- Acho que é um dia cheio de coincidências não é Logan? - Diz Lili enquanto o homem me empurra para o meio do quarto. - Bem que pensei que alguém tão bonito falar russo era suspeito.
- E então me prendeu porque eu vim dar uma olhada no lugar? - Ela ri.
- Não só você. - Faz um gesto de cabeça para alguém atrás de mim e quando olho vejo John também sendo segurado por um homem.
- Bem que eu pensei que era muito sutil o jeito que esbarrou em mim. - Digo e ela desvia o olhar. - Por quê isso? - Levanto os ombros.
- Ele te diz. - Então pega sua bolsa. - Pomeshchennyy uslugu na drugoy storone. - "Coloquem um do lado do outro por favor." - Me puxam um pouco para trás e eu semi-cerro meus olhos.
- Vy vidite, chto ona znayet, byt' vezhlivym, kogda vy khotite. - "Veja só, ela sabe ser educada quando quer." Ela sorri de lado e sai do quarto.
- O que ela disse? - John pergunta e eu Suspiro.
- Para te colocarem ao meu lado. - Ele Suspira.
- Quem é esse cara? - Pergunta e ri. - Foi uma pergunta retórica. - Rio.
- Oni tak ulybayetsya. Eto stranno.- "Estão tão sorridentes. Isso é estranho." Diz uma voz rouca se aproximando. Logo a voz ganha rosto e eu olho para John. - Oni govoryat mne, chto oni delayut zdes', ili mne pridetsya zhdat' vsyu partiyu? - "Vão me dizer o que estavam fazendo por aqui ou vou ter que aguardar a festa toda?" Suspiro.
- Mne ochen' zhal', no ya dumayu, chto da, eto bol'shoy paren' byl ochen' grub tam v koridore. - "Lamento, mas acho que sim, esse grandalhão foi muito mal educado lá no corredor." Me remexo e o mesmo rosna. - I, kazhetsya, vse yeshche zol, potomu chto ya sbil yego s nog. - "E ao que parece ainda está irritado porque eu o derrubei."
- O que ele disse? - John pergunta.
- Ele quer saber o que fazíamos aqui em cima. - Ele franze as sobrancelhas.
- E você disse o quê Logan? - Dou de ombros.
- Apenas estou ganhando tempo. - Digo.
- Como assim? - Ele Sussurra.
- Não precisa sussurrar John, eles não entendem nada em inglês. - Volto a olhar para o homem que nos olha confuso. - Caso contrário ele não estaria com essa cara.
- Vy pravy Interpol agent? - "Você é agente da Interpol certo?" - O homem pergunta e eu Franzo as sobrancelhas. - YA pomnyu chelovek, kak ty. Mozhet byt', eto yego otets. - "Me lembro de um homem parecido com você. Talvez seja seu pai." Fico ainda mais confuso. Estou de máscara e ele diz isso.
- A chto eto? - "E o quê tem com isso?" Tento avançar mas é inútil.
- O que? - John pergunta e eu ignoro. - Logan o que foi?
- Eto prosto interesno yest' yeshche odin agent, odin i tot zhe shtamm poslednikh. Teper' vopros: Kak vy sravnite s nim? - "É apenas interessante ter outro agente, da mesma linhagem do último. Agora a dúvida é: Você se compara à ele?" Sorri debochado. Dou um passo firme e o homem não consegue me puxar de volta.
- Vy khoteli by poprobovat'? YA luchshe ne trogat' etu temu. - "Gostaria de testar? Acho melhor não tocar nesse assunto." Digo e ele levanta as sobrancelhas como se estivesse surpreso com minha ameaça.
- Dlya togo, chtoby byt' nastol'ko oboronitel'nym eto dolzhno byt' ne tak, ya mogu sprosit' eto? - "Para estar tão na defensiva ele deve estar mal, me permite perguntar isso?" Pergunta e eu suspiro abaixando um pouco a cabeça. Isso me incomoda... Muito.
- On bol'she ne «sredi nas.» Tak skazat'. - "Ele não está mais "entre nós". Digamos assim." O homem abre a boca surpreso. - Teper' vy mozhete skazat' mne, pochemu on byl s vami v kakoy-to moment? - "Agora pode me dizer porque ele esteve com você em algum momento?" Ele dá de ombros e solta o ar pela boca.
- Vozmozhno, po toy zhe prichine, vy dva. - "Talvez pelo mesmo motivo que você dois." Sorri de lado. - Zhelaya sokhranit' svoi plany. - "Querendo impedir meus planos." Me olha. - Moi soboleznovaniya dlya nego. - "Minhas condolências por ele." Balança a cabeça e eu permaneço sério.
- Logan, eu não entendi o que ele disse, mas não parece coisa boa. - John diz e eu rio pelo nariz.
- Ao que parece ele não precisa mais de explicações. - O olho e ele me olha ainda esperando uma explicação. - Ele sabe exatamente porque estamos aqui e ao que parece quer nos impedir.
- Qual o plano? - Ele pergunta e eu volto a olhar para o homem.
- Você pega um brutamontes, eu pego o outro e assistimos ele desesperado chamando por seguranças. - Rio.
- Tem certeza? O cara que te pegou é grande. - O olho. - Okay. - Levanta os ombros.
- Vy govorite slishkom mnogo vy znayete? Eto dazhe razdrazhayet. - "Vocês conversam demais sabia? É até irritante." Diz o homem. - YA ne budu tratit' svoye vremya. - "Não vou perder mais meu tempo." - Olha para os brutamontes. - Arestuyte ikh i davayte pokonchim s etim, zabotit'sya o nikh pozzhe. - "Prendam eles e vamos logo com isso, mais tarde cuido deles." - Olho para John e ele me pede a tradução com os olhos.
- Ele mandou eles nos prenderem. - O homem me puxa para trás. - Agora John! - Digo e tomo impulso para jogar o mesmo no chão.
Ele tenta me puxar novamente para o chão - do mesmo modo que fez no corredor - mas eu o dou uma chave de pulso e ele grita segurando o braço.
- E agora? - Olho para a direção do homem e ele segura uma arma apontada para mim.
- Ele está apontando para mim, o próximo passo é seu. - O homem cerra os olhos.
- YA ne dolzhen nedootsenivat' vas. - "Não devia ter subestimado vocês." Ri e destrava sua arma.
- Ne dolzhny li to zhe samoye. - "Não devia mesmo." Então puxo minha arma do coldre escondido em meu terno e atiro em seu braço.
Ele cai no chão e eu guardo minha arma.
- Achei que o próximo passo era meu. - John diz rindo.
- Ele me irritou. Desculpa. - Suspiro. - Fica de olho neles, preciso resolver uns assuntos pendentes com uma certa russa loira. - Sigo para a porta.
- Prendo eles? - Pergunta e o homem que aceitei o tiro ainda reclama de dor.
- Não precisa, eles não conseguem lutar. Tranca a porta e vigia o corredor, ninguém entra e ninguém sai daqui. - Ele assente e eu saio. Arrumo minha máscara no rosto.
Vou até as escadas e as desço indo direto para a loira que está mexendo no celular próxima ao espaço onde vários casais dançam a música lenta que toca.
Me aproximo e paro à sua frente lhe tirando uma expressão surpresa e confusa.
- Como saiu de lá? - Pergunta e eu a abraço pela cintura com um braço só. Somente para me aproximar melhor.
- Achou mesmo que um brutamontes iria me segurar Lili? - Digo em seu ouvido e ela segura a respiração. - Vem comigo. - Pego sua mão e a levo para a pista.
- O que está fazendo? - Pergunta quando eu seguro sua cintura para iniciarmos uma dança.
- Dançando. - Dou de ombros. - Achou que me enganaria e falhou, agora me diz o que aquele homem pretendia fazer aqui. - Ela acompanha meus passos e sorri debochada.
- Acha mesmo que eu vou te dar as respostas assim de bandeja? Está enganado. - Levanto as as sobrancelhas.
- Quer acabar como o homem lá em cima? - Ameaço e ela me olha confusa e preocupada.
- O que fez com ele? - Pergunta e eu rio.
- Se preocupou muito rápido, ele deve ser alguém próximo de você. - Ela desvia o olhar. - Seu pai talvez. - Volta a me olhar.
- O que fez à ele? - Pergunta novamente e eu me aproximo de sua orelha.
- O que acha que eu fiz com ele Lili? - Susurro e rio. - Se quiser que ele fique bem é melhor me contar tudo ou eu vou terminar o serviço. - Digo e volto a fitar seus olhos amendoados. Ela suspira e olha para os lados.
- Antes de tudo saiba que eu não tenho nada com isso. - Diz e eu rio a guiando pela pista. - É verdade. Ele me obrigou, é o "negócio da família" ou sei lá o que. - Revira os olhos.
- De qualquer forma não parece arrependida. - Ela morde o lábio. - Não foi obrigada, você quis estar aqui. - Ela sorri de lado.
- O que posso fazer? - Segura minha nuca. - Sou uma boa atriz Logan. - Susurra em meu ouvido.
- Não desvie o assunto. - Rosno e ela sorri. - O que o seu pai pretendia? - Ela ri.
- Roubar dinheiro das instituições premiadas. - Diz normalmente.
- São tempos difíceis na máfia dele? - Ela fica séria. - Roubar de crianças carentes? Isso é muito baixo. - Me empurra mas eu a seguro firme. - A dança ainda não acabou e nem a nossa conversa.
- Não me pergunte os motivos, eu não sei o que ele quer. Já disse, não faço parte disso. - Diz e eu a seguro mais firme na cintura.
- Isso não acabou e você sabe Lili. Eu já o impedi e vou finalizar isso se necessário. - Ela olha para algo além de mim e eu tento me virar para ver o que é, mas ela puxa meu rosto e pressiona seus lábios nos meus com força.
Tenta desesperadamente aprofundar o beijo e eu mordo forte seu lábio a fazendo se afastar rapidamente.
- Me mordeu mesmo? - Pergunta mordendo o lábio como que tentando fazer algo para de doer e eu rio nos girando.
- Me beijou mesmo? - Devolvo a pergunta.
- Você parece ter gostado. - Sorri convencida.
- Se você soubesse beijar eu teria no mínimo achado fofo. - Olho para as escadas e vejo John descendo elas rapidamente. - O que você fez? - A olho surpreso e ela ri.
- Te distraí para ganhar tempo. - Segura minha nuca e entrelaça os dedos em meu cabelo enquanto aproxima seu rosto do meu. - E vou fazer de novo. - Sussurra contra meus lábios e me beija novamente.
Tenta aprofundar novamente o beijo e antes que eu possa impedir ela o faz.
Fecho os olhos e percebo que realmente, ninguém se compara à Meredith.
Nem essa Russa maluca e nem nenhuma outra garota.
Segura agora com as duas mãos meu cabelo e minha outra mão vai parar em sua cintura na tentativa de empurrar ela.
Quebro o beijo e ela ainda tem os olhos fechados.
- Eu já te disse. - Digo e ela abre os olhos. - Você não sabe beijar. - Ela me olha confusa e eu a solto ao ouvir o último som do violino que tocava. - Obrigado pela dança Lili. Foi ótimo ganhar tempo com você. - Dou um leve beijo em sua bochecha e me afasto ouvindo os aplausos direcionados aos músicos.
Vou andando, passando pelas pessoas até alguém me puxar pelo braço e eu perceber que é John.
- O que aconteceu? - Pergunto e ele me olha dando um sorriso de lado.
- Primeiro me diz se eu vi certo, você estava mesmo beijando a garota que estava falando Russo e que nos prendeu? - Reviro os olhos.
- Ela me beijou. - Pigarreeio. - Eles estão vindo? - Ele assente. - Vou pegar o carro, tenho um plano. - Ele assente e eu sigo para a saída.
Novamente tento passar despercebido e vou para o estacionamento.
~ P.O.V John ~
Passo pelas pessoas e percebo que os russos ainda não saíram do quarto.
Preciso aguardar eles chegarem para eles virem atrás de nós e tirarmos essas pessoas de perigo com a presença deles.
Esbarro em alguém e o olho não acreditando em quem é.
- John? - Ele pergunta surpreso.
- James? - Ele ri. - O que faz aqui?
- Eu ia perguntar a mesma coisa, nem sabia que estava em NY. - Põe as mãos nos bolsos. - Violet é sócia de uma das instituição e foi convidada para o evento.
- Não sabia disso. - Ponho a mão no queixo e olho novamente para as escadas. Um dos homens descem devagar. - Ah não.
- Está aqui à trabalho eu imagino. - Diz e eu assinto. - Logan veio também?
- Sim, depois que resolvermos isso nós vamos ver você e a Violet okay? Estamos bem enrolados com esses caras. - Ele assente e ri.
- Diga ao topetudo que Violet está morrendo de saudades de vocês. - Dá um tapinha em meu ombro. - Vou lá procurar ela antes que ela fique brava. - Rio e ele some no meio das pessoas.
Olho novamente para as escadas e lá estão os homens, um deles olha para mim e apressa seus passos.
Vou o mais rápido que consigo até a entrada e na mesma hora Logan para o carro à minha frente.
- Espero que tenha um bom plano, eles estão vindo. - Digo apressado e ele me olha. Seu nariz está com um pouco de sangue.
- É, eu já sabia disso. - Volta a olhar para a frente e acelera.
- O que vai fazer? - Ele pega um controle no bolso e o estende para mim. - Me explica.
- Quando eu falar "já" você aperta o botão azul. - Diz sem tirar os olhos da estrada, desviando rapidamente dos carros.
- Isso parece o controle de uma das invenções do Kendall. - Ele ri.
- Exatamente. - Me olha. - Eles vão ter uma surpresa explosiva.
- Não é perigoso? - Olho para o controle.
- Por isso estou procurando um lugar isolado, assim ninguém vai ligar para qualquer explosão. - Dá de ombros.
- Ah, James mandou lembranças e disse que Violet está morrendo de saudades de nós dois. - Digo e ele me olha.
- Encontrou com ele? - Assinto. - Amanhã vamos ver eles. - Afirma.
- Eles estão se aproximando Logan. - Olho pelo espelho retrovisor. - E eu tenho certeza de que aquilo na janela é uma arma. - Ouço um barulho na lataria do carro. Um tiro.
- Okay, eles querem começar a festa cedo. - Faz uma curva perigosa e vejo que estamos em um aterro enorme, totalmente abandonado e vazio. Acelera mais o carro e percebo que já estamos bem longe da civilização. - John, o botão.
- Eles estão muito perto Logan, a explosão pode nos matar. - Ele dá um grunhido alto enquanto desvia novamente dos tiros.
- Aperta o botão! - Diz e eu o aperto.
Pisa no acelerador e eu apenas sinto a claridade da explosão.
Vejo algumas peças do carro caindo perto de nós e Logan para o carro à um boa distância do estrago.
- Como colocou o pino do explosivo no carro? - Olho para as chamas ainda altas.
- No estacionamento, o homem estava tão ocupado tentando me segurar que não notou quando eu prendi o pino no casaco dele. - Ri. - É claro que isso me distraiu e por isso eu levei o soco no nariz, mas valeu a pena. - Funga.
- Você é louco. - Rio.
- Nós dois somos. - Rimos. - Eu amo ser agente da Interpol... - Suspira enquanto ri.
Sei que mesmo depois de tudo o que aconteceu, tudo o que ambos passamos e tudo o que o futuro nos guarda, somos felizes sendo quem somos.
Não imagino minha vida sem ir todos os dias para aquela agência e impedir mafiosos e salvar vidas todos os dias.
Logan também, é visível no sorriso que ele dá cada vez que entramos em nossa sala.
Não importa quanto tempo passe, sempre seremos quem somos e impediremos o mal.
Nascemos para isso, e não vamos negar nosso destino.
~ P.O.V Narrador ~
A vida é como uma caixinha de surpresas, parece algo normal, engana as vezes e quando a explora... Pow.
Encontra as surpresas.
Destinos se cruzam, vidas mudam, corações se partem.
É uma ordem que ninguém entende, mas cada um já passou por isso.
É como dizem "inevitável".
Algo que não se evita.
Que não tem escapatória.
Esse é o destino brincando mais uma vez conosco.
Mas admitam, essa caixinha de surpresas é o que dá a curiosidade de saber mais e mais do que vem em seguida na vida.
Algo que aprendi, é que o homem procura sempre algo para o incentivar à proceguir, então... Por que não esse?
As aventuras.
As alegrias.
As amizades que vem e vão.
As surpresas.
As paixões passageiras.
Os amores.
A vida é bela, basta abrir bem os olhos para ver.
Promessas se quebram, então viva o hoje.
O amanhã ainda é um mistério e pode ser tarde demais.
Ou como nosso belo Logan Henderson disse uma vez.
"Não prometa, apenas faça."
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.