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História Danse Macabre - Surpresa


Escrita por: yourbluepeach

Notas do Autor


Oi, novo capítulo! Espero que goste!

Capítulo 2 - Surpresa


Fanfic / Fanfiction Danse Macabre - Surpresa

    Acordei com Brian me encarando, de pé ao lado da porta. Esse garoto era mais estranho ainda do que eu achava.

    - Bom dia. Eu acho melhor você trocar de roupa logo, antes que Constance dê seus maravilhosos berros.

    - Okay. – disse e me levantei, fui em direção ao meu guarda-roupa, peguei uma blusa azul e uma calça jeans (que fazia um bom tempo que não usava). Brian ainda estava ali. – Desculpa, mas pode sair para me trocar?

    - Está bem. – disse rindo. E fechou a porta.

    Troquei de roupa o mais rápido possível. E, quando eu ia abrir a porta, ele abriu a porta.

    - Pronto? Então vamos... Pega a sua bolsa e vamos para o inferno, quero dizer, escola.

    Fiz o que ele disse, despedi de minha tia, e fui andando ao lado dele. Minha tia falou que a escola era bem perto, deu para perceber.

    - Você é sempre assim... Certinha? – Disse com um sorriso bobo. – Nada contra, mas é engraçado o seu jeito.

    - Se tivesse pais como os meus, você seria assim também.

    - Meus pais estão mortos.

    - Desculpa...

    - Viu de novo. Você pede desculpa por tudo, isto é engraçado. Por que desculpas?

    - É como algo automático. Como falei, fui educada assim.

    - Seus pais te batiam ou algo assim? – Perguntou e em troca só recebeu meu silêncio, não ia contar minha vida para alguém que acabei de conhecer. – Sério, se for isso... Eles não mereciam serem seus pais. Eles...

    - Por favor, não fale sobre isso. Não pergunta nada disto até eu querer falar.

    - Claro, se você quer assim. Vamos mudar de assunto... Eu vou sair antes de acabar o dia de aula, e você não vai contar isso para Constance. – me disse com tanta certeza e frieza que apenas tive que concordar.

    Vi um amontoado de pessoas da nossa idade, era a escola. Quando chegamos, eles nos olharam. Primeiro eles encaram Brian, depois, com mais horror ainda, eu. Isso me deu até arrepio, todos os olhos voltados para nós. Brian apenas passou o braço em meus ombros e me puxou para ele, não rejeitei. Andamos mais rápidos e chegamos à sala da diretora.

    - Com licença. – Falei ao entrar na sala. Ele apenas me seguiu.

    - Sente-se, e o senhor pode voltar à sala de aula. – Ele continuou parado, me olhou e foi embora. – Então senhorita di Angelo? Estrangeira?

    - Sim, sul da Itália, deve ter percebido meu sotaque.

    - Percebi...

    (...)

    Depois de ela conversar comigo sobre algumas coisas da escola, me acompanhou até a sala de aula. Estava muito nervosa. A porta se abriu.

    - Esta é Nicolletta di Angelo, a nova aluna, espero que a recebam bem. – Eu apenas fiquei lá paralisada, e devia estar muito vermelha. – Diz oi para seus colegas. – Ela disse mais baixo para mim, já não bastava eu ter vergonha.

    - Olá... – Alguns riram, ou pelo meu jeito tímido ou pelo meu sotaque.

    - Sente-se em algum lugar, a aula continua.

    Andei entre as fileiras e acabei sentando em frente a Brian (os únicos lugares vagos eram perto dele, que era no fundo). Os outros me encaram com o mesmo horror de quando entrei, pelo jeito não gostavam muito de Brian.

    - Só um conselho... – disse a garota que estava sentada em minha frente, pelo jeito, patricinha. – Fica longe desse daí.

    Apenas senti mãos em meus ombros. Brian se inclinou para perto de mim.

    - O que tem eu? Ela deve ficar longe de pessoas como você. – Rebateu, e apenas ri baixo.

    - Então você já caiu na dele? Primeiro, eu não sei como, segundo, tenho pena de você.

    Revirei os olhos, já estava pegando nojo da garota. Brian podia ser um pouco estranho, mas agir assim com ele era exagero. Exagero era também o jeito que ele estava agindo comigo, mas pelo menos afastava os babacas.

    - Depois não diga que não eu avisei. – Ela disse e se virou.

(...)

    As aulas tinham sido incrivelmente tediosas, os professores falavam rápido de mais e a metade das coisas que falavam, eu não entendia. Eu ia para a segunda, e última, parte do dia de aula. As pessoas ainda estavam me tratando como se fosse um ET. Vi Brian pegando algumas das suas coisas e saindo da escola, o segui.

    - Brian, aonde você vai?

    - Já está com saudade? – disse com um sorriso torto. – E eu vou fazer uma atividade que não é para seu tipo de garota, Nickie.

    - Qual é o meu tipo? – disse, fingindo estar brava e com os braços cruzados.

    - Doce, paz, mundo cor de rosa. Não...

    - Errou feio, quero dizer, nem tanto, mas não sou só isso. E eu vou com você, não aguento mais essas pessoas loucas me encarando.

    - Tanto faz.

    Segui-o, e, até chegarmos a um lugar de campo aberto rodeado por árvores (perto da casa de minha tia), ele ficou mudo. Quando chegamos lá, ele apenas pegou algo da bolsa, apenas o segui.

    - Por isso é que eu não queria que você viesse. – disse, mostrando uma pistola. Como se fosse automático, fiz aquele “golpe” de autodefesa e tirei a arma de sua mão. Apontei para ele.

    - Uau! – ele disse. – Como? Você achou que eu ia atirar em você?

    - Claro! Já me apontaram uma arma, sou apenas prevenida. 

    - Você sabe atirar?

    - Sim. E, sem querer me gabar, tenho uma ótima mira.

    - Então me mostre. Atira naquela árvore, bem no centro de seu tronco. – disse apontando.

    - Você não acredita em mim, não é? – E depois, fiz o que ele me desafiou a fazer.

    - Incrível. – ele disse ao ir até a árvore e conferir. – Pelo jeito você não é nada parecida da imagem que eu tinha de você.

     - Você não viu nada. – falei ao piscar e fingir soprar a pistola. Foi ridículo, mas legal.

(...)

    Quando chegamos a casa...

    - Pensei que você era mais exemplar Nicolletta! E nem tente se explicar, já fiquei sabendo de sua falta. – Disse Constance.

    -Deixa a Nickie! Ela é a garota mais exemplar que já vi, e a mais controversa. – Respondeu Brian. Minha tia apenas o olhou assustada.

    - Brian?

    - Nós vamos subir.

    - Eu quero conversar com você depois!

    E subimos. Fui até ao meu quarto, e ele continuou a me seguir. Sentei em minha cama, e ele ao meu lado.

    - Amanhã, Constance ficará o dia todo fora. E não teremos aula... – ele disse.

    - Fale.

    - Pensei em irmos explorar um lugar, você vai gostar.

    - Eu vou, com uma condição. Vá falar com minha tia, por favor.

    Ele revirou os olhos.

    - Trato feito, te vejo amanhã.


Notas Finais


E aí, gostou? Espero que sim!
Até o próximo capítulo!
=)


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