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História Dangerous Games - Capítulo 11


Escrita por: cherryzinha e redheads

Notas do Autor


Ignorem os erros, boa leitura!

Capítulo 11 - Capítulo 11


 

POV’S ALICE

 

-O QUÊ? BIEBER BEIJOU VOCÊ? – a jumenta gritou assim que entramos em casa.

-Não grita anta, vai acordar a Ninna e sim, ele me beijou. Mas foi só pra disfarçar pros policiais, nem foi grande coisa. – ela parou na minha frente, cruzou os braços e me encarou levantando as sobrancelhas

-Não foi grande coisa? Não foi nem um pouquinho bom?

-Tá, talvez um pouquinho bom. Talvez, mas só talvez, ele saiba beijar um pouco. Mas vamos mudar de assunto. Você acha que eles estão desconfiados de algo? – fomos pra cozinhar comer o lanche que ela tinha me feito parar pra comprar e continuamos conversando. Pelo que Nick disse, o tempo que ela ficou na mansão dos garotos – a qual ela disse que mansão é apelido se comparado como o lugar é grande – eles haviam feito várias perguntas. De onde ela era, idade, o que fazia e etc ..

-Mana acho que não. Mas para e pensa, eles fazem um monte de coisa errada, do nada aparecem duas minas que nem daqui são e no segundo dia salvam eles da prisão, é super normal eles fazerem pergunta.

-É, você tem razão. Mas aquele Bieber é muito mal agradecido, nem um “obrigado”

-Ainda não entendi porque você não deixou ele ser preso. Isso não ia facilitar o seu trabalho?

-Pelo contrário mana. Eles iam prender ele em flagrante por racha, mas com o dinheiro que ele tem, em algumas horas pagaria fiança e sairia. Depois ficaria complicado o investigar pelo simples motivo que tudo o que tem no dossiê que o Collemman me deu, não passa de suspeitas. Não tem nem uma prova, nem que seja circunstancial. Essa investigação por si só se torna um pouco ilegal, com certeza ela está acontecendo por baixo dos panos. A defesa dele sem dúvida iria alegar perseguição, caso eu consiga provas e tudo venha a tona, e seria tudo descartado, o juiz alegaria que as provas são de origem duvidosa, uma vez que as autoridades o estão perseguindo.

-Porraa, que complicado ein! Podia ser prender e acabou.

-Se fosse assim, eu não teria emprego

-Pensando por esse lado ..

Deixamos o assunto morrer e nos concentramos em comer, já eram quase 4 da manhã quando terminamos em fomos subir, mas antes de sair da cozinha Nick me deu um aviso que me deixou até sem respostas.

-Mana, não é pra retrucar o que vou dizer, apenas ouve e pense nisso. Agora sem a sua mãe por aqui, sou a pessoa que mais te conhece nessa vida e você sabe disso. O Bieber é realmente um idiota, mas é lindo e gostoso. Ele é um completa babaca e te irrita, ele te desafia. Ele se acha tanto quanto você, tem uma marra tão grande quanto a sua, ele consegue te tirar do sério com um estalar de dedos. Acompanhei todos os envolvimentos amorosos que você teve e sei muito bem qual é o seu tipo de homem e o Bieber se enquadra perfeitamente nesse estereótipo. Você sempre foi assim, sempre gostou dos difíceis. Então cuidado. Pense sempre que isso não passa de trabalho e use todas as suas forças para não se apaixonar. Não quero te ver entre a cruz e a espada depois. Cuidado mana, cuidado pra não jogar tudo pelo que tanto lutou pelo ralo.

Eu fiquei paralisada. Por um lado queria chamar ela de jumenta e dizer que ela só falava asneiras, mas eu sabia, tinha certeza que ela tava certa e o fato deu não tirar aquele beijo da cabeça só confirmava isso. Eu deveria deixar totalmente meu emocional de lado. Eu deveria ser racional, pés no chão e focar no objetivo de ferrar com a vida desses garotos. Envolvimento emocional só iria me atrapalhar.

Joguei os papeis e o lixo que sobrou do lanche na cesta , apaguei a luz da cozinha e fui pro meu quarto. Tomei um banho rápido, coloquei uma calcinha e um camisão e me coloquei embaixo das cobertas, mas quem disse que eu conseguia dormi?

Nunca tive problemas pra dormi, em partes era graças ao exército. Lá nos aprendemos que momentos pra dormi são raros e não merecem ser desperdiçados. Quando tínhamos treinamento em campo, dormíamos muitas vezes molhados, com frio, com fome, sentados encostados em árvores e com o fuzil aposto na mão. Depois que meus pais faleceram isso mudou um pouco. Eu posso está cansada como for, mas muitas vezes eu simplesmente não consigo dormi pelo fato que minha cabeça não para. Eu penso, penso, penso, o tempo todo. E isso me deixa exausta. Tanto psicologicamente quanto mentalmente.

Uma maneira de me relaxar sempre foi nadar. Quando decidimos mudar e que recebi a grande quantia do exército e do seguro de vida dos meus pais, escolhi esse apartamento a dedo. Sempre tivemos uma vida simples então tomei muito cuidado em gastar grande parte do dinheiro, afinal nunca se sabe o dia de amanhã, mas não nos privei de alguns luxos. Nosso lar é enorme.

Como fica na cobertura, são dois andares. Na parte de baixo fica o hall de entrada onde tem a escada que leva para o segundo andar, a sala com conceito aberto com a cozinha e a sala de jantar, um lavabo social, dois quartos de empregada, e uma varanda enorme com uma piscina que ia de ponta a ponta no apartamento. Ela era daquele tipo que a borda não tinha nenhuma proteção e de dentro da piscina você conseguia colocar a cabeça e ver o chão da rua, mas mandei cercar toda a área de vidro, com uma criança em casa seria muito perigoso. Ao lado da piscina também havia um pequeno deck com espreguiçadeiras . No andar de cima eram 5 suítes, sendo três com closet – a minha, da Nichole e da minha irmã – a minha era a maior de todas, tinha também um banheiro separado e lavanderia, eu não gostava muito desse costume deles de usar lavanderias coletivas. Tudo perfeitamente mobilhado. Mas na minha suíte tinha o meu ponto de paz. Nele havia uma varanda com uma piscina só pra mim. Não era tão grande quanto a de baixo, mas era mais ou menos a metade do tamanho. Também cerquei de vidros, não pelo perigo, mas assim poderia manter o local aquecido.

Me troquei e coloquei um biquíni, achei melhor nadar um pouco do que ficar rolando de um lado para o outro na cama. Perdi as quantas de quanto tempo fiquei dentro da água, mas quando vi estava amanhecendo e o nascer do sol me dava uma vista privilegiada. Quando meus olhos foram ficando fechados, resolvi que era hora de sair. Me sequei, vesti de novo a roupa que estava e deitei, rapidamente peguei no sono.

Meu sono não durou por muito tempo, esqueci de fechar o blackout do quarto e quanto o sol estava mais forte, logo me acordou. Olhei pro relógio e eram oito e pouco. Tentei dormi de novo mas sem sucesso, todo o processo de relaxamente foi por água abaixo. Resolvi levantar e fazer algo útil.

Nossa emprega, Paulina, mãe da babá, Melanie, estava doente. A casa então estava uma zona. Ela fazia a manutenção e uma vez por mês vinha uma equipe de limpeza pra fazer a faxina, ela sozinha não dava conta, era muita coisa.

Me troquei, fiz minha higiene e fui na cozinha, comi um cereal com leite. Logo comecei o trabalho. Comecei pelo meu quarto. Tinha farda, coturno, arma, distintivo, tudo espalhado. Como estava em missão, precisava esconder tudo, vai que o Bieber resolver aparecer aqui, o endereço ele já tinha.

Tirei todas as fardas impecavelmente passadas e penduradas no closet, todas que estavam espalhadas e arrumei direitinho no cofre que tinha no closet embaixo do tapete. Desci na garagem do prédio correndo pra pegar a mala reserva que eu tinha lá com material de trabalho, se deixasse pra depois fatalmente esqueceria. Voltei e terminei de guardar tudo no cofre, fechei e ajeitei o tapete. Até alguns porta retratos tive que colocar ali, pelo menos os que eu estava fardada. Terminei de ajeitar as maquiagens, saltos e outras coisas espalhadas no quarto, vendo que tava tudo ok, fui colocar as roupas pra lavar, a passadeira viria na terça e as roupas ainda estavam sujas.

Terminei, ajeitei todo o andar de baixo e resolvi fazer o almoço. Quando já estava colocando a lasanha no forno é que as belas adormecidas apareceram. Nichole com o cabelo desgrenhado e de baby doll e Ninna já toda arrumadinha com Mel do seu lado. Já eram quase onze horas.

-Não comam muito, o almoço já ta praticamente pronto

-Bom dia pra você também. Credo mulher, dormiu não?!

-Na verdade não, alguém resolveu colocar minhocas na minha cabeça antes de dormi, sabe senhorita Nichole? – ela riu enquanto a pequena vinha me dar um beijo de bom dia. Elas sentaram a mesa e foram tomar café.

-Falta o que pra fazer mana?

-Colocar as roupas na secadora e arrumar o quarto de vocês. Ninna, assim que acabar pode ir arrumar o seu

-Aaaaah Aice, não quero – sempre que ela queria fazer manhã, me chamava de “Aice”, foi a primeira coisa que ela falou quando era bebê.

-Aaaaaaaaaah Ninninha, quer sim! Mel, pode supervisionar ela por favor?

-Com certeza, vamos pequena, vai ser rapidinho

-Bora Mané, também vou arrumar o meu – as três subiram me deixando sozinha na cozinha. Peguei uma cerveja, liguei o som da sala no último volume e fui pra varanda, deitei numa das espreguiçadeiras  pra dar uma relaxada.

Fiquei um tempo curtindo a música e finalmente sem pensar em nada em específico. Nick logo se juntou a mim, também com uma cerveja.

-Daqui a pouco aquela sindica chata vem perturbar a mente

-E eu vou mandar ela tomar no cú, dessa vez na língua dela

- Eles vão expulsar a gente do prédio – falou rindo

-Já pensou cara – ri também imaginando – pensei muito naquilo que você me disse ontem. Você tem razão, vou tomar cuidado.

-Isso aí mana! No ruim de tudo, sabe que to sempre com você! – demos um toque com as mãos e fui tirar a lasanha do forno, já estava cheirando.

Almoçamos todas juntas batendo papo. Ninna pediu para assistirmos um filme com ela e aceitamos, quase não estava dando atenção a minha irmã ultimamente. A tarde passou tranqüila, ficamos fazendo nada vezes nada e comendo muita besteira.

Estava anoitecendo e eu ainda me sentia um pouco inquieta, resolvi sair pra correr um  pouco. Só ficando muito cansada pra cair na cama e dormi. Pedi que Melanie desse um banho na Katharina e ficasse de olho nela. Fui pra minha suíte, tomei um banho e me vesti. Coloquei uma legging cinza, um casaco preto justo preto que fechava escondendo o pescoço também – estava mais leve mas ainda tinha marcas – meia e tênis de corrida. Coloquei umas luvas nas mãos pois tinha esfriado um pouco. Prendi meu celular no braço e fui avisar a Nichole que ia sair.

-Qualquer coisa liga, cuidado!

-Pode deixar gatinha – pisquei pra ela e saí do apartamento.

Corri, mas corri muito. Não prestava atenção em nada, somente na música tocando nos meus fones de ouvido. Nem me liguei muito no caminho que estava seguindo. De qualquer forma, tudo era desconhecido pra mim, em três meses eu só sabia o caminho até o quartel, banco e supermercado, teria que usar o GPS pra voltar pra casa.

Senti que precisava de fôlego e diminui um pouco o ritmo, dei de cara com uma academia com um grande outdoor indicando que ali também haviam aulas de várias lutas. Resolvi dar uma entrada. Não seria nada mal voltar a treinar.

Entrei e o lugar parecia bem legal. Vários equipamentos de última geração e ótimos dojos. Peguei todas as informações com a recepcionista, tive que informar a minha graduação, que era de mestre e fiquei de trazer a documentação. Ela me disse que tinha outra aluna que já era mestre também que estava treinando e perguntou se eu não queria dar uma olhada.

Aceitei e a segui para um lugar mais afastado onde uma menina ruiva batia num saco de pancadas. Ela parou assim que nos viu e veio cumprimentar a recepcionista.

- Oi Kendra, aconteceu algo?

- Não, não. Vim te apresentar sua nova companheira de turma, ela também é mestre. Emma Hastings, essa é Alice D’Este.

- Oi, tudo bem? – apertei a mão da menina por cima das bandagens

-E aí, prazer. Finalmente alguém do meu nível. A maioria aqui é iniciante.

-Espero que possamos treinar juntas então – disse sendo simpática. Ela parecia uma moça séria e eu gosto disso.

-Claro. Eu vou me trocar pra ir embora, quer me esperar? Assim podemos conversar um pouco.

-Com certeza, seria ótimo.

Esperei a menina sair e ficamos conversando um pouco na frente da academia. Ela era legal, parecia ser um pouco esquentadinha, mas ainda sim maneira. Ela me contou ter 23 anos, me contou que estudava direito, descobrimos até que estudamos na mesma faculdade. Me disse que os pais dela acham que ela faz medicina e que é um pouco complicado. Contei pra ela algumas coisas sobre mim e quase engasguei na hora de falar o que fazia, era tão automático dizer que era oficial do exército que quase contei. Estávamos tão entretidas que nem reparamos uns caras se aproximando e quase morri do coração quando um colocou a mão no meu ombro. Virei pronta pra acertar um soco.

-Hey hey hey, calma Ali. Sou eu, Ryan!

-Ah caralho Ryan, que susto. Não se chega pro trás de alguém assim. Quase lhe dei um direto na cara.

-Relaxa ai gatinha, somos nós. – Chris disse me abraçando de lado.

-O que fazem por aqui? Tão me seguindo?

-Mais ou menos, queremos falar com você – Chaz disse bagunçando meu cabelo. Só quando percebi Emma olhando dos meninos pra mim e de mim pros meninos que me toquei que não havia os apresentado.

-Meninos, essa é minha nova colega Emma Hastings. Emma, esses são Christian Beadles, Ryan Butler e Chaz Somers – falei apontando pra cada um deles. Ela deu um “oi” meio tímido parecendo um pouco envergonhada. Ficou até um pouco vermelha.

-Ooh que bunitinha, ela ta da cor do cabelo – Chaz disse apertando a bochecha da garota – Posso te perguntar uma coisa? – Nem deu chance da menina responder e emendou – Todos os seus cabelos são ruivos, se é que me entende? – Ele perguntou na maior cara de pão olhando pra região baixa dela. Eu e os meninos olhamos pra ele chocados, não acreditando que ele havia realmente perguntado aquilo.

-Ou você para de olhar pra ai, ou eu te dou um direto no meio da cara Charles. Alice vou nessa, depois nos falamos. Esse cara é muito esquisito – ela me deu um beijo no rosto e saiu andando antes que eu pudesse falar qualquer coisa.

-Chaz, não acredito que você disse isso – falei meio indignada e ao mesmo tempo controlando pra não ri

-E eu não acredito que ela me chamou de Charles

-Mas é seu nome o idiota

-Mas eu não gosto Ryan!

-Enfim, já ta ficando tarde e já demorei muito tempo na rua. O que vocês querem comigo? Aliás, como sabiam onde eu estava?

-Fomos na sua casa e Nick disse que você saiu pra correr, fomos andando por aí procurando por você. Vamos, levamos você em casa e conversamos no caminho.

Parei um pouco pra pensar na proposta de Chris e sinceramente estava com medo de aceitar, mas sei que se não o fizesse, eles poderiam desconfiar. Assenti e segui com eles pro carro. Meu lado racional dizia que nada ia acontecer, tinha muita gente vendo e isso poderia ocasionar muitos problemas para eles.

- Então gatinha, nem te agradeci ontem direito. Obrigado por ter me safado daquela

-Por nada Ryan – falei apertando o ombro dele já que estava dirigindo e eu no banco de trás

-Nem tivemos chance de conversa direito. Nichole nos contou que vocês vieram do Brasil, certo?

-Sim, do Rio de Janeiro.

-Por que vieram pra cá?

-Meus pais morreram a uns meses e eu queria um lugar que não lembrasse em nada eles pra que minha irmã pudesse seguir mais facilmente em frente – eles ficaram em silêncio por um tempo parecendo sem saber o que dizer, até que Chaz disse que sentiam muito – tudo bem, estamos seguindo em frente.

-Você tem quantos anos? Tem idade pra dirigir daquele jeito?

-Óbvio né Butler, tenho 22.

-Ainda assim é mais nova que a gente – Chris implicou – E ainda tem carinha de 17

-Obrigada pela parte que me toca – me senti lisonjeada com o elogio

-Você trabalha? – Chaz me perguntou

-Não, to no último ano da faculdade de direito, por enquanto vivemos com a pensão que meus pais deixaram pra gente.

- Que maneiro, uma advogata entre nós. Mas é bem estranho uma futura advogada indo contra as leis como ontem.

-Só sou advogada dentro de um tribunal Butler. Fora dele sou uma jovem comum. Mais alguma pergunta? Era mais fácil vocês terem me mandando um questionário por email.

-Desculpa tantas perguntas Ali. É porque você não nos conhece, e nos ajudou. Ficamos curiosos.

-Tudo bem Chris, relaxa, estava brincando.

-Bem, chegamos. Espero que possa sair mais vezes com a gente Alice

-Claro Chaz, vou adorar. Toma aí meu número – troquei número de telefones com eles e saí me despedindo logo em seguida. Quando eles viraram na esquina entrei no prédio respirando fundo. Passei pela sabatina, por enquanto pelo menos.

Cheguei no apartamento indo direto pro meu quarto tomar um banho, estava suada e exausta. Nichole veio atrás me contando que os meninos tinham estado aqui e expliquei tudo a ela. Comentei também o fato de ter estranhado que Justin não estava com eles. Vai saber o que aquele imbecil pensava. Fui no quarto da Ninna, dei um beijo de boa noite e fui dormi também. Amanhã começaria a faculdade e seria um dia longo. Teria também que começar a pensar no próximo passo que faria para me aproximar dos The Guardians. Deitei e logo peguei no sono.

 

 

 



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