História Dangerous bet - Chapter 3 atualizado

POV Park Jimin:

No exato momento que avisto o tal garoto entrar em um corredor, vou atrás dele, antes de me aproximar o observo por alguns segundos atrás de uma parede. Ele parecia tão solitário, apenas com seu celular e fones, e um suco de laranja. De qualquer forma não parecia se importar por estar assim, talvez ele gostasse. E isso só aumentava sua esquisitice.

Me aproximo, e o mesmo leva um susto, eu queria rir de seu pulo e por ter derrubado o suco, mas seria cruel de minha parte e só faria ele me odiar. Não era isso que eu queria. Tento ajudar, mas o bastardo é rude comigo. Quando ele volta com o papel em mãos, apenas o observo limpar o liquido derramado no chão. E em seguida ele se encosta na parede novamente, e eu posso ter contado uma meia mentira, falado que não gostava dos assuntos de meus colegas, as vezes era insuportável ouvi-los falando de suas aquisições. Mas não era de todo mal assim.

Ele parece explodir me encarando, pela primeira vez, ele me olha profundamente. Mesmo me falando que eu estava mentindo, seus olhos pareciam ler minha alma, na hora nem consegui retruca-lo, mas se eu tivesse aberto a boca, algo muito ruim teria saído dela. Voltando ao seu rosto, ele tinha belas feições – isso soou gay, mas não sou, então foda-se – Cabelos pretos em sua testa, olhos parcialmente grandes e puxados, um nariz grande e lábios médios, ele era branco, mas tinha um tom rosado em suas bochechas. Acho que ele também é da Coreia, acho que não sou o único coreano nesse colégio.

Observo ele partindo dali, seu corpo parece tenso enquanto se vai pelo corredor. Quando o perco de vista, me levanto e o sinal toca avisando-me que o recreio acabou. Hora de voltar as aulas. Que entediante. Entro na sala e apenas me sento na cadeira, Pedro se senta ao meu lado.

– Como foi com o moleque ? – Pergunta ele sorrindo de canto.

– Ele foi um idiota comigo, e eu me esforcei para não meter um soco naquela cara de sonso dele. – Falo e ele ri de mim.

– Parece que o pivete é forte na queda Jimin. Você terá trabalho com ele, por isso não darei prazo para cumprir essa aposta, assim poderemos aumentar o dinheiro da aposta. – Fala animado, apenas assinto, e o professor entra na sala. E lá se vai meu tempo com essas matérias chatas e sem nenhuma utilidade em minha vida. Sério, onde eu usarei a porra da história? Apenas em uma faculdade de história, e isso com certeza não me apetece.

Quando os últimos horários acabam apenas saio pela porta, meu amigo vem atrás de mim falando das garotas que ele pegou na festa. Odeio essas pessoas que se gabam pelas conquistas, tudo bem se gabar por uma prova, agora pela quantidade de garotas já é demais. Não falo nada para não parecer careta e chato, mas isso realmente me enche. Enquanto ele descreve cada menina, apenas assinto sem interesse, estava quase saindo do colégio, mas logo alguém pula em mim, pelo perfume altamente doce percebo que é Thais. O que essa garota ainda quer comigo senhor?

– Iria embora sem me dar um beijo? – Perguntava manhosa, para ela me largar apenas a um selinho. A mesma sorriu e me soltou, me despeço de todos e entro no carro preto que me esperava.

Chegando em casa, subo para meu quarto, não estava com fome e nem paciência para olhar para ninguém. Realmente aquele pirralho em deixou com raiva, ele me destrata depois de eu ser tão legal com ele. Quem ele pensa que é? Falando nisso, preciso saber mais dele. Lembro de um colega que é hacker e resolvo pedir para ele me conseguir a ficha do garoto na escola, e tudo o que ele conseguir sobre a vida dele. Estou parecendo um stalker, talvez eu seja, mas preciso saber tudo sobre ele, preciso vencer esse desafio.

Mando uma mensagem para tal pessoa pedindo que me ajudasse, e o mesmo confirma que iria conseguir a ficha escolar e assuntos pessoais de Jeon JungKook. Perfeito, agora é só esperar.

Depois de aproximadamente uma hora, recebo um e-mail em meu notebook. Um anexo com a ficha escola do garoto, seu endereço, nome dos pais, então quer dizer que sua família tem uma boa condição. Vejo tudo que posso, e salvo uma cópia daquela ficha. Ele me manda uma mensagem dizendo que não conseguiu nenhuma informação pessoal, esse garoto é realmente um ser invisível, ninguém sabe nada dele. Vou ter um pouco de trabalho nessa merda de desafio, e ainda se passa pela minha cabeça a hipótese de ter que beija-lo, eca.

Meu celular apita e no visor estava uma mensagem de Pedro.

 Cara, tem uma festa hoje, parece que eles querem celebrar o último ano. Convide ele, vai ser uma ótima oportunidade para você se aproximar dele

Ele tinha razão, iria ser perfeito para me aproximar dele. Envio uma mensagem de volta.

Ok, estarei na festa com meu querido convidado :D

Ele me passa o horário e o local. É na casa da Thais, parece que seus pais viajaram. Só o que me falta é essa garota ficar na porra do meu pé a festa inteira, como já aconteceu inúmeras vezes.

Vou até o banheiro e tomo um banho rápido. Arrumo meu cabelo da forma que mais gosto, passo o perfume, coloco uma calça preta rasgada no joelho, uma regata branca com alguns escritos e meus supras brancos. Desço as escadas com o endereço anotado em um papel, chamo o motorista e peço para que me leve em tal endereço.

A casa não é muito longe da minha, quando o carro para em frente à casa. Quase não acredito, é uma casa enorme, de andar, totalmente branca com um jardim na frente, lotado das mais variadas flores. Diferente do garoto que habita ela. Mando o motorista esperar por mim, desço do carro e me dirijo até a campainha da casa. Aperto o botão e uma voz fina soa.

– Quem é?

– Um amigo do JungKook. – Tento ser o mais amável possível, mesmo com tamanha mentira saindo da minha boca.

– Um amigo? Oh, que coisa boa. – Fala a voz fina. Logo uma mulher de meia idade aparece abrindo a porta com um sorriso, sorrio de volta. – Irei chama-lo. – Ela fala animada, me levando até a sala. A casa era grande por dentro também.

Ela sobe as escadas e quando volta, JungKook está atrás dela, e quando me vê arregala os olhos. Ele está usando uma calça cinza de moletom, uma blusa solta branca, e pés descalços. E por incrível que pareça, essa aparência casual parece combinar com ele. A mulher nos deixa sozinhos, caminhando para a provável cozinha.

– Como conseguiu meu endereço? – Pergunta com os olhos levemente estreitados.

– Tenho meus contatos. – Digo sorrindo convencido. Ele arqueia uma das sobrancelhas e cruza os braços, permanecendo seu olhar sob mim.

–Nem quero saber. – Abana a cabeça. – O que o leva a vir até minha casa? Veio me bater por ter falado com você daquela maneira? – Fala com seu tom de voz suspeitando de algo. Sua expressão é séria. Solto uma risada fraca para tirar a tensão da situação.

– Não vim brigar com você, JungKook, pelo contrário, quero uma oferta de paz, então vim te convidar pessoalmente para uma festa hoje à noite. – Digo sorrindo ladino, o mais convincente que consigo.

– Fala sério, ninguém nunca me convidou para nada, e agora de repente você chega na minha casa e me chama para uma festa? Isso soa muito estranho para mim, sinceramente. – Fala seriamente. Queria revirar os olhos, mas tento manter a postura de bom moço.

– Não acho estranho, só quero um amigo como já te disse. Olha, só vou embora quando você me falar que vai na festa. – Cruzo os braços o encarando. Ele me olha desacreditado, bufando em seguida.

– Então parece que você irá sozinho, Park. – Disse e me deu as costas. O filho da mãe me deu as costas, isso com toda certeza do mundo foi o cúmulo da falta de educação. Respirei fundo antes de segurar seu pulso, fazendo com que o moreno desse um pulo assustado pelo contato repentino, me olhando em seguida. – A porta é por ali, caso tenha se esquecido. – Falou apontando para a porta como se eu fosse um completo demente, não aguentei a revirada de olho dessa vez.

– Você é difícil, bem difícil, Jeon. – Falei me controlando internamente para não gritar com o ser que me olhava de modo entediado. – Por favor, me dê essa chance de ser seu amigo. – Fiz meus olhos pidões e ele pareceu analisar cada detalhe do meu rosto, até suspirar derrotado.

– Tá, tanto faz. Eu vou nessa droga de festa, mas depois nunca mais fala comigo ok?

– Como quiser. – Falo sorridente, mal sabe ele que não conseguirá mais viver sem mim. Entrego o papel com o endereço da festa, e meu número. – Até a noite Kookie. – Pisco em meio a um sorriso leve e saio de sua casa. Ponto para Park Jimin!

É hoje que consigo faze-lo cair em meus encantos. Afinal, quem em sã consciência resistiria a mim?

Continua...