História Dangerous - Terceiro Capítulo

A dor de cabeça só havia piorado ainda mais. No momento eu só queria estar em casa comendo uma rosquinha e recebendo o abraço apertado e aconchegante de mamãe.

Aí minha nossa! Eu tinha me esquecido completamente, meus pais já devia ter mandado uma patrulha atrás de mim.

Eu não devia estar aqui, eu devia estar longe dessa cidade sombria. Eu tenho dinheiro suficiente para me sustentar por alguns dias, eu preciso sair daqui.

Corri meus olhos pelo quarto, procurando por minha mochila velha, ela estava em um canto do quarto, mais especificamente, perto de uma mesa de madeira que já estava desgastada.

Me levantei e fui até a mochila. Vi uma arma em cima da mesma mesa.

Era linda, era preta, tinha detalhes em dourado e escrito da mesma cor "Love"
Peguei a mesma na mão, alisando-a levemente.

Coloquei ela na minha cintura na parte de trás, eu poderia precisar em alguma hora.

Papai nunca me ensinou à atirar, o máximo que eu havia aprendido, foi em filmes e séries.

Coloquei meus tênis, posicione minha mala nas costas, pronta para ir.
Sai do quarto e caminhei por um corredor que tinha carpete roxo horrível e desgastado.

Passei por uma porta e ouvi gritos de pessoas, pareciam estar sendo feridas. Me assustei quando a porta abriu revelando Joker.

-- Olá ovelhinha, quer conhecer meu novo amigo? - ele riu - Vem, você irá se divertir muito com ele. - ele puxou minha mão, me levando para o porão.

Chegando lá, ele abriu a tranca de uma outra porta, e antes de abri-la, sorriu sádico.
Meu corpo ficou rígido, frio. Eu estava com medo do Coringa.

Ele abriu finalmente aquele porta, avistei um homem com cabelos grisalhos,e lê estava de cabeça baixa, amarrado em uma cadeira e completamente ensanguentado.

Eu estava tremendo.

Ele foi até homem, se abaixou e disse:

-- Seja educado e diga olá a minha Rainha.

Rainha?

O homem continuou na mesma posição, não mexeu um músculo.

Coringa riu.

Ele puxa os cabelos do coitado homem, fazendo o mesmo olhar para mim.

Céus!

Ele estava arrebentado completamente ferido. Cortes e inchasos em várias partes de seu rosto.

-- O Gato comeu sua língua?! - Joker da um soco tão forte em sua cara que faz a cadeira cair e ele ir junto.

-- Para!

Coringa olha pra mim, e sorri.

-- O que foi ovelhinha? Não está se divertindo? - ele vem até mim.

Saco a arma que estava na minha cintura e aponto para sua testa.

Ele ri alto, minha mão suava.

-- Você não vai atirar, é covarde. - ele encosta sua testa na arma.

-- Não duvide! - falo firme mas com medo por dentro.

-- Então atire ovelhinha, atire. Estore todos os meus miolinhos. -

Eu tremia mais a cada palavra que saia de sua boca vermelha. Eu não sou covarde.

Fitei seus olhos azuis.

-- ATIRE! - ele gritou.

Suspirei e abaixo à arma. Ele ri.

-- Covarde. - ele disse antes de me dar um tapa estralado, fazendo-me voar para trás.

Ele pegou a arma e analisou.

-- Iria me matar com a minha arma?! Que coisa feia. - ele aponta a mesma para a própria cabeça. -- Deixa que eu faço isso.

Arregalo os olhos. Ontem mesmo eu gostaria muito de ver no noticiário: Coringa morre hoje.

Mas eu não quero que isso aconteça mais.

-- Adeus Harley.

Como ele sabe me nome?

Ele aperta o gatilho e nada acontece.

Ele ri novamente alto.

-- Você acha mesmo que eu sou burro, vadia! Deixar uma arma carregada perto de você.

Me levanto devagar.

-- Vem aqui. - ele agarra meu cabelo, meu olhos ficam marejados. Ele me leva até o cara. -- Mata ele.

Diz calmo.

-- Não tenho motivos. -- digo com a voz embargada.

-- Mata ou eu mato sua família. -- ele me estende a arma.

Eu pego a mesma e miro  no homem a minha frente. Começo a tremer sem parar, sinto Coringa bufando atrás de mim.

Ele "cola" meu corpo no dele, eu passa as mãos por minha cintura, sobe pelas costas e posiona  suas mãos sobre as minhas.

-- Não, por favor! Eu lhe disse tudo. -- ouso o homem gritando desesperado, estou de olhos fechados, lágrimas escorrem.

-- Não ligue para ele, não é nada. - Joker sussurrou em meu ouvido. -- Vamos baby.

Aperto finalmente o gatilho, deixando o silêncio pairar pelo local.

Coringa me vira, limpa minhas lágrimas e segura meu rosto com as mãos.

-- Caramba, você é tão... Boa.

-- Eu quero ir para casa.

-- More comigo, eu sei que você está fugindo do seu pai controlador.

Arregalo os olhos.

-- Como sabe? -- pergunto ele aponta para o morto.

-- Informante e traidor.

-- O que ele fez? -- Joker revira os olhos, provavelmente por que eu estou enchendo seu saco de perguntas.

-- Ele falou para seu pai onde estava minha mercadoria, perdi milhões por culpa desse filho da puta. - ele esbraveja -- Você tem um celular?

-- Sim, porque?

-- Da ele pra mim. -- pego na mochila e entrego.

Ele analisa, coloca em cima da mesa que havia lá e pega um taco de baseball.

-- Aí não, não se atreva!

Ele dá um sorriso, antes de dar várias tacadas no telefone celular. Ele pega o resto que sobrou e da para mim.

-- Feliz Natal.

Nem é Natal.

-- Você irá me dar um novo. Porque fez isso? - digo brava.

-- Você é filha do delegado e não sabe? - fala e eu fico olhando pra ele. -- Puta merda hein.

-- Rastreamento. -- diz.

P.O.V Sr. Quinn

1:00 antes

Encontramos Harley, provavelmente estava com Coringa ou morta e enterrada lá.

Ela fugiu mas se esqueceu de jogar fora o celular, burra.

Eu e meu caras não vamos busca-la hoje, Joker é esperto, admito mas eu sou mais. Ele tem vários capangas com armas pesadas isso séria arriscado para nossa equipe.

-- Você precisa pega-la de volta rápido, ele está impaciente. Já passou da data de entrega-la. -- diz se sentando ao meu lado e troca de canal.

-- E você não acha que eu não sei, Alessia. Mas não podemos ir agora, eles tem armamento pesado e estamos providenciando os nossos.

-- Hum, okay. Só seja rápido.

P.O.V Harley Quinn

Já estava de banho tomado, me troquei e passei meu creme de pêssego. Saudade de mamãe.

Saiu do banheiro e vejo um homem de cueca preta deitado na cama.

-- Quem é você? -- falo chegando não tão próximo.

-- Como assim quem sou eu? - ele ri e reconheço.

-- Você fica diferente sem a maquiagem toda.

Subo na cama, fico em pé e passo minha perna pro outro lado do seu corpo ficando com uma perna de cada lado.

-- Hum, está tentando me seduzir? -- ele sorri malicioso.

Abaixo meu olhar.

-- O que? Não! - quando estou quase indo para o outro lado da cama, ele puxa minha perna fazendo eu cair sentada em cima dele.

-- E agora?

-- Você deveria ser preso por estar praticamente fazendo coisas explícitas com uma garota de 16 anos.

-- Querida, eu deveria estar preso agora, nesse exato momento. E bom, já cometi crimes piores.

Observei os cortes em seu rosto, vou tocar e ele segura minha mão.

-- O que foi? - pergunto ele abaixa o olhar, ele volta o mesmo e me fita.

Sorri, mas não como um louco mas sim com um ser humano normal, um sorriso sincero.

Ele pigarreia e sua expressão muda para sério.

-- Vai dormir, vai. -- ele me empurra pro outro lado.

-- Boa noite. -- sussurro e viro para o outro lado é adormeço