História Dangerous Love - Nakamoto Yuta

Nakamoto Yuta

Me chamo Nakamoto Yuta, tenho 21 anos, nasci em Osaka, morei um tempo com minha mãe, mas depois dos meus 12 anos passei a morar com meu pai. Tive uma infância normal, ia para a escola, tirava notas boas, tinha amigos, os professores gostavam de mim, as menininhas me achavam atraente e eu frequentava a igreja, sempre estava lá assistindo os cultos. Morar com minha mãe era um verdadeiro paraíso, até que um dia ela ficou doente e infelizmente faleceu, a minha vida acabou a partir desse dia, o paraíso virou um inferno, eu senti meu mundo cair, as noites de choro foram incontáveis, passei a morar com meu pai, e o inferno começou a partir dai.

Meu pai é um verdadeiro filho da mãe, bandido, já foi preso várias vezes, um canalha mesmo, morro de vergonha de ter esse ordinário como pai, eu odeio ele, mas sou obrigado a ver a cara dele todo dia, eu ainda moro com ele, pois ele não me deixa sair de casa, vem com papinho de que se eu deixar ele sozinho vai me denunciar para a polícia por causa das merdas que eu fiz na vida, e ser preso é a última coisa que eu quero nessa vida.

Se eu sou assim hoje é por culpa dele, com 15 anos esse cara me apresentou o mundo do crime, eu ainda era um adolescente mas isso não poupou ele de me deixar livre da bandidagem, o homem é tão canalha, que deixou o próprio filho se afundar na bosta igual ele. Aos 17 eu já tinha experimentado algumas drogas, já tinha me viciado na bebida alcoólica, já fumava, as minhas amizades eram as piores, tinha me distanciado da igreja, eu estava se tornando igual meu pai. Aos 18 eu não sabia mais nem o que estava fazendo da minha vida, ia para as festas e só voltava no dia seguinte, nas festas bebia tanto que caia no chão, as vezes acordava em uma cama junto com uma prostitua nua do meu lado, depois ia em outra festa e acordava do mesmo jeito, os estudos ? Abandonei, claro, meu pai não tinha dinheiro para pagar uma escola, só tinha dinheiro para comprar bebida, cigarro, droga, um verdadeiro lixo.

Aos 20, eu fiz a maior burrada na minha vida, por causa das amizades erradas, das más companhias, fui influenciado a roubar. 
Juntou eu e mais quatro caras e resolvemos assaltar uma joalheria, eu não queria mas fui forçado, no mundo do crime é assim, ou você ajuda os caras ou eles te matam, então eu tive que fazer essa merda junto com eles. Entramos anunciando o assalto, todos com armas na mão, o rosto coberto para não sermos reconhecidos pelas filmagens das câmeras. A visão de todo mundo abaixado, te obedecendo, é maravilhosa, você sente que realmente manda ali, uma arma na mão te deixa com poder, eu pensava assim, hoje eu vejo que naquele momento eu estava sendo uma versão mais nova do meu pai. 

Quando estávamos terminando o assalto, eu fiz a burrada de atirar em uma das mulheres que estava no local, eu vi ela indo em direção ao telefone, e atirei nela, foi sem pensar, eu não queria ter feito isso, eu sabia que ela tinha morrido porque o tiro foi direto no peito esquerdo, eu fiquei um pouco paralisado, veio um dos caras me puxando dizendo para sairmos logo dali porque a policia estava chegando. A policia não sabe que eu matei a mulher, mas meu pai sabe, e ele usa isso contra mim sempre quando digo que vou deixar ele sozinho, se ele quiser ele consegue me denunciar, ele tem amizade com os caras que estavam comigo, é só meu pai da uma boa quantia de dinheiro para eles que juntam todos contra mim e me jogam na cadeia.

A minha história de vida não é nem um pouco boa, eu sou um completo merda, eu me tornei o que eu não queria, eu me tornei igual o meu pai, mas eu ainda acho que sou um pouco melhor do que ele, porque diferente dele eu me arrependo um pouco das coisas que fiz, ele não, ele se orgulha, um lixo mesmo. Tento mudar, eu sinto que com o tempo a minha vida vai se encaixar, se minha mãe fosse viva com certeza ela não estaria orgulhosa de mim, então foi pensando nela que um dia resolvi voltar a igreja, não voltar definitivamente, mas resolvi ir em um culto, ver se consigo sentir um pouco um sentimento de paz, e lá fui eu, peguei meu carro e fui para a igreja, estava lotada então sentei no último banco, as minhas roupas não era adequadas, mas eu me esforcei para não parecer um marginal. Estava tudo indo bem, até que vi uma garota, ela estava me olhando, tipo me analisando, fiquei um pouco incomodado mas não deixei me intimidar, olhei nos olhos dela com uma expressão meio '' que foi que tá olhando ? '', encarei encarei, até que ela se virou completamente e não virou mais, a moça era até bonita, não vou mentir, gostei dessa encarada.

Acabou o culto e fui direto para o estacionamento onde estava meu carro, como estava vazio e meio escuro resolvi fumar um pouco, era pecado ? Não sei, eu não estava literalmente dentro da igreja, então resolvi fumar mesmo assim, até que chega ela, a garota que me encarou, quando ela me viu fez uma cara estranha porque percebeu que eu estava fumando, achei engraçado, o colapso mental deve ter se feito presente nela, então resolvi tirar um aproveito da situação, joguei um charme, digamos assim, joguei o cigarro no chão apagando com o pé, abri a porta do carro, mas antes de entrar lancei um sorriso meio torto para ela, e fui embora. É engraçado esse tipo de coisa, porque geralmente menina de igreja é toda certinha, quando ver meninos como eu devem ficar com um certo receio, sei lá, essa menina deve ser daquelas virgens certinhas e mimadas, menina desse tipo quero para mim não, na verdade no momento não quero menina nenhuma no meu pé, já tive várias, mas no momento estou neutro. Mas pensando bem, essa garota é até meio interessante .....