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História Dangerous Message, Interativa - 00.Teaser - Apenas uma adolescente de dezessete anos


Escrita por: stehphony e mcpoems

Notas do Autor


❯ ❝ olar pessoas que acompanham e gostam dessa interativa tanto como eu, tudo bem com vocês? Estamos aqui para postar mais um teaser dessa maravilhosa fanfic. Desculpa pela demora! Espero que gostem desse capítulo!

OBS: esse teaser foi feito todo em primeira pessoa, e terá uma parte de lembrança que estará em itálico. Estou falando isso apenas para não ficar confuso.

Boa Leitura!

─ Stephany

Capítulo 4 - 00.Teaser - Apenas uma adolescente de dezessete anos


— Corta!

Assim que eu ouvi essa palavra sair da boca de alguém daquela "produção" respirei fundo como eu nunca achei que iria respirar, finalmente aquela entrevista tinha acabado.

Ficamos quase toda a hora do lanche gravando a entrevista com a professora de História sobre "Como é dar aulas em Summerfield High" para o jornal virtual na página do Colégio, e sinceramente eu não aguentava mais ouvir essa professora falar - ou seria reclamar? -, acho que se um dia ela precisar desabafar, eu serei a primeira a falar que não.

Sinceramente, adoro gravar entrevistas assim, conversando com outra pessoa, tendo um contato com outra pessoa, mas esse tipo de assunto não é um dos mais interessantes para mim. Não acho que isso seja interessante de se vê, e eu como uma futura jornalista quero que minhas reportagens e entrevistas sejam boas o suficiente para muitas pessoas gostarem. E não ficarem entediadas vendo um professor falar se sua aula é muito bagunçada ou é tranquila, mas a escola pede por entrevistas e reportagens como essas e nós do jornal não podemos recusar fazer isso...

Enquanto eu via a professora sendo acompanhada por alguns dos envolvidos na reportagem saindo, me sentei num dos bancos que tinha na parte de fora do colégio.

Peguei minha mochila logo ali do lado e, dentro dela, busquei pelo meu celular. Assim que o encontrei já desbloqueie e vi se tinha novas mensagens, mas não tinha nada. Eu tinha mandado uma mensagem mais cedo para Harry, perguntando se ele viria a escola realmente, mas ele não me respondeu, e pelo visto também não veio, já que não vi ele aparecendo antes da aula começar.

Fechei meus olhos e suspirei, estava de certa forma preocupada com ele, afinal, ele perdeu a irmã, não é nada fácil perder alguém importante na sua vida e você esquecer disso de uma hora para a outra. Eu sei muito bem disso, sei bem como é perder alguém importante.

Assim que voltei a abrir os olhos, vi uma garrafa a minha frente sendo balançada. Era Lucas, a pessoa responsável por gravar todas as minhas reportagens no jornal do blog. E também de encher o meu saco e aumentar o meu ego. Peguei a garrafa da mão dele e tomei um gole bem demorado.

— Você foi muito bem nessa entrevista! — disse já começando a me elogiar. — Ainda mais tendo paciência para aturar aquela professora, ela é muito tagarela.

— Pior que eu vou ter que concordar com você. — disse, mas estava me referindo mais a parte de eu ter sido ótima na entrevista do que a parte de ter lidado com a professora tagarela. — Ei! Você viu se o Harry apareceu na escola hoje? Eu não vi ele ainda, e pensei que ele fosse voltar hoje… — disse, em seguida tomando mais um demorado gole.

— Não! Não vi ele. — disse Lucas um pouco irritado. Eu não vou mentir, já sabia dos sentimentos dele por mim, mas de verdade, eu não sentia a mesma coisa, e deixava isso bem claro, mas ele nunca desistiu. — Se você mesma não sabe onde o namorado está, eu então…

— De novo com isso, Luh? Eu e Harry não somos namorados. Somos amigos. — dei ênfase no amigos, para ele entender de uma vez. — E você para de ser tão ciumento, nós não temos nada sério, então não fique fazendo esse tipo de papel. — disse e me levantei para ir embora.

De verdade, Lucas me irrita com esse ciúmes, mas eu, em um certo ponto, até que gosto disso. Mas eu me canso com essas pessoas que pensam isso sobre eu e Harry, elas não sabem de nada e ficam deduzindo que a gente tem alguma coisa. Essas pessoas não sabem a bela amizade que a gente tem, e isso é de muito tempo, desde quando a gente era meras crianças que gostavam de brincar na praça de Summerfield.

Eu vi como o abandono do pai mexeu com ele, e agora com o desaparecimento da irmã, tudo voltou a ser sombrio 'pra ele, como era antes. E eu, como amiga dele, quero muito ajudar ele a superar esse momento.

— Hey! Me desculpa, Aysha. — Luh segurou o meu braço antes que eu me afastasse mais, e soltou assim que eu parei e olhei na cara dele. — Eu não quero que a gente fique mal, me desculpa pelo meus ciúmes!

Lucas era um fofo, isso eu não podia negar, e ele era muito importante no meu trabalho como repórter do blog da escola, então eu não tinha intenção alguma de ficar mal com ele.

— Fica tranquilo, eu não tô brava, não. — disse e segurei seu rosto com uma das minhas mãos, me aproximando e beijando seus lábios levemente. Tô acostumada a fazer isso às vezes, mas nele é a primeira vez, e pela surpresa na cara dele depois que finalizei o beijo vejo que ele não esperava. — Agora eu vou indo, já vai tocar o sinal para voltar para aquele inferno.

Volto a andar em direção a entrada do Colégio e só escuto de longe Lucas me chamando: — Me espera para irmos embora juntos? — ri e levantei meu braço fazendo um like com a mão, junto de um acenar de cabeça, dando um sinal positivo.

[...]

Já fazia um tempo que as aulas acabaram em Summerfield High, e eu nunca fui do tipo de aluna que é a apressada e quer sair primeiro que todo mundo, mas hoje eu fiz exatamente isso, não entendi porque.

Tinha dito para o Lucas que ia esperar ele para a gente sair junto, mas não fiz isso, e agora estou aqui, naquela mesma praça de Summerfield que eu e Harry brincávamos, olhando para a tela do meu celular, vendo um monte de chamadas que eu não atendi e mensagens que eu não respondi. Uma em especial daquele que eu devia uma explicação.

[1:09 PM] Lucas: Cadê você?

[1:09 PM] Lucas: Ainda está aí dentro? Não te acho.

[1:15 PM] Lucas: Não acha que eu mereço uma explicação?

[1:23 PM] Lucas: Beleza…

Desliguei a tela do meu celular e o coloquei no bolso da minha mochila, enquanto suspirava. Não queria ter feito isso com ele, mas depois eu me resolvo com Luh.

Me levantei para dar uma boa olhada naquela praça, e fui para a parte onde se encontrava os brinquedos, lugar onde eu, Harry e sua irmãzinha mais gostávamos de ir, acompanhados de nossos pais.

E foi pensando nisso que lembranças daquela época vieram até mim. Ainda éramos pequenos, eu deveria ter uns 6 anos e Harry 7, e Larissa 5.

Eu via de longe minha mãe conversando com o Sr. Dragovic, pai do Harry e da Larissa, sentados em um dos banquinhos daquela praça, onde ainda dava para nos vigiar. Ele não tinha ido embora ainda e nem minha tinha descoberto a tal doença que fez ela, infelizmente, nos deixar nesse mundo cruel. Ela estava linda, sorridente, os dois estavam, eles eram amigos a muito tempo, diz eles que na época escolar, eles se entendiam.

Logo, começo a prestar atenção nas duas crianças brincando de guerrinha de areia, o que poderia não ser uma brincadeira muito legal, mas que eu via no sorriso deles que eles estavam se divertindo.

Até que, de repente eu sinto meus olhos arderem. Comecei a coçar eles e a sensação só piorava. Já sabia o que tinha acontecido. Harry tinha jogado areia nos meus olhos.

Comecei a chorar e a gritar, chamando minha mãe, que logo veio com um olhar preocupada, perguntando o que tinha acontecido. Não conseguia enxergar muito, mas ouvia a voz de Harry, que pedia desculpas, e a do Dragovic mais velho, que brigava com o filho.

Minha mãe me ajudava, assobrando com delicadeza os meus olhos, enquanto eu tentava deixar eles abertos para ela conseguir tirar tudo. Eu também ouvia a voz doce dela, me pedindo para eu ter calma que logo iria melhorar, e aquelas palavras realmente me acalmaram um pouco, ela sempre teve esse poder comigo, a voz dela me acalmava.

Quando a minha vista começa a melhorar, já não vejo mais minha mãe, e nem Harry, Larissa e o Sr. Dragovic, mas continuo na praça. E apenas ouço um grito na minha cabeça. O meu grito.

— MAMÃEEEEEE!!

Eu volto a realidade com esse susto. De volta como a adolescente de 17 anos que eu sou, sem uma mãe e com o amigo afastado. Que agora tinha lágrimas nos olhos sem perceber quando exatamente eu começei a chorar.

Eu ia dar meia volta e ir para casa, onde meu pai já deveria estar me esperando, e já preocupado por eu não ter avisado que demoraria. Mas um barulho me chamou a atenção. Olhei na direção do balanço e vi uma figura conhecida, não acreditava.

Nossos olhares se cruzaram, e eu corri até ele, que se levantou e abriu os braços para me receber neles. E nós nos abraçamos, como já não fazíamos há um mês, um mês que a gente não se falava mais tão bem. E aquela pareceu a primeira vez que nos abraçamos assim.


Notas Finais


Lembre-se, o prazo da fanfic está marcado para dia 18/01! Obrigada a todos que já entregaram as fichas! <3


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