) queria muito me conhecer (ela é uma fã) então veio comigo.
Tsuji-san foi com Miyake-san.
Hayashi-san fez um grupo com Yamaguchi-kun e Hirai-kun.
Takata-kun, Hayakawa-san, Hotaru-chan e Chie-chan foram juntos.
Kazuhiko-kun ficou com Chiba-san.

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≈Dia 1 – 8:30 AM≈

– Heey! Kubo-san, posso te chamar de Yuki-chan? – perguntou Yue, entusiasmada.

– Err... Sim? – respondi, assustada com o entusiasmo vindo do nada.

– Ebaaaaaaaaaaaa! – disse ela.

Ficamos em silêncio por algum tempo.

– Yue-chan, esse seu vestido é lindo! – disse eu, tentando iniciar uma conversa – Onde o comprou?

– Eu o fiz. Eu consigo realizar o trabalho de designer em muitas áreas (roupas, joias, carros, personagens, brinquedos, etc), mas eu prefiro realmente desenhar e costurar roupas. Eu fiz ele recentemente, para ser sincera. Eu queria usar tons azuis, dourados, pretos e brancos, aí terminei fazendo um vestido que dependendo de onde se olha a iluminação causa mudança de cores.

– Uau, isso é incrível! – respondi surpresa com a habilidade dela.

– Não, não! Incrível é você, Yuki-chan! Você já ganhou inúmeros prêmios famosos e mesmo assim não é uma pessoa esnobe ou arrogante. Muitas das pessoas famosas que já conheci na minha área são arrogantes e egoístas. Ainda bem que vocês 15 não são assim! – Yue-chan falou, me deixando envergonhada.

E então, continuamos conversando até nos juntarmos de novo.

≈Dia 1 – 12:10 PM≈

– Pronto, chegaram todos. Comecem a falar! – disse Miyake-san.

– Eu, Yamaguchi-san e Hirai-san havíamos ido verificar os dormitórios. São 16 quartos e são basicamente do mesmo tamanho – disse Hayashi-san.

– Eles são espaçosos, confortáveis e todos tem banheiros. Mas parece que apenas os banheiros femininos podem ser trancados, e apenas por dentro. Nos guarda-roupas, tem algumas cópias das nossas roupas – disse Hirai-kun.

– Para finalizar, depois do meu quarto tem um escada que está trancada. No mapa, tem escrito ‘^ 2F’, logo deve ser a escada para o segundo andar. – disse Yamaguchi-kun.

– Eu e a Yuki-chan fomos até a enfermaria! – disse Yue-chan – Lá, encontramos coisas como macas, bolsas de sangue, soro, e etc.

– Eu e a Miyake-san fomos até a farmácia, que fica em frente a enfermaria. Tem todo o tipo de remédio lá: Dor de cabeça, dor de estômago, pílulas para dormir e até mesmo... veneno.

– Você disse veneno?! – disse Kinoshita-san – Precisamos jogar isso fora o mais rápido possível!

– Foi o que tentamos fazer, mas... aquele urso apareceu e falou que tudo dentro dessa aeronave vai se reabastecer no dia seguinte, então não adianta quebrar ou jogar nada fora – disse Miyake-san, suspirando – atualmente, só podemos nos unir e não matar ninguém.

– De toda forma, eu, Fukushima e Kinoshita fomos até aquela sala com a aparência do urso no mapa. Tem uma escada, mas estava trancada. O urso disse que só iria abrir aquela porta quando alguém fosse assassinado, para encontrarmos e julgarmos o culpado. É a sala do Julgamento Escolar.

– Eu e Chiba-san fomos até a lavanderia. Basicamente, é uma lavanderia comum, com várias máquinas para lavar roupas.

– Finalmente – disse Hayakawa-kun –, fomos, Chie-chan, Takata-san, Uchida-chan e eu, até a biblioteca. É enorme. Não consigo contar quantos livros tem lá. Deve ter umas 10 estantes de livros, no mínimo.

– No caminho vimos um panfleto. Falava sobre um dos aplicativos do celular, em que podíamos comprar coisas e elas chegariam um dia depois. O urso surgiu e disse que a cada dia vivos ganharíamos 50... como era o nome mesmo? – disse Chie-chan.

– Monocoins. Ganharemos 50 monocoins, ou só moedas, para gastarmos naquele monoshop, ou só loja – completou Takata-kun.

– Isso completa todas as investigações? – perguntou Hotaru-chan.

– Isso completa todas as investigações. – disse Oono-san.

– Se me permitirem – falou Fukushima-san – eu tenho uma ideia à expor.

– Diga – respondeu Miyake-san. Eu percebi agora que a Miyake-san e o Oono-san são nossos líderes. Será que eu já deveria ter percebido isso? – pensei.

– É uma distribuição de tarefas. Funcionará assim: Todos terão uma tarefa diária, como cozinhar, lavar as roupas, varrer, etc.

– É importante pensarmos nessas pequenas coisas mesmo, de qualquer forma – disse Oono-san.

– Eu já tenho uma ideia do que cada um pode fazer! – disse Hotaru-chan –

Eu acho que o Yamaguchi-san cozinha bem, como vimos no café, então por que não deixar ele na cozinha? Podemos deixar o Takata-san e a Otonashi-san com ele.

– Hotaru-sama, deixe-me escolher o que vou fazer ao menos! – dizia Yamaguchi-kun. E, -sama?

Chiba-san não parece conseguir fazer muita coisa, então acho que colocar as roupas para lavar está bom pra ela.

Chiba-san espirrou.

Fukushima-san, Miyake-san e Oono-san podiam ficar como supervisores, eles parecem mais líderes que todos!

– Eu pareço líder? – pensou Fukushima-san, envergonhado.

Hayashi-san sabe os primeiros socorros, né? Ela podia ficar junto do Hayakawa-san encarregada da enfermaria.

– Eu sou uma aeromoça, qualquer lugar no ar é meu território! – dizia Hayashi-san, animada.

Kinoshita-san e Hirai-san parecem ser organizados, então são perfeitos para um local grande como a farmácia.

– Certo! – disse Kinoshita-kun.

Yoshimura-kun e Kubo-san podem ficar encarregados do ginásio.

– Podemos?! – pensamos, ao mesmo tempo, surpreendidos.

Tsuji-san, obviamente, ficaria encarregada da biblioteca. Mas como é grande, quem sobrar (eu e Chie-chan -san) pode ajudar.

– Assim está bom? – perguntou Hotaru-chan.

– Está ótimo! Você conseguiu analisar o que cada um pode fazer – respondeu Miyake-san.

Hoje eu vou organizar as minhas coisas, então não vou fazer nada demais.

≈Dia 2 – 7:40 AM≈

Já estava acordada, e na cafeteria. Novamente, Chie-chan e Kinoshita-kun estavam atrasados, mas acho que eles dormem demais sempre.

≈Dia 2 – 7:57 AM≈

– Desculpem a demora! – falaram em sincronia Kinoshita-kun e Chie-chan. Parece que eles estavam conversando e se perderam. Onde eu já vi isso antes? – pensei com uma sensação de deja vú.

Tomamos café. Como de costume, estava ótimo. Nada melhor que um café forte e amargo com torradas! Ao acabarmos, Miyake-san falou:

– Eu queria sugerir uma coisa. A partir de hoje, conversem e façam amizades entre si.

– ... Por quê? – perguntou Kinoshita-san. Ele parecia alguém tímido mesmo, então pode ser difícil conversar para ele.

– Para fortalecermos os nossos laços. Nunca se sabe o que Monokuma fará a seguir para que nos matemos. Precisamos ser muito amigos para que não importe qual artifício ele use para nos tentar nós possamos resistir – respondeu Miyake-san. Realmente isso parece fazer sentido.

– Se é assim, então tudo bem... – falou Kinoshita-san.

Eu já sei com quem vou conversar hoje!

≈Dia 2 – 01:00 PM≈

Eu saí do meu quarto e então andei em direção ao quarto do Kazuhiko-kun, batendo na porta ao chegar. Ele então abriu a porta.

– Fuyuki-san? – disse ele, surpreso.

– Vamos passear? – disse eu.

– Sim! – disse ele, um pouco vermelho.

Ele fechou a porta, se arrumou e saiu.

– Já faz tempo, né? – disse ele.

– Sim, 8 meses. Pelo menos, ao vivo.

– Hã? – ele ficou confuso.

– Veja, você é um ator, eu posso te ver na hora que quiser ao ir ao cinema.

– Haha, é verdade.

Tudo ficou silencioso por algum tempo.

– Ei, Fuyuki-san. Isso tudo não parece um livro?

De certa forma, parecia mesmo. Um livro de drama e investigação.

– Hm... verdade. Mas isso é diferente de um livro...

– Pois é. Certamente. Isso não é algo bom?

– Hã? – respondi. Isso não ser um livro significava que nossas vidas estavam realmente em jogo! Como pode ser algo bom?

– Afinal, nos livros, algum de nós seria controlado e mataria alguém. Mas como sabemos que não estamos num livro, podemos ficar aliviados. Todos podem se controlar. Uma hora, essa aeronave tem que parar para reabastecer ou alguma coisa dessas, então só temos que esperar até lá. Quem manipulou tudo isso não tem comida infinita pra repor todo dia e não vai querer morrer de fome só pra não ter que abastecer. Isso não é bom? – disse Kazuhiko-kun, sorrindo.

– ...Sim! – realmente, olhando por esse ponto de vista, é muito bom isso não ser um livro.

Conversamos por mais algum tempo, até que decidimos parar da biblioteca.

≈Dia 2 – 04:26 PM≈

Chegamos à biblioteca. Diferente do que esperávamos, não estava vazia. Tsuji-san estava lá, sentada em um dos sofás.

– Bem vindos – disse ela – espero não estar atrapalhando.

– E-er, não, imagina – dizia Kazuhiko-kun, um pouco rosa.

Conversamos por uns 5 minutos.

– Com licença, aqui não é lugar pra namoro – interrompeu, ela, a nossa conversa – não se deve conversar na biblioteca – bufou – Eu acho – sussurrou.

Kazuhiko-kun estava bem vermelho.

– Não estamos namorando! – disse eu, com vergonha – E como assim eu acho, você não é uma bibliotecária?

– Eu... Desde pequena, eu tenho este rosto melancólico. Todos na minha volta parecem sempre assustados demais para falarem alto ou gritarem, ou até mesmo brincarem. Certo dia, eu estava procurando um trabalho de meio-período, e acabei indo trabalhar em uma biblioteca. Devido à minha expressão triste – que a maioria das vezes não é proposital – ninguém ousava falar alto ou fazer barulho na biblioteca enquanto eu estava lá. Aqui, todos são tão incríveis que meu rosto de tristeza não parece afetar vocês, e eu fico feliz por isso.

– Me perdoe! Eu não quis trazer memórias ruins a tona – desculpei-me.

– Não precisa se desculpar, eu já aprendi a conviver com isso – respondeu Tsuji-san.

– Tsuji-san, você é alguém bem calma, não é? Desde o dia que chegamos aqui, você não parece ter ficado nem um pouco assustada com a nossa situação – perguntou Kazuhiko-kun.

– Embora eu seja alguém calma, eu sou também ansiosa e angustiada. Eu pensei que isso tudo estivesse acontecendo por minha causa, pelo meu carma, por eu levar tristeza para onde eu fosse.

– Nossa como essa conversa tá pesada, vou tentar mudar de assunto – pensei – Então, Tsuji-san, quais seus planos para o futuro?

– Que futuro? Não sei nem se vou sobreviver – respondeu ela, surpreendentemente calma, o que até me assustou.

– Digamos que você sobreviva – interrompeu Kazuhiko-kun – e então, quais os seus planos?

– Eu não tenho nenhuma aspiração nem nada do tipo. Mas... Eu espero que no fim de tudo isso que está acontecendo eu ache o meu destino. Algo que eu nasci para. Tem que existir algo assim. Eu não posso... Eu não posso ter nascido para o Yin (energia negativa) apenas.

Kohaku Tsuji-san não é uma pessoa triste e depressiva. Ela pode transmitir esses sentimentos, mas ela na verdade é só alguém que foi rotulada devido à sua expressão. Ela sabe que tristeza não é o seu verdadeiro eu, e está buscando o que de fato é seu verdadeiro eu.

Eu então me levantei do sofá.

– Tsuji-san! Quando sairmos daqui, eu juro que vamos encontrar seu futuro! O seu e de todos nós! Então, se não tiver ninguém para chamar de amiga, pode me chamar assim! – disse eu, após ouvir tudo que Tsuji-san tinha a falar, emocionada.

Os olhos de Tsuji-san brilharam um pouco.

– Ela está feliz, embora isso não seja fácil de perceber – sussurrou Kazuhiko-kun para mim, dando um leve sorriso.

Então Tsuji-san disse:

– Certo!

Acho que por hoje chega. Amanhã eu vou conversar com mais pessoas, agora, vou dormir.

≈Dia 3 – 07:11 AM≈

Hoje acordei cedo! Ontem eu havia comprado um diário e uma caneta por 60 Monocoins no aplicativo Monoshop logo antes de dormir, e de acordo com o que dizia no aplicativo, chegaria um dia depois.

Levantei-me e olhei em uma das gavetas da estante, e lá estava!

– Ahhh, finalmente vou poder voltar a escrever! – exclamei com felicidade. Vou escrever sobre tudo o que viver aqui.

Então eu peguei a caneta e comecei. Levei alguns minutos, mas saí sem me atrasar.

≈Dia 3 – 07:22 AM≈

Eu já estava na cafeteria. Kinoshita-kun, Chie-chan e Hotaru-chan não chegaram. Parece que esses sempre se atrasarão, fazer o quê.

≈Dia 3 – 07:37 AM≈

Chegaram todos. Novamente comemos. Hoje foi café da manhã simples: Pão, queijo, manteiga e café. Mas ué?

– Hayakawa-kun, você não gosta de café? – falei olhando para ele tomando suco (embora ele tentasse evitar que vissem).

– Er... Eu... Eu não gosto de café – falou envergonhado – Nem de nada amargo... – resmungou.

– Não se envergonhe, gosto é gosto.

– Pois é! – disse Chie-chan.

≈Dia 3 – 11:48 AM≈

Hoje eu vou falar com o Fukushima-san. Ele está na cafeteria.

– Fukushima-san – ia começar a falar.

– Daichi está bom – ele interrompeu.

– Daichi-san, quero te perguntar uma coisa desde o dia que chegamos aqui. Como você é um professor, se é um estudante do ensino médio? – perguntei.

– Ah, isso. Bem, no fundamental eu sempre ia à casa dos meus colegas para explicar os assuntos à eles. Muitas vezes, como éramos de um lugar pobre e distante, não haviam professores. Eu sempre estudei muito para que pudesse transmitir esse conhecimento.

– Por que você fazia isso se ninguém mais fazia? Não é chato estudar sozinho e ainda ter explicar depois? – perguntei, interessada.

– Na verdade, o professor escolhe isso exatamente por isso. O sentimento de uma única pessoa ler um livro e depois transmitir para muitas de uma só vez não tem preço. É possível, realmente, fazer coisas incríveis como profissões: Posso salvar as pessoas sendo um médico ou advogado; posso trazer felicidade através de músicas e filmes, ou mesmo sendo um animador infantil; e até mesmo profissões menos valorizadas, como garis, tem seu valor, pois sem eles tudo ficaria sujo.

– E então...? Qual o mérito em ser um professor quando tantas coisas melhores estão por aí? – perguntei, ainda mais interessasa.

– Mas a coisa mais importante de todas é... Um professor. Sem um professor, ninguém seria advogado ou médico. E, além de ser importante para todos, é uma profissão extremamente satisfatória. Imagine você ensinar algo para alguém e daqui a alguns anos essa pessoa vir a ser uma das maiores mentes da década? Ou um cirurgião impecável? Tudo é feito de professores, e eu sou um professor, porque não há nada mais que eu queira ser.

Eu finalmente entendi o valor de um professor. Não há, realmente, profissão mais importante que isso.

– Eu fico grata pela aula! Obrigado, Daichi-san. Você abriu os meus olhos.

Ficamos conversando por bastante tempo, depois fomos fazer outras coisas.

≈Dia 3 – 19:00 AM≈

Estávamos juntos no ginásio. Lá, uma figura que só havia aparecido nos primeiros dias, reapareceu.

– Oii, sentiram minha falta? – disse o maldito e monocromático urso sádico, Monokuma.

– Não. E até quando vai manter isso? Já não percebeu que não nos mataremos? – disse Miyake-san.

– É... Eu deixei vocês bem livres esses dias. Ficaram bem amigos? – perguntou o urso, numa falsa inocência.

– Sim, ficamos – respondeu Kinoshita-kun.

– Que bom! – disse o urso, segurando a risada – agora, terão muito mais desespero quando alguém morrer – e então, começou a rir – Mwhahahahaha!

Ele parou de rir e respirou.

– Mas como vocês ficaram mais amigos, tem que ter algo pra balancear isso também, não é?

– O que quer dizer com isso?! – perguntou Oono-san, já sem paciência.

– Calma, calma. Eu preparei motivos para vocês matarem. Olhem na caixa de entrada do seu Avatar Eletrônico.

Então pegamos nossos celulares e vimos que havia uma mensagem. Clicamos e abriu um vídeo. Era minha família! Quanto tempo que não os via, estava com saudades.

– Joguem esse celular no chão, é uma armadilha! – gritou Oono-san.

Mas já era tarde. A imagem mostrada, da minha família feliz, logo foi trocada por minha casa destruída, e nenhum deles lá. Foi uma armadilha. Uma armadilha do Monokuma para que nossas amizades construídas para que não nos matássemos não adiantassem. O Oono-san percebeu, e tentou nos avisar, pois se não tivéssemos visto esse vídeo, provavelmente não aconteceria nada de ruim. Já estávamos todos nos entreolhando, pensando: “Quem será o primeiro a morrer?”.

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≈Dia 4 – 06:58 AM≈

Há essa hora, já estava acordada. Não consegui dormir direito. Preciso ver como estão os outros. Arrumei-me rapidamente e fui à cafeteria. Estranhamente, não esbarrei com ninguém. Estava com um mau pressentimento.

≈Dia 4 – 07:05 AM≈

Ao chegar na cafeteria, haviam apenas algumas pessoas. Miyake-san, Yamaguchi-kun, Hayashi-chan e Hirai-kun. Todos pareciam desconhecidos.

– Bom dia – disse eu, tentando falar com alguém.

– Bom dia – respondeu rapidamente Miyake-san, que estava olhando pela janela de vidro. Deu pra perceber que ninguém queria conversar.

– Bom dia, Kubo-sama... Quer algo para beber? – perguntou Yamaguchi-kun. Não havia dito antes, mas ele costuma chamar todo mundo com -sama.

– Eu agradeceria um chá – respondi-o – sem...

– Sem açúcar – disse ele, sorrindo – desde o primeiro dia você bebe café e chá sem açúcar.

– É mesmo... ? Não havia percebido – disse, rindo, mas um pouco envergonhada.

Em um minuto ele me serviu chá, assim como Oono-san chegou.

– Bom dia – falou ele, enquanto se sentava do meu lado.

– Bom dia – outros falaram.

≈Dia 4 – 07:14 AM≈

Incrivelmente, todos estavam aqui. Até aqueles que sempre se atrasam como Kinoshita-kun e Yue-chan. Sentamos todos na mesa depois de Yamaguchi-kun nos servir, incluindo ele.

– Obrigado pela comida – disse Chie-chan, bem baixo. Só ouvi pois ela estava do meu lado esquerdo.

Todos seguiram e agradeceram também.

≈Dia 4 – 07:20 AM≈

Depois de comer, alguns decidiram conversar, afinal não havia mais nada para fazer.

≈Dia 4 – 07:24 AM≈

– Ah... estou com sono...

Olhei para os lados, tonta. Vi várias pessoas caindo no chão.

– Por que... Estou... Adormecendo... ?

Finalmente, meu último resquício de força foi drenado. Eu desmaiei.

≈Dia 4 – Horário Desconhecido≈

P.O.V.: Kazuhiko Yoshimura

– Ai... Minha cabeça está uma bagunça...

Eu me levantei, estava na cafeteria. Tsuji-san, Honda-san, Hayashi-san, Hirai-kun, Yamaguchi-kun e Kinoshita-kun estavam se levantando também. Todos estranhamente tínhamos cortes um pouco em baixo dos ombros, e Yamaguchi-kun tinha a cabeça coberta por bandagens, quase como uma bandana. Os outros estavam dormindo tão profundamente quanto mortos.

– AHHHHHHHHHH! – gritou Hayashi-san, tremendo. Ela estava olhando para a direção oposta à qual a que eu acordei, então me virei.

Foi aí que eu vi. Aquele sangue escorrendo na ferida no abdômen, um rastro de pó alaranjado e aquela faca... Aquela faca ensanguentada. Embora isso, havia um leve sorriso em seu rosto.

– Da... – Kinoshita-kun engoliu saliva – Daichi...san? – falou, entre lágrimas.

♪ ♫ Um corpo foi encontrado, e logo mais se iniciará um Class Trial ♪ ♫

– Não pode ser... – disse Honda-san – Isso... Isso não está acontecendo! – a essa altura, todos os sete estávamos chorando.

Que droga! – gritou Yamaguchi-kun – Por que isso tinha que acontecer com a gente?!

Embora Hirai-kun e Tsuji-san não falassem nada, era visível que estavam machucados. Machucados, como todos nós, espiritualmente. Afinal, um dos nossos amigos morreu e o assassino também é um de nós. Se não descobrirmos, todos morreremos.

– Eu vou acordar os outros – falou, com a voz quase falhando, Hirai-kun.

Ele então se virou e foi acordar os outros, para não muito depois falar:

– Hã? – falou Hirai-kun, em choque.

Todos nos viramos rapidamente.

– Mentira... – falou Hirai-kun, soando frio – Onde estão Chiba-san, Takata, Kubo-san e Otonashi-san?

 

*Alunos restantes: 15 (?)

 


Notas Finais


E aí?
Acertei no suspense?

Mil desculpas pra quem gostava do Daichi (inclusive ele era o meu favorito, matei ele pq sabia que seria difícil fazer isso no futuro shauhsuahsua), mas alguém morre primeiro, e esse alguém teve que ser ele.

Deixem teorias aí <3


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