História Dangerous - Capítulo- III

Dinah dirigiu-se a galeria no horário marcado, ela particularmente odiava atrasos.
Assim que chegou ao local, avistou Lauren sentada em um dos bancos de madeira do salão. Ela olhava atentamente para uma escultura no canto da parede. Dinah caminhou até a morena sentando-se ao seu lado.
– Muito pontual, senhorita Haskel – A garota sorriu para Dinah.
– Boa noite, Lana. – Ficaram encarando uma a outra durante alguns segundos, deixando um silêncio constrangedor ocupar o ambiente.

– Eu falei que você voltaria. – Lauren voltou a falar.
– Como você poderia ter tanta certeza? – Dinah ergueu uma sobrancelha.

– Tenho meus meios, acredite. – Ela piscou. – Gostaria de me acompanhar até o andar de cima? Eles servem um ótimo vinho lá.

Dinah seguiu a morena até o andar de cima onde havia um pequeno restaurante, muito reservado e aconchegante. Uma ótima opção para escapar do ar gelado da cidade. A decoração deixava o ambiente ainda mais leve proporcionando momentos agradáveis para qualquer pessoa.
Lauren conduziu Dinah até uma das mesas do local, as duas fizeram seus pedidos e voltaram a conversar.

–Então... me fale mais sobre você, Lana. De onde você é? – Dinah perguntou a olhando sugestivamente.

–Daqui mesmo, sou inglesa. E você? – Ela respondeu encostando-se na cadeira de uma maneira intrigante.

Mentirosa, foi o que Dinah pensou.

–Também sou daqui. – Respondeu rapidamente. – Com quantos anos você se mudou para Londres? - A loira pretendia confundi-la.

–Dose anos. – Lauren respondeu rapidamente, arregalando os olhos em seguida tentando disfarçar a verdade que havia acabado de soltar.

–Tão nova, não é mesmo? – Dinah apoiou os cotovelos na mesa, sorrindo vitoriosa para a morena que parecia incomodada com a situação.

–Bastante. – A morena ajeitou-se na cadeira percebendo o que havia falando. - Volto em um segundo. –Lauren levantou-se da mesa caminhando em direção ao banheiro.
Dinah observava a garota, ela era muito atraente, de uma beleza admirável aos olhos de qualquer indivíduo. Mas provavelmente estaria com sua cabeça nas mãos em algumas semanas. Um desperdício e tanto.

A loira voltou sua atenção para a mesa, observando a bolsa de Lauren ao lado do seu assento, rapidamente Dinah começou a vasculhar, intercalando olhares entre a bolsa e o banheiro, ela precisava saber mais sobre Lana, ou seja, qual for seu nome. Porém não havia nada além de uma quantia em dinheiro e uma pequena esfera metálica. E Dinah conhecia bem aquela esfera metálica, já havia usado uma daquela em uma de suas missões. Mas o que uma nano bomba estaria fazendo dentro da bolsa de uma funcionária de restaurante? Isso era no mínimo muito embaraçoso para Dinah. A loira pegou o pequeno objeto para livrar-se dele mais tarde.

Quando Lauren retornou, Dinah estava entretida com o garçom que lhe servia vinho tinto.
Lauren juntou-se a Loira e após algum tempo naquele jogo sem fim de perguntas e respostas entre as duas, sem muito avanço evidente, finalmente decidiram pagar a conta.

 A caminhada de volta para o saguão de baixo foi mais lenta, Lauren falava sobre algumas esculturas para Dinah que procurava ouvi-la atentamente. Todos os trabalhos artísticos do local tinham o uso excessivo de tons escuros e procuravam retratar o universo e seus mistérios.
– Acho que nossa noite termina aqui, senhorita Haskel.

– Eu te levo até sua casa. – Dinah não perdeu a deixa. – Afinal já está um pouco tarde.

– Não é necessário, Haskel. Posso me virar sozinha. –Lauren sorriu abertamente.

– Eu faço questão, dear. – A loira insistiu, acariciando levemente o braço da menor.

– Obrigada, mas prefiro eu levar você até sua casa. Onde você mora? – Ela sorriu novamente retribuindo o toque da maior.

– Não, Lana. – A loira respondeu ríspida perdendo a paciência. – Eu levo você até sua casa.

– Melhor cada uma ir para sua casa então. – Lauren colocou fim ao assunto.

– Ótimo. – Dinha disse um pouco irritada. – Nos vemos por aí então. Pode me passar seu telefone?

– Eu não tenho telefone, me passa o seu que darei um jeito de te ligar. – A disputa começará novamente.

– Eu também não tenho. – Dinha sorriu debochada.

– Quero ver até quando vamos continuar com esses joguinhos. –Lauren começou a aproximar-se da loira, que a essa altura já estava encostada em uma das paredes do local.

– Depende apenas de você, basta colaborar comigo... –Dinah encostou seu corpo ao de Lauren, acabando com qualquer distancia possível entre elas.

Lauren deslizou suas mãos lentamente pela cintura da Loira, adentrando sua camiseta, fazendo um delicioso carinho naquela região do seu corpo.

– Você não quer mesmo me passar seu telefone? – A morena sussurrou ao ouvido de Dinah com a voz mais rouca que o habitual.

Dinah conhecia aquela técnica. Ela jogava aquele jogo sujo. Definitivamente não cairia nele.

– Porque não me dá o seu, honey? – Dinah a puxou para si, sentindo seu quadril roçar levemente nos de Lauren, e para sua surpresa a morena possuía um brinquedinho entre as pernas. – Seria tão mais simples assim...

– Por favor, Di... – Lauren pediu um pouco manhosa, enquanto encarava os lábios da loira. – Seja uma garota boazinha.

– Não, não, honey. – Dinah sussurrou deslizando seu nariz contra o da morena.

– Você fica absurdamente sexy falando isso, Diana. – Lauren apertou a cintura da loira, pressionando ainda mais seus corpos.

– O que? Honey? – As palavras saíram quase como um gemido manhoso da boca da loira.

– Essa noite não tem que acabar aqui... – Lauren sussurrou contra os lábios da loira.

– É só você me levar para sua casa. – Dinah disse no mesmo tom.

– E porque não na sua? – Lauren rebateu.

– E porque não na sua? – Dinah sussurrou novamente.

– Já reparou que nenhuma de nós cede? – Levou os lábios até o ouvido da loira, dando um beijo de leve atrás da sua orelha.

– Já pensou em como vai ser ótimo...- Dinah olhou diretamente nos olhos da morena. – Fazer sexo com nós duas brigando para ver quem vai a loucura primeiro? - Terminou a frase mordendo os lábios.

– Na minha casa. – Lauren disse por fim, puxando Dinah pela mão.

A loira sorria vitoriosa, Dinah tinha confiança em si mesma, e sabia o poder que exercia sobre as pessoas.