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História Dangerously Wicked Women - Perseguição


Escrita por: DeusadaMentira

Notas do Autor


Oláaaa amores!!!
Não demoreiii novamente (aplausos)
Eu iria voltar sexta mas acabei indo pra casa do meu pai, tive uns problemas com minhas amigas, mas enfim vamos para esse cap, que pessoalmente é um dos meus preferidos ate o momentos, espero que gostem.
Não esqueçam de comenta e boa leitura amores.

Beta-Reader desse cap: Nacoarba

Capítulo 4 - Perseguição


Fanfic / Fanfiction Dangerously Wicked Women - Perseguição

Londres (UK)

16 de julho, 2018

18h50 — Sexta-feira

Louise saiu pelo portão principal da faculdade de Cambridge em direção ao estacionamento que ficava a poucos passos dali. A roupa pesada de tons escuros não saía do seu corpo, e ela apertava cada vez mais sua bolsa transversal contra si, devido ao frio intenso de Londres. Dois anos morando naquela cidade, mas ainda não havia se acostumado com o frio da mesma, e uma saudade repentina de sua cidade natal se instalou em seu peito.

Louise sentia saudade de tudo relacionado à sua antiga vida — da sua família, da sua cidade, dos seus amigos e, principalmente, da adrenalina da vida do crime. Entretanto, ela fez uma promessa para uma das pessoas que ela mais amava no mundo: sairia dessa vida, tentaria viver uma vida normal longe de tudo aquilo. E ela estava cumprindo com sua promessa, mesmo que doesse profundamente. A única coisa que a consolava era que aquela Louise, a líder das Mean Girls, estava muito bem trancada em seu peito, sem data para sair.

Enquanto andava, seu salto batia forte contra o chão asfaltado do estacionamento. King se dirigiu até o seu carro, um Volvo S60 2016 branco, abrindo-o com a chave e entrando no mesmo. Jogou sua bolsa no banco do carona e ligou o aquecedor logo em seguida. Louise sentiu uma sensação estranha, como se alguém a estivesse vigiando. Não era a primeira vez que isso acontecia.

Passou lentamente a mão por debaixo de seu assento e pegou sua antiga pistola, olhando atentamente para todos os cantos visíveis de fora do seu carro.

Algo chamou sua atenção.

Um Porsche azul do outro lado da rua, fora de sua faculdade. Os vidros do carro eram completamente pretos, impossibilitando a visão de seu interior. Mas Louise sabia que alguém a observava lá de dentro.

Sem medo algum, passou a arma, que antes estava dentro do seu carro, para o interior do seu casaco, saindo do carro e olhando fixamente para a janela do motorista. A garota não tinha medo de morrer: se essa fosse sua hora, ela aceitaria de bom grado. Mas não morreria sem antes fazer um grande estrago. Ela não saiu do carro com o objetivo de fazer uma troca de tiros, e sim de mostrar para quem estivesse atrás daqueles vidros escuros que ela não tinha medo, e que agora ela sabia que alguém a vigiava.

Deu seu melhor sorriso irônico, olhando o carro que a observava. Logo em seguida, entrou novamente em seu Volvo, ligando-o e seguindo em direção à sua casa. Entretanto, o acontecimento de poucos minutos não saía de sua cabeça. Quem será que estava atrás dela? É verdade que Louise, juntamente com seu antigo grupo, havia criado bastantes inimigos, mas muitos não conheciam sua verdadeira face.

Esse pensamento a seguiu até sua casa.

Abriu a garagem com o controle remoto que estava em seu chaveiro de computador, dado por Kiera anos atrás. Pegou sua bolsa e saiu do carro, reparando que o BMW M2 de Sam estava na garagem. Sua amiga ainda não havia saído para a faculdade, concluiu a menina. Entrou em sua casa, pulando em seu sofá marrom e jogando a bolsa no chão, exausta.

King trabalhava em uma livraria pela manhã, como forma de passar o tempo, pois a mesma não precisava de dinheiro. O último roubo feito pelo seu grupo havia resultado em dinheiro para toda sua vida. À tarde, ia para faculdade e à noite, ficava em casa sozinha, pois sua melhor amiga havia escolhido estudar justamente no único horário que ela estaria em casa.

— Lu? — Samantha descia as escadas apressada.

Ela estava atrasada.

Nenhuma novidade, pensou Louise.

— A Madre Teresa que não é — disse, irônica.

— Engraçada como o Cezar — Sam falou, colocando seus brincos enquanto procurava sua bolsa pela sala rústica. Entretanto, não foi isso que a jovem de olhos incrivelmente azuis achou; ela viu a arma de Louise juntamente com a bolsa da amiga.

— Sua arma — disse, pegando a pistola Taurus PT 59.

Cada um dos membros da Mean Girls tinha uma, mas diferente das outras armas usadas pelas meninas, essa era especial. Quando o grupo foi montado, cada um mandou fazer uma Taurus PT 59 personalizada. Ela era banhada a ouro e tinha o nome das meninas escrito em um dos lados e do outro, Mean Girl. Elas só conseguiram comprar a tal arma por causa de uma corrida que Sammy ganhou contra um gângster de LA.

— Nada — Louise disse, levantando-se e tirando sua arma da mão da amiga.

— Louise King — Samantha gritou, preocupada.

Sam era a mais nova do grupo, mas a mais protetora só perdia para Agata. Este costumava ser um trabalho de Louise, mas podemos dizer que a garota já havia perdido esse seu lado há algum tempo.

— Tem alguém me vigiando. Hoje vi um carro azul com os vidros escuros me observando na saída da faculdade — conta. — Mas não precisa se preocupar...

— Não preciso me preocupar? — interrompeu, irônica. — Eu vou me preocupar. Amanhã você vai com o meu carro ao trabalho.

— Para quê? — perguntou, franzindo o cenho.

— Se você precisar correr ou fugir, o meu carro é a melhor escolha — falou, óbvia. Por fora, o carro de Samantha era apenas um BMW, mas mal sabiam que aquele carro corria em uma velocidade absurda. Ele havia sido completamente modificado pela garota.

— Se isso te deixa mais calma e menos paranoica, eu vou com ele. — Deu de ombros, pegando sua bolsa com a mão desocupada, subindo as escadas em direção ao quarto e deixando Samantha com os seus próprios pensamentos.

Londres ( UK)

17 de julho, 2018

7h45 — Sábado

Louise se arrumou rapidamente. Ela havia perdido o horário. Não era comum a garota de olhos castanhos perder o horário, essa sempre havia sido uma habilidade de Sam, mas algo a perturbou a noite inteira: o Porsche azul que ontem a observou. Não havia sido a primeira vez que ela o vira; durante a madrugada, flashes de memória vieram à sua mente. Há um tempo, quando ela saía de um supermercado, notara-o bem perto. Naquele momento, nem ao menos havia se importado com o carro, por que iria? Era apenas mais um no meio de outros milhares nas ruas de Londres.

Lu colocava desastradamente sua bota preta de cano longo por cima de sua legging da mesma cor, pegando em seguida sua jaqueta de couro vermelha e colocando por cima de uma blusa longa e branca. Prendeu o cabelo em um coque e desceu as escadas no “estilo Sam”, como a mesma falava, pegando sua bolsa de ombro preta, que já a esperava no andar de baixo. Foi interrompida antes que pudesse pegar suas chaves.

— Esquecendo-se de algo? — sua amiga perguntou, atrás dela.

Louise nem respondeu, pois sabia que a mesma estava correta. Foi até o pote onde ficavam as chaves de Samantha, apanhando a do carro, de cabo avermelhado, e a tirando do chaveiro do Batman. Colocou-a no seu, mas não antes de tirar sua própria chave do carro e jogá-la no pote, junto com as outras.

— Prontinho — disse, olhando para a amiga, que se encontrava com o pijama do Batman. Com Sam e Kiera juntas, vira a festa das batgirls, pensou Louise.

— Está gata, amiga — a mais velha disse. Samantha deu o dedo do meio para Lu, que riu ainda mais em resposta.

— Continue rindo, que será demitida — referiu-se ao seu atraso.

— Merda! Você está certa — Louise disse se apressando. Deu um beijo no rosto da amiga, saindo em seguida e destravando o carro. Seguiu para o seu trabalho, que não era muito longe dali.

 

13h55

Louise estava fechando a livraria hoje. Não era o seu dia de fechá-la, mas como havia chegado atrasada, o chefe da morena havia decidido que a mesma deveria fazê-lo. A garota não havia reclamado, ela amava o seu emprego — os livros e trabalhar com eles ao seu redor faziam com que ela se esquecesse dos problemas que tinha por fora das paredes do Incredible Places, a livraria na qual trabalhava.

Terminando de trancar a porta principal da livraria, ela atravessou a rua, indo ao encontro do carro de Samantha, que ela havia estacionado ali. Entrando no automóvel assim que destravado, Louise o ligou e seguiu para o caminho de sua casa.

Durante o percurso, ela parou em um semáforo e aproveitou para ligar o som, deixando com que a voz da linda Beyoncé em Sorry preenchesse os seus ouvidos. Quando olhou para o semáforo novamente, o sinal já estava verde, e ela continuou seu caminho. Porém, algo chamou sua atenção: duas BMW M5 pretas a perseguiam. Louise não conseguiu identificar quem estava ao volante, pois os vidros eram totalmente escuros, iguais aos do Porsche azul que ela havia visto ontem.

Louise deu uma breve acelerada, mudando a rota do caminho da sua casa para ganhar tempo, e conseguiu se afastar do centro da cidade. Tudo que ela menos queria era a polícia de Londres na sua cola por causa de algum desgraçado que tentava persegui-la. Enquanto levava o carro para uma estrada deserta onde geralmente ocorriam as rachas em Londres, ela colocava o cinto de segurança e ligava para Samantha, que atendeu ao terceiro toque.

— Fala, cocô — disse divertida, sem saber que não o era o momento certo.

— Tem duas BMW M5 pretas me seguindo — falou, séria.

Do outro lado da linha, Samantha rapidamente se levantou da cama, correndo até o quarto da amiga e pegando o antigo notebook prata de Louise.

— Senha? — perguntou.

Louise rapidamente entendeu o que a amiga perguntou. Anos atrás, todas as meninas foram treinadas para momentos como aquele. Só que agora era diferente, quem geralmente ficava atrás do volante era Samantha e quem ficava atrás do computador, Louise.

— 090314MG — falou, enquanto os carros a acompanhavam.

Com o notebook desbloqueado, Samantha foi ao aplicativo do mapa que via o que estava acontecendo nesse exato momento em todo o mundo. Pesquisou a localização do seu carro usando o código de rastreamento que até hoje as meninas usavam em seus automóveis. Logo o pontinho vermelho indicando a localização de Louise apareceu na tela, e Samantha observou os carros que a seguiam pelo aplicativo que a jovem havia hackeado do governo dos EUA anos atrás.

— Samantha, rápido! Em 30 segundos, eu chegarei a uma estrada completamente deserta — ordenou com a voz afobada. — Preciso saber para onde ir.

Louise olhava pelo retrovisor e observava os BMW se aproximarem mais e mais. Do outro lado da cidade, Samantha estava completamente nervosa. Ela nem entendia muito bem como funcionava aquele programa — quando Louise explicou para o grupo, ela havia optado por não prestar atenção, pois nunca pensou que passaria por aquilo, afinal, Layla era quem mexia com o programa quando Louise não estava.

— Continue reto — a garota de olhos azuis falou.

Nenhuma estratégia se passava na cabeça de Sam; nenhuma que envolvesse tecnologia, pelo menos.

— Droga — Louise gritou.

— O quê?

— Estão atirando em meu carro. — A voz de Louise era de completo ódio. Por sorte, o carro de sua amiga era blindado, então nenhuma bala comum conseguiria perfurá-lo.

— Louise, eu não sei mexer nessa porcaria. — A voz de Samantha era ouvida pelo telefone embutido no carro.

— Samantha, se você não arrumar a porra de uma estratégia agora, juro que te mato — a ex-líder gritou, sentindo uma raiva imensa.

Ela odiava não ter o controle da situação, e o pior é que ela não conseguia pensar em nada. Ela não tinha as rotas daquele lugar, ela só se lembrava dali porque um tempo atrás várias pessoas foram presas por causa de corridas clandestinas, por ser um lugar em que a polícia não frequentava.

Olhando novamente para o retrovisor, a garota reparou que os carros que a seguiam miravam outra arma: uma metralhadora. Louise não teve escolha, agora ela precisava correr. Pisou forte no acelerador, correndo em zigue-zague e conseguindo sair da mira de seus perseguidores. Pelo menos, foi o que pensou.

— Corra! Lembre-se de tudo que eu te ensinei a respeito de carros! — Samantha gritava, enquanto Louise se lembrava de cada manobra ensinada pela amiga.

Foi então que teve uma ideia.

Os BMW aceleraram e começaram novamente a atirar contra o carro da jovem. Louise virou o volante com tanta força, que o carro girou em vários círculos, causando uma forte batida entre um dos carros que a perseguiam com o carro cinza de Louise.

Ela bateu a cabeça no volante.

— Ai! — gemeu de dor.

— Louise? — Ouviu a voz de sua amiga, completamente preocupada. — Está bem?

Aham — murmurou, acelerando novamente.

Ela olhou rápido para o retrovisor e viu o cara que dirigia o carro que bateu contra o dela desmaiado sobre o volante. Só falta um, pensou. Todavia, nem tudo estava bem, sua cabeça girava por causa da batida forte. King não podia desmaiar agora; ela precisava correr.

— Não quero te desanimar, mas tem dois carros indo na sua direção — Sam disse, nervosa.

— Não fode, Samantha!

Deu um soco no volante.

Ela não estava bem nem psicologicamente e nem fisicamente. Seu corpo doía em razão da batida, sua cabeça estava pesada e havia um corte em sua testa, que só havia sido notado nesse momento. Olhando para os dois retrovisores, ela viu dois carros se juntando à perseguição. Entretanto, esses carros eram completamente diferentes dos outros dois. Um Mercedes SLS AMG Electric amarelo veio em direção ao BMW preto. O que vinha à esquerda era um Icona Vulcano vermelho.

Louise se surpreendeu quando o Mercedes e o Icona começaram a atirar contra o BMW preto, que conseguia desviar de alguns tiros.

— Samantha, algo estranho está acontecendo — falou. — Os dois carros que chegaram estão atirando contra o BMW que está me perseguindo.

— O quê? — perguntou, assustada. — Por que eles estão te ajudando?

A morena não conseguiu responder, pois foi atingida por uma bala em seu ombro. O cara que dirigia o BMW havia conseguido perfurar o vidro traseiro usando uma espécie de bala especial.

— Ai! — gritou.

Seu braço ardia. Não era a primeira vez que ela havia levado um tiro, mas nem por isso doía menos.

Louise? — Samantha gritou, preocupada.

A jovem ignorou totalmente a amiga. Ela estava de saco cheio, um ódio se apoderou dela. Louise virou o volante em 380 graus, ficando frente a frente com os carros que estavam em seu encalço, fazendo ambos frearem bruscamente.

— O que você está fazendo, Louise King? Você vai morrer! — Sam gritou.

Lu pegou sua arma que estava dentro da bolsa, no banco do passageiro, e saiu do carro, cambaleando com sua visão turva. A BMW estava completamente destruída, mas o cara que dirigia ainda estava vivo — completamente machucado, mas vivo.

Um garoto de cabelos cacheados longos e de olhos incrivelmente verdes saía do Mercedes. Do Icona, um garoto parecido com ele saiu também — a única diferença eram os cabelos curtos e as roupas.

Louise encarou ambos, só que eles não eram seu alvo, pelo menos não naquele instante. Seus olhos focaram no homem que antes dirigia o carro que a perseguia. Ele a olhava, com medo. Bom, ele deveria realmente sentir medo.

Lu apontou sua arma banhada a ouro para ele, que a olhava apavorado. Em seguida, apertou o gatilho, fazendo com que a bala passasse pelo seu para-brisa completamente destruído e fosse ao encontro de sua cabeça. Sua mira era quase perfeita — Cezar fez questão de que fosse assim.

Os garotos de olhos verdes a olharam espantados. Eles nunca pensaram que a garota que eles passaram dois anos observando, coletando dados sobre sua vida e acreditando ser um anjo com problemas familiares poderia ser capaz disso. Assassinato a sangue frio. Ok que o cara não era tão bonzinho, mas mesmo assim era uma vida humana. No entanto, eles não poderiam julgá-la, já tinham feito muito pior.

Louise nem sempre foi capaz de algo tão violento. No começo era apenas roubar, mas depois matar virou algo inevitável. Alguns dos integrantes das Mean Girl conseguiam fazer tal ato sem sentir culpa ou remorso. Cezar e Layla eram desses. Outros, como Samantha e Ágata, nunca haviam tirado a vida de alguém. Elas não conseguiriam viver com tal peso nas costas.

Entretanto, tirar a vida de alguém era ainda mais complicado para Louise e Kiera. Ambas eram movidas por sentimento; Kiera pelo amor — ela faria qualquer coisa pelo amor —, Louise pela raiva. A mesma raiva que sentiu ao chegar em casa e encontrar sua mãe morta com um tiro, e por sua culpa. Foi disso que Louise se lembrou enquanto desmaiava no asfalto quente.


Notas Finais


Espero que tenham gostado amoress!!
O próximo cap já esta pronto so falta passa pela betagem, o próximo cap sera um pouco mais calmo, mas o seguinte prometo bastante ação.
Comentem o que achou sobre essa cap, e sobre a fic.
Quero agradeçer a todos que venham comentanto e peço para continue, bye ateee amorees
xx
LLumamalu


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