História Danger lives by my side - Ciúmes?

William- Pov

Carreguei Lora para fora do quarto de hotel, a arrastei até o carro. Abri a porta e coloquei ela com todo cuidado.

— Vai ficar tudo bem, eu vou te levar para casa. — Bati a porta do carro e entrei. — E eu vou cuidar de você. — Fiz um leve carinho em seu rosto.

Girei a chave e dei partida.

Dirigi por alguns longos minutos até chegar em um galpão, aonde eu passava a maior parte do tempo trabalhando.

Eu não poderia levar ela até em casa, não desse jeito. Logo preciso voltar, para ver como está o Michael.

Peguei minha esposa em meus braços e a carreguei ela até dentro do lugar. Me certifiquei de que não havia ninguém por perto.

Um barulho alto ocorreu quando a porta de metal bateu com força na parede. Tive que chuta- la para fecha- la.

Levei ela até um pequeno quarto que havia alí. Coloquei ela sobre a cama.

— Você fica linda quando está dormindo — Ajeitei seus cabelos que estavam em seu rosto. — Eu não vou deixar nada acontecer com você, mas agora eu tenho que voltar. — Depositei um beijo em seus lábios. — Eu volto logo, tenho que ver como está o Michael e depois eu volto, para ver se você acordou.

Fechei a porta e a tranquei.

Depois de uma pequena conversa com Michael, atravesei o corredor até a cozinha e coloquei algumas coisas dentro de uma mochila.

Fui até o quarto e peguei algumas roupas de Lora e botei na mochila.

— Deixa eu me certificar que está tudo aqui... — Olhei dentro algumas vezes. — Ótimo eu acho que eu posso ir já.

Dei uma espiada nos dois pequenos que dormiam em seus respectivos quartos. Ótimo, acho que eles não vão acordar tão cedo.

Sai e tranquei a porta de casa, para certificar que nem um deles pudessem sair.

Dirigi novamente para o galpão aonde eu trabalhava. A porta rangeu quando eu abri e um eco preencheu o lugar.

Fui até aonde ela estava. Ao entrar vi que ela estava ainda desacordada. 

— Acho que eu exagerei — Dei de ombros e me sentei na cama. E comecei a olha- lá. — Como você é uma mulherzinha difícil, mas mesmo assim eu te amo.

Ela nem fez uma expressão de que estava acordando. Então continuei.

— Eu lembro do primeiro dia que eu te vi, você estava linda eu não consegui tirar os olhos de você, mas aquele seu namoradinho da época já estava com você. — Peguei em sua mão fria. — Então, aquele baile foi perfeito. Já que você não me dava bola, eu tive que tomar minhas medidas. Fiz você perder a "consciência" e as atitudes de seus atos, foi fácil de te manipular e levar para a cama, já que você não tava consciente. — Limpei a garganta. — E depois vocês terminaram e eu fui conquistando você pouco a pouco, e aqui estamos nós.

Ela se remexeu de leve e logo seus olhos se abriram, revelando aquele verde cor de esmeralda, Lora se sentou na cama e limpou os olhos.

— Aonde eu estou? — Ela parecia estar meio atordoada. — William?

— Sim, sou eu — Dei um sorriso.

— O quê eu estou fazendo aqui? E como eu cheguei aqui? — Ela se perguntou.

— Calma querida, está tudo bem. — Eu a abraçei — Você está segura.

— Eu me lembro de tudo — Ela se afastou — Você apareceu no quarto de hotel e colocou aquele pano cheirando a álcool em meu nariz.

Ela se levantou, tentando raciocinar tudo. E eu só olhava ela.

— Oque você vai fazer comigo? — Ela estava em minha frente, me encarando com seus olhos lindos.

— Calma, eu só trouxe você para um lugar melhor e para mais perto de mim. — Me levantei e fiquei frente à frente com ela. — Calma, querida.

— NADA DE CALMA! EU QUERO SABER AONDE EU ESTOU E OQUE VOCÊ VAI FAZER COMIGO?

— Primeiro se acalma, ok? — Coloquei ele sentada na cama e me sentei ao lado dela — Eu fui atrás de você, para você voltar para casa, mas você estava irredutível com sua decisão. Então tive que fazer do pior jeito.

— Você é louco. — Ela se afastou de mim. — Eu preciso ir embora, me deixa ir por favor.

— Creio que isso não será possível.

Eu peguei a mochila que eu havia largado no chão. Retirei de dentro uma garrafa de água e um pote com um sanduíche.

— Eu trouxe para você, caso você sinta fome ou sede — Ela me olhava assustada. — E trouxe algumas roupas para você.

— Perdeu seu tempo. Eu não quero nada de você. — Ela se afastou ainda mais.

— Eu vou fazer o seguinte — Me levantei, olhei meu relógio de pulso "01:25" — Você pode escolher, eu fico um pouco mais, para termos alguma coisa.... ou eu vou embora e deixo você aqui sozinha. O quê você prefere?

— Nem uma dessas opções. Quero meus filhos comigo e longe de você. — Minha paciência estava no zero.

— Tudo bem, então você vai ficar aqui até eu achar que você pode sair.

Eu saí e bati a porta e a tranquei logo em seguida. E escutei os gritos de Lora.

— WILLIAM! ABRE ESSA PORTA — As batidas ficaram mais fortes — DEIXA EU SAIR.

— Calma querida, você vai ter tempo o suficiente para pensar, agora eu tenho que ir para casa. Até meu amor.

Ela continuava a gritar o meu nome e eu apenas ignorava seus berros de socorro.

Cheguei em casa e fui para o quarto. 

Tirei minha gravata e minha camisa e minha calça e me deitei. 

Fiquei um bom tempo olhando o lado vazio, aonde minha esposa deveria estar, mas Infezlimente não estava.

William- Pov off

Lora estava abraçada em seus joelhos e chorando se balançando de leve para frente e para trás.

"Eu não acredito que ele vai me deixar aqui, ele não é mais o William que eu conheci a anos atrás"