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História Dark Paradise - Prólogo


Escrita por: CherryCool

Notas do Autor


AVISOS:
× Design capa: @Amy_Rattlehead @Ad-animesdesign
× Essa história faz parte do "reboot" de Next Dimension (que não será postado aqui por motivos óbvios :v) como uma prequel;
× Não esperem muitas coisas semelhantes ou iguais a história original, porque como reboot/remake, elas não serão usadas;
× O reboot tem o "pseudônimo" de The Rebirth;
× A história é focada no ponto de vista do Dante do DMC3 (com seus dezoito/dezenove anos);
× Por enquanto é um teste então tem muita coisa em construção
× Qualquer dúvida sobre a saga original de Next Dimension, sintam-se livres pra perguntar;

Capítulo 1 - Prólogo


Uma tumultuada noite de sábado, sem serviço e insone, uma combinação pouco promissora para o caçador. Sem muita alternativa, a julgar pelas incontáveis falhas tentativas de dormir, Dante optou por andar sem rumo pelas ruas badaladas que, nesse horário, se enchia com todo tipo de entretenimento noturno, uns no qual era adepto, embora com pouca frequência, quase um visitante casual, como o Love Planet – um clube de strip bastante popular nas redondezas. Seu humor variável, devido a falta de descanso, não colaborava para sua distração e o barulho apenas o deixava mais irritado, o que ofuscou seu objetivo original. Mal conseguia raciocinar com coerência e calcular os dias passados sem o mínimo descanso, essa simples tarefa exigia demais de seu cérebro exaurido. E, se fosse humano, certamente teria colapsado com a privação de sono tão prolongada. No entanto, não significava que não sofria as consequências e que não a sentia se infiltrando em cada fibra de seu corpo fragilizado.

Detestava a ideia de parecer vulnerável por conta de uma necessidade fisiológica que seu gene humano lhe conferia, principalmente com sua linha de trabalho que se fazia obrigatório estar em excelentes condições físicas e mentais, o que, realmente, não era seu caso.

O mal atual não tinha uma forma, um corpo tangível, o que lhe facilitaria para eliminá-lo. Seu martírio vinha do mais profundo de seu subconsciente que, de uma hora para outra, decidiu, sem sua autorização, que necessitava encontrar um determinado lugar na qual desconhecia e que, seu demônio interior, clamava para reivindicar por uma razão que não compreendia. Desde que despertou o sangue de sua herança demoníaca, algumas coisas se tornaram mais difíceis de executar sem a interferência dos seus instintos vulgares e, que, constantemente, empurravam suas sensações para a superfície, ficando tudo a flor da pele.

E, percebeu, desgostoso, que seu amuleto emitia uma ressonância fraca como resposta aos devaneios – uma prova de que havia relação com Sparda. Não tinha nada contra seu velho, contudo, não gostava de ser puxado a assuntos dele e ser obrigado a escavar um passado que não lhe competia, claro que, naquela situação, suas opções estavam escassas.

Resmungou adentrando mais na cidade e se deslocando para comprar os bilhetes do trem que sairia nos próximos minutos – uma jornada que viraria madrugada novamente. Não ponderou muito sobre como agir, seguiu seu instinto embebido pelo cansaço e permitiu que ele o conduzisse para o caminho correto através de um pulso vago de conhecimento prévio, experimentando ligeiramente a sutil impressão de estar sendo chamado: horas de viagem intermináveis de trens que seguiram para uma cidade interiorana bastante modesta. Não tinha grandes estabelecimentos tampouco uma grande extensão de território não arborizado. O que lhe chamou atenção foi justamente um capela pequena em ruínas na área mais remota e oculta da pequena cidade. Sua intuição, algo que nunca pensou que atuaria a seu favor e que acreditou não possuir – e se possuísse era bastante ineficiente e defeituoso –, o direcionou aquela localização com uma poderosa onda de ansiedade lhe corroendo.

– Quem é você? E o que faz aqui? – ouviu atrás de si.

– Estou apreciando a natureza, explorando a paisagem – deu uma desculpa esfarrapada sem se dar ao luxo de verificar quem o interrogou.

Ele realmente não ligava, de qualquer modo.

– Não pode ir aí, garoto – a pessoa insistiu, não satisfeita com a displicência do mestiço. – Você parece estrangeiro, então vou lhe dar esse aviso: nossa deusa repousa nessa terra, não ouse pertubá-la. Por favor, vá embora.

– Deusa? Interessante – coçou o queixo intrigado com a informação. – Então isso explica muita coisa e quanto tempo essa suposta deusa está adormecida?

– Há séculos – respondeu apreensivo. – Eu lhe dou esse conselho porque já houve loucos que tentaram invadir esse território e nunca voltaram. Mas se deseja prosseguir, mesmo depois desse alerta, já é por sua conta e risco.

– Eu gosto de riscos, essa é a graça de se intrometer em assuntos perigosos – deu de ombros, sorrindo. – Quem sabe não ganho algo ajudando ela?

O homem suspirou e partiu.

Havia um desenho na porta na qual o mestiço prontamente ignorou e, sem cerimônias, a abriu estalando com o gesto abrupto e desrespeitoso, indicando o quão deteriorado estavam as dobradiças. A capela estava relegada à negligência, o teto já parcialmente desmoronando e no fundo, com uma textura bizarra e repulsiva, existia um tipo de casulo. Dante se aproximou para ver de perto um fenômeno tão anormal e, por mera curiosidade, roçou a mão na coisa não muito certo de que fora um bom plano, mas sentiu que deveria realizar esse impulso.

Uma leve descarga trespassou seu braço que serviu como condutor para a suposta pupa que pulsou como se estivesse viva. Sem pensar duas vezes, sacou as pistolas gêmeas, Ebony e Ivory, preparado para dar um jeito especial naquilo.

Os filamentos do material semelhante a seda que compunha o casulo bem resistente se rasgou ao meio em uma linha vertical perfeita e dela, surpreendentemente, saiu uma mulher nua e desfalecida. Ela se mexeu um pouco e, assimilando o mundo ao seu redor, o olhar atordoado e inocente, encarou Dante que, quase imediatamente, guardou as armas sob a vigilância da jovem. Evitou reparar demais nas curvas dela e em certas partes despidas que, em toda sua confusão, a mulher não se dera conta ou, simplesmente, não se importava.

Retirou o sobretudo e a cobriu. Ela estreitou os olhos, formando uma careta adorável, parecia estar se esforçando ao extremo para articular uma frase concreta, embora só saísse projetos de engasgos e ruídos semelhantes a de um bebê.

– Spaa... Spar... Sparda? – murmurou suavemente.


Notas Finais


Até a Próxima!


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