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História Dangerous - Lendas e Mistérios


Escrita por: lilitrix

Notas do Autor


Oii amorzinhos..
Ta tenso.. Apenas leiam.
ps: ignorem errinhos gramaticais.

Capítulo 11 - Lendas e Mistérios


p.o.v Henrique

CARALHO, MANO, SÉLOCO!

Eu ainda ia acabar morrendo por aquela mulher, ah ia!

Depois que o corno apareceu lá eu corri feito um relâmpago para o segundo andar daquele enorme casarão, eu não conhecia direito a casa, mas de um lugar eu me lembrava bem: o quarto em que eu e ela nos aventuramos a quase um mês atrás. Era lá mesmo, entrei e por lá fiquei. Demorou um pouco mais logo ouvi passos e murmúrios com um sotaque carregado.

Minha gringa estava ali, finalmente.

Era arriscado sair de supetão, e se o velho ainda estivesse ali? Resolvi esperar um pouco. Meu corpo clamava por ela, e a cada vez que ela me chamava um novo arrepio percorria. QUE DROGA ERA FICAR ALI! Ela entrou no quarto e eu finalmente revelei minha presença, foi estarrecedor e ao mesmo tempo adorável vê-la derramando lagrimas ao me abraçar.

-Te quiero. – Ela me disse enquanto me provocava, mas a essa altura eu já estava alucinado.

Eu também a queria, mais do que deveria ainda. Mas eu era pervertido, era um moleque como ela mesmo insistia em me chamar e então uma ideia profana situou em minha mente, ideia esta que eu ADORARIA colocar em pratica.

Adoraria não, FAZIA QUESTÃO!

-Não aqui. No quarto dele. Quero foder com você na cama dele.

 Sussurrei no ouvido dela que em troca me sorriu feito uma demonia. Nem sei como mas chegamos no quarto em que ela dividia com o velho e tudo que posso dizer é que

O ESTRAGO FOI GRANDE. BEM GRANDE. ANIMAL.

A noite toda, sem se cansar ou pestanejar. Quando eu estava com ela em meus braços parecia que o ar nunca iria me faltar.

Acordei cedo com os primeiros raios de sol ainda pairando por aquela janela barulhenta. A manhã estava um pouco fria então tratei logo de tomar uma breve ducha, ainda no chuveiro do velho (Sim, eu era audacioso) e passei a observa-la por alguns longos segundos.

Como era linda dormindo, mano do céu. Não tive coragem de acorda-la.

Tracei minha conhecida rota de fuga, agora de volta a cozinha e preparei uma garrafa enorme de café a ela, sei lá, talvez acordasse com fome e depois de nossa noitada, era o mínimo que eu poderia fazer. Era obvio que eu queria ficar ali com ela, protege-la de tudo, abraça-la em noites frias e preparar os melhores cafés da manhã de minha vida.

Mas em seu dedo já havia um anel evidenciando que seu dono, não era eu.

E aquilo me frustrava.

Depois da decima segunda bufada de ódio do dia, subi novamente ao quarto com uma caneta e um papel que havia achado na cozinha e decidi deixar no mínimo um bilhete já que quando se tratava de nós dois tudo era incerto.

 

Passei pelo dancing e peguei minha jaqueta que estava sob o balcão do bar, a joguei por meus ombros e caminhei pelos portões que davam a área de serviço. Olhei por todos os cantos em todos os ângulos possíveis e ótimo, nada nem ninguém. Dei um jeito e pulei o portão daquela merda e sai de lá o mais rápido que pude. Caminhei livremente pelas ruas do condomínio até as extensões onde havia escondido minha moto e porra! Meu capacete havia ficado lá, foda-se! Pelo menos a sagrada jaqueta estava aqui. Saquei um cigarro de um dos bolsos e o ascendi, não era bem o cigarro que eu queria para suprir a necessidade que eu tinha de Paola Carosella, mas iria servir. Caminhei um pouco mais e tudo ali era muito luxuoso, arvores, palmeiras e flores encantavam o local e havia também uma praça.

Com uma fonte. Uma grande fonte abandonada em seu meio.

A olhei curioso e ela pareceu olhar para mim de volta. Me aproximei ainda com meu cigarro entre os lábios. Era maneiro caminhar um pouco logo de manhã e outra, eu não tinha nada a perder, apenas minha cabeça se Jason Lowe passasse e me pegasse ali. Mas eu conseguiria desbaratinar.

Conseguiria, não é? Foda-se. Era um local público.

Observei aquela velharia e jogadas ao seu fundo dava para notar muitas moedas brilhantes que pairavam seu brilho sob as aguas. As pessoas ainda acreditavam naquilo em pleno século XXI? Era clichê demais. Mas, minha vida andava tão merda ultimamente que pensei, porque não? Talvez eu precisasse de um pouco de clichê, lendas e mistérios estão aí para isso não é mesmo?

-Isso é patético. – Eu disse ao vento enquanto sacava uma moeda de minha carteira e atirei naquela fonte. – Ta, faça um pedido Fogaça. – Fechei meus olhos e a única coisa que consegui pensar naquele momento foi em Paola Carosella.

Meu único desejo, mas também a única coisa que eu não poderia ter.

Desgraçada!

Sai daquela praça furioso e nem sabia mais distinguir meus sentimentos ou necessidades. A desejava, mas também desejava todas as drogas do mundo para tira-la de minha cabeça. TODAS as vezes depois que nos víamos era aquilo, eu ficava em abstinência, não somente pelas drogas, mas por ela, por seu sotaque, seu sorriso e seu corpo.

MALDITA GRINGA!

Olhei novamente ao final da longa rua e balancei negativamente minha cabeça, ela tinha razão, nosso caso se assemelhava a Romeu e Julieta, mas eles pelo menos eram jovens, livres de uma certa maneiro e o principal DESIMPEDIDOS, já nós dois éramos somente um vício perigoso.

- É mano Montecchio, acho que finalmente eu entendi qual é a sensação de ir embora e deixar a sua Julieta para trás...

Suspirei ao vendo enquanto subia em minha moto e acelerava furiosamente sem saber quando, como e onde a veria novamente.

 

p.o.v Paola

-Hmm... Quem fez esse café, Paola?

Estava abstraída em meus pensamentos com a xicara do café forte que Henrique havia preparado especialmente pra mim. Ah aquele homem, eu não conseguia tira-lo de mim, nem que eu quisesse. Olhava para o nada enquanto minha cabeça pensava em tudo, e podia sentir meu corpo ainda recebendo e sentindo os frenesis da noite passada. Suspiros saiam por minha boca e meu peito fungava pesadamente, era nítido o meu desconcerto. Jason, que havia chego, para minha infelicidade, bebericando o café que meu homem, sim MEU HOMEM, PORQUE AQUILO É QUE ERA HOMEM (embora eu não admitisse e o chamasse devassamente de “meu moleque...Ah moleque...) havia feito.

-PAOLA, CARALHO! –Jason gritou me tirando de meu transe, acho que ele estava falando comigo e eu não ouvi. Também não fazia questão.

-Que fue, Jason? – Perguntei o olhando desanimadamente.

-Eu to falando com você! – Ele me respondeu bravo.

-Yo sei e estoy te respondendiendo, no?

-Como você é sínica, não? Você nem tava prestando atenção em mim Paola! – Vi a fúria tomando conta de seus olhos e aquilo definitivamente não era bom sinal.

-Jason son 9hrs da manhã, que quieres? – Perguntei irritada, não deixaria jamais meu pingo de medo transparecer.

-QUERO SABER QUEM É QUE FEZ A PORRA DESSE CAFÉ! NÃO É O CAFÉ DA LAZARA! – Ele se levantou e veio até mim. Colocou as duas mãos sob o balcão da cozinha e jogou seu peso contra os braços e me cercou com seus olhos saltando das órbitas.

Inferno. Se havia uma coisa que Jason conhecia eram drogas, cafeína era uma delas. E coincidentemente o maravilhoso café de Dona Lazara, que era fenomenal, ele conhecia detalhadamente, perfeitamente, salteado e decor.

E aquele café, não era o dela.

-PARE DE TANTO DRAMA! YO FIZ EL CAFÉ, QUE CARAJO! – Me levantei ficando à altura dele. Respirei fundo. – Acordei cedo e ela ainda no había chego, yo só quise tomar un café mierda, será que até isso va a regular?

-huhuhuhuhu...Você não faz essas coisas, Paola, você não faz. – Ele soltou um risinho irônico que me fez fervilhar de ódio.

- Você puede ser mi marido, la mierda de mi dueño, mas tiene muchas cosas que você no sabe sobre mí Jason. – Respondi olhando fundo em seus olhos.

-Pelo jeito, tem mesmo... – ele se aproximou de mim e aproximou sua face de meu ouvido, podia sentir friamente sua respiração. – Eu só vou perguntar uma única vez.... Aonde você passou a noite, Paola?

-Aquí. En nuestro quarto. Dormindo. – Eu respondi friamente enquanto sentia o olhar dele sob mim.

-Dormindo? A noite toda?

A pergunta fatal.

Minha cabeça pareceu se polvilhar em flashs e eu não tive como evita-los.

 

-MO-MOL.. FOGAAAAAAAÇA ASSÍII NO PARE! POR DIOS NO PAREEEEEE!

 

Minhas pestanas pareceram receber um choque de 220W e aquilo me preocupou, respirei fundo e sai de meu transe. Olhei novamente a Jason que me encarava com um sorriso vitorioso nos lábios e aquilo me assustou.

-Dormindo. – Foi tudo que consegui responder.

Ele gargalhou.

-Então está bem descansada e disposta pro seu marido... Que está faminto por você. – Jason passou as mãos pelas extremidades de meu corpo. Dios do céu aquilo não podia estar acontecendo, não agora, não depois da noite maravilhosa que tive.

-No Jason, ahora no es una boa hora, yo...

-Sobe. – Ele apontou a direção de nosso quarto com o dedo indicador. Seu semblante era sério e eu sabia o que viria a seguir, altas doses de Viagra e cocaína que evidenciariam

O meu inferno.

(...)

Cheirou a farinha branca e por sua garganta os comprimidos azuis desceram, não notei quantos foram dessa vez, meu desespero era tanto que eu apenas me concentrei em fechar meus olhos. Me jogou na cama com brutalidade de modo que minhas costas só não doeram pois os colchoes eram macios demais. Suas mãos me exploravam violentamente, juntamente com sua boca que me espinhava com sua barba mal crescida. Repuxava o ar a todo momento, era necessário folego depois de tanta droga adquirida, e aquilo me causava ânsias e náuseas. Mordeu meus lábios e eu como uma bela atriz premiada com a melhor estatueta fiz meu papel de esposa naquela manhã que linda não havia nada. Feito uma fera desgovernada e horrenda me possuía furiosamente, cada vez mais forte, cada vez mais violento a ponto de eu olhar para o teto e implorar pra que aquilo acabasse. Uma lagrima caiu de meu olho esquerdo e eu não fiz questão de limpa-la como sempre fazia, apenas a deixei ir como o resto daquilo tudo, eu simplesmente deixei; ir imaginando ser outra pessoa, outro alguém tatuado no lugar dele.

-Aaah.. moleque. – Numa nuance de loucura, desespero e saudades as palavras saíram como um sussurro natural e baixo pairando sob o ar.

ARREGALEI MEUS OLHOS SENTINDO MINHA FACE ARDER ESTRIDENTEMENTE PERCEBENDO, ALÉM DO TAPA, A BURRADA QUE EU HAVIA FEITO.

-Moleque? – Saiu de cima de mim e passou a me encarar com uma das sobrancelhas erguidas. – É assim que você chama ele?

- Fue una brincadeira. No tiene ninguém! – Eu respondi nervosa com a mão em meu rosto ardente.

-Eu lido com traficantes e zé’s droguinhas todo maldito dia Paola e sei quem são os mentirosos... – passou a mão por meus lábios e apertou minha mandíbula. – Você é uma mentirosa, sua vagabunda.

Eu estava pagando por todos os meus pecados não era possível uma coisa daquelas.

-Jason... – suspirei.

-Sua sorte é que eu vou viajar pra Argentina a negócios, e você sabe que lá você não pisa mais. - ARGENTINA, GRACIAS DIOS. – Mas quando eu voltar, reze, reze para eu não descobrir quem é o seu... como você disse mesmo? Ah é, moleque. – Ele tentou imitar minha voz, ridículo.

-No tiene ninguém, já disse es cosa de su cabeça.

Jason sorriu para mim feito um demônio enquanto repuxava o ar pelo nariz e fazia revolveres com os dedos a minha direção, como estes que as crianças fazem. Eu sabia que aquilo era uma ameaça camuflada e vindo daquele homem, eu esperaria qualquer coisa.

Me cobri com os lençóis enquanto ouvia meu marido cantarolando canções com a palavra “moleque” em nosso chuveiro.

Será que Jason descobriria? Será que ele me mataria? E o pior, sim pior será que eu havia perdido definitivamente aquele que eu nunca havia tido de fato?

Milhões de perguntas, todas elas sem respostas. 


Notas Finais


AHMOLEQUE!
Comentem por favor, favoritem. 💘
Obrigada até aqui. bjs.


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