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História Dangerously - Plomo


Escrita por: katrinawolvess

Notas do Autor


Esse capítulo é muito importante para a evolução de uma das personagens, então, leiam ele com atenção! O que acharam da nova capa da fanfic? Gostaram?

Capítulo 8 - Plomo


Tentei mover minhas mãos sem sucesso. Pelo que percebi, ele havia me amordaçado e amarrado junto a uma cadeira desconfortável. Suponho que seja de madeira. Com os olhos vendados eu não consigo ver nada, apenas ouvir o som de Camila chorando. Me movo pelo extinto machucando os pulsos e com o desespero, faço a cadeira cair batendo com a lateral do rosto no chão. Grito abafadamente por causa da mordaça e sinto um chute no abdômen. Soa seco. 

— Olha só, Andrea, sua amiguinha está querendo dar uma de esperta. — pela voz, deduzi ser o homem que atacou Camila dentro daquele carro. Andrea? 

— Por favor, não machuque ela. Ela não fez nada para merecer isso. — Camila suplicou. 

— Invadiu meu espaço do mapa ao chegar em Norcross. Você também. Mas foi por um bom motivo, garanto... — eu sentia vontade de vomitar. A barriga doía e a sensação de estar nas mãos de um canalha me fazia entrar em pânico. Pensar em como Camila deve estar se sentindo próxima a alguém que a feriu daquela forma não ajuda muito.

— Claro, eu voltei por você. Não teria outro motivo. — Camila estava fazendo um teatro com seu estuprador para nos safar ou teria adquirido síndrome de Estocolmo. Torcia para a primeira opção. 

Senti as mãos dele desatarem o nó nas minhas mãos. Sua pele era áspera e sentia um cheiro de cigarro pela respiração dele estar próxima da minha. Puxou a venda com força e empurrou a mordaça para baixo. Ele usava um tapa-olho e não era muito novo. 

— Esses seus olhos verdes são lindos, querida. Adoraria arrancar um e colocá-lo sobre o que me falta. — murmurou passando a língua entre os lábios. Se levantou e assim que virei a cabeça, pude ver que Camila estava próxima a mim antes da cadeira cair. Aquele homem me ofereceu a mão para levantar. Recusei e fiz o ato por mim. — Sente na cadeira. É uma ordem. — seu tom era ríspido. Levantei a cadeira e me sentei na mesma. Estava confiando em meu pai e James para que nos tirassem dessa casa. — Me chame de Brian Blake. 

— Prazer. — sussurrei. Olhei para Camila. Achei conforto na latina sentada a poucos metros de mim. 

— Voltou por mim, meu amor? — disse Brian. Ele se agachou próximo dela e apertou seu maxilar com a ponta dos dedos. Após se levantar, cruzou os braços e se pôs a fitá-la. — Tire a camiseta. — ordenou. 

— Brian, eu... — ela tentou contestar, mas foi interrompida. 

— Isso é uma ordem, Andrea. — agarrou o braço da mesma e a fez levantar com brutalidade. Respirei fundo torcendo para que aquilo acabasse logo. 

— Está bem. — suspirou e deu-se por vencida. Seus dedos agarraram a barra da camiseta e a puxaram para cima. — Pronto.

— O sutiã também. — deu um sorriso malicioso para a mesma. 

— Por favor... — choramingou. Levantei da cadeira rapidamente tentando abordá-lo por trás, mas ele sacou uma arma coberta pela camisa e apontou para mim. 

— Quieta, querida. Não me faça te machucar. — disse para mim. — Andrea, é para hoje. — virou o braço apontando o revólver para a cabeça de Camila, que arrancou o sutiã de seu corpo no momento seguinte. 

Ele passou um bom tempo fitando o corpo da latina. Ela tentou colocar as mãos sobre ele para tampá-los, mas ele a forçou a deixar os mesmos descobertos. Logo ordenou para ficar totalmente nua. Não havia o que pudesse ser feito para impedir aquele homem. Um passo em falso e ele atiraria nela. 

— Está bem, Brian. Como você pediu. — sua voz estava trêmula. Ele passou a mão por seus cabelos acariciando os mesmos e assim que agarrou-a pelo cabelo, a trouxe para o outro lado da mesa dele, ficando de frente para mim. 

— Senti sua falta, meu bem. — empurrou a mesma contra a madeira, fazendo-a ficar de quatro e empinada para o mesmo. Ele fazia movimentos pressionando a mesma e descia o rosto para próximo do seu pescoço, beijando as costas dela calmamente. Camila tentou pegar um lápis que estava em cima da mesa por extinto, mas resultou nele agarrando as mãos da mesma e continuando o assédio com seus braços imobilizados. Ela ergueu seu olhar e sustentou-o olhando para mim fixamente. Ela não queria de jeito nenhum permanecer naquilo com ele.

Ele largou dela por um momento e mexeu no cinto da calça. Jogou o mesmo no chão e, pelos movimentos de seu braço, deu a perceber uma possível masturbação.  

— Brian, eu não posso fazer isso com você... — implorou. Ele subiu as mãos até a nuca de Camila puxando seu cabelo para trás. 

— Não pode? Desde quando você tem voz para decidir o que deve ou não fazer? Você é uma mulher. — ele deu um tranco para frente e Camila gritou, indicando que a violação havia começado. Fechei os olhos. — Quero que assista, querida. — pegou a arma que estava do lado de Camila e apontou para mim enquanto seu corpo fazia movimentos de vai e vem bruscos contra ela. Seu rosto estava se amassando junto a mesa com tamanha brutalidade e ela rosnava cerrando os dentes. Assim que ouvi o barulho da verificada do pente, levantei as pálpebras tendo plena visão de toda aquela cena. — E o mundo é dos homens... — sorriu sarcástico e atirou contra o teto três vezes fazendo um estrondo horrível. 

— Vai atrair andarilhos. — murmurei incrédula. 

— Essa é a intenção... Canibalismo é arte. — eu não estava aguentando aquela violência perante os meus olhos. Não estava aguentando toda a insanidade do ser humano. No departamento eu sempre via casos tenebrosos de estupro, mas nunca vivenciei um. Não com uma pessoa próxima. 

Tossi para aliviar a pressão na garganta. Enquanto tentava pôr a mente no lugar, percebi que se James e meu pai fossem atenciosos, poderiam verificar o porquê de haver tiros na região. Cada minuto a partir daquele momento contava e era uma oportunidade de sermos salvas. Eu estava sendo egoísta sobre meus sentimentos, porém era Camila quem estava sofrendo um estupro. Era brutal.

— Por favor, para! — gritou ela e quanto mais ela contestava o ato nojento de Brian, mais ele se empolgava e agredia-a ainda mais. 

— Eu vou gozar dentro de você, Andrea... — sorriu e segurou em seus dois ombros intensificando as estocadas. A porta começou a se demonstrar forçada. Pela forma do que estava por trás dela fazer isso, deduzi que não seria James ou Rick. Eles nunca abordariam assim. Prendi minha atenção ao o que entraria por ela. Ele continuava metendo em Camila e chamando a mesma de Andrea gemendo esse nome. Quando Camila debruçou-se por completo na mesa e começou a chorar, notei que ele havia terminado. Se distanciou dela ainda nu ajeitando as calças. — Apertada como sempre foi... — disse e a porta foi aberta. Andarilhos entravam. Contei cinco. 

— Me empresta a arma, Brian, temos que matá-los. — disse desesperada. Camila estava tão alheia que nem levantou a cabeça. Era como se tivesse desistido. 

— Nem pensar. — deu de ombros e sentou-se no chão. A arma estava do seu lado, mas quanto mais tempo ele enrolava em seu joguinho masoquista, mais andarilhos entravam pela porta arrombada. 

— Por favor, a gente lutou muito pra você deixar a gente morrer dessa forma. — entrei em pânico momentaneamente imaginando a dor de uma mordida deles. Tentei pegar o mesmo lápis que Camila pensou em usar para agredi-lo, mas assim que me levantei, ele sacou a arma e mirou em mim. De novo. 

Camila permanecia quieta, mas seus ombros tremiam. 

Ouço tiros do lado de fora. Em alguns segundos, alguns dos andarilhos que já tomavam conta do recinto caíram. Meu pai entrou e James usava um rifle. Assim que Brian tentou pegar em sua arma, James atirou em seu ombro. Corri até ele e chutei a arma do mesmo, pegando-a de forma ágil e contornando a mesa para chegar até Camila. A mesma se escorou em mim de forma desesperada e me apertou com bastante força. Ela estava completamente nua e eu segurava a mesma com cuidado. Eu estava com medo de fazer algum gesto errado, de piorar a situação de alguma forma. Aqueles momentos em diante seriam cruciais para ela assim como os anteriores.

— Lauren, temos que ir agora! Está enchendo deles e estamos quase sem munição. — disse atirando em mais alguns. 

Ainda abraçando Camila, viro a cabeça e mantenho meu campo de visão focado em Brian. Eu segurava em minhas mãos uma garota que não merecia nada de ruim que havia acontecido com ela. Isso me doía. Sempre senti com força todos os relatos de estupro como sendo comigo. Uma mulher se machuca e a outra sente porque sabe como é viver o machismo todos os dias. Sabe como é escapar viva dele. 

A vingança era de Camila, é claro, mas ela não faria isso. Não tinha condições de fazer. Tinha de ser eu. Não soltei a mesma por nenhum segundo e enquanto ela chorava baixinho próximo ao meu ouvido, mirei o revólver na cabeça de Brian. 

— A cadeira elétrica nunca teve influência minha. Eram as leis da América. Entre eu e você haverá somente uma. — atirei em seu ombro novamente e outra bala acertou seu estômago. — Quer canibalismo? — observei andarilhos indo em direção dele pelo cheiro de sangue. — Seja você comido vivo por um canibal. No inferno Satanás o ensinará a respeitar uma mulher. — gritei para James e meu pai me cobrirem enquanto Camila e eu andávamos até a porta. Vi Brian gritando e tendo sua pele sendo rasgada pelas unhas deles. Eles se aglomeraram perto dele para comer e a última coisa que consegui notar eram suas tripas sendo retiradas com o mesmo ainda gritando de agonia e desespero. 

Camila teve sua vingança e eu tive sangue em minhas mãos pela primeira vez. E o gosto era bom. 


Notas Finais


O capítulo foi pequeno porque necessitava de algo que focasse somente nesse acontecimento. Minhas aulas voltam amanhã e como eu trabalho, ficará difícil de postar, mas eu farei o possível, meus amores! Espero que tenham gostado. Quem assistiu TWD viu as semelhanças do Brian com o Governador (que no caso, são as mesmas pessoas). Foi bom ter tido mais um crossover com a série, foi algo incrivelmente legal de escrever, fora que o nome pelo qual ele chama Camila é Andrea (peguem essa). Até mais! <3


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