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História Dark Love - No quarto dele


Escrita por: OnlyAnnie

Notas do Autor


CHEGUEII

Teclado noovo qq eu nn sei como usar direito
Até eu me acostumar

scrr

Enfim, boa leitura ♥♥♥

Capítulo 14 - No quarto dele


Layla POV

 

Depois de procurar até nos estábulos, fui na casa grande. Sorri ao ver Akir na varanda com um pote cheio de carne sangrenta na sua frente, fiz uma careta ao ver a bagunça que ele fazia, com alguns pedaços de carne jogados no chão de madeira. Enfim, eca.

Subi as escadas e me sentei de frente pra ele no chão, onde não estava sujo de carne, com as pernas cruzadas na posição de índio.

— Layla, como está? — levei um susto com a voz de Quíron atrás de mim e pus a mão no peito. 

— Pelo amor de Zeus, dar susto é feio, Quíron. — o homem, ou seria homem-cavalo, enfim, ele riu balançando a cabeça negativamente, levantei e fiquei em um dos degraus da varanda, de frente pra Quíron.

— Não quis assustá-la. Mas me diga, como está sendo tratada por aqui? — ele me olhava com um sorriso e preocupação no olhar. 

— Olha, tirando a raiva do Stoll por eu supostamente ter feito eles limparem o Chalé, está tudo muito bem. 

— Certeza? — eu não sei como, mas que ele estava lendo a minha mente ele estava. 

— Ok, tem o lance dos sonhos, não fui "tratada mal", mas vou falar mesmo assim. Nico me contou dos sonhos, e eu sonhei com ele, só que ele era criança e estava com a sua mãe e sua irmã e eu contei pra ele, ele me explicou o que aconteceu com elas, basicamente  a história da vida dele e depois foi embora. 

— Espero que entenda que esse é um assunto difícil pra ele. — afirmei com a cabeça. 

— Eu sei, não quis fazer ele se sentir mal. Só achei que seria melhor compartilhar isso com ele. 

— Faça assim, quando for coisas que você desconhece, fale com algum amigo que tenha em comum com o Nico, que já saiba do que está acontecendo, ou com Hazel. Acho que não se importariam em ajudar — assenti com a cabeça e sorri. 

—Obrigada por alimentar esse cara aqui, se não ele ia começar a morder o pessoal do Chalé 11 — Quíron riu e eu acompanhei ele, embora tenha um fundo de verdade nessa frase. 

— Não há o que agradecer, Layla. 

Saí dali com Akir do meu lado e decidi ir andar um pouco na floresta, e dei graças aos deuses por ter um lobo e não usar capa vermelha. As árvores faziam umas sombras sinistras e de vez em quando via algumas ninfas entrando em suas árvores, muito louco. Não que eu tenha medo, eu tenho uma espada. Mas o clima aqui estava bem sombrio. 

Estava no riacho, o mesmo em que Nico estava lutando por uma bandeira. 

Me sentei no chão cheio de pedrinhas com as pernas cruzadas, sem encostar na água e via o reflexo que o céu fazia na água, as estrelas surgindo e a lua também. É uma imagem bem bonita. Akir se deitou ao meu lado.

Tirei minha pulseira e fiz com que ela virasse o meu escudo de cobalto com uma lua minguante, ou pelo menos era pra ter uma, mas ela estava diferente. Um pouco mais parecida com uma lua nova. 

— Ele acompanha as fases da Lua, eu acho — em um reflexo muito rápido arranquei meu cordão, o que fez ele se transformar em espada, e fiz um corte na perna de quem falou atrás de mim. E era o Nico. 

Arregalei os olhos e ele riu fazendo uma careta de dor, um pouco confuso. Me levantei e pus as mãos em seus ombros.

— Por Hades. Desculpa, por favor. Eu levei um susto, foi sem querer, eu juro — ele se sentou e bateu no chão ao seu lado e fiz o mesmo que ele — Eu devia ter levado em conta que o AKir sequer se mexeu, ele sempre dá algum sinal quando tem perigo. 

— Ok. O bom é que se eu resolver te atacar repentinamente e virar seu inimigo, ele não vai suspeitar de mim — arregalei os olhos enquanto o garoto dava de ombros. 

— Vou encarar isso como uma brincadeira — ele voltou à postura Nico das Trevas, e saiu da que ele ri depois de quase perder a perna — Espero que você saiba que eu não queria tocar em ferida alguma quando falei aquilo lá na quadra. 

— É... Eu sei, eu sei — ele balançava a cabeça em afirmação, mais vezes do que o necessário —Como eu disse, não é um assunto que costumo tocar. 

— Ok, nada mais de assuntos que você não gosta — o silêncio se instalou e eu percebi que se eu não puxasse um assunto ninguém ia falar uma palavra sequer — Já que eu não posso falar do que você não gosta, me diga, Nico... Do que você gosta. 

Me virei de frente pra ele, encarando ele, olhando em seus olhos. Ele ergueu uma das sobrancelhas. 

— Eu sei lá, não sei exatamente do que eu gosto. Eu sei que já gostei de Mytho Magic — tampei a boca, mas foi inevitável não rir, ele franziu a testa em confusão. 

— Desculpa, é que, é que... — não conseguia falar, tentei recuperar o fôlego, contei até 5 e continuei — Ok, pronto. É que você tem essa pose de gótico das trevas, e já gostou de Mytho Magic. 

Ele balançou a cabeça em afirmação e sorriu. 

— Às vezes a gente precisa mudar drasticamente, crescer. Enfim, eu também gosto de viajar nas sombras, mesmo que me deixe cansado algumas vezes. 

— Eu já ouvi falar sobre isso, dá pra chegar a outros países assim? — eu tinha um sorriso bobo nos lábios, enquanto imaginava a Alemanha, a Suécia, a Itália, Portugal, tantos países que eu queria ir. 

— Sim, é cansativo, mas sim.  Eu já fui à China, acidentalmente. E eu viajei com Atena Partenos por um longo caminho. É uma longa história.

— A estátua? 

— Sim, essa mesmo. 

— Olha, sua vida parece bem mais interessante que a minha, vai falando— ele olhou pras árvores, enquanto pensava. 

— Uma coisa que sempre dizem é que eu fui o único que assistiu o filme de orientação do acampamento — franzi a testa em confusão — É um filme que os semideuses deveriam assistir pra entender suas origens e essas coisas quando chegam aqui, mas eu fu o único que viu. 

— Você é sempre diferente. Tão diferente que tem um anel de caveira que você fica girando aí — apontei pro dedo dele e a caveira parecia me encarar, pelo amor de Afrodite, por que ele não tira isso? 

— Ficar girando ele assim — ele me mostrou o movimento de rodar o anel em seu dedo e eu bati na mão dele, fazendo ele abaixá-la. Nico riu e logo continuou — Alivia a tensão, o estresse. 

— Você não costuma conversar muito com as pessoas, mas já te vi falando com a fogueira. Você é louco ou tava pedindo ajuda pro Olimpo? Mensagem de fogo? 

— Não sou louco. Estava falando com a deusa Héstia — bati na minha testa com tudo e Nico riu, não os risinhos que ele dá, ele gargalhou com a careta de dor que eu fiz — Enfim, e sim, eu não sou muito de conversar — e aqui estamos, eu e o filho de Hades tendo uma consideravelmente longa conversa. 

— Agora está explicado o lance de falar com o fogo. Mas me diz, se você "não é muito de conversar", o que a gente tá fazendo aqui então? — fiz aspas com os dedos e olhei pra ele como se ele fosse demente. 

— Se sinta privilegiada. 

— Pode deixar, senhor humilde — tentei fazer uma pequena reverência e ele negou com a cabeça.

— E você? O que você gosta de fazer? — ele estava de frente pra mim agora e eu fiz uma cara de pensativa. 

— Gosto de andar sem rumo, fazia isso no Mundo Inferior quando sentia muita, muita raiva, porque só em situações extremas que se deve ficar zanzando por lá. Além disso gosto de controlar fogo, magia no geral, mas fogo é muito bonito. 

— É, eu já vi você coberta de fogo grego. 

— Wow, que coisa, não? Aquilo foi mais pra controlar minha capacidade de proteger em corpo do fogo e a de apagar ele. Mas antes de continuar aqui, você é branco assim ou é falta de sol? 

— Não sei, eu já tive a pele menos pálida. Não sei porque — ele deu de ombros e eu assenti — Mas você fazia o que no Mundo Inferior ?

— Ficava dentro do palácio de Hécate estudando ou treinando, na maioria das vezes. 

— Divertido, hein? — eu ri assim que ele falou. 

— É, bastante. Mas então, gosta de explorar? — falei olhando floresta a dentro. 

— Mas eu já sei tudo o que tem na floresta — revirei os olhos e bufei. 

— Mas eu não sei, tonto — ele assentiu com a cabeça e se levantou, ele estendeu as mãos pra mim, me ajudando a ficar de pé. 

Akir que estava deitado o tempo todo se levantou, seguindo Nico e eu. 

Andamos por uns dez minutos e eu não tinha visto nada além de aves, ninfas, talvez esquilos, insetos. As mais legais foram as aves e os vagalumes que vimos também. Agora estávamos chutando folhas, infantis, com certeza, mas era o que tinha pra fazer.

— Você lembra por onde a gente veio? — olhei pra ele sorrindo sem graça e ele riu. 

— Não— arregalei os olhos e me encostei na árvore, já pensando de quais formas iríamos morrer ali na floresta — Mas eu tenho uma solução, só não sei se você vai gostar. 

— Huh, explique — cruzei os braços e o encarei. 

— Não tem muito o que explicar. É viagem pelas sombras. 

Sorri interessada, sempre tive medo de controlar as sombras para viajar nelas, mas não seria eu a fazer isso, mas sim uma pessoa já experiente nisso. 

— Ok, vamos lá — ele franziu a testa e eu ri— Que foi, deve ser legal. 

— Ok, acha que Akir vai querer ir junto? — ele olhou pro lobo, que estava andando em volta de nós. 

Chamei meu lobo e logo ele ficou ao meu lado. 

— Não é como se ele tivesse que querer, ele vai e ponto. Se ele ficar aqui no meio da floresta e , por acaso, não conseguir voltar, vai começar a — fiz uma pausa e cheguei mais perto de Nico, pra poder sussurrar, não queria que nenhuma ninfa ouvisse — devorar as coisas por aqui, sabe. 

Ele fez uma cara como se tivesse entendido tudo, e assentiu. Ele me puxou pela mão e eu o segui pra perto de uma árvore, Akir veio logo atrás de mim. 

Assim que mergulhamos na sombra, eu senti frio e desespero. Nico apertou a minha mão e acho que me tranquilizei um pouco mais. 

— Relaxa, Akir está bem atrás de nós — ele falou, mas não tem como ele saber disso, ele está enxergando aqui dentro ou o que? — Eu posso sentir a aura das pessoas, e nesse caso, a de um lobo também. Mas acho que ele não é um lobo comum. 

— Sempre tive essa dúvida também. 

Assim que terminei a frase vi que estávamos saindo da escuridão, aposto que ir pra lugares mais distantes tomaria mais tempo. E tomaria também mais energia de Nico, que parecia perfeitamente normal ao meu lado. 

Não tenho ideia de como Akir passou por isso normalmente, porque nem eu passei.

Olhei em volta e vi que estávamos em um lugar fechado. 

Sem nenhuma janela e as paredes de obsidiana. O único lugar com essas paredes no Acampamento era o Chalé de Hades. 

— Desculpa, acho que estava pensando em dormir — ele passou a mão pelos cabelos confuso. 

— Tudo bem, é m lugar bem a sua cara, eu acho — ele afirmou e foi em direção à porta. 

— Sim, eu projetei o lugar. Huh, acho melhor irmos.

Podia ver suas bochechas levemente coradas. Ele não pretendia me trazer aqui, é o espaço dele. Etão resolvi não prestar atenção nos detalhes, só que tinham duas camas grandes em cada canto do chalé, com cômodas de madeira — eu acho — bem escura. 

Balancei a cabeça e fui pra trás de Nico, que estava prestes abrir a porta. 

— NÃO! — ele me olhou como se eu fosse louca, então expliquei — Não é como se pudessem me ver saindo daqui, então você sai primeiro e vê se tem alguém. Se não tiver ninguém, você bate duas vezes na porta. 

Ele balançou a cabeça afirmando e eu fiquei atrás da porta, enquanto ele a abria. Ele saiu e logo eu ouvi as duas batidas na porta, indicando que o caminho estava livre. 

Abri a porta e saí, ele já estava a alguns metros de distância, corri pra alcançá-lo. Ele estava rindo, provavelmente de mim. Dei um soco no ombro dele e ele me empurrou. 

Seguimos o caminho até o pavilhão rindo. O tempo passou enquanto estávamos na floresta e já estava na hora do jantar. Por sorte — ou não — os campistas ainda estavam em suas filas. 

Nico foi pra frente da sua irmã, e eu fiquei atrás de um menino que eu não me lembro o nome. Um pouco depois Matt apareceu e me olhou sorrindo de lado e mexendo as sobrancelhas, Travis e Connor, que tinham aparecido junto com ele, bagunçaram o meu cabelo e fizeram a mesma cara que ele fez pra mim. 

Dei de ombros sem entender e cheguei pra trás, para que Mattew entrasse na minha frente na fila. 

— Quero explicações, senhorita — ele se virou pra trás fazendo uma carranca, mas gargalhando logo em seguida. 

O olhava como se ele fosse louco. Ele se virou pra frente negando com a cabeça e estalando a língua no céu da boca. Cruzei os braços e fiquei olhando pra nuca dele, ainda achando ele louco. 

Não entendo essas pessoas que falam as coisas e acham que eu tenho que entender do que elas estão falando.


Notas Finais


As pessoas mudam né gnt
A fic taa um pouco parada né eheuuheuhhuehueh
Vai mudar um pouco em breve
Nico e Layla se aproximandoo siiiiiiiiiim, adoro isso e espero qq vcs tbm
obbgg por cada visualização

Até o prox capitulo ♥


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