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História Danger - Compromisso


Escrita por: ggukexy e PSunbae

Notas do Autor


oioi leitores <3 aqui é a bellinha!
peço a compreensão de vocês quanto a demora.
naynay tinha suas atividades semanais, eu tinha os trabalhos escolares.
uma verdadeira correria.
sabe como é que é né, fim de ano...inclusive, feliz ano novo atrasado aa
estou feliz em finalmente liberar esse capítulo, ele é dividido em duas partes.
prestem bastante atenção em cada parte do capítulo, todas são bem importantes.
esperem pela parte dois, não irá demorar muito!
é isso! boa tarde e boa leitura <33
obrigada pelos mais de duzentos favoritos em apenas três capítulos! ^•^

Capítulo 4 - Compromisso


Eu estaria mentindo se dissesse que, mesmo depois de conhece-lo, a presença de Kim Namjoon me deixava acanhado. O homem, por onde passa, deixa seus olhares penetrantes no caminho, o que é de amedrontar qualquer um.

Acordei e o relógio marcava sete e meia da manhã, o Kim havia convocado uma reunião comigo para às oito, e eu estava atrasado. Tomei um banho rápido, mas relaxante, e então coloquei as típicas roupas da clínica. Passei maquiagem para esconder as evidências de noites mal dormidas, eram horas de insônia, me revirando na cama, mas meus pensamentos estavam presos nele.

Mesmo tendo se passado uma semana, o mistério de como ele havia saído do hospital e entrado em minha casa, continuava. E isso me irritava profundamente.

Quando o relógio apontava para dez para às oito, sai às pressas de casa, me amaldiçoando por estar atrasado, e rezando para que isso não custasse meu emprego. Destravo a fechadura de meu carro e entrando no veículo em seguida. Não tardei em dar partida e dirigir até a clínica psiquiatra.

Demorou cerca de cinco minutos para que eu estivesse no local, adentrando as portas francesas presentes, que me direcionavam para a recepção. E lá estava Kim Jennie, a secretária de Namjoon, mexendo em seus vários e entediantes documentos do hospital, enquanto conversava em inglês com alguém pelo telefone. Não entendo muito bem o que ela diz, língua estrangeira nunca foi o meu forte, mas acredito que seu rosto avermelhado junto de alguns xingamentos que consigo entender mais ou menos, não são um bom sinal. E talvez, só talvez, tenha entendido a palavra processo.

Cumprimentei-a com uma breve reverência, em sinal de respeito, a ômega me encarou com um sorriso mínimo, falou mais algumas coisas pelo telefone, enfim o colocando de volta no gancho, ergueu o dedo pedindo um minutinho, então tornou a beber da água de sua garrafinha, voltando a me fitar, cansada, mas com sua postura alegre de sempre.

— Olá, Jimin, o senhor Kim está um pouco ocupado no momento. Parece estar se divertindo com Seulgi...—a secretária sussurrou a última parte, mas pude ouvir tudo com clareza.

—Oh... Ah sim, tudo bem. Eu aguardo. Obrigada pelo aviso, Jennie-ssi.

Ela assentiu e voltou a fazer seus afazeres.

 

(...)

 

Já se passava das oito e cinquenta e nada do Senhor Kim liberar a sala para nossa reunião. Esperar estava se tornando exaustivo, além de que eu tinha meus pacientes às nove e dez, pelo jeito, a dor de cabeça que surgiu pela manhã só tendia a aumentar.

Suspirei em alívio quando pude ver a imagem de Seulgi saindo da sala de Namjoon, ajeitando suas roupas enquanto andava de cabeça baixa, tentando esconder a maquiagem borrada, e o próprio Kim aparecer na porta em seguida, ao contrário da outra, ele parecia não esconder que se divertia já pela manhã.

—Até mais, Seulgi. — disse sorrindo para a garota, que já saía as pressas para o banheiro.

Bufei, me levantando de supetão, pronto para ir em direção a sala do mais velho, entretanto, a voz de Namjoon ecoou pela sala.

—Jennie, pode, por favor, desmarcar a reunião com Park Jimin? Não estou com cabeça para isso. Não me sinto bem.

Fechou a porta cautelosamente, me deixando indignado.

—O quê...? — pisquei, tentando entender o que acabara de ouvir.

—Sinto muito Park, esse é o Namjoon.

Suspirei pela milésima vez naquela manhã, exausto por esperar tanto por absolutamente nada. Meu dia havia começado bem.

 

(...)

 

Alguns minutos se passaram e Jennie me chamou, ao que parece ela foi alertada de um problema na sala 103. Disseram que dois pacientes haviam socado um ao outro, resultando em uma briga.

Chegamos no local desesperados, prontos para afastar a briga, e não deixei de perceber que conhecia muito bem ambas as feições dos acusados: Min Yoongi e Jeon Jeongguk.

O motivo da briga? Não fazia ideia.

Aproximamos cautelosamente da área onde a briga acontecia, Yoongi desferia socos pela face de Jeongguk, que de algum modo, revidava, ambos também trocavam xingamentos e palavras desconexas. Alguns seguranças e tratavam de se aproximar, entretanto, foram impedidos por um gesto de minhas mãos, eu precisava cuidar disso, interferir com mais brutalidade poderia piorar as coisas.

Toquei com minhas mãos um dos ombros de Yoongi, que pareceu não se importar muito, sacudiu o corpo, se afastando de meu toque.

—Yoongi, solte-o. — ordenei, firme, mas tentando controlar que estava acanhado. O cheiro dos alfas irritados tomava conta do local, deixando todos os omegas presentes acanhados.

O Min parecia ter reconhecido minha voz, e por algum motivo, se afastou imediatamente de Jeongguk, me direcionando um olhar atencioso e um sorriso singelo, e então reverenciou-se, não apenas assustando a Jeongguk e a mim, mas ao resto dos funcionários também.

—Desculpe-me pelo transtorno, Senhor Park. Não fora minha atenção. Apenas aconteceu, devido a um desentendimento.

Min Yoongi havia mudado da água para o vinho. Impressionante.

—Está tudo bem, Yoongi. Apenas entre na sala de emergência, Jennie-ssi fará os devidos curativos em você.

Yoongi assentiu, se dirigindo até a pequena salinha ao canto do refeitório.

—E você, Jeongguk, quero que se direcione até a minha sala, huh?

O alfa se levantou, batendo nas próprias pernas para tirar a sujeira de suas roupas, e então me seguiu pelo extenso corredor até minha sala. Ele se sentou no divã escuro, enquanto eu caminhava atrás de minha caixa de curativos no armário.

—Não quer me explicar o motivo da briga? — perguntei, sem encara-lo.

—O Min faltou com respeito com um dos psiquiatras. Não admiti isso, então desferi um soco em seu rosto. Bem merecido. — me virei para o alfa, que tinha os braços cruzados, me encarando com um olhar de indiferença. Socar Min Yoongi parecia não ter sido nada para ele.

—Por um psiquiatra? Tratarei de conversar com ele sobre isso em uma de nossas consultas.

—Prefiro não dizer. — sorriu ladino— Mas se for conversar com ele sobre, tente ensiná-lo um pouco de respeito, e não a se portar como um homem das cavernas, ou um animal que vê os outros como um pedaço de carne, Ridículo. E ainda por cima sem o mínimo de educação.

—Igualzinho a você. —sussurrei, temendo que ele escutasse.

—O que disse, doutor Park? — arqueou a sobrancelha, me fazendo encolher os ombros por insisto, mas logo me recompus.

—Vamos tratar de seus ferimentos. — Desviei de sua pergunta, me aproximando para limpar o sangue que escorria pelo lado esquerdo de seu lábio

—Pensei que fôssemos conversar. — toquei de leve com o algodão, tentando não me distrair com a imagem de seus lábios tão próximos — Você tem um toque suave, Dr. Park, realmente são mãos maravilhosas.

Constrangido, voltei a focar em seu curativo, temendo que o outro acabasse tendo um surto pela proximidade. Mas não aconteceu. Ao invés, o maldito apenas riu baixinho e sorriu sarcasticamente, levando ambas as mãos em minha cintura, apertando-a com um pouco de força. Com o curativo no corte feito, voltei a limpar os pequenos arranhões e hematomas distribuídos por seu rosto.

— Pode me dizer o que Min Yoongi disse sobre o tal psiquiatra? — quebrei o silencio, sentindo suas mãos me apertarem ainda mais.

Ele não deveria estar com as mãos aí.

— Não. — respondeu simples.

— Então, o que acha de me dizer por que ficou tão irritado com o que ele disse? — tentei de novo.

— Posso ser um assassino, doutor, mas por incrível que pareça, sou um alfa respeitoso.

— Você matou inocentes, Jeongguk, incluindo médicos e outros funcionários desse hospital — esbravejei, me arrependendo ao sentir suas unhas apertarem minha pele, o alfa parecia estar se controlando, mas eu dificultava tudo.

— Não mato inocentes, doutor — respondeu com escárnio.

— O que quer dizer? — parei com os curativos para encara-lo, confuso com suas palavras. Jeon Jeongguk é culpado por inúmeros assassinatos, e insiste em dizer que nenhuma daquelas pobres pessoas eram inocentes.

— Você entendeu o que eu quis dizer. Fui bem claro — respondeu, sem me olhar diretamente — Pode anotar isso no seu relatório, se quiser, não vai mudar nada sobre o que acham de mim, estou fadado a ficar aqui até minha morte. Mas se quiser escrever algo interessante sobre hoje, eu te digo: se você não aparecesse naquela sala, hoje. Min Yoongi seria apenas mais um cadáver nas minhas costas.

O silencio voltou a reinar naquela sala, eu não sabia o que dizer, tentava entender onde ele queria chegar com tudo aquilo. Não me aguentando, tentei conversar com ele de novo.

— Você disse que está fadado a ficar aqui até morrer... — disse, chamando sua atenção — Mas eu sei que você pode sair daqui. Eu vi você lá fora, Jeon.

Mas dessa vez, Jeongguk não me respondei, apenas me encarou. Eu estava ainda mais constrangido por estar tão perto de meu paciente. Corpos colados demais, rostos próximos demais, bocas próximas demais. Seu cheiro parecia ter substituído todo o ar de meu pulmão, a sala parecia cada vez menor

— Huh.

Foi esse o som que saiu de minha garganta quando senti aqueles lábios finos colados ao canto dos meus.

Afastei-me de leve, assustado com a ação do mais novo.

—Jeongguk! —o repreendi, um tanto assustado com o modo como meu corpo reagiu ao simples selinho, meu coração parecia querer saltar para fora da caixa torácica, de tão acelerado. O alfa apenas riu contido, tentando me puxar para mais perto, agora me olhando diretamente nos olhos.

— Você faz muitas perguntas, doutor Park. E as respostas são muito óbvias.

Definitivamente não, as respostas não eram óbvias para mim, e isso parecia divertir Jeongguk. Com muito esforço, finalmente finalizei os curativos, tentado desviar a todo momento dos beijos do Jeon, a qual era uma missão difícil, afinal, os lábios dele pareciam clamar por atenção e quem sabe, algumas mordidas.

 

(...)

 

O dia havia se passado na clínica, do modo que eu menos esperava, e a cada dia que passo com meu paciente, percebo os indícios de bipolaridade deste. Na primeira consulta, Jeongguk parecia não dar a mínima importância para minha presença, porém, mostrou ser além do que eu esperava, no dia de hoje, Jeongguk parecia querer melhorar, com minha ajuda.

 

Já a noite, deitado sobre minha cama, refleti sobre o caso de Jeon, e tudo o que descobri sobre ele nos últimos dias, sem dúvidas, ele era um desafio e tanto.

— Você faz muitas perguntas, doutor Park. E as respostas são muito óbvias.

Não demorou para que eu adormecesse com tais pensamentos.

 

(...)

 

"Jeongguk beijava minha boca com tesão visível, enquanto passeava suas mãos por meu corpo, repleto de curvas. Meu corpo queimava a cada toque seu, me fazendo esquecer do frio que fazia lá fora.

 Tudo iria acontecer novamente, eu ansiava por senti-lo me amando, apenas como ele sabe. Entretanto, o celular de Jeongguk apitou.

Eu sabia que ele iria me deixar novamente, mas não queria aceitar.

—Ggukie...

—Jimin, você sabe que eu sempre encontrarei você, não é? — me olhou, vestindo sua camisa de volta.

Assenti, ainda meio chateado.

—Não gosto de ver você triste, huh? — acariciou meu rosto, me dando um selar antes de ir em direção a porta — Coloque um sorriso no rosto. Em breve venho lhe visitar novamente.

Ele então saiu por aquela porta, o ficou tudo frio de novo."

 

Acordei ofegante, ainda pasmo devido ao fato de sonhar com meu paciente. Era como se nós conhecêssemos há décadas.

Tomei o celular em mãos, checando o horário.Sete e trinta.

Levantei de supetão, ignorando o frio que fazia, assim como em meu sonho, e correndo para o banheiro. Fiz breves higienes e tomei uma ducha. Voltei ao quarto, seguindo em direção ao closet, pegando roupas claras e o típico jaleco com meu nome estampado.

Desci as escadas um pouco afobado, mal dando importância para minha alimentação.

Abri a porta principal, saindo e fechando-a em seguida. Andei em passos rápidos até que estivesse no meu veículo, não tardando em dirigir até a clínica.

Por sorte o caminho era rápido, logo eu estava na frente de Dover, desci do carro, arrumei minhas vestes e corri para dentro do prédio.

—Bom dia, Jennie-ssi. — pronunciei um tantinho afobado, andando em passos rápidos até meu escritório.

—Jimin! — parei — Antes de entrar, o senhor Kim pediu que eu lhe avisasse que hoje vocês farão uma consulta em grupo, para a avaliação da situação dos pacientes. — me entregou algumas pastas, cada uma com o nome de um paciente — São as avaliações de grupo anteriores, talvez seja bom dar uma lida antes da consulta — sorriu.

Podia-me não parecer uma boa ideia, afinal, nem todos se davam bem naquele local. Um exemplo disso é Jeongguk e Yoongi.

A verdade é que não concordo com esta decisão, mas só me cabe a aceitá-la.

—Hum, oh sim. Claro. Certo. — peguei o conjunto de pastas, agradecendo a ômega e voltando ao meu trajeto para minha sala.

Assim que cheguei, joguei os arquivos sob o divã, me sentei ao lado, no estofado e suspirei, confirmado com mais um compromisso naquele dia exaustivo.

Que a consulta em grupo comece.


Notas Finais


até logo! amo vocês!


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