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História Dark Secrets (Imagine Kim TaeHyung) - 20. O silêncio, o vazio, uma perda.


Escrita por: hyko

Notas do Autor


Eu tive muita dificuldade em escrever (e reescrever) o final desse capítulo porque a cada momento eu tinha que parar para respirar e chorar, foi um caos. Acreditem, foi horrível para mim, mas tentei dar o mínimo de detalhes possível ao fim.
Preparem-se, este é penúltimo capítulo da fanfic.

Capítulo 20 - 20. O silêncio, o vazio, uma perda.


Fanfic / Fanfiction Dark Secrets (Imagine Kim TaeHyung) - 20. O silêncio, o vazio, uma perda.

Boatos corriam aos quatro cantos desta escola. Como se os comentários imbecis da minha foto ainda não fossem o bastante, agora o motivo da surpresa era outro. Eu não procurava saber, afinal nunca me interessei por boatos.

Todos estavam quietos, era um dia fúnebre. Alegria não se via neste recinto escolar, e quanto mais eu adentrava pelos corredores, mais esse sentimento parecia aflorar.

Eu estava sentada com Seokjin na arquibancada, conversando sobre alguns sonhos estranhos que tive na noite passada. Noto que estamos sozinhos, não havia ninguém presente no campo além de nós dois. Situação incomum, afinal, em um horário como este esse campo deveria estar lotado de jogadores do time de beisebol, assim como as garotas na arquibancada, observando suas paixões em movimento.

— Tudo tem estado tão diferente desde que chegamos... Eu não estou reconhecendo mais esse lugar. Será que estamos na mesma escola? — observa Seokjin.

— Reparei a mesma coisa também. — aceno com a cabeça. — O mais estranho é que parece que algum novo boato está correndo pelos corredores. Eu fiz alguma coisa e não lembro, Jin?

— Se você fez, não consigo me lembrar.

Uma garoa calma começa a cair sobre nossas cabeças cobertas pelo capuz. O campo de grama imediatamente vira uma perfeita lama molhada enquanto nós dois corremos de volta para o prédio do primeiro bloco para nos abrigar da chuva.

Nós retornamos para dentro da escola, onde o ar pesado continuava pairando pelos armários e salas vazias. Meus olhos se encontram com os da JinKyong no momento em que adentro o corredor. Ela cochicha algo para uma de suas amigas, dando risada. Reviro meus olhos em resposta, não dando bola para mais uma de suas infantilidades.

— Você quer ir para a biblioteca? — Jin sugere. — Vamos ler alguma coisa até o sinal de entrada soar.

— Vamos, é melhor do que ficar parados como duas estátuas.

Agarro a manga do casaco marrom claro e felpudo do Jin, sendo levada por ele para a biblioteca. Enquanto caminhamos em direção a sala, sou surpreendida por um comentário de uma voz que eu já conhecia muito bem.

— Essa vadia mal terminou com o TaeHyung e já vai se aproveitar do outro Kim versão careta.

Tento não dar importância ao seu comentário idiota, mas eu paralisei de raiva no momento em que ouvi a sua voz. Solto a manga do casaco de Seokjin, refazendo meu caminho de volta. JinKyong arregala os olhos ao perceber que eu a escutei debochar, mas logo muda a expressão em seu rosto, como se fingisse não ter culpa de nada.

Extremamente irada, fecho a porta de seu armário inutilmente decorado, fazendo alguns acessórios purpurinados caírem no chão. Ela dá um pulo de susto, colocando suas costas contra o mental. Seu olhar  de repente se torna inocente e assustado, fingindo inocência.

— Quer me explicar por qual motivo você me odeia agora? — ela abre a boca para responder com todo o seu deboche, mas eu não a deixo prosseguir. — Tudo bem você se afastar de mim por causa da fama de vadia que fiquei com os outros, mas agora me zoar só porque virou moda entre vocês já é extrema infantilidade, Park.

— Eu não disse absolutamente nada. Você é que ficou maluca por causa do seu ex namoradinho lunático. Agora quer descontar a raiva dele em mim? Me poupe, S/N.

— Eu? Maluca? — solto uma risada forçada. — Foi você quem me deixou por culpa de uma faminha ridícula que foi inventada sobre mim, mas agora eu sou maluca!

— Você acha que quero ser malvista pelas pessoas? Eu prezo pela minha reputação, diferente de você.

Jin se aproxima de mim, tentando me puxar de volta para longe da garota. Eu estava tão brava que não ia conseguir ir embora antes de dizer à ela tudo aquilo que estava preso na minha garganta desde o dia em que ela virou as costas para mim.

— Acha que ter uma boa reputação significa ter tudo? Eu pensava o mesmo, era igualzinha à você quando coloquei meus pés nessa droga de escola. Mas eu estava errada, sabe por que JinKyong? De nada adianta ter uma boa reputação se é vazia por dentro e não tem nenhum amigo de verdade ao seu lado.

Ela não reage, apenas continua me olhando em silêncio. Algumas pessoas ao redor nos observam, parecendo prestar atenção no que eu digo. Seokjin não tenta me impedir porque sei que ele quer que eu continue.

— Eu pensava que se fosse popular e tivesse uma boa reputação as pessoas gostariam de mim e se aproximariam para serem meus amigos. Mas foi quando eu tive tudo isso que finalmente vi o quão falso isso é. Ninguém se aproxima de você porque tem uma boa reputação, eles se aproximam de você por interesse. E se a sua reputação acaba, não sobra nada de interessante em você pra eles.

Os flashes da minha ingenuidade passam pela minha cabeça. Eu entrei para esta escola almejando popularidade e muitos amigos, pra no fim terminar somente com dois ao meu lado.

As pessoas a minha volta pareciam arrependidas, não como se estivessem tristes, mas sim como se estivessem com dó. Algumas até pareciam concordar comigo, seja por já terem passado por algo parecido ou por simples dó da minha situação ruim.

— Enfim, nada disso vale a pena. — balanço a cabeça, me afastando dela. — Ao contrário do que você pensa, eu realmente gostei de você. Não vale a pena te odiar ou te devolver na mesma moeda.

Me viro para Seokjin, que me olha com os olhos brilhando em admiração. O puxo pela manga novamente, deixando o local enquanto ouço os burburinhos começarem. Sigo meu caminho para a biblioteca, mas sou interrompida pelo sinal de entrada tocando.

— Opa, parece que não conseguimos ir à biblioteca a tempo. — lamenta.

— Me desculpe, Jin. Acho que perdi muito tempo discutindo no corredor.

— Você foi incrível! Aquela garota ficou de boca aberta, sem saber te responder. — ele relembra, rindo da reação da JinKyong. — Você não usou a sua raiva contra ela, mas sim lhe ensinou uma boa lição, da qual eu tenho certeza que ficará pra sempre na mente dela.

— Eu só precisava dizer tudo que estava entalado na minha garganta.

— E foi incrível, mesmo! — Jin limpa as lágrimas que pouco corriam dos meus olhos marejados. — Não chore, você é muito mais forte do que imagina.

— Eu sou forte, não sou, Jin?

— A garota mais forte que eu já pude conhecer!

Ele me puxa pra perto e me abraça carinhosamente, repousando sua cabeça no topo da minha. O garoto se afasta depois de um tempo ao perceber que precisávamos ir para as salas urgentemente.

— Vejo você depois, tudo bem? Agora vá!

Faço meu caminho para a sala de aula em passos bem lentos, sem vontade de estudar. Enquanto ando nos corredores lentamente, de repente dou de cara com Jeongguk na escadaria.

— S/N? — ele indaga, arregalando os olhos. — Eu estava procurando por você. Graças a Deus você está bem!

— O que houve? — pergunto, assustada. — Por que você está com o rosto todo machucado?

— Isso não importa agora. Você não está sabendo da notícia?

— Que notícia?

— Acredito que seja a principal de hoje.

— O que de tão grave aconteceu?

— É sobre o segredo do TaeHyung. Eu resolvi revelar a verdade para todos ontem. Nós fomos em uma festa juntos e eu o vi se agarrando com algumas garotas. Vendo aquela cena, fiquei irado por tudo o que ele fez com você e resolvi contar, não pude me conter.

Meu coração se remoeu dentro do meu peito. Não é como se eu esperasse que ele me superasse tão cedo, por mais que eu tivesse dito que precisávamos seguir em frente e se superar. Era ciúmes, eu sabia que era, mas não podia deixar de me sentir ainda mais enganada por ele.

— E é desse segredo que todos estão comentando? — pergunto, fingindo não me afetar pelo que eu havia acabado de escutar.

— Sim. Você quer realmente saber o que é?

— Acho que já está na hora de saber sobre a verdade depois de tanto tempo em que ele me escondeu isso. Estou pronta.

— Kim TaeHyung é um criminoso.

■ ■ ■

Eu não compareci à primeira aula, muito menos à segunda. Eu sabia que teria problemas por isso, porém o meu estado de choque era tão grande que não me sentia capaz de sair de dentro do banheiro feminino. Chorei mares deitada sobre meus joelhos encharcados de lágrimas que não paravam de sair dos meus olhos. Minha cabeça martelava de dor, piorando minha condição de saúde. Eu estava completamente sem chão, não sabia o que fazer, estava perdida.

Descobrir sobre a verdade do passado de TaeHyung me deixava tão mal que eu nem sequer podia imaginar que algum dia o achei inocente. Ele era um assassino, um criminoso que teve a coragem de matar os próprios pais! Um maldito criminoso que se escondeu todo esse tempo na pele de um estudante rude e metido. Como eu fui capaz de amar alguém assim?

Jeongguk revelou para mim que TaeHyung queria conversar comigo a sós depois das aulas, e eu obviamente neguei. Eu não queria nem mesmo ver a sombra daquele assassino, com medo que ele pudesse fazer o mesmo comigo. Por algum motivo Jeongguk insistiu em me fazer vê-lo, dizendo que eu deveria escutar o que o moreno tinha a dizer. Para a minha segurança, ele prometeu me acompanhar. Eu estava com medo, mas se estivesse com Jeongguk sabia que tudo ficaria bem.

Logo após a nossa conversa eu corri para o banheiro, onde estou desde então. Imersa nas lágrimas, me lembro de todas as promessas que fiz para aquele ser desprezível. Eu agora me pergunto: como pude ser tão inocente? Como pude cair tão facilmente na lábia dele? Eu lhe prometi tantas coisas, o amei tanto... Pra no fim descobrir que o seu maior segredo era justamente o que eu nunca imaginaria.

Pior do que a sensação de ter sido traída, é a sensação de ter sido traída duas vezes. Eu fui enganada esse tempo todo, e só agora, em meio a tantos problemas, é que descubro a verdade.

 RIIIIIING! 

Ouço o sinal para o intervalo tocar.

— Terceira aula perdida... Eu sou mesmo um desastre!

Abro a porta do sanitário, enfim saindo dali. Me abaixo na bancada e jogo o máximo de água possível em meu rosto para que Seokjin não o perceba inchado. Repito algumas palavras motivacionais para mim mesma em frente ao espelho — até que as técnicas da minha psicóloga adiantavam às vezes — antes de enfim encarar a escola novamente.

■ ■ ■

— Você vai ficar bem, eu sei disso. E vamos lá, quero ver seu rostinho feliz! — Jin se despede enquanto tenta levantar os meus ânimos.

— Assim está bom? — finjo um sorriso para lhe alegrar.

— Contanto que ele seja sincero, pra mim é maravilhoso!

— Tudo bem, Jin. Eu prometo tentar sorrir com mais frequência.

— É exatamente assim que eu gosto! — ele me abraça. — Quer que eu te acompanhe até em casa?

— Não, não. Está tudo bem, eu vou só esperar pelo meu pai.

— Se precisar, não hesite em me ligar. Até amanhã! 

Eu não precisava ter mentido para o Jin, mas eu não havia lhe contado sobre a verdade do segredo do TaeHyung, por algum motivo eu não conseguia lhe contar, talvez fosse demais pra mim.

Respiro profundamente para me acalmar, estava na hora e eu sabia disso. Eu não sabia se estava preparada para vê-lo novamente agora que já sabia de toda a verdade sobre seu passado.

— Ei, oi! — Jeongguk surge entre os armários. — Está preparada?

— Estou nervosa... E se ele tentar me fazer alguma coisa?

— Eu estarei lá para te proteger, S/N.

— Promete que não vai me deixar em nenhum momento, mesmo que ele peça um minuto a sós?

— Prometo. — ele enlaça seu mindinho no meu. — Nós podemos ir? Se você estiver pronta, é claro.

— Eu estou. Vamos.

As pessoas estavam indo embora, a escola estava ficando vazia aos poucos e logo não sobraria mais ninguém além de Jeongguk, eu e TaeHyung. Eu estava assustada, meu coração batia cada vez mais forte a cada passo que eu dava em direção ao ginásio, onde TaeHyung estaria me esperando.

Quando enfim chegamos em frente a porta de entrada, começo a sentir meus dedos formigarem, minha pele estava gelada. Olho para todos os lados e não encontro TaeHyung em lugar nenhum. Eu estava decidida a voltar e deixar essa ideia para lá, mas Jeongguk me encoraja a continuar.

Nós adentramos o ginásio em silêncio, não vendo ninguém. As luzes estavam apagadas, mas o local ainda era iluminado pelo dia através das janelas grandes lá no alto. Calafrios percorrem minha espinha enquanto eu rodeio o lugar com os meus olhos, olhando para todos os cantos com atenção.

— Vamos? Ele já deve estar lá dentro.

Jeongguk me segura pelos ombros para me reconfortar, empurrando-me pacientemente conforme eu ando até os banheiros.

— Ele está aí dentro? — pergunto, amedrontada. Nós paramos em frente ao banheiro masculino, e de acordo com Jeongguk, era lá onde ele me esperava para conversar. — Tenho medo do que vou encontrar aí.

— Eu estou com você. — ele agarra a minha mão enquanto abria a porta do banheiro calmamente. — Não se preocupe, S/N.

Adentro o vestiário, paralisando. Meus olhos correm pelos 4 cantos do banheiro, mas não vejo sinal algum do TaeHyung por aqui. Ouço Jeongguk trancar a porta atrás de mim, o que me faz virar, desentendida.

— TaeHyung não está aqui, se é que já reparou.

Jeongguk sorri maliciosamente enquanto para à minha frente. Meu instinto já me alertava, alguma coisa estava errada.

— Finalmente eu consegui te pegar sozinha, e agora não há ninguém pra você gritar por ajuda. — ele continua, perdido em suas próprias ideias.

— O-o que q-quer diz-er com isso? — gaguejo. Eu caminho lentamente para trás, procurando me afastar dele.

— Eu menti, tá bom? O tempo inteiro. Desde que te conheci eu queria ter você, fui o primeiro a me interessar, mas aquele desgraçado idiota do TaeHyung conseguiu conquistar você muito antes de eu ter a sua atenção. Eu tive que aguentar tudo sozinho. Tive que aguentar você falando dele, você sofrendo por ele, você chorando por ele! E a verdade é que eu só queria ter uma chancezinha com você, mas você estava cega de amores por ele. — Jeongguk continuava se aproximando de mim cada vez mais. Eu permaneci me afastando dele, nem mesmo ousando olhar para trás. — Todos os dias eu só pensava em você, mas eu não era nada além de um amigo. Mas eu sou esperto S/N, e pensei no melhor plano possível para conseguir ter você pra mim.

— Como assim? Isso não faz sentido, Jeongguk. — tentei despista-lo colocando outras conversas na mesa. — O que você armou?

— O plano perfeito. Eu menti sobre o segredo do TaeHyung para todos, conseguindo fazer com que todos o odiassem, até mesmo você! — ele ri, me causando arrepios. — Ele perdeu tudo, e agora todos o chamam de criminoso.

— O que seria a verdade, então? — indago, ainda na esperança de despista-lo para alcançar um cano próximo de mim.

— O TaeHyung não era amado pelos pais biológicos dele. Ele sofria maus-tratos e era obrigado a trabalhar mesmo sendo só um pirralhinho chorão. Quando teve mais idade, matou seus pais por não aguentar mais o sofrimento. Ele os matou sufocados enquanto dormiam de madrugada. Eu ajudei a esconder os corpos, éramos amigos nesta época. Sim, foi um plano perfeito também! Mas ele não contava que algum dia eu fosse revelar e distorcer o seu segredo.

— Então essa é toda a verdade? — indago novamente. — Você mentiu pra todo mundo somente pra satisfazer o seu ego?

— Foi só mais uma das minhas pequenas mentirinhas. — ele ri.

— Você é nojento, Jeongguk.

Coloco o meu corpo na frente do cano, o escondendo atrás de mim. Coloco minhas mãos para trás, pegando o metal em minhas mãos sem que o homem à minha frente perceba.

— Eu odiava o TaeHyung, quando na verdade deveria ter odiado você o tempo inteiro. Você é o babaca sem coração aqui, não ele. — o provoco para o atrair até mim.

— E TaeHyung? Você vai deixar de lado o que ele fez? Vai deixar pra lá a sua foto que permanece correndo no celular de todo mundo por causa de um erro dele? E olha, devo admitir... — ele ri, limpando a saliva dos lábios com o dorso da mão. — Você é mesmo muito gostosa!

— E você é mesmo muito idiota se acha que vou ficar aqui trancada com você. — revelo, apertando o metal firmemente nas minhas mãos.

— Ah meu amor, você vai sim.

Ele enfim se aproxima de mim, sorrindo como um demônio. É nesse momento que eu puxo o cano de metal atrás de mim e o levo em direção ao garoto. O cano acerta seu ombro, o fazendo gemer alto. Aproveito seu momento de fraqueza e novamente tento o atingir, mas dessa vez sou parada. Ele pega o cano e o arranca da minha mão, o fazendo voar longe.

Corro o mais rápido que posso em direção a janela, mas elas eram altas demais para serem escaladas. Sinto braços grandes envolverem o meu corpo, me puxando com uma força descomunal.

— Por favor Jeongguk, me deixe ir! — eu grito, implorando. — Eu só quero ir embora, por favor!

— Você acha que me importo com isso? — ri. — Eu só quero foder com você.

Meu corpo inteiro gela ao ouvir o barulho do seu cinto ser retirado da calça. Eu soco seu peito com toda a força existente em meus cotovelos, mas isso não parece lhe afetar. Tento lhe dar um chute no saco, mas eu estava de costas em seus braços, então seria impossível atingi-lo. 

O desespero de não conseguir fugir começa a invadir o meu corpo, fico sem saber o que fazer. Não posso mais raciocinar em estratégias possíveis para fugir. Minha visão se embaça pelas lágrimas, eu não consigo mais ver nada pois fecho meus olhos. Uso minha cabeça para pensar em uma forma de lhe machucar, mas todas as minhas tentativas parecem ser em vão. Ele era forte demais pra mim.

— Vai ser mais gostoso se você ficar quietinha. — ele ergue minha saia, descendo minha calcinha sobre as minhas coxas.

— Por favor não faça isso, eu te imploro Jeongguk! — grito forte, sentindo meu peito queimar com a dor.

— Implorar para eu sair não vai adiantar, amor.

— TAEHYUNG!

Eu berro na esperança de que talvez ele me ouça. Eu berro na esperança de que ele abra aquela porta e venha me salvar, como nos filmes. Mas nada acontece, ele não vem. TaeHyung não vem me salvar.

E então... O silêncio.

Não consigo sentir nada, é como se tivessem me tirado de dentro de mim mesma. No meu peito sinto um vazio existencial, um buraco, um precipício de nada. Eu não sou a mesma garota, eu não me conheço mais. Quem eu era?

Esse banheiro fede, o cheiro é pobre. O meu corpo é sujo. É como se eu me banhasse no esgoto. Eu odiava meu corpo, essa não era eu.

Não preciso mais me debater, só aceitar. Jeongguk me levou, me ceifou. A antiga garota que eu costumava ser não estava mais aqui, não era mais eu. Eu agora era apenas um buraco, um corpo sujo. 


Notas Finais


Imaginem a minha cara toda inchada e os meus olhos todos vermelhos depois de ter terminado esse sacrifício de final... Sim, eu estava devastada. Eu acho que não existe algo que seja tão destruidor quanto sofrer um abuso, e sinceramente, abomino romantização de coisas assim.

Com amor e dedicação, ℋ.


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