História Dangerously Wicked Women - Prólogo

Todas as garotas querem ser assim

Meninas más lá no fundo, assim mesmo

Você sabe como estou me sentindo por dentro

Algo em, algo em

Dangerous Woman — Ariana Grande

Los Angeles, CA (EUA)

29 de junho, 2016

17h34 — Terça-feira

— Prontas? — A voz rouca de Louise vinha da escuta das meninas e da do Cezar.

— Eu nasci pronta, baby — a morena de cabelos lisos e brilhantes disse.

— Nem um pouco convencida, Layla — a mais velha, Kiera, falou.

Kiera era linda e alta, com os cabelos incrivelmente compridos.

— Vamos logo com isso, meninas. Chega de papo-furado. Temos três minutos a partir de agora — Louise avisou.

As meninas, que estavam dentro da van, começaram a se aprontar. Ágata ficaria dessa vez com a responsabilidade de esconder a van e aprontar os carros. Ela era linda, tinha mais de 19 anos, mas não parecia passar dos 17. Nenhuma daquela gangue passava disso.

— Sob meu comando — Louise disse.

— Prepare-se — Samantha disse, saindo do banco do passageiro e indo para a traseira da van. Pegou sua metralhadora, prendeu os cabelos castanho-escuros e os colocou dentro de uma touca de cor vermelha. Apenas sua boca e seus olhos azuis estavam à vista.

Toucas semelhantes cobriram o rosto de cada uma das meninas presentes. Todas pegaram suas armas e esperaram a ordem da amiga.

— Cezar, sem gracinhas — Ágata pediu ao menino de cabelos curtos e loiros e olhos incrivelmente azuis, iguais aos de Sam.

— Agora! — O sinal foi dado.

— Hora do show, porra! — Layla exclamou.

Os quatro saíram da van rápidos como o Flash, entrando no banco HNPS, um dos maiores dos Estados Unidos. Ao entrarem nele, Cezar deu um tiro para cima, iniciando uma série de gritos e agitação por parte dos clientes e funcionários.

— Todos para o chão agora, mãos onde eu possa ver — Layla gritou, apontando as armas para as pessoas ali, sem se importar com as câmeras e nem com os alarme, pois Lu já havia desligado qualquer meio de comunicação e vigilância dessa parte de Nova York.

Enquanto Layla, Cezar e Sam cuidavam dos funcionários do banco e das pessoas ali presentes, Kiera caminhava até o cofre e colocava em sua porta uma bomba feita por ela.

Em poucos segundos, a porta do cofre explodiu. Kiera entrou rapidamente nele, à procura da esmeralda que pertencia à rainha do Reino Unido. Era a mais cara de todas as pedras preciosas do mundo. Quando Kiera a encontrou, saiu, mas não sem antes pegar um spray cor-de-rosa e deixar a marca de sua gangue: um lindo MG na parede de dentro do cofre, que significava Mean Girls.

— Vocês têm 50 segundos, a polícia está chegando. Vão, saiam rápido — Lu apressou pela escuta.

— Vamos. Agora — Layla disse.

Os cinco saíram rapidamente, logo avistando os três Ferrari à espera deles. Ágata estava dentro de um, Kiera se juntou a ela, no outro foram Cezar e Layla, que rapidamente aceleraram, e no último foi Sam, que levava a esmeralda consigo.

Quando perceberam, estavam sendo seguidos por cinco viaturas que dirigiam em alta velocidade, passando por todos os sinais vermelhos, como as meninas faziam.

— Droga — Sam falou pela escuta que a conectava com todas as meninas.

— Quantas viaturas? — Louise perguntou.

— Cinco — Layla disse, ao lado de Cezar, que dirigia em alta velocidade.

— Ok, me deixa pensar — Louise falou, e, depois de alguns segundos, continuou: — Sam, você vem direto para cá, passando pelo deserto de Los Angeles. Layla e Cezar, vocês vão para o lado oposto ao de Hollywood, deem a volta por Malibu. Kiera e Ágata são as iscas: despistem-nos e depois sigam direto para o galpão.

Assim foi, os três carros seguiram para direções opostas, e a polícia pôde apenas seguir o carro de Kiera e Ágata. Pobrezinhos, acham que a esmeralda está com elas, Sam pensou.

Trinta minutos depois, Sam finalmente chegou ao galpão bem afastado de toda Los Angeles. Desceu do carro, notando que havia sido a primeira a chegar. Quando Louise viu a amiga passando pela porta de entrada, pulou em seu colo.

— Você está bem? — perguntou.

— Estou, Lu — Sam garantiu, olhando para a amiga.

Lu tinha lindos cabelos cacheados, feitos pelo babyliss. Seus cabelos estavam tingidos de roxo-escuro, fazendo com que seus lindos olhos castanhos se destacassem. Lu era uma garota de mais ou menos 1,63 de altura. A líder das meninas era técnica de computadores e tudo que envolvia áreas tecnológicas. Ela era uma fera.  

— Segundo o GPS do carro das meninas, Cezar e Layla chegarão aqui em dez segundos. — Louise nem havia terminado, quando o Ferrari deles estacionou ali.

Ela fez a mesma coisa que havia feito com Sam, pulou no colo dos amigos.

— Isso é pelo motivo de ter me ausentado por 30 minutos, baby? — Cezar disse com a sua melhor voz de “foda-se”, mas no fundo amava todas aquelas garotas, em especial Lu.

— Cala a boca, viado — retrucou, dando um beijo na bochecha do amigo.

— Credo! Germes héteros. — Limpou rapidamente o beijo e entrou, dando de ombros.

Sam revirou os olhos e também entrou, indo terminar o seu trabalho.

Louise deu um abraço na pequena Layla.

— Moça, eu estou bem, tem que parar de ser tão emotiva — La falou, olhando para os olhos da amiga.

— Você tem razão. Pareço a líder das Mean Girls — disse, sorrindo.

— Exatamente. — La piscou para ela e entrou para terminar o seu trabalho.

Louise olhou novamente para o seu tablet, encontrando exatamente a localização das amigas. Reparou que em dois minutos estariam ali, então ela concluiu que teriam de fazer a próxima parte do plano sem elas.

Todos os arquivos foram excluídos permanentemente dos computadores do galpão com a ajuda da senha mestra de Louise, enquanto Cezar pegava as poucas armas que ainda havia ali e colocava em uma fila, tacando gasolina em cima delas. Layla ajudava Louise com os computadores, tacando-os onde Cezar jogava a gasolina.

Sam colocava duas malas em um dos carros que estavam escondidos, aguardando a verdadeira fuga. As meninas trocaram de roupa e vestiram algo casual, como se estivessem voltando da praia. Cezar terminou o trabalho, tacando gasolina em todo o galpão e nos dois carros usados para a fuga do banco.

Dez segundos depois, o carro onde estavam Ágata e Kiera chegou. Elas, em poucos minutos, colocaram o carro usado em frente aos outros, molhados de gasolina.

Rapidamente, Ágata, Kiera, Samantha e Layla pegaram o BMW prata e entraram nele, partindo como se nada tivesse acontecido.

A parte mais difícil ficou com Louise e Cezar. Louise ligou o carro, um lindo BMW preto, e entrou nele. Foi em direção à rua, em linha reta, e acelerou. Depois, deu a volta com o carro, ainda em alta velocidade, e foi em direção ao galpão. Cezar, no banco do passageiro, jogou um isqueiro onde estava úmido de gasolina. E pronto. Foi ouvido um estrondo. Estava tudo acabado; tudo pegou fogo — todas as provas contra a Mean Girls, a maior gangue dos Estados Unidos. Elas tinham decidido se aposentar, ou era isso que achavam que aconteceria.