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História Dangerous Love - Ombro amigo


Escrita por: SamaraLuana2000

Notas do Autor


Oi, pessoal. Desculpem pelo sumiço, aconteceram uns problemas comigo e fiquei sem cabeça pra escrever. Obrigada pelos favoritos e comentários mesmo com a minha ausência, isso me motiva muito a continuar a fanfic. Espero que gostem do capítulo. Boa leitura.

Capítulo 23 - Ombro amigo


Fanfic / Fanfiction Dangerous Love - Ombro amigo

A conversa entre Alice e Betty rendeu bons frutos, as duas estavam mais próximas do que nunca estiveram. A casa possuía uma outra atmosfera e Hal não entendia o que estava acontecendo. Betty decidiu manter a distância com o pai, depois de descobrir as coisas que ele fez, ela se controlava pra não falar algo ruim para Hal.

–Espero que vocês comam de tudo – Alice pediu –Dessa vez eu caprichei.

Os Cooper estavam reunidos para o tradicional café da manhã, depois de um período sem se encontrarem. Polly ainda estava magoada com Betty, mas aceitou vir e Hal ainda não tinha engolido o namoro da filha, mas não ia desperdiçar um maravilhoso café da manhã.

–Tudo que a senhora faz é bom, mãe – Betty comentou, comendo logo em seguida um pedaço de panqueca.

–Gentileza sua, querida – Alice sorriu, servindo suco no copo de Betty.

Polly observou a cena desconfiada.

–O que foi que eu perdi?

–Como assim, Polly? Você quer suco também? – Alice perguntou, sem entender.

–Vocês duas estão estranhas – Ela arqueou a sobrancelha.

–Até que fim alguém que concorde comigo – Hal resmungou – Elas estão assim a dias e fingem não ter percebido essa mudança grotesca.

–Como você é exagerado, Hal – Alice disse.

–Vocês não enganam ninguém – Ele comentou, tomando logo depois um gole de café.

–Vocês estão com ciúmes da Betty – Alice afirmou.

–Isso é ridículo – Polly murmurou.

–Concordo – Hal respondeu.

–Ridículos são vocês – Betty sussurrou, revirando os olhos.

–O que foi que você disse? – Polly perguntou, encarando a irmã, que sustentou o olhar.

–Eu disse que você é uma ridícula – Betty repetiu.

–Tá aprendendo a ser desbocada com aquela irmã do seu namorado? – Ela perguntou em tom de deboche.

–Pelo menos eles não fingem ser quem não são. Você não sente dificuldade em dormir a noite ou você se acostumou a ser essa vaca?

Polly grunhiu de raiva.

–Escuta aqui...

–Vocês duas, parem agora! - Alice mandou – Não quero saber de brigas nessa casa, entenderam?

–Fala isso pra sua filha especial – Polly ironizou – Desde que ela começou a namorar esse marginal, ela tá agindo de maneira inapropriada, confrontando a própria família por alguém que ela nem conhece direito...

–Ah, cala a boca, sua hipócrita – Betty mandou – Você fez a mesma coisa pelo Jason, a diferença é que ele é rico. Você lutou por ele por amor ou foi por causa do dinheiro mesmo?

-Como você se atreve? - Polly se levantou, jogando o guardanapo na cara de Betty - Pensa que eu sou o quê?

–Sinceramente, Polly? Eu não sei dizer o que você é, ao menos você sabe responder isso?

–O showzinho de vocês já pode acabar – Hal interviu – Parem de agir feito duas garotinhas. Vocês são mulheres agora. Hajam como uma.

– O pai de vocês está certo. Já tá na hora de vocês pararem com essa discussão boba.

–Fala isso pra Betty então. Foi ela quem começou com isso – Polly respondeu.

–Eu tô aqui na sua frente, não tempo necessidade de passar recado – Betty disse.

–Como eu estava dizendo, tudo começou com a Betty. Desde que ela se envolveu com o tal Serpente, vem agindo de maneira errada. Sabiam que ela mentiu uma vez sobre estar dormindo lá em casa e ao invés disso foi pra uma festa?

Betty não estava acreditando na apunhalada que tinha levado nas costas, a garota estava sem reação. Alice e Hal olharam com raiva pra Betty.

–Pode ir se explicando – Hal mandou.

–Você está de castigo pelo resto do fim do ano, se não até a faculdade – Alice avisou.

Betty olhou com mágoa pra irmã, estavam brigadas, mas isso não era motivo pra uma traição dessas. Ela nunca faria isso com a irmã, nem mesmo se a odiasse.

Polly percebeu que tinha falado demais no momento em que pronunciou as palavras, ela pensou em amenizar a situação, mas não adiantaria mais nada. Ela só esperava que a irmã pudesse a perdoar.

 

 

-Então seus pais te deixaram de castigo? – JB perguntou.

–Sim, tem como você avisar pro Jughead? – Betty pediu – Meus pais tiraram meu celular.

As duas estavam no corredor, esperando o sinal tocar pra irem pra suas respectivas aulas.

–Desculpa, Betty, mas isso é um dos castigos mais infantis que existem.

–Bom, tá funcionando o que eles queriam, que era me deixar longe do meu namorado.

–Mas você não disse que estava super bem com a sua mãe?

–Sim, JB, disse. Mas até a mãe mais boazinha do mundo, não deixa passar impune uma mentira dessas.

–É, acho que você deve ter razão – JB murmurou.

Betty percebeu o desconforto que JB estava sentindo.

 

 

Conversar sobre mãe, sendo que a sua está morta, deve ser difícil.”

 

 

A Cooper resolveu mudar de assunto.

–Foi impressão minha ou eu percebi um lance entre você e o Sweet Pea naquele dia na festa?

JB teve uma crise de risos, mas não conseguiu esconder o tom vermelho no rosto.

–Você bebeu, Betty?

Betty sorriu, maliciosa.

–Não precisa fugir do assunto. Seu ataque de risos revelou bastante coisa.

–Você está viajando legal, Betty. Vou perguntar pro meu irmão se ele anda te dando alguma coisa forte, além do que você fazem sempre no quarto.

Foi a vez de Betty corar, seu rosto esquentando com a frase da amiga.

–Fugir do assunto só mostra como a minha pergunta tem base e faz muito sentindo.

–Qual, é, Betty? Acha mesmo que eu teria alguma coisa com o Sweet Pea? Eu mereço coisa mesmo, não acha?

–Está me perguntando ou tentando afirmar pra si mesma?

O sinal tocou e os alunos foram se dispersando pelo colégio.

–É melhor você ir pra sala, porque eu vou fazer o mesmo – Ela fechou seu armário.

Betty apenas sorriu.

–Tudo bem, vamos estudar.

–Eu aviso o Jughead sobre o seu probleminha – JB disse – Até a hora do almoço.

–Até, obrigada.

 

 

–Eu estava pensando e acho que seria uma ótima ideia se nós passássemos um tempo em casal – Verônica comentou.

–Sério, Ronnie? – Archie questionou – Você realmente acha isso uma boa ideia?

–Mais é claro! O que você acha disso, Betty?

O trio estava almoçando perto do campo de futebol, aproveitavam as rajadas de vento calorosas e refrescantes.

Betty não prestava atenção na conversa, perdida em seus próprios pensamentos.

–Betty! – Verônica estalou os dedos perto do rosto da garota.

Betty piscou - confusa - balançando a cabeça.

–Oi, V. Desculpa, não estava prestando atenção. Pode repetir?

–Isso eu percebi. Eu estava comentando que nós devíamos passar um tempo em casal. Meus pais tem uma casa há alguns quilômetros, tenho certeza que eles me emprestariam se eu pedisse. O que você acha de irmos no final de semana? Podemos chamar o Kevin e o Joaquin também.

Betty parou para pensar na hipótese e não achou que seria um boa ideia. É claro que ela gostaria que seu namorado se familiarizasse com seus amigos, mas sabia do temperamento de Jughead. Ele ainda tinha raiva de Archie e colocar os dois juntos na mesma casa por alguns dias, seria uma péssima ideia.

A garota abriu a boca para falar sua desculpa para não aceitar, quando o celular de Verônica tocou.

–Alô? Kevin, oi. Falar com a Betty? Tá bem. Vou passar pra ela – Verônica entregou o aparelho para Betty, que estranhou a ligação do amigo.

–Kevin, oi. Por que não veio hoje?

–Joaquin e eu terminamos. Preciso do colo da minha melhor amiga e de muito sorvete. Vem aqui em casa e não conta pra ninguém.

–Ok. Tô indo – Betty desligou e entregou o celular de volta, se levantando – Não que seja uma boa ideia a viagem, V. Não agora, quem sabe nas férias de verão? – Ela se levantou, colocando uma mochila e carregando sua bandeja.

–Onde você vai? – Archie perguntou.

–O que o Kevin queria? – Verônica questionou.

–Vocês vão acabar descobrindo depois.

 

Betty passou no Pop's e comprou comida suficiente pra um time de futebol. Ela sabia que Kevin devia estar sem fome de comida saudável e os lanches deveriam amenizar a tristeza dele.

–Que bom que chegou – Kevin recebeu Betty de pijama e com o rosto inchado de tanto chorar. Ele abraçou forte a amiga. Betty retribui como pôde, já que estava com várias sacolas.

Eles se afastaram e Kevin indicou que ela entrasse, fechando a porta logo depois.

Betty deixou as sacolas encima da mesa, se virando para o amigo.

–Como é que você tá? Eu sinto muito, Kev. Como foi que isso aconteceu?

Os dois se sentaram no sofá, enquanto Kevin atacava uma das sacolas.

–Isso tá muito bom – Ele comentou, com a boca cheia de hambúrguer – Estava faminto. Obrigada.

Betty sorriu.

–Imaginei que fosse estar com fome. Pode me falar a hora que quiser.

Kevin sugou um longo gole de milk-shake.

–Eu te chamei porque só confio em você pra me ver nesse estado. Meu pai foi trabalhar e acha que eu estou na escola. Ele não faz ideia de nada e por mim vai continuar sem saber. Você contou pra alguém que vinha aqui?

–Não, ninguém sabe. Mas me conta, como isso foi acontecer?

–O Joaquin foi embora. É isso.

–Simples assim?

–Simples pra ele que foi embora, mas pra mim que ficou está sendo horrível.

–Não consigo entender.

Kevin suspirou.

–O Joaquin achou que seria melhor se ele fosse embora de Riverdale, disse que aqui não era lugar pra ele e a única coisa que prendia ele a cidade era eu.

–Então por que ele foi embora?

–Ele disse que não queria ser apenas um integrante de uma gangue, ele quer mais que isso. Por esse motivo ele foi embora, disse que ia atrás de algo a mais e que um dia voltaria pra me buscar, pra me dar o futuro que eu mereço – Kevin revirou os olhos.

–Ah, Kev, isso é lindo – Betty estava encantada.

Kevin olhou para a amiga como se ela fosse louca.

–Lindo, Betty? Ele me abandonar aqui é lindo? Isso foi a pior coisa que já me fizeram.

–Ele foi embora por uma boa causa.

–Ele poderia me levar com ele. Eu sugeri isso. Mas não, ele me dispensou.

–Agora o louco aqui tá sendo você. Como é que você sugere uma coisa dessas? Ainda nem terminou o ensino médio, seu pai morreria de tanta preocupação. Você viveria as custas de Joaquin. Sem falar nas dezenas de outras razões que mostram como essa ideia seria uma total burrice.

–Você veio aqui pra me ajudar ou me arrasar ainda mais?

–Desculpa, Kev – Betty abraçou o amigo – Eu me preocupo com você, quero apenas o melhor pra ti e fugir não seria uma boa ideia. Mesmo você amando ele. Ele vai voltar, se ele te prometeu, então apenas confie.

–Acontece, Betty, que isso pode levar meses, anos. Eu não vou passar a minha vida esperando por alguém que não teve a decência de ficar comigo. Joaquin me abandonou. Ele morreu pra mim no momento em que entrou naquele ônibus – As palavras de Kevin tinham amargura e raiva.

Betty sabia que o amigo estava com o coração partido e faria de tudo pra melhorar o humor dele, apesar de ter a consciência de que demoraria pra isso acontecer. Naquele momento tudo o que ele necessitava era um abraço e isso ela podia dar. Então Kevin se permitiu chorar mais uma vez naquele dia, tendo o apoio de sua melhor amiga, que ficou com ele até o garoto adormecer.


Notas Finais


Até a próxima, beijos.


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