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História Dark Cloud (Park Jisung) - Entre sorrisos e boa noites


Escrita por: tuliptears

Notas do Autor


atualizei irra

Capítulo 2 - Entre sorrisos e boa noites


Fanfic / Fanfiction Dark Cloud (Park Jisung) - Entre sorrisos e boa noites

Na portaria do condomínio, esperava Jisung. Encarava o celular de cinco em vindo segundos, respirando fundo para não pirar. Sentia o vento levar meus cabelos e ouvia o riso alegre as crianças, correndo por entre as pequenas ruas do condomínio, e se balançando no melancólico parquinho.

Levava comigo um casaco fino nas mãos. Pensava se estava bonita com aquela camisa rosa para dentro da saia florida com rosas, pensava em voltar e trocar de roupa. A bolsa pequena se apoiava pela alça em meu ombro. Raspei o pé no chão, fazendo um barulho com o tênis branco. Estava ansiosa.

Umedeci meus lábios uma última vez, checando outra vez as horas. Cinco horas, em ponto. Escutei alguns murmúrios de garotas, falando sobre algum rapaz bonito que por ali passava. Levantei a cabeça, percebendo de que se tratava do garoto alto e sorriso suave. Ele estava lindo. Usava uma camisa xadrez com dois botões abertos na parte superior e uma calça preta, acompanhado de tênis pretos e um mochila nas costas.

— Olá — sorriu, aproximando-se mais.

— Olá, Jisung — foi inevitável não sorrir. O sorriso contagiante em seus lábios me fez perder todas as habilidades que tinha, incluindo respirar. Estava sem fôlego. — Onde está Maria?

— Com minha mãe, no carro. — Ele respondeu, me estendendo sua grande e linda mão. 

De forma superficial e tímida, coloquei minha mão sobre a sua, sentindo a temperatura quente de sua pele. Jisung me guiou em direção ao carro de SeungJa, que me recebeu com um sorriso lindo, enquanto eu embarcava no banco do passageiro. O Park mais novo sentou-se atrás de mim, conversando com Maria.

O sentimento de feliz me completou novamente. Pelo retrovisor, eu podia ver perfeitamente o sorriso – quase gengival – de Jisung. Me assustei quando uma mão apareceu ao meu lado, mas logo sorri, passando suavemente meu indicador pela palma suave e macia. 

O sol brilhava forte naquela tarde, quando Maria corria pelo parquinho florido e minha mão sentia o calor delicioso da pele do garoto ao meu lado. Me pegava encarando seu semblante sereno, e sorria quando seus olhos fechavam por culpa do sol. De certa forma, eu estava animada, novamente, em muito tempo.

— Você gosta de que tipo de flores? — questionou, com a voz baixa, observando os pássaros pela beira da água. Seu maxilar tinha o desenho perfeito de um L.

— Camélias são bonitas.. e você? — Ele me encarou. Sorri. — De que flores gostas?

— Camélias — esticou os lábios, voltando a encarar os pássaros que voavam pela imensidão do céu. Mesmo ventando, o dia continuava lindo. Faziam 16 graus, o que me fez sentir meio burra por não trazer um casaco maior. — Você fica bonita sorrindo.. sorria mais vezes. — Ele falou, ainda sem me encarar. 

Um toque suave dos beijos de deuses esquentaram rapidamente minhas bochechas. Encarei seu rosto, observando cada lindo traço do garoto. Segurei sua mão devagar, encarando os pássaros que se guiavam pelo fim do horizonte e sumiram rapidamente. 

Maria se juntou a nós, mostrando-me uma conchinha que havia pego perto da água, na areia. Nos braços de Jisung, ela se encolheu e assistiu o pôr do sol conosco, até dormir serena. SeungHee nos levou para seu restaurante, onde comemos carne bovina e arroz frito.

O tênue toque da pele quentinha de Jisung em minha mão me fazia sentir acolhida. Nunca iria cansar de falar sobre isso. Me sentia bem, perto da grande família dele, que – diferente da minha – me acolhia, mesmo com todos os meus defeitos.

— Do quê você mais gosta de fazer? — Ele questionou, com as mãos nos bolsos do grande moletom castanho. Um sorriso discreto se formou em seus lábios. 

— Honestamente, minha vida é monótona. Ir para a escola, chegar em casa, ler e desenhar trancada no quarto e dormir — murmurei, balançando as mãos no ar. Até que meus olhos conseguem enxergar um lindo vagalume, voando calmamente sobre o canteiro de rosas de uma casa do condomínio. — E você, do que gosta de fazer?

Um suspiro escapa pelos lábios do garoto. Ele sorri, enternecedor, tirando sua mão do bolso aquecido de seu moletom. Jisung segura minha mão, aprazível. Devagar, o garoto me guia sutilmente até o parquinho melancólico. Melancólico porque ninguém, além de algumas crianças – exclusivamente nos finais de semana – passeiam por ele. Em dias de inferno, a neve cobre cada centímetro do local, e ninguém – a menos que queria um tempo para chorar ou ficar sozinho – vai ali.

— Honestamente — repete-me. — Eu gosto de tudo. Se me chamasse para sentar na calçada para apenas ficarmos em silêncio, fazendo companhia um ao outro; eu viria — sorriu, novamente. Jisung sentou-se sobre o banco do balanço, soltando minha mão para se balançar no brinquedo. — Aprendi a viver como gosto, com calma.. com amor.

— Com amor? — murmurei, caminhando devagar para suas costas. Posicionei minhas pequenas mãos em seu dorso, empurrando-o delicadamente.

— É. Com amor.

Com amor. Mamãe gostava de dizer que, fazer coisas com amor, era como abrir portas novas para novas formas de amar. Dizia-me também que, amar era o jeito mais fácil de se conectar com alguém. Naquele momento, senti que poderia ser verdade. 

Fazia frio, cerca de 7 graus celsius. Jisung me ofereceu um casaco cinza seu, logo antes de sairmos do restaurante. Aceitei; não iria passar frio. E agora, nesse momento, posso sentir o cheiro doce emanar de seu casaco. As mangas ultrapassam meus dedos, ficam tão grandes. 

Empurro-o novamente, sorrindo ao perceber que estamos nesse vai e vem há algum tempo. Jisung solta uma risada frouxa e alegre quando não consigo alcançá-lo para balançá-lo mais uma vez. De fato, eu era minúscula. Não herdei a altura física de papai, nem de mamãe – que média 170 cm –; Jeno tem toda a genética física, quanto a mim sobrou apenas a aparência facial.

— Nana — me chamou, assim que paramos na frente de minha casa.

— Sim?

Durma bem. — Jisung abraçou-me devagar, colocando seus grandes braços ao redor de meu busto. Sem pressa alguma, apertei meus dedos contra seu moletom, apoiando minha testa em seu peito.

— Durma bem, Jisung — desejei, enquanto ele se afastava, ainda com o sorriso no rosto.


[...]


— Gente, atenção, por favor — pedi em meio às conversas paralelas.

— Diga, chefia. — YongHo sobressaltou, sentando-se sobre a mesa do amigo.

— O Comitê Estudantil de Presidentes, acabou de me informar sobre a feira de ciências — ouvi os murmúrios quase silenciosos na sala. Sorri, abrindo uma pasta com diversas folhas. — Vamos abrir a escola para todas as outras escolas da área, que quiserem, fazer visitação. Por sua vez, iremos trabalhar com robótica e meio ambiente. Sintam-se livres para trabalhar em cima disso.

— Nana, você vai participar? — Goeun questionou, com os olhos brilhantes.

— Dessa vez, não — falei, pronta para a chuva de comentários. — Tenho teste no meio dia, mas estarei aqui durante a tarde para visitar suas cabanas — sorri.

Prendi a folha do comitê no quadro de avisos, e logo distribui as folhas com exercícios que a professora de Coreano passou-me.

— Resolvam em 20 minutos — avisei, sentando-me ao lado de SungJoo.

O garoto conversou baixo comigo, sobre o teste que teríamos no dia da feira. Era o primeiro teste do ano para a faculdade mais cobiçada de Seul, Yonsei. Apenas alunos com a maior média – de 90 pontos para cima – poderiam participar do primeiro teste.

Rapidamente, solucionei as questões, dobrando a folha e colocando junto a página aberta de meu caderno, e o fechei. 

— Acha que vai ser difícil como no ano passado? — O garoto sussurrou, mordendo superficialmente sua caneta.

— Fizemos teste para uma faculdade no exterior, claro que seria difícil — sorri, tentando aliviar seu medo. SungJoo concordou, pensativo. — Vamos conseguir, confia em mim.

Prendo-me ao cheiro suave que o casaco de Jisung me proporciona e tento pegar no sono, com a cabeça sobre meus braços. Toda vez que um poema vem a minha mente, o sorriso dele vem pendurado. Como se meu coração o chamasse.

E tudo bem. Tudo bem meu coração chamar por ele. No momento, Jisung me faz bem.

O final do outono se foi, e agora a neve cai em pequenos flocos, espalhando-se pelo chão. Honestamente, ainda sinto meu coração pulsar pelo medo da tristeza. As férias de inverno se iniciarão em algumas semanas, e penso em como passarei os dias, se não for estudando e indo para a escola. 

Estranhamente, a sensação de vazio me preenche novamente. Meus pulmões buscam sorrateiramente pelo ar, e nem percebo que preciso de oxigênio.

Por favor, me responda; você ainda está viva, Nana?

Abro os olhos e respiro fundo. O ar volta lentamente para meus pulmões. Os alunos conversam baixo, esperando pela professora, que apenas aparece para entregar nossas notas do último simulado e dita alto "dispensados".

Carrego meu peso em direção a cantina, lembrando-me sobre todos os deveres que tenho que realizar. Estes incluem entregar alguns trabalhos, recolher atividades e providenciar data para os grupos de estudo durante a noite na escola. 

— Lee — escuto uma voz familiar, mas não me recordo até enxergar o rosto de Donghyuck, o que me faz rir. — Te achei!

— É, eu percebi, paspalho — de soslaio, presto atenção no cardápio.

— Por que faltou ontem? — questionou, fazendo o mesmo que eu.

— Estava um pouco cansada. — Donghyuck apenas concordou, fingindo não estar desconfiado. O garoto passou a minha frente, fazendo seu pedido e logo pagou por sua refeição. 

— Bibimbap e arroz para acompanhar — pedi, encarando agora as opções de bebidas. — E uma coca. É tudo. — A mulher sorriu, me entregando a bandeja com comida. Paguei e caminhei ao lado de meu amigo para uma das mesas vagas. 

— Jeno brigou com o namorado de novo — sussurrou, ao vermos meu irmão caminhando separado de Renjun pelo refeitório. — Eles não estão conversando direito e, pelo que entendi, Renjun pediu um tempo.

Suspirei. Jeno ser gay não era novidade para ninguém, e muito menos que seu namoro com Renjun estava caindo aos pedaços nas últimas semanas. Mas não era da minha conta.

— Eles vão voltar — mastiguei um pouco de arroz. — Sempre voltam — de boca cheia, falei.

— Tem razão.. eles sempre voltam.


[...]


Como de costume, estava no final da aula de reforço com Jae-seop, Dowon, JangMi e Heidi – a única alemã da turma. Expliquei a matéria de ontem para Heidi, já que seu coreano era limitado e ela não conseguia entender e nem ler direito. Em inglês, repassei a sua matéria, sorrindo para ela, que agradeceu baixinho em coreano. Acariciei seus cabelos, voltando minha atenção para os garotos que se jogavam bolinhas de papel.

— Ei — chamei a atenção dos dois, que soltaram risadas fofas, me fazendo rir junto. — Já terminaram?

— Chefia, isso é difícil!

— E desde quando coreano é difícil para um coreano? — levantei a sobrancelha, fazendo o garoto virar suavemente os olhos. — O que você não entendeu?

— Essas ações em verbos, a mudança. Por que elas acontecem? — Ele questionou. Isso eu gostava em Dowon, o garoto realmente se interessava pela matéria, perguntava demais. No final, sua média ia subindo aos poucos. 

Sentei ao seu lado, ajudando-o com a matéria.

Gostava dessas aulas, porque me divertia com eles. Era como mamãe dizia; faça as coisas por amor, e será retribuída pelo mundo. E eu era, de todas as formas – menos dentro do minha família. 

— Nana — levantei a cabeça, quando SungJoo adentrou a sala. — Tem um garoto querendo falar com você. Ele está lá no pátio. 

— Ah, claro — me coloquei de pé e caminhei até o Kim. — Gente, continuem as atividades até às 7. Qualquer coisa, me mandem mensagem. Estou saindo mais cedo, se quiserem, amanhã folga. 

Dowon resmungou, enquanto Jae-seop comemorava. Heidi apenas sorriu, voltando a escrever em seu caderno. JangMi, a garota que fazia aula de reforço apenas para estudar mais um pouco, concordou, trocando a caneta azul clara para seu marca texto.

SungJoo me guiou pela escola, enquanto conversávamos. Nossas dúvidas eram tiradas vagamente durante a conversa, porque nossos QI's eram do mesmo nível, mas haviam coisas que ele sabia mais do que eu, e assim inversamente.

— O Comitê falou sobre o teste? — murmurou.

— Minhyung só me avisou horário e local. Nada mais. — respondi, ajeitando meus óculos redondos sobre o rosto. Apesar de ser apenas para leitura, gostava de usar para estudar com os alunos.

Chegamos já quadra, onde pude ouvir suspiros das garotas. Logo, entendi o porquê. Jisung estava ao lado de um garoto mais baixo que ele e conversavam entre si. O mais alto usava uma camiseta branca, dois casacos – um amarelo e outra jeans – abertos e uma calça moletom com uma listra amarela do lado. Já o menor, trajava calças jeans pretas, uma camiseta listrada, que aparecia por debaixo do moletom rosa com algumas partes roxas. Os dois combinavam na cor do tênis – branco. 

Me senti levemente feia, comparada aos garotos. Usava o grande casaco de Jisung, o blazer fechado, junto com a camisa social com gravata e a saia xadrez. Minha meia branca terminava em minha canela, e nos pés calçava um all star.

— Nana — um sorriso lindo brotou nos lábios do moreno. Caminhei devagar até ele, abraçando-o superficialmente. — Esse é o meu melhor amigo, Chenle. Chenle essa é a Nana.

De repente, senti os braços do garoto rodearem meu corpo.

— Ah! Jisung falou tanto de você e do seu braço — sorriu, separando-nos lentamente. — Achei que deveria experimentar.

— Que experimentar o que, bobão! Nana é minha.. — Jisung parou por alguns segundos, até voltar ao que dizia. — Amiga.

— Certo, mas o que fazem aqui? — questionei, segurando a mão quentinha de Jisung. — Ah! Seu casaco! Você quer ele? — meus olhos pareciam querer saltar da cara.

— Não! Pode ficar — sorriu. — Pensei em vir aqui para te levar para tomar café em um lugar que eu e Chenle gostamos muito.. o que acha? — Jisung passou suavemente seu dedão por minha pele.

— Claro! Só tenho que pegar minhas coisas — murmurei. — Vocês vem comigo?

— Sim, quero conhecer a sua escola. — Chenle, animado, passou por nós devagar, sorrindo.

Depois de pegar minhas coisas, e ser perguntada pelas garotas da sala, quem eram os bonitões, saímos da escola. Jisung e eu continuávamos de mãos dadas, mas não fiz questão de soltar a quente pele do garoto.

No meio de MyeongDong, pude avistar diversas cafeterias, mas eles não entraram em nenhuma. Até o Cat Café entrar em meu ponto de vista. 

Eu amava animais, mas nunca tinha conseguido ter um. Não por não ter condições, mas por nunca papai ter deixado quando eu era menor.

Segurei firme a mão do maior, que adentrou o lugar e logo trocou os sapatos e passou álcool gel nas mãos. Fiz o mesmo ato dos garotos e me sentei ao lado de Chenle em uma mesinha no canto do lugar. Jisung se sentou no chão e pegou um gato peludo e branco, que deitou em seu colo, ronronando.

— Aquele é o Bokshil, o gato preferido do Jisung. Claro que o gato ama ele, mas digamos que o amor do Jisung seja maior. — Chenle explicou, enquanto lia o cardápio. — O que vai querer? Hoje é por minha conta — sorriu, me mostrando seus lindos dentes.

— Chocolate quente com chantilly e marshmallow — respondi. — Você tem um sorriso bonito, Chenle.

— Para você, Lele. E o seu sorriso também é bonito.

— Meus dentes são tortos, Lele — sorri, falando seu apelido.

— Mas são bonitos. São como dentes de vampiros. Mesmo que os caninos de cima sejam superiores, ainda são lindos. — Chenle falou com tanta calma que seus olhos brilhavam. Ele falava com tanga verdade do coração que era difícil não acreditar. — Jisung, o que você vai querer?

— Batida de morango com chantilly! — respondeu, ainda brincando com o gato.

— Vai fazer companhia a ele. Vou fazer os pedidos. — Ele levantou e saiu da mesa.

Respirei fundo e levantei, sentando devagar ao lado de Jisung. O garoto entrelaçou nossos dedos, sorrindo animado para o gato. O mundo ao meu redor parecia girar bem lentamente, para que eu prestasse atenção apenas nele. Estiquei o pescoço, selando meus lábios em sua bochecha. O Park me encarou, enquanto eu acariciava os pêlos brancos de Bokshil.

— Obrigado por ter vindo. — Ele sussurrou, ainda me encarando.

— Obrigada, você! Por me convidar. Caso contrário eu estaria em casa, mofando no sofá. — Jisung soltou uma leve risada.

Em alguns segundos, Chenle se juntou a nós, com dois gatos em suas mãos. Um deles era totalmente preto e o outro era preto com partes brancas. Segurei o gato com duas cores, ouvindo seu ronronar. Em sua coleira, havia seu nome; Sarangi. Acariciei sua cabeça, vendo-o se esticar e deitar sobre meus pés. 

Depois, sentamos a mesa, quando nossos pedidos chegaram. Passei meu braço pelo de Jisung, entrelaçando-os, e lhe mostrei algumas fotos que tirei de Bokshil, Sarangi e Haenami – o gato de pelos escuros que Chenle pegou no colo. Meu coração palpitava forte quando sentia o olhar de Jisung preso sobre mim. 

— Vocês parecem um casal. — O garoto sentado à nossa frente disse, sorrindo doce, enquanto bebia seu café com leite e marshmallow.

Um casal? — murmurei, encarando o garoto de cabelos negros ao meu lado.

— Parecemos? — Jisung questionou, sorrindo tênue para mim. — Então gosto de parecer um casal com você, seria sortudo de namorar alguém incrível assim — passou os dedos por meus cabelos, colocando as mechas perdidas atrás de minha orelha.

Meu coração só faltou pular para fora de meu peito e bater três palmas para dizer "Me convenceu, namora comigo". Perdida em meus pensamentos, encarei Chenle, que agora bebia seu café, com os olhos grudados em mim. Sentia que aquilo era alguma piada de "te arranjei o garoto, agora só beija". 

Jisung soltou uma risada fofa e voltou a nossa posição anterior, vendo as fotos bonitinhas de Sarangi. Sentia o seu desconforto porque não lhe respondi. Cheguei lentamente perto de sua orelha e sussurrei em um fio de voz "também acho que seria sortuda da namorar alguém como você".


[...]


— Ela é pesada? — escutei a voz de Chenle um pouco baixa e distante.

Estava nas costas do garoto alto, que caminhava devagar. Apenas lembro-me que, depois de tomarmos café, fomos para o centro de Hongdae, onde sentamos em um banco e admiramos uma queima de fogos rápida. Peguei no sono enquanto os garotos conversavam sobre basquete. Lembro-me também do moreno apoiar minha cabeça em seu ombro.

— Que nada! — A voz rouca de Jisung tomou meus ouvidos, mas continuei de olhos fechados. — Nana é leve feito pena.

Devagar, meu corpo foi colocado sobre uma superfície macia. Era o sofá de casa. Como eu sabia? Conhecia cada parte de minha casa, incluindo o sofá da sala, era onde passava os sábados a noite olhando filme com SeolHee.

— Podem deixar ela aí. — SeolHee ditou, e pude escutar o tilintar das xícaras de porcelana. — Bebam o chá. Vou buscar uma coberta para ela.

Um corpo sentou no chão, ao meu lado. Sentia os olhos encantadores de Jisung admirando meu rosto. Sua mão tocou a pele fria de minha bochecha, acariciando-me com o polegar. Abri os olhos lentamente, vendo os olhinhos assustados do garoto. Sorri. Levei minha mão para sua bochecha, acariciando a pele quentinha.

— Você é quente — sussurrei, friolenta.

— Está com frio? — questionou. Seus olhos passearam por meu corpo.

— Sim — respondi, sentindo seu corpo se aproximar do meu. — Deita comigo?

Com as bochechas coradas, Jisung deitou ao meu lado. Abracei sua cintura, colando minha cabeça em seu peito. As mãos grandes do moreno deslizaram para minhas costas, acariciando a área. Puxei o ar de seu casaco e sorri suavemente, me deliciando do aroma. 

Mesmo que Chenle e SeolHee tivessem chegado – separadamente – e logo saído, por perceberem o momento, não queria sair de jeito nenhum de seus braços. Meus pés, já sem tênis, deslizaram por sua canela. Jisung soltou uma risada fofa quando espirrei conta seu peito. Havia pegado um resfriado. Seus grandes dedos invadiram meus fios de cabelos e por ali se alojaram, movendo-se em um carinho delicioso.

Durma bem — desejou, antes que meus olhos se fechassem por completo. 


Notas Finais


mais boiola que eu por essa fic, so vcs


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