História Dark Paradise - Norminah - Capítulo 11

Foi lindo. Foi ótimo acordar e ver o ser mais lindo da terra bem na minha frente. Ela dormia confortavelmente em meu peito enquanto meus braços a rodeavam protetoramente. Sua respiração era tranquila, um pequeno sorriso saiu de seus lábios enquanto eu a observava. Aparentemente ela já havia acordado. Se mexeu lentamente até que seus lábios ficaram a centímetros dos meus.

— Bom dia, princesa — falei beijando seu nariz.

— Bom dia — disse com uma voz rouca, já que ela tinha acabado de acordar.

— Você está linda. — Eu disse enquanto acariciava sua bochecha fria.

Normani riu.

— Você está falando sério? — perguntou. — Estou horrível, olha meu cabelo.

— Você está perfeita. — Beijei sua testa. — Amo a forma selvagem que tem seu cabelo.

— Por que você é tão fofa? — perguntou sorrindo. — O que eu fiz para te merecer?

— Você enfrentou sozinha a escuridão, isso que você fez — falei. — Meu único trabalho é colocar na sua vida a luz que você necessita.

— Repito, por que você é tão fofa?

Eu ri de seu último comentário antes de a beijar.

— Não sei, acho que nasci assim — respondi sorrindo.

Ela se aproximou e me beijou novamente, seus lábios tinham se tornado o meu vício, ela era a minha droga. Senti suas mãos por debaixo da minha camisa e foi aí que achei que ia morrer. Suas unhas arranharam meu estômago, um suspiro escapou da minha garganta. Seus beijos baixaram da minha boca para meu pescoço, mordia e chupava minha pele como se não existisse um amanhã. Até que decidi afastá-la de mim.

— Que foi, Dinah? — perguntou em confusão. — Você não gostou?

— Claro que eu gostei, mas este não é o momento.

Normani assentiu com a cabeça.

— Claro, eu entendo.

— Além do mais, eu gosto de ter o controle.

Ela sorriu, provocando um sorriso da minha parte também, sem dúvidas o meu sorriso deveria ser bem idiota. Escutamos alguns passos e olhando para a porta a tempo de ver Harry despenteado.

— Meninas, nós vamos comer, querem se juntar a nós?

— Claro, Harry — disse Normani. — Em um minuto descemos.

Harry assentiu e desapareceu pela porta. Normani levantou do meu peito e começou a se esticar, ela era perfeita. Eu imitei sua ação, me levantando e esticando meu corpo. Quando senti que meu corpo estava pronto, segurei a mão de Normani e desci primeiro, depois segurei a cintura de Normani e a baixei também. Ela era leve, assim que meus braços não fizeram muito esforço.

Chegando na cozinha, Harry e Louis estavam comendo panquecas, nos sentamos com eles e começamos a comer também. Estávamos em uma agradável conversa quando o telefone tocou. Louis se levantou e foi atender.

Passaram alguns minutos quando Louis voltou.

— Dinah. — chamou-me no batente da porta. — Uma tal de Lauren está no telefone.

Virei os olhos, já tinha estranhado que Lauren não tinha ligado. Fui até o telefone e do outro lado da linha escutei uma voz agitada.

— Lauren?

— Dinah! — Ela gritou. — Você está bem? Encontrou a Normani?

— Eu estou bem, Laur. — Tentei acalmar ela. — Nós a encontramos. Estamos ficando na casa do Harry, aconteceu alguma coisa?

— Vocês têm que ir. — Lauren falou.

— O que?

— Seu rastreador.

Oh, merda.

— Terei que voltar...

— Não! — Lauren gritou novamente. — Fujam, diga a Harry que tire o seu rastreador. Você merece ser feliz ao lado de Normani.

— Para onde irei? — perguntei.

— Saia do país, muda seu nome, não sei!

— E o que acontecerá com você?

— Ficarei bem desde que você esteja bem.

Senti um nó se formar em minha garganta, Lauren sempre me apoiou quando ninguém mais o fez, ela é a minha única família. Cometi tanta estupidez e ela nunca me julgou por isso. Preciso dela do meu lado. Não podia deixa-la, mas por outro lado, ela tinha sua família aqui... não podia ser tão egoísta e levar ela comigo.

— Agora vá. Os guardas chegarão aí a qualquer momento.

— Obrigada, Lauren. — As lágrimas começaram a cair de meus olhos rapidamente. — Não posso explicar o tanto que eu te amo, fala para a Ally que eu a amo também.

— Eu direi. — Lauren soltou um soluço. — Te amo, Dinah.

— Também te amo, Lauren Jauregui.

A linha morreu, ela desligou. Corri até chegar a cozinha onde todos estavam.

— Temos que ir, Normani — disse com lágrimas já nas bochechas.

— O que aconteceu? — Louis perguntou.

— Supostamente eu deveria encontrar Normani e voltar para que me apaguem — expliquei —, mas não quero deixar ela sozinha. Então nós fugiremos.

— Podem viver aqui — sugeriu Harry. — Não tem problema.

— Tenho um rastreador, você tem que tirar ele de mim, seria muito perigoso para vocês dois ficarem com nós duas.

— Perigoso seria se vocês se separassem da gente. — Louis disse.

— Obrigada, Louis. — Sorri para ele.

— Temos que tirar o...

Algo interrompeu Harry, um grande golpe na porta. Corri até a janela e quatro homens vestidos de branco estavam lá. Merda, pensei.

— Corra! — gritou Louis. — Se escondam.

Segurei a mão de Normani e subimos as escadas até chegar ao quarto do Harry. Tranquei a porta e me sentei no chão com as costas apoiadas na porta, Normani se aconchegou ao meu peito.

— Nós vamos conseguir? — perguntou Normani.

— Nós vamos conseguir — assegurei-lhe. — Juntas.

Beijei sua testa quando de repente escutamos alguém girar a maçaneta da porta. Me levantei em um milésimo de segundo e protegi Normani com meu corpo.

— É o Harry.

Ambas suspiramos, destranquei a porta e Harry entrou.

— Eles se foram? — Perguntei esperançosa.

Harry negou com a cabeça. Foi até a janela e a abriu.

— Primeiro as damas... — Com sua mão ele acenou para a janela aberta. — mas antes...

Harry tirou o canivete do bolso de sua calça e golpeou o rastreador, o aparelho caiu no chão. Harry nos olhou.

— Temos que ir. — Ele avisou.

— Você vai com a gente? — Normani perguntou.

— Só vou deixar vocês em um lugar seguro e depois voltarei.

Harry desceu primeiro, depois ajudei Normani a descer e quando estava preparada para descer escutei golpes na porta e Louis gritando "Esperem! Não podem entrar aí".

Entrei em pânico e cai da janela, por sorte Harry estava atento e me segurou.

— Obrigada, Styles — disse em seus braços.

— Não tem problema. — Harry sorriu. — Temos que nos apressar.

Tomei a mão de Normani e subimos no carro de Harry. Sentei no banco de trás com Normani.

O tempo passou e senti que a respiração de Normani se tornou uniforme, ela tinha dormido. Enquanto eu e Harry olhávamos para o caminho. Isto era... uma floresta? As grandes árvores passavam pela janela, escutávamos grilos e algumas corujas.

— Por acaso você quer nos matar? — perguntei.

Harry riu.

— Não, só quero deixar vocês em um lugar afastado da civilização.

Uma cabana de madeira entrou em meu campo de visão, era linda. Aparentemente era de Harry.

— Sintam-se à vontade. — Harry desligou o carro e desceu.

— Normani, acorda. — Beijei seu rosto e ela enrugou o nariz.

— Já estamos salvas? — perguntou.

— Falta pouco. — Segurei sua mão para ajudar ela a descer do carro.

— Não quero andar. — Ela disse fazendo um biquinho.

Eu ri de sua ação mais uma vez adorável.

Me aproximei dela e passei um de meus braços por sua cintura, enquanto passava o outro por suas pernas, a segurei estilo noiva e caminhei até chegar a porta principal que estava aberta já que Harry já tinha entrado.

Depois de entrar, coloquei Normani no chão e examinei a cabana, era bonita. Harry estava na sala tentando acender a lareira, quando conseguiu começou a aplaudir.

— Meu trabalho está feito — disse caminhando até a porta.

— Você vai nos deixar sozinhas aqui? — Normani parecia nervosa.

— Relaxa, Normani. — Harry disse. — Aqui não tem ninguém e nenhum monstro que queira te comer.

Você está enganado, Harry. Talvez este seja um bom lugar para comer a Normani.