História Danganronpa V3 - Happy ending to everyone! - Diário de Korekiyo

Diário de Korekiyo - Dia 12 

Estou em meu décimo segundo dia de viagem e estou indo direto para relembrar os bons tempos da cultura chinesa. 

De fato, é uma cultura peculiar, muito diferente da nossa (japonesa). 

Peguei o primeiro voo para a cidade de Pequim, cochilei um pouco e olhei para o horizonte. Fazia tempos que eu me imaginava em um avião de fato e não uma memória suja e falsa como a da..., não gosto nem de mencionar o nome. 

Enfim, no dia seguinte, peguei minhas malas e dei olá a minha nova experiência: China. 

A primeira coisa que me ocorreu em minha mente foi passear pelo Templo do Céu, é claro, um dos pontos principais da cidade. Ah! Como eu adoro a história desse templo! Quando o general Yuan Shikai entrou no Templo do Céu, em 1914, ele planejava fazer mais que liderar uma cerimônia religiosa que já era realizada há séculos. O objetivo dele, ao assumir um papel que tradicionalmente era do governante supremo do Império Chinês, era restabelecer a monarquia e ser reconhecido como Imperador da China. Incrível, não acha? O homem e suas ideias... Ah! Imagine a perspicácia daquele homem para simplesmente ter a ideia de querer se tornar um imperador? Quantos golpes de estados simplesmente aconteceram em torno do mundo inteiro? Até mesmo havia golpes antes de o chamado Cristo nascer! Como esquecer a Primeira Guerra Civil de Sula, onde Sula depõe Caio Mário? Ou, depois de Cristo em 1010 onde o general Gang Jo derruba o rei Mokjong? Se eu pudesse eu listaria aqui todos os golpes de estado que aconteceram ao longo de todos dos séculos, mas isso demoraria demais. 

Enfim, prosseguindo, peguei um metrô até chegar na linha 5 e desci na estação Tiantandongmen. Procurei a saída A e achei uma das portarias do Templo do Céu. Entrando, fiquei maravilhado com tudo que vi. Era... era estupendo! Queria ter levado uma câmera para poder tirar tantas fotos, mas fotos não é meu ponto forte..., olhei para os lados e tive a sensação de estar no exato momento em que Yuan Shikai entrou naquele templo! Ah, tão... tão... não tenho palavras para explicar o quão especial foi a sensação de estar lá e o quão semelhante essa situação aconteceu ao longo dos séculos. 

Continuando, visitei as três estruturas do templo e rezei um pouco, mesmo que eu não seja da religião chinesa, longe disso talvez, mas não custava nada simplesmente desejar a benção para todos que eu conhecia. Uma pequena nota, apenas pude desejar pelo bem de meus amigos, afinal, eles eram a minha única família. Algo engraçado, afinal, sempre acreditei na existência de minha Irmã, mas era apenas uma loucura minha. 

Continuei passeando pela cidade, provando as comidas típicas e as saboreando com vigor. Irei citar aqui alguns pratos que eu provei e que desejarei provar de novo: 

-Zong Zi; 

-Niou Rou Men; 

-Mapo Tofu; 

-Pato de Pequim 

Sim, ao longo do dia acabei provando cada uma dessas comidas e anotando seus sabores e suas texturas, afinal, se eu ir para outro país e tiver um prato com sabor ou textura similar a um desses pratos, eu saberei. 

Continuando minha jornada, fiquei passeando pelas cidades e fazendo minhas anotações. Era tão movimentada quanto Tokyo e bem iluminada de tarde. Entrei em uma loja para experimentar vestimentas típicas. Os três tipos principais da tradicional vestimenta chinesa são o pien-fu, o ch'ang-p'ao ou um longo robe e o shen-i. Típico destes três tipos de roupas, além de seus cortes largos e mangas volumosas, era um padrão que utilizava principalmente linhas retas e um ajuste solto formando dobras naturais, independente se o artigo de vestuário era pendurado diretamente ou era usado com uma faixa à cintura. Experimentei em meu corpo um pien-fu e movimentei-o na frente do espelho. Realmente era algo muito bonito de se ver. 

No final do dia, precisava de um lugar para passar a noite, então procurei um hotel que podia entender minha língua e aluguei um quarto. Curiosamente na sala de recepção havia uma senhora de meia-idade, tomando um chá Oolong e que sabia falar japonês. Sentei-me ao lado dela e perguntei sobre os costumes que seu povo possuía. Oh, como ela ajudou! Eis aqui algumas curiosidades e costumes que aprendi da cultura chinesa: 

A obediência e a deferência à hierarquia está entre os costumes mais rígidos na sociedade chinesa. A ordem é colocar em primeiro lugar os homens mais velhos, depois os homens mais jovens e, depois as mulheres mais velhas, seguidas das mulheres mais jovens. A interação social é regida pelo confucionismo, que prevê a honra, dignidade, lealdade e respeito à antiguidade. O toque é permitido entre pessoas do mesmo sexo, mas pouco tolerado entre os indivíduos do sexo oposto. É comum a oferta de presentes na ocasião do Ano Novo Chinês, nos aniversários, casamentos e nascimentos. Há presentes, contudo, que não são bem aceitos porque podem representar azar ou a morte. Entre eles estão lenços, sandálias, flores, relógios, tesouras e facas. Um presente pode ser recusado até três vezes antes de ser aceito. Ao presentear, é importante fazê-lo com as duas mãos, este último sendo muito similar a tanto costume japonês quanto coreano. 

Depois de uma longa conversa tomando chá, fui para meu quarto e dormi tranquilamente. Agora, já de manhã, após ter tomado um café da manhã, estou anotando tudo que aprendi sobre a cultura chinesa, mesmo que brevemente. Ainda tenho dinheiro para pelo menos mais algumas viagens, mas é melhor eu me alojar em alguma cidade específica e arranjar um trabalho temporário, irei me adaptar. 

Por enquanto acho que é só isso. 

Agora preciso ir, tenho que tirar mais algumas dúvidas que anotei em meu bloquinho e perguntar para a gentil senhora do 506. Vou ver se consigo pegar uma câmera emprestado e tirar umas fotos, talvez até mandar para os meus amigos em um cartão postal, seja lá onde estejam. 

Espero que estejam bem meus queridos amigos, e que estejam tendo uma jornada de ampliação de conhecimento tão magnífica quanto a minha. 

~Kiyo Shinguji