História Dangerous Love - Acerto de contas

Sakura on

Meu pai passou o fim de semana todo comigo já que Ino decidiu ficar até domingo na casa do ruivo. Mas depois que tivemos aquela conversa sobre Sai ele agiu estranho, e eu não faço mínima ideia do porquê. Quer dizer, sei que ele tem medo que aconteça algo comigo, mas ele parece estar escondendo alguma coisa...

Assim que Ino chegou ele foi embora dando o mesmo discurso sobre tomar cuidado e todas aquelas paranoias que ele criou na cabeça. Fui tirada dos meus pensamentos com Ino me chamando.

- Sakura! Helloooo terra chamando Sakura!! – disse a loira acenando na minha frente enquanto eu estava jogada no sofá.

- Ai Ino! O que foi?! – perguntei me endireitando.

- Você tava distraída hein, te chamei um monte de vezes! – disse sentando ao meu lado.

- Desculpa, acabei viajando aqui! – sorri e ela fez uma careta – E então como foi lá com o Gaara?

- Amiga foi incrível sério!! Ele é incrível, me levou pra jantar num restaurante super chique e depois fomos pro apartamento dele! E nossa foi maravilhoso, ele foi tão gentil! – suspirou se lembrando.

- Gentil?! Esse chupão no seu pescoço me diz o contrário! – comentei segurando a risada.

- Ridícula! Ele foi gentil tá, quer dizer antes de tirar a minha roupa! – sorriu safada e eu ri.

- Espero que tenham usado camisinha! Não quero ser tia tão nova! – brinquei.

- Vira essa boca pra lá!! Eu não sou nem louca de fazer sem! – disse indignada.

- De qualquer forma, fico feliz que as coisas entre vocês estão dando certo! – disse sincera e a vi abrir um enorme sorriso.

Sasuke on

Era fim de semana e eu queria tanto relaxar mas como estamos nos preparando para um possível ataque não pude sequer tomar um banho sem o celular esperando que algum de meus homens me ligassem.

No começo da noite de domingo meu celular começou a tocar e não esperei que tocasse pela segunda vez, vi que era Naruto.

- Fala! – disse me levantando.

- Atacaram nosso maior galpão! Orochimaru estava certo!.

- A ordem é atirar pra matar! – disse sério andando até o closet – Chego aí logo! – desliguei a ligação.

Coloquei o terno preto por cima do colete e montei minhas duas pistolas e as coloquei na cintura junto com um Walk talk, e fui em direção da garagem. Peguei o carro que menos uso, um Cadillac Escalade preto, seria um grande evento e merecia algo a altura.

Dirigi rápido por entre as ruas de Tokyo, e passei os sinais vermelhos, assim que já estava na parte mais afastada da cidade acelerei ainda mais. Assim que avistei a rua de terra entrei com tudo.

Alguns minutos naquela estrada e pude ver meus alguns homens com a roupa diferente da minha máfia e não hesitei em jogar carro de lado em cima deles, abaixei e janela colocando o braço pra fora atirando sem pena.

Subi novamente o vidro pegando no volante com as duas mãos e acelerei saindo da  e indo pela parte de mata que havia ali. Mais a frente os tiros se intensificaram contra o carro, mas pela blindagem eram como pedras batendo na lataria. Vi que já estava quase perto da entrada lateral do galpão.

Autora on

No galpão por saberem que o ataque aconteceria haviam conseguido preparar uma emboscada, deixando que os inimigos se aproximassem do lugar, mas em seguida dois grupos comandados por Naruto e Neji os cercariam saindo da mata.

Sem contar dos grupos que ficaram dentro do galpão esperando que os homens entrassem para serem recebidos por balas.

- Aonde tá o Sasuke? Ele vai perder toda a diversão!! – comentou Naruto pelo rádio.

- Ele já deve estar cheg... – foi interrompido pelo barulho enorme de um carro derrapando na frente do galpão.

- Esse desgraçado não sabe fazer uma entrada mais discreta?! – perguntou Naruto rindo.

A troca de tiros se intensificou e Sasuke saiu do carro, atravessando o lugar sem preocupar, certeiramente acertava na cabeça de qualquer um que se movesse por perto dele.

Naruto não ficava pra trás, se movia rapidamente e como uma raposa atacava o inimigo pelas costas sem lhes dar tempo de contra atacar. Neji por sua vez usava os próprios inimigos como escudo enquanto contra atava com armas pesadas.

O cheiro de pólvora e sangue dominava o lugar, restavam pouco homens inimigos.

- Algum sinal do Danzou? – perguntou Sasuke pelo Walk talk.

- Não! – respondeu – Naruto.

Sasuke voltou a andar por entre os carros que haviam ali quando viu a figura conhecida. Não esperou e foi atrás do homem que tentava fugir entrando em um carro.

- Aonde você pensa que vai? – perguntou Sasuke com uma voz ameaçadora enquanto puxava o homem pela gola da camisa, o jogando com força no chão.

Danzou logo puxou a pistola apontando pra Sasuke, que sorriu macabro.

- Finalmente nos encontramos não é, seu rato imundo! – disse sorrindo para o homem no chão.

- Não se aproxime ou eu atiro seu muleque! – ameaçou Danzou com a arma em mãos, e Sasuke riu se aproximando mais.

Danzou fechou os olhos e apertou o gatilho, mas quando abriu os olhos viu o sorriso do moreno ainda maior.

- Você é tão estúpido que chega a dar pena! – disse Sasuke chutando a mão do homem que soltou a arma sem balas. – Você vai se arrepender de ter brincado comigo! – colou a pistola na testa do velho o vendo tremer.

- Tenha pena eu... – foi interrompido pelo tiro que acertou a sua testa.

- Eu não ameaço duas vezes. – disse baixo se afastando do corpo desfalecido no chão de terra.

Viu que seus homens já se aglomeravam na porta da frente do galpão, finalmente havia acabado.

- Matou o velho? – perguntou Naruto.

- Sim, quero que mande a cabeça pra organização dele, não quero nenhum imbecil me enchendo a paciência, isso é se sobrou algum! - riu

- Ok! – respondeu o loiro.

- Hoje depois que limparem essa bagunça estão todos liberados pra beber por minha conta na Akatsuki!  – disse o moreno alto ouvindo a comemoração dos seus homens.

~ Dia seguinte ~

Sakura on

Estava esperando Ino no estacionamento da faculdade quando recebi uma mensagem dela dizendo que a aula tinha atrasado e que ela demoraria mais uns vinte minutos pra vir me encontrar, teria que espera- lá. Decidi ir a uma lanchonete comprar algo pra comer enquanto a esperava.

Sai da faculdade e comecei a andar até o lugar que ficava na esquina, entrei e pedi um lanche, batatas frita e um refrigerante. Estava morrendo de fome, de manhã havíamos acordado atrasadas então nem tinha tomado café.

Assim que a atendente entregou meu pedido sai carregando a sacola enquanto comia algumas batatinhas que estavam pulando pra fora da embalagem.

Quando estava quase pra passar pelo portão do estacionamento senti alguém me puxar e no impulso acertei minha mão livre no rosto da pessoa atrás de mim.

- Ai! Isso é jeito de cumprimentar alguém! – reclamou, me virei dando de cara com Sasuke?!

- Você que puxou do nada! – retruquei.

- Você que é tonta só te segurei pra não tropeçar! – apontou pra um buraco na calçada que não havia visto – Estava tão distraída com as batatas que nem notou. – brincou.

- Ok, eu estava distraída! Obrigado, mas o que você tá fazendo por aqui? – perguntei curiosa.

- Eu ia comprar um lanche naquela lanchonete, é minha favorita... – respondeu sem graça.

- Ah! Eu amo o lanche deles! Acabei de pegar o meu... – disse lhe mostrando a sacola – Se não for incomodar eu posso comer com você?

- Achei que estivesse indo embora. – disse levantando a sobrancelha.

- Na verdade eu ia comer do lado de fora do carro enquanto espero minha amiga... – disse simples.

- Por mim tudo bem. – deu de ombros começando a andar.

Andamos entrando novamente no lugar, Sasuke pediu o lanche e logo se sentou na minha frente na mesa. Ficamos conversando sobre algumas coisas banais até entrarmos no assunto trabalho e notei ele mudar a postura.

- Então você trabalha a quanto tempo como agente? – perguntei mergulhando a batata no pote ketchup.

- Oficialmente desde o vinte, mas sempre fui criado pra trabalhar com isso... – disse e seus olhos pareciam perdidos.

- Como assim foi criado pra fazer isso? Seus pais queriam que você seguisse essa carreira? – perguntei curiosa.

Sasuke on

Depois de ter bebido todas na comemoração ontem, acordei com uma puta ressaca e uma garota qualquer em um quarto de hotel. Minha cabeça parecia que ia explodir, então levantei colocando minhas roupas.

Decidi não ir pra empresa, tiraria o dia pra descansar. Fui pra casa, no caminho aproveitei pra comprar um café extra forte e remédio pra melhorar a dor de cabeça. Passei a manhã toda assistindo filmes aleatórios.

Quando deu a hora do almoço me bateu uma vontade enorme de comer lanche, então decidi ir a minha lanchonete favorita. Quando era mais novo vinha com Itachi escondido e acabei criando um carinho pelo lugar.

Parei o carro não muito longe da lanchonete e fui andando, quando vi a garota de cabelos rosas comendo despreocupada pela calçada, ela não havia visto o buraco e tropeçaria feio se não fosse meu reflexo rápido que me fez puxá-la. Mas em troca recebi seu braço pesado no meio da cara.

Ela se desculpou e vi que a tinha assustado. Ela se ofereceu pra comer comigo e pela primeira vez em muito tempo vi que ela não me olhava com segundas intenções e sim com curiosidade, então concordei, ela me deixava muito intrigado.

Quando ela me perguntou sobre meu trabalho como “agente” comecei a pensar sobre como seria minha vida se fosse comum. “seus pais queriam que você seguisse essa carreira?” perguntou.

- Meu pai era agente, queria que seguisse seus passos... – dei de ombros – E você? Por que decidiu fazer medicina? – perguntei mudando o foco da conversa.

- Minha mãe era enfermeira... Me apaixonei pela profissão, e quando eu disse a ela que gostaria de fazer isso ela disse que amaria ter uma filha médica... – sorriu melancólica e eu entendi logo.

- Sinto muito... – disse num tom aveludado.

- Tá tudo bem... Já faz algum tempo! – sorriu, mas ainda podia ver a tristeza em seus olhos, ela olhou o relógio e arregalou as orbes verdes – A hora passou tão rápido, eu tenho que ir pro estágio ainda... – disse se levantando.

Concordei e a acompanhei até o estacionamento da faculdade onde uma mulher loira a esperava.

- Bem eu vou indo! Obrigada pela companhia! – disse sorrindo e antes que eu respondesse ela me deu um beijo no rosto, me pegando totalmente desprevenido.

A garota andou rápido até a amiga, mas desviei meus olhos pra um carro preto que passou na rua virando a esquina cantando pneu. Ignorei e segui pra meu carro.

Autora on

Kizashi assim que entrou no carro sentia todos os nervos à flor da pele, sentia que estava novamente em um beco sem saída. Sabia o que a aproximação de Sai significava, sua filha corria um grande risco, e tudo isso por seus erros do passado.

Bateu as mãos com força no volante do carro. Ele sempre cuidou ao máximo para que essa aproximação nunca acontecesse, mas era inútil, mesmo depois de anos ainda era perseguido por suas sombras.

Sakura nunca reparou, mas sua infância sempre foi diferente das outras crianças, os pais eram super – protetores e sempre evitaram expor a garota, nunca saiam juntos, era proibida de conversar com estranhos e quando maior Kizashi sempre a seguia saia “sozinha”, sempre lhe dando a falsa sensação de liberdade.

Em hipótese alguma ela poderia saber a verdade, mas as coisas começaram a sair do controle. Ainda durante o ensino médio Kizashi notou que a filha era perseguida, e não demorou muito para que ele desse fim nos homens que ousaram lhe desafiar.

Mas era difícil... Kizashi queria ter dinheiro suficiente pra tirar sua filha e esposa daquela situação, mas o homem não tinha um tustão se quer. Por isso ele e Mebuki trabalhavam tanto, para tentar fugir dali, e assim poderem viver a vida normalmente, mas o tempo era curto e seu passado não lhe perdoou, tirando-lhe a única mulher que amou.