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História Dangerous Love - Henry Danger (Chenry) - Melhores Amigos


Escrita por: demonfenty

Notas do Autor


Oii, tudo bem? Então, eu ando falando sobre essa história faz tempo e só pude posta-la agora. Pra vocês terem uma ideia, eu tenho planejado todo o enredo, resumo e tals desde 2016.

Bem, eu espero que vocês gostem ❤️

Boa leitura :3

Capítulo 1 - Melhores Amigos


Fanfic / Fanfiction Dangerous Love - Henry Danger (Chenry) - Melhores Amigos

O embate entre os vilões e heróis estava acirrado, causando preocupação nos moradores que estavam próximos àquele beco escuro e fedorento. 

Aos poucos, o céu alaranjado adquiria tons escuros e a lua encontrou o seu lugar no imenso céu, contudo, os heróis não podiam se dar ao trabalho para admirar o satélite belo; estavam exaustos, sujos e a visão limitada causada pela escuridão os faziam redobrar os cuidados. A intenção não era matar os vilões e sim prendê-los.

ㅡ Mas que… ㅡ Ray disse irritado, levando a mão a sua bochecha esquerda. O soco do vilão foi certeiro em seu rosto e havia doído mais que o normal. 

ㅡ Ray, cuidado! ㅡ Henry deu um chute no capitão Man, fazendo-o cair e consequentemente escapar do tiro que mirava em sua cabeça. 

ㅡ Nossa, muito obrigado. ㅡ Agradeceu irônico enquanto se levantava. Antes que Henry ousasse dizer algo, o Manchester deu uma voadora no vilão que portava uma navalha e se aproximava sorrateiramente do adolescente por trás.

ㅡ Sinceramente, eu já estou irritado ㅡ O loiro confessou enquanto encarava os três homens corpulentos na sua frente.

ㅡ Pois é, eu também ㅡ Ray disse e partiu para cima do que segurava um bastão de beisebol. Estava horas naquele beco fedorento e sentia o seu olfato apodrecer, no mínimo. 

Enquanto a batalha fervorosa continuava após horas a fio, na Caverna Man a única mulher entre os funcionários do famoso herói esperava diligentemente. Estava no comando e embora soubesse o quão forte eram os amigos, não evitava que a preocupação se instalasse em seu interior.

Fazia horas desde que Ray e Henry saíram por aqueles tubos, brincando sobre o que enfrentariam dessa vez e dizendo quem derrotaria os vilões primeiro. Charlotte encarava os tubos, imaginando que a qualquer momento a dupla de heróis passaria por ali.

O caso realmente foi sério, será que eles estão bem? 

A menina de dezoito anos pensou enquanto mordia o lábio inferior, mostrando-se apreensiva. De repente, o tubo se moveu fazendo o seu costumeiro barulho e a dupla apareceu em seguida, para o alívio da Page.

Contudo, todo o seu alívio se foi e a preocupação voltou ao presenciar o estado do amigo loiro. Enquanto o Manchester estava no mesmo estado por conta dos seus poderes, Henry estava absolutamente acabado. 

O rosto monumental carregava feridas e era perceptível que algumas partes acabariam inchadas; o uniforme, outrora azul e limpo, tinha partes rasgadas e estava quase todo coberto por sangue ㅡ que causava aflição na Page que não sabia identificar se o sangue era dele ou não. 

Parecendo alheio à tudo ao seu redor, Ray caminhou até os monitores silenciosamente. Henry, por sua vez, tentava dar pequenos passos na direção do sofá, porém, até caminhar se tornava uma missão difícil nas suas condições. 

Charlotte, percebendo isso, não tardou em ajudá-lo. Era bem pequena e, tentando ajudar o amigo, fazia de tudo para não cair com ele.

ㅡ Henry, o que aconteceu? Por que está nesse estado? ㅡ Além de preocupação, podia-se perceber a confusão na voz da menina. 

ㅡ Oh meu Deus, Henry. O que será que aconteceu? ㅡ Ray nem se dignou a tirar os olhos do monitor, soltando o comentário sarcástico e obtendo a atenção de Charlotte. ㅡ Nem posso imaginar, coitadinho de você… 

Charlotte lançou um olhar de raiva na direção do Capitão, finalmente conseguindo fazer Henry sentar na cadeira giratória. 

ㅡ A luta estava mais séria que o normal hoje, você nem imagina ㅡ Henry disse, relaxando o corpo no sofá e fechando os olhos. Um gemido de satisfação ficou preso na sua garganta; toda a dor em seu corpo pareceu aliviar um pouco.

ㅡ Mas vocês ganharam, certo? ㅡ Charlotte perguntou. ㅡ Pegaram os bandidos?

ㅡ Sim, mas um foi sortudo o suficiente para conseguir escapar ㅡ Ray respondeu no lugar do assistente. O herói parecia despreocupado com esse fato. 

ㅡ E por que está dizendo isso com a maior tranquilidade do mundo? ㅡ Charlotte vociferou enquanto sentia a raiva queimar dentro de si pelo comportamento do herói.

ㅡ Charlotte, hoje já está muito tarde e o turno de vocês acabou ㅡ Ray finalmente olhou para os dois no sofá giratório. Um pequeno sorriso ornamentava seu rosto. ㅡ O meu assistente quase foi parar no hospital hoje e eu não quero me estressar ainda mais. Quando Henry estiver melhor, iremos atrás dele.

Dizia cada palavra mergulhada em gentileza, tentando ser o mais paciente possível para não descontar toda a frustração que sentia consigo mesmo na menina. Charlotte nada disse, apenas se limitou a um revirar de olhos. 

Pelo menos ele tem consciência do que aconteceu com o Henry. 

Charlotte pensou enquanto ia no lugar onde estava guardado a maleta de primeiros socorros. Ela pegou o esparadrapo e mais algumas coisas para estancar o sangramento do amigo, além de passar alguma pomada para aliviar os ferimentos do Hart.

ㅡ Eu agradeço por isso, Charlotte ㅡ Henry agradeceu e deu um pequeno sorriso, deixando a amiga constrangida. 

ㅡ Não me agradeça, eu estou aqui para isso ㅡ A Page disse enquanto se aproximava mais na intenção de limpar os ferimentos no rosto dele.

Os rostos se aproximavam cada vez mais, não parecendo que Charlotte queria somente ajudar o amigo com os ferimentos; e os olhos não se desgrudaram por nenhum momento. Estavam próximos o suficiente para sentirem o hálito um do outro.

Percebendo o que estava acontecendo, Henry imediatamente virou o rosto para o lado dando a visão do ferimento na sua bochecha. Charlotte começou a limpar o machucado como se nada tivesse ocorrido, ignorando o próprio constrangimento. 

Ray, percebendo o que havia acabado de acontecer, riu discretamente para ninguém notá-lo. Depois de terminar todos os curativos, Charlotte guardou tudo e se despediu brevemente de Ray; como o próprio Capitão disse, seu turno já havia terminado fazia um bom tempo e por isso estava apressada para ir embora. 

A Page saiu sendo acompanhada por Henry e Jasper, cada um seguindo para as suas casas. No meio do caminho, conversas e risadas pairavam entre os três que nutriam uma amizade desde a época de quando ainda eram estudantes. 

Jasper, morando em uma direção contrária, logo se despediu e seguiu a trajetória para a sua casa deixando para trás a dupla que se olharam brevemente antes de continuarem a caminhada. 

Estava bem tarde e Henry utilizava desse fato para acompanhar a amiga até a sua casa, embora soubesse que a amiga era perfeitamente capaz de se proteger. A Page era inteligente e forte, na visão do Hart. 

Não demorou muito tempo até chegarem na casa de Charlotte e agora na porta de entrada, eles se encaravam sem saber muito o que dizer. 

ㅡ Muito obrigada, Henry ㅡ Charlotte, dando um fim ao silêncio, agradeceu e sorriu. Em seguida, a Page avançou na direção do outro e o abraçou, sendo imediatamente retribuída no aperto forte e carinhoso. ㅡ A gente se vê amanhã. 

ㅡ Sim, a gente se vê ㅡ Henry disse e saiu do abraço. ㅡ Até. 

Dito isso, o menino loiro deu passos na direção contrária para ir para casa, contudo, antes de dar mais de dez passos, Charlotte viu o horário pelo relógio de pulso e se deu conta de que passava das meia-noite, quase sendo uma hora da manhã. Não poderia deixar o amigo, recém ferido, caminhar na escuridão e suscetível aos perigos noturnos. 

ㅡ Henry! Volta aqui! ㅡ Disse alto, chamando a atenção do amigo que atendeu às ordens da Page.

ㅡ O que foi? Aconteceu alguma coisa? ㅡ Indagou apreensivo. Havia se assustado com o tom que a amiga usou. 

ㅡ Desculpa te assustar, mas é que realmente está muito tarde ㅡ Charlotte disse. ㅡ Não quero te ofender, mas não posso deixar você caminhar sozinho nesse estado.

Henry abaixou o olhar, dando uma analisada no seu estado. Era perceptível que, nesse momento, o loiro perderia para qualquer vilão que decidisse atacá-lo. 

ㅡ É, talvez você esteja certa, mas-

Charlotte sequer deu a chance de Henry terminar a própria frase, pegando-o pela mão e o arrastando para dentro de sua casa. 

Todavia, o que a dupla não percebeu era a platéia que os observava e que se resumia à uma única pessoa. Jennette Bolton Page, mãe da Charlotte. 

Não. ㅡ Um murmúrio irritado saiu da garganta da mulher que, infiltrada na escuridão da sala, observou a filha levar o Hart até o seu quarto. Jennette, de maneira alguma, considerava uma boa ideia a filha deixar um homem no seu quarto. 

No quarto da Charlotte, Henry observava o cômodo com atenção. Mesmo que já estivesse lá outras vezes, o loiro sempre se surpreendia com a quantidade de rosa que tinha no quarto da amiga.

Todos os detalhes rosas, a cama com enfeites de doces e a luminária branca. Tudo parecia incrivelmente fofo para uma jovem de dezoito anos.

Charlotte, que já havia acendido a luminária que tornava tudo visível no cômodo, se sentava na cama confortável e esperava Henry dizer algo.

ㅡ Eu tinha esquecido como o seu quarto era bonito ㅡ Elogiou enquanto se sentava ao lado da amiga. ㅡ… E rosa. 

ㅡ É, a última vez que você veio aqui foi quando a menina maluca tentou me atacar ㅡ A Page relembrou o evento passado que envolvia a ex-namorada com tendências psicopatas do Jasper.

ㅡ Ah, é mesmo! ㅡ Henry riu. ㅡ Ela era a namorada do Jasper, certo?

ㅡ Sim ㅡ A menina confirmou com a cabeça e lançou um olhar curioso para o amigo. ㅡ Aliás, o que aconteceu com ela?

ㅡ Sinceramente, nem eu sei ㅡ Henry respondeu e, por mais que a sua mente trabalhasse em achar uma resposta para a pergunta, não conseguiu. Realmente não se lembrava do que havia ocorrido com a menina.

ㅡ Tudo bem ㅡ Charlotte deu de ombros. ㅡ Você precisa de roupas para tomar um banho, certo?

— Espera aí, eu vou ter que tomar banho? ㅡ Henry pareceu genuinamente surpreso ao saber disso, ganhando uma expressão de desgosto vindo da amiga.

ㅡ É claro que sim, seu nojento. Não sei se você sabe, mas o banho é essencial na vida de uma pessoa ㅡ Charlotte falava enquanto se levantava da cama e ia até o seu armário. De lá, tirou roupas masculinas e jogou na direção do amigo. ㅡ Além disso, um banho pode evitar uma infecção nos seus machucados. 

ㅡ Tá, tudo bem, vou ir tomar um banho ㅡ Henry disse com um certo desgosto, pegando a muda de roupas que lhe foi entregue e saindo do quarto.

Enquanto estava andando no corredor, uma dúvida entrou na sua mente e o Hart refez o mesmo caminho. Entrando novamente no quarto rosa da amiga, olhou para a mesma e expôs a sua dúvida:

ㅡ Espera aí, por que você tem roupas masculinas se só a sua mãe mora contigo?

ㅡ Eu gosto de usar roupas confortáveis em casa, Henry ㅡ Explicou enquanto lançava um olhar de estranheza na direção do Hart, é sério que o menino havia voltado só para perguntar isso?

Henry emitiu um "ah sim…", como se fosse algo óbvio e saiu do quarto novamente.

Jennette estava sentada no sofá único e confortável da sala. As irises castanhas estavam fixadas na tela colorida que passava inúmeras cenas, porém a sua mente não se dignava a prestar atenção nisso. A única coisa que preenchia os seus pensamentos eram a sua filha e o amigo dela, um menino que a mulher suspeitava mais do que qualquer outra pessoa que já havia posto os pés na sua casa.

ㅡ Eu preciso fazer alguma coisa sobre isso ㅡ Sussurrou para si mesma enquanto, sem sequer perceber, um olhar desafiador surgia em seu rosto envelhecido pelo tempo.

Enquanto isso, no banheiro Henry estava totalmente desnudo no box. A água que saía do chuveiro eletrônico percorria o corpo musculoso ㅡ efeito dos treinos e lutas que era submetido ㅡ, além da espuma do sabonete limpar todas as impurezas de cada parte do seu corpo.

Embora houvesse reclamado do banho enquanto dialogava com a amiga, o Hart se sentia maravilhosamente bem debaixo das águas que pareciam expulsar todo o cansaço diário. 

No quarto, Charlotte mexia no celular distraidamente até a sua atenção ser capturada pela toalha jogada ao seu lado que fora esquecida por Henry.

ㅡ Como ele consegue ser tão esquecido? ㅡ Charlotte resmungou consigo mesma, obrigando o próprio corpo a levantar-se e pegar a toalha.

Na intenção de entregar ao amigo, a Page caminhou até o banheiro e sem nenhum aviso prévio, abriu a porta que estava destrancada. No momento em que a abriu, a menina se deparou com uma cena que, tinha a absoluta certeza, não esqueceria tão cedo: Henry Hart pelado e totalmente ensaboado.

Um grito alto e agudo escapou pela garganta da Page e, totalmente distraído e pego de supetão, o Hart também acabou se assustando com o grito e soltou o grito mais afinado que Charlotte já havia presenciado um homem soltar.

Henry automaticamente cobriu as suas partes íntimas com as suas mãos grandes. O choque por ter sido pego no banho era perceptível em seu rosto.

ㅡ Charlotte, o que você está fazendo aqui? ㅡ A voz soou alterada. A vermelhidão era visível no rosto de Henry que se mostrava envergonhado.

ㅡ E-eu, é, eu percebi que eu, quer dizer, que você tinha esquecido a toalha ㅡ A Page se atrapalhou totalmente na sua explicação e virou o rosto para o lado esquerdo, tentando evitar a cena na sua frente. A toalha que residia em suas pequenas mãos foi jogada próxima ao loiro. ㅡ E eu trouxe ela.

ㅡ Eu agradeço, mas agora poderia sair daqui? ㅡ Henry indagou enquanto se encolhia mais, ficando ainda mais tímido. 

ㅡ Sim, é claro, eu já estou saindo ㅡ Dito isto, a menina saiu do banheiro e rapidamente fechou a porta.

Charlotte mal deu dois passos para longe do banheiro e não pode conter a própria gargalhada com o incidente. 

ㅡ Eu sou muito idiota ㅡ Disse em um tom risonho, continuando a sua pequena caminhada até o seu quarto. Umas pequenas risadas ainda saíam de sua boca quando a sua mente reprisava o momento constrangedor e engraçado. 

Enquanto isso, Henry encarou a porta do banheiro por uns instantes e, se virando para terminar o banho, ouviu a gargalhada da amiga. Não pode evitar a própria risada e, entre alguns risos, continuou o banho.

A Page estava quase chegando ao seu quarto quando sentiu o seu antebraço ser agarrado fortemente. Jennette a observava diretamente, olhando no fundo dos olhos da filha.

— Mãe, o que foi? ㅡ Charlotte indagou enquanto tentava se esquivar do aperto da mãe autoritária. ㅡ Está me machucando.

— Charlotte Bolton Page, não se faça de sonsa. O que estava fazendo no banheiro com aquele menino? ㅡ Jennette foi direta. O tom que utilizava evidenciava a sua raiva.

— Nada. Eu só fui levar a toalha que ele tinha esquecido, mãe ㅡ Respondeu. A confusão era perceptível no rosto pigmentado da menina que não conseguia compreender tamanha agressividade partindo da mãe. 

ㅡ Charlotte, não faça nada que me traga dor de cabeça. Já disse que não quero meninos na minha casa ㅡ Jennette continuou com o aperto, trazendo a filha ainda mais para perto. A expressão que usava lhe deixava ainda mais intimidadora.

— Sim, eu entendi. Ele é só um amigo, não precisa di-

ㅡ Você sabe muito bem ㅡ Jennette interrompeu a fala da filha. ㅡ Eu espero que esse rapaz realmente seja apenas um amigo seu, caso contrário…

ㅡ Mãe, já chega! ㅡ Charlotte exclamou, soltando-se do aperto da mulher. ㅡ A maneira como você consegue sexualizar tudo é inacreditável. 

Charlotte deu dois passos para trás, encarando a mãe magoada. 

ㅡ Tem como me deixar em paz por uns momentos? Isso é muito irritante ㅡ Respondeu e foi embora, deixando Jennette ainda mais irritada com toda a situação, entretanto, a mulher decidiu que não iria mais brigar com a própria filha por hoje e retornou ao quarto que lhe pertencia.

O que ninguém percebeu foi a figura alta e loira denominada como Henry Hart que escutava a briga de mãe e filha. Atrás da porta do banheiro, o jovem se sentiu totalmente culpado por ter aceitado a proposta de dormir na casa da amiga. 

Deitada na cama confortável, Jennette tentava conter os próprios soluços provenientes de seu choro ininterrupto. As lágrimas caíam como cascata por sua pele preta, enquanto o coração comprimia dentro da mesma.

Tinha consciência da proteção exagerada que impunha sobre a própria filha, contudo, havia motivos plausíveis para isso. Suas razões eram sombrias, coisas que vinham de seu passado e que não foi capaz de esquecer; coisas que ninguém, além dela mesma, poderia descobrir. 

Com lágrimas saindo de seus olhos, Jennette se levantou da cama e pegou o porta retrato onde continha a foto de Charlotte pequena. Os dedos esguios tocaram a proteção de vidro, no lugar onde estava o sorriso da filha.

ㅡ Eu juro, Charlotte, que irei te proteger de tudo. Eu juro. ㅡ Murmurou em um tom sombrio, tirando aquelas palavras de seu âmago. As mágoas que guardava dentro de si lhe queimava como magma, se tornando uma missão impossível esquecer de algo que uma pessoa fez para ela anos atrás. 

No quarto de Charlotte, a mesma estava sentada em sua cama enquanto esperava Henry. Quando o loiro chegou ao cômodo, ele já estava com um cheiro de sabonete emanando de si e roupas limpas.

— Você está bem melhor ㅡ A Page elogiou e riu.

Henry soltou um pequeno sorriso, embora não estivesse com nenhuma vontade de fazer isso. Estava desconfortável e a amiga, conhecendo o mesmo como ninguém, percebeu imediatamente.

 — O que foi? Aconteceu alguma coisa? — Charlotte perguntou enquanto o analisava com o seu olhar.

— Eu ouvi a sua conversa amigável com a sua mãe ㅡ Henry admitiu, se sentando ao lado da amiga. O Hart era expressivo o suficiente para não disfarçar o quão chateado estava com a situação que estava. ㅡ Charlotte, talvez seja melhor eu não estar aqui.

Charlotte soltou um suspiro, evitando demonstrar a própria chateação ao ouvir aquelas palavras. 

— Henry, eu realmente sinto muito pelo ocorrido. Não é a primeira vez que ela age dessa forma, minha mãe pode ser bem obsessiva comigo às vezes. ㅡ Charlotte deu um pequeno sorriso. ㅡ Não é nada pessoal contigo. 

ㅡ Às vezes? ㅡ Henry repetiu as mesmas palavras que a amiga em um tom acusatório. 

— Ok, quase sempre ㅡ Charlotte revirou os olhos enquanto evidenciava. ㅡ Mas não precisa se preocupar, é claro que não vamos deixar de ser amigos por causa disso.

Sem esperar nenhuma resposta do amigo, Charlotte avança e o abraça. 

ㅡ É claro que não Charlotte, eu te amo ㅡ Henry disse enquanto retribuía o abraço. O tom terno que usava mostrava a sinceridade de suas palavras. ㅡ Se lembra do que nós prometemos um ao outro quando ainda éramos crianças?

ㅡ Claro que sim ㅡ Charlotte se separou do abraço, mostrando o seu sorriso alegre ao se recordar daquelas palavras que nunca seria capaz de esquecer.

Haja o que houver, sempre irei estar ao seu lado. Se estiver triste, serei a sua alegria; se estiver sozinho, vou ser a sua companhia. Na escuridão, serei a sua luz e na chuva, eu vou te proteger com o meu guarda-chuva ㅡ Henry e Charlotte disseram em um único tom, encarando um ao outro no imenso rosa do cômodo. O coração de ambos queimavam, sentindo o imenso carinho que nutriam um pelo outro.

Depois disso, a dupla conversou por mais uns minutos e ambos se dirigiram às suas respectivas camas para terem uma noite de sono agradável. Em cinco minutos, ambos se entregaram à inconsciência na escuridão agradável do quarto. 

Amanhã será um novo dia.



Notas Finais


Vocês gostaram? Deu muito trabalho pra fazer haha mas obrigado por acompanhar até aqui ^-^

Queria agradecer a @Uzumaki-Senpai por me ajudar nessa betagem ❤️ você é demais

Só queria esclarecer que o primeiro capítulo foi focado em Henry Danger, o segundo vai ser mais sobre The Thundermans.

E até a próxima vez :-)


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