Eu estava ali há quase meia hora e estava um saco. Cara, cadê as bebidas? A música foda? Toda aquela pegação? Cadê meus amigos?
A parte mais legal das festas é que não importa se ela estiver um saco, se seus amigos estão por perto, pode se tornar a mais foda de todas. E o Matheus não era meu amigo ainda. Eu não podia chegar nele e falar “Oh, seu otário, traz uma bebida pra mim”. Não é assim que as coisas funcionam, eu falaria assim com o Dake.
Meu celular toca e eu vou lá fora atender. Era a Rosa.
R: Olá minha biscate preferida.
A: Quanto amor. Que merda você fez agora?
R: Ãm, não sei. Talvez eu tenha vindo ao Brasil porque eu não estava aguentando de saudade da minha melhor amiga. Paguei um pouco caro, e não tem lugar para eu dormir, portanto, acho que eu realmente fiz merda, porém, uma merda que vale a pena.
A: Você está me zoando! Cadê você?
R: Tem mais alguém com cabelo do mesmo jeito que o meu? Menina, na sua frente.
A: Meu Deus! – Desligo.
- NÃO ACREDITO! – Todo mundo estava com ela. Gente, eu quero chorar. – Como que vocês conseguiram vir pra cá?
- Existe uma coisa chamada avião. – Dake diz e eu reviro os olhos. – Já usou? – Rio.
- Não. Eu vim pra cá voando.
- Meiguinha.
- Digamos que já tínhamos esquematizado tudo. Aí quando você disse que dava para a gente se matricular aqui, não pensamos duas vezes. – Alexy disse. – Papai ficou meio puto comigo, mas minha irmã é mais importante do que o sermão que meu pai vai dar.
- Meus pais ficaram meio que “vai para aonde você quiser, desde que não interrompa o meu trabalho”. – Rosa disse.
- Eu sou emancipado. – Nath disse.
- Eu já tenho 18 anos. – Dake falou.
- Foi só falar para a minha mãe que era você. – Armin falou e eu sorri.
- O Leigh assinou então eu vim.
- Vocês são incríveis.
- Eu sei. – Alexy disse. – Eu estava observando, que festa mais chata hein.
- Alexy, você já viu alguma festa ficar chata com a gente?
- Pode entrar qualquer pessoa? – Lys pergunta e eu assinto.
Se eu estava feliz? Meu Deus! Felicidade não é nada perto do que eu estou sentindo. Acho que não inventaram algo para o que eu estou sentindo.
- Ann, quem são? – Matheus pergunta.
- Meus amigos. Espero que não se importe.
- Não, imagina.
- E eles vão se matricular logo cedo, então...
- Ah, melhor ainda. – Ele sorri.
- Matheus, você se importa de deixar isso aqui mais animado? Está me dando sono. – Ele ri.
- Claro.
Eu sei que sou muito confusa, mas eu ajo de acordo com o momento, entende? E no momento, o Castiel não se preocupou em vir junto com eles só por causa da gravadora, enquanto o Armin falou aquilo lá, e eu achei tão bonitinho. Sim, gente, eu não sei lidar com a minha indecisão. Ao mesmo tempo em que eu acho que gosto do Castiel, eu também acho que gosto do Armin, então eu não sei. Então eu fui falar com ele.
- E como vai a Iris?
- Um saco para ser sincero. Ela não entende as minhas piadas. – Rio. – E quando eu demoro em respondê-la porque eu estou jogando, ela fica me ligando até eu responder. Eu não tenho paciência Ann, então, eu mandei...
- Imagino. – O interrompo. – E não tem mais ninguém?
- Sempre tem.
- Quem?
- Isso é realmente bem óbvio. – Rio. – Annie, o que eu tenho que fazer para você me dar um pouquinho de bola?
- Não muita coisa. Eu sou muito confusa, sabe? Gosto de vocês dois ao mesmo tempo. – Ele ri.
- Ouvi dizer que quando isso acontece, é melhor que escolha a segunda pessoa, que no caso, sou eu, então... – Rio.
- Acho que tem razão, mas é melhor ir com calma. A última vez que ele soube que eu fiquei com você, ele me chamou de puta.
- Ele é uma puta. Não sei como ele consegue ficar com você, escrever coisas bonitinhas e ficar com outras ao mesmo tempo.
- C-Como?
- Ai, caramba! Eu fiz besteira. Não liga, esquece.
- Armin...
- Vai parecer que eu quero acabar com vocês dois.
- Armin...
- Ele não estava querendo vir pra cá por causa da Li.
- DE QUEM?
- Da Li.
Mas como assim povo? A Li? Amiga da Ambre? Como pode? Elas são amigas. Que talarica!
Mas mudando um pouquinho de assunto, o Armin estava tão lindinho, e estava tocando a nossa música. Por que as pessoas estragam esses momentos tão fofos? Aff.
- A LI, AMIGA DA AMBRE?
- Xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiu. – Ele colocou o dedo na minha boca como se fosse um sinal de silêncio, porém ele se aproximou até demais de mim. E aquele calor já foi subindo, meu Deus! – Conheço essa música.
- Melhor do que ninguém. – Me aproximei um pouquinho mais.
POV’S ON ROSALYA:
- Eu tô falando. Nunca que cinza vai ser melhor do que azul. – Alexy disse. – Olha o meu cabelo, olha o seu.
- Dá pra te enxergar na outra esquina. Eu sou discreta.
- Quem é o tipo de pessoa que tem um cabelo cinza que bate no pé, e acha que é discreto? – Rio.
- Ainda não cheguei lá.
- Ah, essa música é tão bonitinha.
- Ainda mais com a Ann e o Armin dançando.
- Eita caramba!
- O que você acha?
- Eu não sou muito amores do Castiel, e eu acho o Armin tão amorzinho, e eu já falei com ele sobre a Ann, e parece mesmo que ele gosta dela.
- O Castiel era o meu melhor amigo, mas de um tempo pra cá, ele ficou tão sei lá.
- Nunca foi o meu então não posso falar muito coisa. – Solto um riso.
- Alexy, a gente deveria dar uns pegas. Fiquei carente.
- Olha que direta.
- Sempre. – Ele me beija.
POV’S OFF ROSA.
- Sério mesmo que a sua mãe deixou você vir pra cá só por causa de mim?
- Ela nunca gostou das minhas antigas namoradas, mas sei lá, ela te adora mesmo tendo conversado com você uma vez. – Sorrio. – Até porque é difícil não gostar de você.
- Não faz eu me apaixonar por você, não.
- Quem dera?!
- Eu não duvido.
- Jura?
- Sim. Eu me apaixono muito fácil.
- Melhor ainda porque eu já estou. – AI MEU DEUS! COMO LIDAR?!
- Armin...
- Não. – Ele sussurrou. – Só relaxa. – Ele me beijou.
Não vou descrever porque eu nem conseguia pensar se o beijo tinha sido doce ou algo do gênero, mas foi sincero, não sei. Foi que foi uma beleza.
Paramos por conta do ar e ele estava me olhando diferente.
- Você beija muito bem, sabia? – Pergunto e ele fica envergonhado. – Não precisa ficar vermelho, só verdades. – Ele riu.
- Annie, você bem que podia mostrar o seu dormitório. – Ah, que safadinho.
- Com todo prazer.
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