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História Dangerous Love - Acerto de contas


Escrita por: SamaraLuana2000

Notas do Autor


Ooi, pessoal. Boa tarde. Espero que gostem do capítulo. Me digam duas opiniões nos comentários, por favor, é muito importante. Boa leitura.

Capítulo 39 - Acerto de contas


–Nem tivemos tempo de conversar a vontade – Betty lembrou – Como foi na casa do Reggie?

JB trocou de posição, ficando de peito para baixo e com os cotovelos apoiados na cama.

–Confesso que no início fiquei bem nervosa, não sabia como eles reagiriam em relação a eu ser uma serpente. Mas eles não reagiram tão mal assim. Logo de cara eles ficaram bem duvidosos, porém ao logo do dia eles se abriram mais e perceberam que eu não sou os estereótipos que todo mundo comenta. Foi bem legal.

–Ah, que bom, JB. Fico realmente contente que vocês dois estejam dando certo. Você merece ser feliz.

–Os pais dele me convidaram pra passar as festas de fim de ano com eles – Os olhos de JB brilhavam e suas bochechas estavam coradas. Ela nunca imaginou passar por algo assim. Apesar de sempre ter gostado de Sweet Pea, ela sabia que caso eles tivessem um relacionamento, ele não faria o tipo romântico.

Betty abriu a boca, surpresa.

–Uau, você já é da família mesmo – Ela sorriu – Pra onde vocês vão?

–Eles vão pra Paris. Ainda não dei uma resposta, disse que iria pensar.

–Bonjour, salut – Betty deu uma piscadela para JB, que cobriu os olhos, envergonhada – Caramba, isso com certeza vai ser um sonho. Você tem ir JB, vai ser ótimo pra vocês dois se conhecerem melhor e você se entrosar ainda mais na família dele. Quem não gostaria de ir para Paris em uma viagem romântica? É a cidade do amor.

JB suspirou.

–Eu sei, eu sei. Tudo parece perfeito, mas sei lá – Ela mantinha o olhar longe e Betty entendeu do que se tratava.

–Você ainda não esqueceu do Sweet Pea, não é? – Sua voz não saiu com um tom de advertência e sim compaixão.

JB balançou a cabeça.

–Ele me procurou.

Betty endireitou a postura, se aproximando ainda mais da amiga.

–Quando foi isso?

–Já faz alguns dias – Ela lembrou do ocorrido, o coração se apertando a cada lembrança da noite – Ele estava bêbado, claro, porque se ele estivesse lúcido não teria coragem para fazer o que fez – Ela se irritou.

–E o que ele fez? – Betty quis saber.

–Ele se declarou pra mim – Deu de ombros, como se fosse algo banal, obviamente que não era.

Betty levou a mão a boca, impressionada.

–E você?

–E que você acha que eu fiz, Betty? Mandei ele ir embora, claro. Ele não tinha o direito de me procurar quando finalmente estou esquecendo dele é o Sweet Pea sabe muito bem disso. Não vou mentir que fiquei super feliz, era o que eu sempre quis, acontece que ele demorou demais pra me procurar.

Betty afagou os ombros da amiga e ela se aninhou no colo da loira. JB precisava de um colo para desmanchar e era isso que estava fazendo naquele momento. Lágrimas que ela não imaginava mais ter, começaram a derramar pelo seu rosto. JB chorava como um bebê.

–Eu sinto tanto por vocês dois, JB. Sweet Pea errou feio com você e mesmo que eu sinta por ele estar sofrendo, a culpa disso é toda dele. Você não merecia e não merece passar por essa situação. Uma garota cheia de luz como você, merece apenas felicidades – Ela passava os dedos pelo cabelo escuro de JB.

JB sorriu com o discurso cheio de empatia da amiga.

–Eu amo tanto ele, Betty – Ela fungou – Ele admitiu que me ama também. Nós deveríamos estar juntos, mas não foi pra ser e agora eu preciso saber lidar com isso. O motivo deu não aceitar de imediato o convite da família do Reggie, é porque sei que as coisas podem ficar mais sérias a partir daí e não sei se estou pronta para isso. Não quero machucar os sentimentos dele, assim como machucaram os meus.

Betty assentiu.

–Eu te entendo. Você não precisa ir se não quiser. Só faça as coisas quando achar que estiver pronta. Pode parecer egoísmo o que eu vou falar, mas acho que você está precisando disso. JB, você precisa pensar primeiramente em você e nos seus sentimentos e só depois pensar nos outros, isso vai te ajudar a melhorar.

–Tem razão, Betty. Tenho que deixar de pensar primeiro nos outros e pensar em mim – Ela limpou o rosto.

Um barulho vindo na porta assustou as garotas, mas elas perceberam que era apenas Jughead.

–JB?

–Eu tô no quarto, pode vir – Ela avisou.

Jughead segue as instruções e vai até o quarto, se surpreendo com a presença de Betty.

–Oi, amor – Ela sorriu.

–Por que não me disse que vinha? – Ele quis saber, se aproximando da cama.

–Porque eu vim a pedido da JB – Ela se explicou.

–Tá com ciúmes, irmãzinho? – JB brincou – Não se preocupe que eu não vou mais roubar ela de você.

Jughead revirou os olhos.

–Vocês não vai acreditar no que eu acabei de descobrir – Ele se sentou na beira da cama.

–O que? – Elas perguntaram juntas.

–Foi uma piada besta de muito mal gosto – Ele manteve mistério e as meninas ficaram confusas.

–Você sabe que eu odeio suspense – JB resmungou.

Jughead olhou bem no fundo dos olhos da irmã.

–Eu escutei a Toni conversando com o Faags e escutei uma parte bem específica da conversa – JB arqueou a sobrancelha, esperando ele continuar a história – E a Toni comentou sobre você e o Sweet terem um caso, o que é muito estranho, porque vocês nunca fariam isso, ela só pode tá de sacanagem.

JB engoliu em seco. Betty tentou manter a expressão calma. Jughead percebeu o silêncio das duas e interpretou aquilo como sendo verdade.

–ENTÃO É VERDADE? – Ele se levantou, revoltado – VOCÊ TÁ TRANSANDO COM O MEU MELHOR AMIGO?

–O que? Claro que não – JB respondeu.

–Não ousa mentir pra mim – Ele se aproximou dela, segurando nos braços da garota. Seus olhos estavam negros de tanto ódio.

–Me solta! – JB mandou, entredentes.

–Jughead – Betty repreendeu o namorado, empurrando o peitoral dele – Larga ela agora!

Jughead soltou a irmã e olhou para Betty.

–Você sabia, não é? Todos sabiam que eles trepavam menos eu – Ele soltou uma risada sem graça – É claro que o idiota aqui não poderia saber, porque acabaria com toda essa palhaçada.

–Primeiro, me respeita que eu não sou nenhuma das vadias que você transou antes da Betty – JB apontou o dedo na cara dele – Segundo, com quem eu transo ou deixo de transar só diz respeito a mim e ao meu parceiro. Você não tem nada a ver com isso.

–NÃO TENHO? De todas as pessoas que você poderia ficar, você escolheu justamente o Sweet Pea? Isso é algo pra me atingir ou chamar atenção? Ele é bem mais velho que você, JB. Ele sempre te tratou como uma irmã.

JB trincou o maxilar e se levantou, ficando frente a frente com o irmão, porém não na mesma altura.

–Você não tem moral nenhuma pra falar da minha vida. Acha que tudo se resume a você? Deixa eu te contar um segredinho, o mundo não gira ao seu redor, Jughead. Vê se cresce e deixa de ser esse moleque revoltado. Não venha querer dar uma de moralista pra cima de mim, você namora a Betty e ela tem a minha idade, isso não te impediu de transar com ela em cada lugar dessa cidade – Ela se virou para Betty – Sem ofensas, Betty – Ela voltou sua atenção para o irmão – Sweet Pea gosta de mim também e só não assumiu nosso namoro por sua causa, porque ele se importava demais com a droga da amizade de vocês e com a nossa união.

–É diferente, eu não vi a Betty crescer, conheci ela agora. Sweet Pea te viu crescer, foram criados como irmãos e mesmo assim vocês ficaram, isso é nojento – Jughead cuspiu.

–Então quer dizer que é nojento demais alguém gostar de mim? – Aquilo realmente magoou JB.

–Eu não disse isso...

–Quer saber, Jughead? Vai se ferrar. Seria bem melhor se o Sweet Pea assumisse tudo, assim você teria que engolir cada palavra, porém nós dois não tem mais volta. Já pode começar a soltar os fogos – Ela saiu do quarto e logo depois saiu do trailer.

Betty olhava incrédula para Jughead.

–Isso foi extremamente cruel, Jughead – Betty balançou a cabeça, não acreditava que o namorado pudesse ser tão insensível daquela forma.

–Como você conseguiu esconder isso de mim? Sabia da sacanagem que eles estavam aprontando e não me falou nada.

–Sacanagem, Jughead? Eles se amam – Ela exclamou, como ele não conseguia perceber o óbvio? – Não foi sacanagem nenhuma. Isso só dizia respeito a eles, eu não tinha o direito de te contar, era algo pessoal pra eles. Não tenho culpa se eles confiaram contar a mim e não a você – Ela se levantou, pegando o casaco pendurado na cadeira – Estou realmente chateada com você, não podia agir daquela forma com a sua irmã. Ela te ama tanta e você fazer isso, só machuca os sentimentos dela.

Ela se preparou para ir embora, mas ele segurou o braço dela quando a mesma estava indo.

–Eu não sou o vilão dessa história, Betty. Na verdade eu sou a vítima aqui, todos sabiam e ninguém resolveu me contar. Eu entendo eles não terem me contato, são amantes e amantes guardam segredos. Mas eu esperava que você como minha namorada, me falasse, achei que não tínhamos segredos. Essa foi a pior apunhalada nas costas que eu já recebi e você contribuiu com tudo isso. Não sei se posso confiar em você depois disso.

–Se você realmente acha que eu fiz algo errado e que te trai agindo dessa forma, então você realmente não me conhece. Eu não sabia que você era capaz de falar essas coisas pra sua própria irmã. Talvez seja melhor não nos vermos por um tempo, você precisa refletir sobre os seus atos e urgentemente.

–Tá aí uma coisa que concordamos, é melhor ficarmos um tempo afastados – Ele soltou o braço dela – Estou decepcionado, Betty.

–Te digo o mesmo, Jughead – Ela vai embora.

 

–S, eu te procurei por toda parte – JB toca no ombro do rapaz – Aonde estava?

Ela o encontrou no bar, sozinho.

–Eu viajei por uns dias, precisava arejar os pensamentos – JB sentiu uma pontada de culpa, mas Sweet Pea não fez de propósito – Por que estava me procurando? Aconteceu alguma coisa?

–Jughead descobriu tudo.

Sweet Pea se levantou, preocupado.

–Puta merda. Como isso aconteceu?

–Isso não vem ao caso agora. Você sabe que é só questão de tempo pra ele vir atrás de você, né?

–Eu sei – Ele passou as mãos pelos cabelos. Sabia que Jughead ia querer tirar satisfações da única maneira que serpentes sabiam se resolver: na base da porrada. Sweet Pea não queria brigar com Jughead, mas também não deixaria ele lhe massacrar – Por que veio me avisar?

–Como assim, por quê? Eu me preocupo com você, S – Ela não sabia se era uma boa ideia fazer isso, mas sentiu uma enorme vontade de fazer, então tocou no rosto do rapaz. Sweet Pea fechou os olhos com o contato da pele macia dela com o rosto liso dele – Eu não sei o que faria se algo te acontecesse.

Sweet Pea abriu os olhos lentamente, passando a língua pelos lábios secos. Seu coração palpitou forte ao ver o rosto pequeno de JB em uma expressão melancólica.

–Acho que estava mais que na hora dele saber. Eu deveria ter contado há muito tempo, pena que eu desperdicei isso – Sweet Pea se lamentou.

–Você tá falando isso porque não escutou as coisas horríveis que ele me falou.

A expressão de Sweet Pea endureceu.

–O que ele te falou, JB? – Ele quis saber.

JB balançou a cabeça.

–São coisas que eu prefiro nem lembrar.

Sweet Pea segurou o rosto de JB com as duas mãos, ele conseguia tocar em toda a face dela com seus dedos largos.

–Ele te xingou? Falou algo que te denegriu?

–Isso não importa, tá?

–Me fala, por favor.

Uma lágrima caiu do olho esquerdo de JB.

–Ele me tratou como se eu não fosse a irmã dele. Eu não reconheci o Jughead – Ela suspirou forte – Doeu as coisas que ele me falou, como se eu fosse uma qualquer por ter transado com você. Quis dar uma de moralista ressaltando a nossa diferença de idades.

–Ei, vai ficar tudo bem. Jughead é um idiota, não sabe o que fala – Sweet Pea puxou JB para um abraço, escondendo a expressão irada que tinha no rosto. Não era Jughead quem ia dar uma surra nele e sim o contrário. Ele não se importava se agora Jughead era o líder dos serpentes, Sweet Pea não ia aceitar que ninguém falasse daquela forma com JB e saísse ileso.

–AH HÁ – Lentas palmas foram escutadas no ambiente. Os dois se soltaram e viram Jughead na entrada do bar – Isso porque vocês tinham terminado, não é?

–Já disse que isso não é da sua conta – JB retrucou – Cadê a Betty?

–Agora você lembra da sua parceira de segredos, né? Ela foi embora.

–Babaca. Aposto que você falou merda e ela não quis mais ficar com você – JB comentou, irritada.

–Meu assunto não é com você, JB. Eu vim me resolver com esse daí – Ele olhou na direção de Sweet Pea.

–Eu sei o que você veio fazer e admito logo que não me arrependo em nada de ter ficado com a sua irmã. A única coisa que me arrependo, é de não ter assumido isso desde o início – Ele olhava para JB enquanto falava e os olhinhos da garota brilhavam – Então se você quer brigar, vamos brigar. Só vou logo avisando que não vou sair perdendo nessa briga.

–É isso que nós vamos ver – Os dois ficaram em posição de ataque. JB se afastou um pouco, sabia que não podia e nem conseguiria intervir em uma briga de serpentes, era algo tipo marcação de território ou briga de alfas. Era algo apenas dos homens. Os dois correram na mesma direção e iniciaram o combate corpo a corpo.

 

Que vença o melhor!


Notas Finais


Até a próxima. Beijinhos.


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