História Dark Souls - Let it burn

Justin's P.O.V

- Im-imperador...- eu disse.

- Em carne e osso.- ele disse.

Jacob Heroes mantinha os olhos fixados mim, me fuzilando. Minhas mãos começaram a tremer e comecei a suar frio. Ele deveria estar morto, mas estava ali, na minha frente. Que merda estava acontecendo?

Minha casa estava destruída, os homens do Imperador acabaram com toda ela. Mas nesse momento, eu só consigo pensar no motivo de eles estarem ali. E eu não fazia idéia de qual seria ele.

- Deve estar se perguntando o que eu faço aqui.- disse Alfredo, como se lesse a minha mente.- Vim olhar nos seus olhos enquanto o que é mais precioso para você é destruído.- ele disse, sorrindo, o que deixou aquilo muito mais sinistro.

- O que?- perguntei, sem entender do que eles estavam falando. 

Alfredo jogou várias folhas em cima da minha mesa. Eram fotos, fotos de Aurora comigo. Fotos de nós nos beijando no racha, fotos de eu batendo nela, fotos dela na República Dominicana, dela no banco, na festa que eu dei para comemorar o roubo ao carregamento de Jame, dela na boate e mais várias outras.

- Por que você tem fotos dela?- perguntei, e a minha voz saiu mais baixa do que eu gostaria.

No canto do escritório, ainda segurado pelos homens armados, Chris falou:

- Não pode ser.- seu rosto era puro choque.

- O que?- perguntei, mas minha voz ainda não conseguia ficar em um tom alto. Era como se eu não respondesse aos meus próprios comandos.

- Quando nós fomos para o apartamento, tinha uma foto da Ary pequena e do lado um menino um pouco mais velho, parecia ser o irmão dela.- ele disse, e então eu entendi, mas não consegui acreditar.- O Imperador é o irmão dela, Drew.

- Isso explicaria muita coisa...- respondi, mesmo nada daquilo fazer real sentido na minha cabeça.

- Não explica ela praticamente não existir antes de vir para Los Angeles.- constatou Chris.

- Você é o único que pensa nessa equipe, pelo visto.- disse Alfredo Flores.- Aurora Carter nunca existiu. Carter é o sobrenome de solteira da minha mãe, nosso sobrenome é Flores.

- Ela mudou o nome... - Chris pensou alto.

- Aurora é a Imperatriz.- concluiu Emily.

Todos ficamos em silêncio. Aquilo era demais para absorver. Tudo começou com uma mulher azarada que estava no lugar errado na hora errada, e agora ela é a mulher mais poderosa dos Estados e Unidos e América Latina. Isso explica tudo, e as fotos em cima da mesa mostram o que eu fiz. Eu a machuquei e ela nem ao menos levantou a mão para mim, ela manteve a promessa. Mas eu não, e agora o maior traficante do país veio me cobrar. E em um impulso, eu perguntei a coisa mais idiota do mundo:

- Ela está bem?

Jacob veio até mim como um furacão, me puxou pela blusa e me socou. Um soco tão forte que eu fiquei tonto, minha visão ficou embassada e meu maxilar em chamas.

- Não, e a culpa é sua, seu verme desgraçado!- ele disse e então me socou outra vez, me fazendo cair na cadeira.

- Nesse exato momento, Aurora está no seu galpão colocando fogo em tudo. Seus homens estão mortos, suas alianças estão acabadas, eu fiz questão de cuidar disso pessoalmente, suas casa está destruída e seus cofres estão vazios.- disse Alfredo.

- Você está acabado, Drew. E se algum dia tentar se reeguer de novo, saiba que eu vou estar observando você, meus homens vão estar observando você. E se você tentar nos derrubar, nós vamos revidar três vezes pior.- disse Jacob.

E então, Alfredo Flores deu o ultimato que mudaria não apenas a minha vida, mas a de todos naquele cômodo:

- A partir de hoje, os irmãos Flores estão em guerra contra Justin Drew Bieber e qualquer um que se una a ele.

Eles olharam para mim, e então para os meus amigos e foram a caminho da porta.

- Ela é minha. Aurora é minha.- eu disse.

E então Alfredo foi quem me bateu, tão forte que eu cai no chão. Ele pegou sua arma e mirou em mim.

- O único motivo de você não estar morto é porque foi uma ordem dela.- e então ele atirou do meu braço, me fazendo gritar de dor.- Não mexa com a minha família de novo, nunca mais. Ou eu juro, Drew, vou levar você ao inferno com a mesma rapidez que soquei essa tua cara!

No segundo seguinte que eles saíram do escritório, os homens começaram a atirar para todos os lados. Chris, Ryan, Chaz e Emily se jogaram no chão, enquanto minha casa era destruída. Eles quebraram tudo, janelas, portas, mesas. Rasgaram as camas e sofás. Não tinha um único centímetro intacto naquela casa.

Aurora's P.O.V

As cinco Range Rover preta, carregadas de homens armados até os dentes seguiam meu Bugatti azul escuro até o galpão de Justin. Assim que chegamos no galpão, os capangas do Bieber atiraram em nós. Eu me agachei atrás do carro e dentro de dois minutos os tiros foram cessados, estavam todos mortos. 

Entramos no galpão comigo na frente, devo ter pisado em uns seis homens mortos no chão. Estava pronta para atirar em qualquer coisa viva que estivesse ali. Fiz sinal para alguns homens pegarem o dinheiro que estava sendo pesado nas balanças, e assim eles fizeram, colocando tudo em bolsas grandes. Continuei andando sem abaixar a arma, mandei mais homens recolherem a droga que estava do outro lado do galpão e então subi para o segundo andar.

Não tinha nada ali, só alguns sofás e um frigobar. Uma mesa com documentos, que eu li para ver se eram importantes. Eram escrituras de boates, as boates dele. Mandei os homens pegarem, aquelas boates agora serão minhas. Nada mais justo, Bieber quase me matou, agora é hora dele aguentar o troco. Continuei andando até que vi uma luz acessa, em cima de uma cadeira onde estava amarrada uma mulher. Me aproximei e então percebi que era Lola, ela estava completamente destruída, seu rosto cheio de cortes e hematomas, sua boca inchada e os olhos roxos.

- Lola!- a chamei, e então ela me viu e abriu um sorriso apreensivo. Corri até ela e percebi que Drake estava ali, ele se levantou olhou para mim com uma expressão de surpresa e então olhou para os homens atrás de mim.

- O que está acontecendo?- ele perguntou.

Expliquei tudo para ele, que ficou um pouco perdido mas não demonstrou raiva por Justin. Ele apenas assentiu, o que me fez ficar desconfiada.

- Justin passou dos limites. Se um dia eu fui leal a ele, esse dia acabou. Não quero trabalhar para alguém que quase mata uma mulher por algo que ela não cometeu e tortura outra por informações que ela não tem.- disse Drake.

- Ele é repugnante, sem nenhum neurônio naquele cérebro minúsculo. O que ele fez com você, Lola...- eu disse.

- Não foi só ele, todos os outros fizeram também.- olhei para Drake, assustada.- Não ele, ele ficou do meu lado o tempo todo.

Ajudei Lola a se desamarrar mas ela estava fraca demais para andar sozinha, então colocamos seu braço em volta do nosso pescoço e ajudamos ela a chegar até o meu carro. Meu corpo todo ainda doía pela surra que eu levei, mas fiz o máximo para não demonstrar.

- Botem fogo em tudo.- eu disse para os homens.

- Sim, senhora.- o chefe da segurança respondeu.

- O que nós vamos fazer agora?- perguntou Lola.

- Eu vou voltar para Nova York, e você vai comigo.- ela assentiu.- E você, Drake?

- Não sei, mas não vou voltar para aquela casa. Nunca mais.

- Vem com a gente, para Nova York. Vem comigo.- disse Lola, e então os dois olharam para mim.

- Você pode entrar na minha equipe, e eu ia adorar se você fosse com a gente. De verdade.- eu disse.

E então, o galpão caiu em chamas atrás de nós.

Chegamos na pista de pouso e o jatinho já nos esperava. Saí do meu carro, Lola e Drake fizeram o mesmo. Jacob me esperava na escada que dava para o avião. Alfredo ja estava la dentro.

- Vamos levar você para casa.- ele disse, peguei na mão dele e nós entramos.