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História Dangerous - Capítulo dois


Escrita por: yoongijoon

Capítulo 2 - Capítulo dois


 

 O número com quantidade incontável de algarismos registrado no papel amassado indicava o valor da dívida que não parecia mais tão grande comparada á conta bancária gorda e suja de Jeon Jikwang. Jimin estava em frente á sua mesa, numa sala que mais parecia o salão oval da presidência, tentando reprimir toda sua insegurança e parecer a pessoa mais corajosa do mundo.
 


        Talvez o charuto nojento preso nos dedos daquele cara ao lado, que não parava de encarar o menino de cabelos laranja, servisse justamente pra intimidar quem fora ali.

 

 Nunca entendi essa coisa que os humanos têm, de quererem sempre parecer superiores uns aos outros. Usam de suas posições e capacidades para se transformarem em alguém considerado "poderoso". São todos tolos. Na hora em que se encontram comigo, já não têm mais diferença nenhuma, seus corpos sem alma se desfazem e o poder que antes eles tinham agora já não lhes dava benefício nenhum. A indignação de alguns deles quando descobriam tal coisa chegava a ser cômica, se não fosse tão trágico. 'Como poderia ficar junto do moço pobre que foi morto pela polícia por tentar roubar um pedaço de pão?'
Foi só um dos protestos miseráveis de que já ouvi, mas felizmente o que vinha a seguir já não era minha função.

 

 A maioria dos humanos morrem com a dúvida se vão pra um tal de céu, ou inferno, e alguns até passam sua vida inteira obcecados em tentar ir pra cima, mas na verdade, eu nem sei se isso existe mesmo. Na verdade, eu achava que depois de mim todas as almas iam pro mesmo lugar, até que ouvi uma conversa entre dois humanos, falando de algo horrível e quente, e de um lugar perfeito nas nuvens.
 Não sei se é verdade, mas se for, espero que o moço pobre tenha conseguido ir pra esse famoso céu. O pão que ele tinha roubado nem era pra ele, apesar da fome que ele sentia, e sim pra um cãozinho de rua que fuçava um lixo ali perto. Mas só eu sabia disso. E não podia contar pra ninguém.

 

 O império de Jikwang era como aquele moço pobre. O portão torto e enferrujado escondia algo digno de rei lá dentro. Só sua cadeira já se parecia com um trono, e os homens todos de terno ali dentro não faziam nada a não ser encarar Jimin enquanto esperavam uma ordem de seu líder.

 

 "Park Jimin... Quanto tempo, não?"

 

 Jikwang dizia se encostando em sua cadeira, e só agora encarando o menino á sua frente, no qual se curvara hesitante e desesperadamente, parecendo um franguinho assustado, apesar de todo seu esforço em parecer indiferente perante a situação. 

 

  A verdade é que por mais que ele tentasse, não conseguia se lembrar de quase nada daquele lugar, e muito menos daquelas pessoas. Talvez seu pai tenha o levado ali uma ou duas vezes, mais de uma década atrás. Nem eu me lembro pra ser sincero.

 

 Park Sunghoo sempre fez o máximo que pôde pra manter sua família longe de sua vida de crimes encobertos. Não posso negar de que ele era um ótimo pai, e uma das pessoas mais sábias em matéria de separar vida pessoal de seu emprego nada comum.
 Sua arma escondida no fundo falso trancado em uma das gavetas do armário era sua única ilegalidade dentro de casa, ilegalidade essa de que nem sua esposa e muito menos seus filhos sabiam até o dia de sua morte.


 
        Jimin nunca havia pego numa arma na vida, e sua irmã, de oito anos, provavelmente nem sabia o que era aquilo, ao contrário dos filhos da maioria dos colegas de seu pai. Sua mãe, Yeona, sempre cobrou muito isso do marido. Não concordava com toda essa sujeira de que ele fazia parte, e morria de medo de algo ruim acontecer, mas como sair desse meio era praticamente fora de cogitação, ela aprendeu a aceitar.

 

 Levavam sim uma vida muito confortável, mas isso não importava. Não mais.

 

 "Você cresceu... O que te traz aqui pequeno Park?"

 

 Jikwang dizia sorrindo. Sua aparência ainda era jovial e imponente, apesar de alguns fios grisalhos que denunciavam que o tempo estava passando.
 Jimin limpou a garganta. Só tinha que pedir ajuda não é? Bom, pelo menos era isso que ele falava pra si mesmo.

 

 "Desde que assassinaram meu pai,  estão ligando lá em casa, dizendo que nós seriamos os próximos... Minha mãe está muito assustada, quero dizer, é claro que quem matou ele que está fazendo essas ameaças."

 

 "E o que você quer realmente?"

 

 Jeon arrumou a postura na cadeira cara. Os outros três homens engravatados que estava ali fingiam não prestar atenção. Um deles até conhecia Jimin, da época em que ele era uma criança, e tinha aquela chama da felicidade mais acesa do que nunca.

 

 "Sr.Jeon eu queria que minha família fosse protegida. Minha irmã é pequena e é tudo pra mim, e minha mãe vem tendo pesadelos desde que isso aconteceu. Eu quero acabar com quem fez isso."

 

  "Oh Jimin, era isso? É claro que eu protejo sua família... Você disse que quer acabar com quem fez isso, não?"

 

  Queria?

 

  Sim, ele queria. E Jikwang viu nisso uma oportunidade perfeita.

 

 "É tudo que eu mais quero."

 

  Jeon Jikwang abriu um sorriso um tanto malicioso.

 

 "Vem trabalhar pra mim."

 

  Eu poderia dizer que Jimin demorou pra processar a informação, ou que ele não entendeu a proposta. Mas ele entendeu. Entendeu muito bem. 

 

 "Se você vier, eu arranjo um lugar pra sua mãe e sua irmã, com seguranças e monitorado vinte e quatro horas, e te pago três quartos do que Sunghoo ganhava, mas só se você aceitar. E então, o que acha?"

 

 Essa foi a primeira das escolhas mais importantes da vida de Jimin. Ele sabia que não tinha a menor chance num meio desses, e sabia que foi assim que seu pai morreu, mas também sabia que essa era sua única chance de fazer vingança e proteger sua família.
 O que ele não sabia, é que não precisava fazer nada disso pra garantir a integridade das pessoas que ele amava. Pelo menos foi isso que Jikwang havia dito pra seu pai, anos atrás.

 

  "E-eu não sei nada sobre isso aqui."

 

  "Eu sei que não, mas se preocupe com isso Park. Vá pra casa, faça as malas de sua família e esteja aqui amanhã antes do sol nascer. Lembre-se de que essa é uma chance pra poucos."

 

  Jimin se curvou em agradecimento. Um pouco de sua tensão tinha ido embora, mas ele sabia a burrada em que estava se metendo.
 Virou seu corpo pra ir embora. Podia até parecer calmo, mas só queria sair dali logo. A prepotência parecia impregnada até mesmo nas paredes daquele lugar.

 

 "Ah, Jimin... Sinto muito pelo seu pai." 
 

             Outro agradecimento.

 

 Os humanos são acostumados a seguir seus instintos, e os de Jimin o diziam pra ficar o mais longe possível dessa sujeira.


 É provável que Park Sunghoo, onde quer que ele estivesse, estava se contorcendo, gritando pra seu filho não ir pro mesmo caminho que ele, ignorando todos seus ensinamentos até lá. 

 

 Já Jikwang queria mais que tudo que Jimin aceitasse sua proposta. Era filho de seu amigo pessoal, tinha raiva e um desejo de vingança por seus inimigos, além de uma inocência maravilhosa pra manipulação. Era perfeito. Sua frieza com a promessa que tinha feito com seu ex-braço direito e a maneira como ele tinha a ignorado me incomodava.

 

 Ás vezes eu me pergunto o que teria acontecido se Jimin tivesse resolvido realmente seguir seus instintos e fugido disso.
 De uma coisa eu tenho certeza, ele teria vivido muito menos.


Notas Finais


Gostaram? Odiaram? Deixem comentários sz
Eu sei que parece que tá tudo muito devagar mas no próximo capítulo nosso querido Jk aparece e já vamos ter as grandes famosas "interações do otp" jshsjsjsj
Fiquei muuuito feliz com os favoritos e comentários de Dangerous (não tenho criatividade pra nove de fic, me disgurpa) então muuuito obrigada, amo vocês
E aí, vão no show do bangtan?
Eu é quase certeza de que vou sjshsj ai ai até rio de nervoso só de pensar

Mas é isso aí

Até o próximo capítulo xuxus sz


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